35
Lili Reinhart
Eu estava me encarando no enorme espelho que havia em meu novo quarto.
Amy havia me dado um vestido azul claro com saia rodada e saltos altos
prateados. Eu estava tentando decidir entre deixar meus fios loiros em uma trança embutida ou soltos.
— Está linda. — a voz de minha mãe soou atrás de mim. Me virei e a encarei surpresa.
Ela estava usando roupas completamente idênticas às minhas.
O fato me fez dar um pequeno sorriso.
Ela estava encostada casualmente contra o batente da porta.
Sorri e ela andou até mim.
— Deixe-os soltos.
Ela instruiu, penteando meus cabelos com seus dedos.
Assenti.
— Eu vou te apresentar a todos, mas você tem que estar ciente de que estaremos sendo fotografadas.
— Fotografadas por quem?
0erguntei confusa e nervosa.
— Pelos paparazzis, meu amor. Não se assuste, somente faça o que te deixa à vontade. Se quiser sorrir, sorria. Se preferir passar reto, passe.
— Está bem, eu só não estou acostumada com essas coisas.
Ela sorriu me tranquilizando.
— Seu namorado vem? — ela perguntou parecendo ansiosa. — Eu quero conhecê-lo.
— Sim, ele também está animado para te encontrar.
Ela estava com seus braços atrás de suas costas e os ergueu em minha direção. Havia uma caixinha preta e retangular em sua mão direita.
— Feliz aniversário.
Ela sorriu me entregando a caixinha. Eu estava surpresa por ela ter se lembrado, eu preferia manter em segredo.
Eu odiava aniversários.
Principalmente os meus.
Segurei o presente e o abri. Havia uma correntinha de ouro com diversos diamantes pendurados por sua extensão, ela cintilava como uma estrela.
Era linda e delicada.
— Obrigada, eu amei, mas eu não posso aceitar algo assim...
Eu disse, empurrando a caixinha em sua direção.
Ela balançou a cabeça negativamente.
— Não aceito devolução. Vou colocá-la em você.
Suspirei e me virei. Foi a mesma coisa que Cole me disse quando me deu uma jóia da Tiffany ontem. Eu sabia que ela deveria ter custado muito caro, o suficiente para comprar
um carro novinho em folha. Observei a pulseira em meu pulso, ela era de fato muito linda, e os pingentes eram perfeitos. Eu a amei imediatamente.
Ela colocou a corrente ao redor do meu pescoço e nós olhamos nossos reflexos no espelho. Nós éramos muito parecidas.
Sorrimos para a imagem do espelho. Eu me sentia tão feliz que poderia transbordar.
Agora eu sabia o que era amor, como retribuí-lo e reagir a ele. Graças a duas pessoas. Uma mulher inesperada e um cara tatuado que usava piercings e andava confiante como
se tivesse o mundo aos pés.
Cole Sprouse
Tentei ajeitar a gravata em meu pescoço pela milésima vez. Se eu não conseguisse desta última vez, desistiria. Duas pancadas foram dadas na porta.
Bufei e fui até a sala a abrir. Kj estava vestido formalmente e entrou em meu apartamento sem dizer nada.
— Problemas? — ele disse apontando para a gravata amassada em minhas mãos.
Seu tom de voz era divertido.
— Não enche, porra.
Ele andou até mim e fez o nó na gravata em menos de dez segundos.
Ergui as sobrancelhas.
— Você parece minha mãe, cara. Eu realmente me preocupo com isso.
Ele riu.
— Tá, vamos logo. Você tá com o endereço aí?
Ele disse se referindo ao evento da
mãe de Lili, que era importante para todas famílias nobres. Como a minha e a do Kj, a senhora Apa estava indo com seu marido.
— Sim, está no meu celular.
Peguei as chaves do carro.
Meia hora depois estávamos em um prédio luxuoso. A maioria dos eventos ocorriam em lugares assim. Eu estava acostumado. A rua estava lotada de carros e fotógrafos, os flashes de suas câmeras disparavam.
Entrei na enorme fila para o estacionamento e suspirei. Ficaríamos o dia inteiro aqui. Horas, se tivéssemos sorte.
— Vamos ficar aqui até amanhã.
Eu disse puxando a gravata numa tentativa falha de afrouxar o nó, eu iria começar a sufocar em breve.
— Cara, você tem privilégios, este lugar é da sua sogra. Corta a merda dessa fila.
Fiz o que Kj falou e me enfiei atrás do primeiro carro da fila. Algumas pessoas buzinaram para mim mas eu as ignorei.
Privilégios.
— Senhor, você não pode fazer isso.
A mulher que estava checando a lista de entrada disse para mim. Ela usava um vestido creme e tinha um rádio em seu ombro, ela parecia estar exausta.
— Eu tenho certeza de que tem uma lista vip por aqui. Estou errado? Cole Sprouse.
Seus olhos correram pela lista e ela assentiu.
— Está bem. Cole Mitchell Sprouse ...
Kj me encarou, tentando conter a risada, então ele começou a gargalhar loucamente, falhando.
— Que foi, porra?
Eu apertei o volante sobre meus dedos e tirei os óculos. Eu
Odiava meu segundo sobrenome nome, mas eu o tinha graças à Melanie. Ninguém me hamava de Mitchell, Kj e os professores sempre souberam, mas eu sempre pedi para
que se referissem a mim como se o Mitchell nunca tivesse existido. Eu me esquecia completamente de que me chamava assim, na maioria das vezes.
— Nada. É estranho te chamar assim, você é o Cole. Cole Sprouse. Mas seu nome inteiro e verdadeiro é Cole Mitchell Sprouse.
A mulher nos ignorou com um olhar afiado.
— Aqui indica que você é namorado da filha de Amy. E você?
Ela apontou para Kj.
— Keneti James Fitzgerald Apa.
Seus olhos voltaram até a lista.
— Ok, convidado da Lili. Podem entrar.
— Keneti James Fitzgerald Apa.
Repeti o nome dele com um sorriso debochado.
— Ainda quer falar do meu nome....
— Cala a boca, seu fumante.
Ele disse e descemos do carro.
Seguimos algumas pessoas que estavam subindo as escadas
até o buffet. Estávamos em um salão enorme, e o mais bonito que eu já tinha visto. Tudo aqui exalava luxo.
As luzes se apagaram de repente e o palco foi iluminado. Uma loira em um vestido azul cruzou o palco com um sorriso. As pessoas aplaudiram.
Era Amy.
Eu sabia por causa da semelhança. Ela era um clone de Lili, só que mais velha.
— Olá, quero agradecer a todos por estarem presente. Isso é muito importante para mim. Ajudar as pessoas que precisam. Conto com a ajuda de vocês para fazermos esta
doação. Por isso, serão leiloados aparelhos exclusivos da minha marca.
Kj aplaudiu e soltou alguns assobios em apoio.
— Quem sabe eu não saio daqui com um celular que sabe voar.
Balancei a cabeça negativamente.
— Você precisa se tratar. — afirmei e voltei a prestar atenção no que ela dizia.
— Hoje eu quero apresentar alguém muito especial ao mundo. Eu a amo e quero que todos saibam.
Lili subiu timidamente no palco. Ela estava usando um vestido igual o de sua mãe e estava linda. Ela estava desconfortável, mas estava ali em consideração a sua mãe.
— Esta é a minha filha, Lili.
As pessoas murmuraram surpresas entre sí e aplaudiram. Depois de alguns minutos, fui até onde Lil e sua mãe estavam. Amy conversava
com um homem enquanto Lili estava em pé ao seu lado, encarando a pulseira em seu pulso que eu havia a presenteado, distraidamente.
Passei os braços ao redor de sua cintura e apoiei minha mandíbula na curva de seu pescoço.
Ela deixou a cabeça cair levemente para trás e logo depois se endireitou. Amy nos encarava encantada e surpresa.
— Este é o meu namorado, Cole.
Sua mãe assentiu e sorriu em minha direção.
— Olá, Sra. Reinhart, é um prazer te conhecer.
Eu me desvencilhei de Lili e segurei a
mão de sua mãe, depois de depositar um beijo sobre a mesma, eu a soltei e sorri torto. O rosto da mãe de Lili havia ganhado uma tonalidade rosada e eu quis rir.
— O prazer é completamente meu. Hum... Quero dizer, foi meio inadequado, você é namorado da minha filha, tem idade para ser meu filho e...
Ela começou a balbuciar mas
Lili a interrompeu, dando risada e a levando para longe.
Elas murmuraram algo e Lili jogou a cabeça para trás e riu. E eu vi.
Eu vi a conexão que elas tinham.
Elas andaram até mim depois de alguns momentos e ela sorriu em minha direção.
— Ela perguntou se você não gostaria de namorar ela também.
Eu soltei uma risada.
Puxei ela pela mão até um canto mais afastado, com menos movimentação.
Puxei a caixinha de veludo azul escura do meu bolso e a coloquei na palma de sua mão.
— Feliz aniversário.
Observei a forma como seus olhos brilharam. Ela abriu a caixinha e encarou o anel de ouro branco com uma pedra de diamante em seu centro.
Eu havia comprado hoje de manhã em uma joalheria. Eu imaginei que iria ficar perfeito em sua mão.
— O-o que é isso? — ela sussurrou, admirada.
— Um anel de compromisso.
Dei de ombros.
— Você gostou?
— Sim. É lindo.
Peguei o anel da caixinha e o coloquei em seu dedo indicador.
— Eu te amo, obrigado por entrar na minha vida.
Ela me encarou surpresa e então jogou seus braços ao redor dos meus ombros e me beijou.
— Vamos embora. — eu murmurei próximo ao seu ouvido, afundando meus dedos em seus cabelos. — Quero tran... fazer amor com você.
Me corrigi de imediato.
Eu nunca faria amor antes de Lili. A ideia era absurda.
Ela era a única digna. Era somente ela.
Com ela sempre seria com ternura.
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