6
Lili Reinhart
— Isso é tão entediante.
Cole disse enquanto me observava a limpar uma mesa.
— Você deveria limpar já que está sentado apenas observando.
eu respondi num tom de voz divertido enquanto esfregava uma mancha de suco de uva.
Droga, essa coisa nunca saía.
— Isso parece ser divertido, vamos fazer isso.
Ele se levantou e veio em minha
direção.
— Você não precisa realmente fazer isso. Estou sendo paga pra cumprir estas ordens.
Franzi as sobrancelhas mas ele tomou o pano de minhas mãos.
— Eu quero fazer isso.
Ele disse, aplicando o produto de limpeza no pano e esfregando a mancha de suco que foi sumindo rapidamente.
— Está vendo, amor. Eu tenho
todo o jeito para isso.
Ele me deu uma piscadela e o sino da porta soou.
Franzi a testa porque já havíamos parado de atender os clientes, e a placa na porta que dizia "fechado" indicava o mesmo.
— Não façam nenhum movimento brusco.
um homem familiar de aparentemente quarenta anos de idade vestido com roupas surradas e escuras disse assim que passou pela porta.
— Que porra é essa?
Cole perguntou colocando o pano sobre a mesa e franzindo as
sobrancelhas.
— Um assalto, obviamente.
ele respondeu sorrindo de lado enquanto tirava um revólver de sua cintura.
Engoli em seco.
— Por favor, não queremos que ninguém se machuque. O caixa fica logo ali.
eu disse apontando para o mesmo e recuando dois passos para trás.
— Boa garota
ele disse se dirigindo até o caixa.
— Vocês são namorados?
ele perguntou casualmente enquanto guardava algumas notas em uma pequena mochila.
— Por que você quer saber?
Cole respondeu seco e com os olhos vidrados no assaltante.
— Porque ela... — Ele apontou para mim com a arma. — É bem bonita.
completou deixando sua mão erguida cair ao lado de seu corpo.
— Não aponte essa droga para ela, porra.
Cole disse entre dentes e fechando os
punhos.
Arregalei os olhos.
— Cole, não reaja.
eu sussurei em seu ouvido desfazendo o punho em sua mão e entrelaçando seus dedos nos meus.
Ele pareceu relaxar um pouco mas ainda assim lançava um olhar mortal para o homem atrás do caixa.
— Você é um jovenzinho bem corajoso.
o homem disse soltando uma risada
nasalada.
— Mas tome cuidado, posso acabar perdendo a minha paciência.
completou com um olhar sério em alerta.
Cole puxou uma cadeira da mesa e desabou sobre ela bufando e batendo o péfreneticamente no chão.
— O que eu disse?
o homem perguntou gesticulando com a arma nas mãos.
— Sem. movimentos. bruscos.
Ele falou pausadamente.
O celular de Cole começou a vibrar sobre a mesa, atraindo a atenção do assaltante, ele andou até nós e o pegou. Depois ergueu uma das mãos em minha direção.
— Celular, querida.
Eu retirei meu celular de meu bolso e o entreguei em suas mãos. Ele piscou em minha direção antes de se virar e continuar andando de volta até o caixa.
— E lá se vão todas as minhas esperanças.
Cole murmurou.
— Há uma alarme de emergência, mas ele só é ativado por um botão que, infelizmente, fica em baixo do balcão.
— Ótimo, acho que posso fazer isso.
Ele se levantou da cadeira, o homem estava de costas para nós, ele revirava algumas prateleiras, enquanto Finn andava calmamente até o balcão. Eu não estava gostando nem um pouco disso.
As mãos de Cole começaram a tatear por baixo da borda e ele me lançou um olhar significativo por cima do ombro, eu apontei para a esquerda, o botão ficava exatamente em baixo do jarro de flores.
Depois de pressionar o botão, Cole andou em passos largos e rápidos até mim e se.sentou novamente sobre a cadeira no mesmo instante que o ladrão se virou para nós.
Seus olhos percorreram toda a lanchonete até pararem sobre mim.
Eu congelei porque o olhar dele não era muito amigável.
— Você, venha até aqui.
— De jeito nenhum.
Cole interferiu.
O homem sorriu, e se aproximou lentamente. Eu recuei alguns passos para trás até que bati na borda da mesa.
No próximo momento, sua mão estava sobre meu braço e o cano de sua arma contra a lateral de minha cabeça.
— Cale-se ou ela morre.
O assaltante disse a ele, deixando seu aperto em meu braço mais forte.
— Não machuque ela.
Cole disse me lançando um olhar preocupado.
— Claro, basta calar a porra da boca. Ou a sua língua vai ser a causa da morte dela.
Cole abriu a boca para lhe responder mas a fechou no mesmo instante. No próximo momento, dois policiais passaram pela porta apontando suas armas ao homem atrás de mim.
— Largue a garota e coloque a arma no chão.
um dos policiais falou se aproximando cuidadosamente, ainda apontando sua arma para ele.
— Não se aproximem.
o ladrão apertou meu braço fortemente e eu soltei um gemido de dor. Isso iria ficar muito roxo.
— Solte a mocinha, senhor. Nós não queremos te machucar.
O outro policial se manifestou, apontando também sua arma ao assaltante.
Tudo estava indo de mal a pior.
— Se vocês se aproximarem mais, eu juro que...
o homem não completou a frase, o
barulho do jarro se estilhaçando sobre sua cabeça veio seguido do baque de seu corpo pesado contra o chão.
Cole havia o nocauteado com um maldito jarro de flores.
— Você está bem?
ele me perguntou colocando uma mecha de cabelo atrás de.minha orelha. Eu assenti, passando meus dedos levemente no meu braço que estava um pouco dolorido.
— Muito bem. Agora vamos retirá-lo daqui.
um dos policiais disse, segurando os
pés do assaltante enquanto o outro segurava as mãos.
A cena toda era ridícula.
— Espere um momento, este não é o Daniel Reinhart?
O policial disse enquanto observava o homem mais de perto.
— Sim, esse é ele. — o outro confirmou balançando a cabeça.
— Ele está sendo procurado por assalto e agressão em vários estados.
Meu coração começou a bater fortemente contra meu peito e meus pés fraquejaram.
Porque pela primeira vez em onze anos, falaram o nome do meu pai.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top