31

Lili Reinhart

Minha cabeça latejava enquanto eu abria meus olhos. Minha boca estava
completamente seca e eu estava me sentindo péssima, praticamente tudo doía. A primeira coisa que notei quando me sentei na cama foi que eu não estava em casa.

A segunda foi a cômoda ao meu lado com um vaso preto de violetas.

Meu coração errou uma batida quando percebi aonde eu realmente estava. O apartamento de Cole, eu conhecia aquele quarto, era o de visitas. O que eu estava fazendo ali?

Eu não me lembrava.

Eu havia ido para o dormitório de Maddie, depois ela me ofereceu uma tragada daquele baseado e eu aceitei porque estava chateada e ela me prometeu que aliviaria a dor.

Cenas invadiram minha cabeça no próximo instante como flashes, preenchendo cada buraco que faltava em minha memória. Nós nos beijamos. Eu beijei a Mads.

Ela mandou um vídeo para o Cole.

Ele foi até lá.

Eu montei em cima dele, ele recusou então me levou embora.

Senti minhas bochechas arderem e me deitei novamente, querendo me esconder em baixo dos lençóis para sempre. Depois de me recompor, resolvi me levar e ir até o banheiro que ficava no corredor. Eu lavei meu rosto e usei minha escova de dentes que ainda estava ali.

Meus cabelos estavam desgrenhados e eu tinha uma aparência péssima.
Me virei para sair mas acabei esbarrando no peito largo de Cole.

Eu o encarei, os olhos castanhos escuros que estavam surpresos, os cabelos negros apontados em todas as direção, eles pareciam maiores, ele bloqueou minha passagem, cruzando os braços.

— Bom dia, flor do dia.

— Bom dia.

Eu respondi desviando meus olhos para a parede e recuando alguns
passos para trás, nós estávamos muito próximos. Ele se aproximou novamente, franzindo a testa.

— Que foi? Por que você está se afastando?

Eu recuei novamente, batendo no vidro do box atrás de mim.

— Porque eu... Hum... É mais seguro.

Respondi por fim, pateticamente.

Ele sorriu arrogante, me deixando mais nervosa ainda.

— Eu gosto da proximidade. E aliás, eu não mordo.

Então ele se aproximou novamente, me encurralando completamente. Seus braços em cada lado de minha cabeça.

— Você pode me dar mais espaço? Por favor.

Eu pedi, tentando passar por ele
numa tentativa falha.

— Não. Você não acha que já teve espaço demais?

Ele perguntou, abaixando a cabeça e roçando o nariz pelo meu maxilar, até meu ombro.

Quando seus lábios tocaram minha pele, ele a mordiscou levemente, enviando tremores por meu corpo.

— Talvez eu morda mesmo.

Ele concluiu, suas mãos deslizando por minha cintura, até os botões da minha calça jeans.

— Espera, Cole. — eu pedi, o tom de voz ofegante. — Você não... Eu não quero.

Ele me encarou por alguns momentos e então se afastou.

— Está bem. Eu entendo. Mas se você não deixa eu te tocar, ao menos me deixe falar com você.

Agora sua expressão era completamente séria, ele parecia exausto.

Quando eu não repondi ele continuou.

— Essa situação toda é fodida. Eu nunca tive um relacionamento antes, você sabe, então não sei exatamente como as coisas funcionam, mas acredito que devemos confiar
uns nos outros. E quando eu te disse que não paguei por sua faculdade, foi exatamente isso que eu quis dizer. Eu não paguei por ela.

Ele esfregou as mãos no rosto.

— Eu nunca faria algo que você não queira, eu nunca forçaria seus limites, amor. Eu a respeito, a respeito pra caralho e você me deixou puto de raiva. Sei que não justifica as merdas que eu fiz, mas você me deu um pé na bunda, eu posso ter fodido tudo, mas foi você quem me levou a isso.

Nós ficamos em silêncio por alguns momentos.

— Eu não te traí, eu nunca faria isso com você. Mas eu estava bêbado e com raiva, esses foram os ingredientes para eu perder a cabeça. Eu nunca disse que seria bom, nem
que nunca iria te machucar, mas foi isso que aconteceu, porque apesar de não ter.experiência, sei que todos relacionamentos têm seus pontos baixos e altos. Eu errei, você errou. Mas eu...

Ele suspirou, parecia frustrado.

— Eu te amo, porra. Eu te amo e isso me.assusta um pouco, e me fode mais ainda ao saber que não é recíproco. Mas eu não te culpo, não sei como alguém pode conseguir me amar algum dia, eu só estrago tudo e...

Eu o interrompi.

— Espera. O que você disse?

Ele parou de esfregar o pescoço e ergueu os olhos para mim.

— Eu não te culpo, Lili. Não mesmo...

— Antes disso.

Eu entrelacei meus dedos e senti a onda de ansiedade me dominar.

— Eu disse que o que temos não é recíproco e que porra é essa? Você vai me fazer repetir tudo? Sei que sou um otário mas...

— É claro que eu te amo.

Eu o interrompi, o coração palpitando e a palma de minhas mãos suando.
Ele ficou congelado por alguns momentos, apenas me encarando.

— Você me ama?

Ele perguntou, incredulidade estampada em seu rosto.

— Sim.

Eu dei de ombros, tentando agir com indiferença mas eu estava muito
nervosa.

— Caralho... — ele murmurou, parecia sem jeito. — Você pode dizer mais uma vez? É só que...

— Eu. Te. Amo.

Falei pausadamente.

Então ele avançou em minha direção e esmagou sua boca contra a minha
violentamente. Eu soltei um murmúrio em surpresa mas não resisti quando sua língua deslizou para dentro de meus lábios.

Talvez eu não devesse.

Talvez eu devesse manter distância.
Mas eu sempre seguiria meu coração apartir de agora. E era isso que ele queria. Algo que me fizesse se sentir viva.

Nós.

Cole e eu.

E pela primeira vez, eu optaria pela minha própria felicidade.

Suas mãos deslizaram para dentro de minha blusa e seus dedos tocaram a pele de minha barriga, então deslizaram para dentro de minha calça jeans.

— Cacete...

Ele disse entre dentes, dois dedos deslizando para dentro de mim.

Meu gemido foi abafado contra seus lábios quando ele começou a fazer os movimentos lentos e preguiçosos. Era provocante.

— Espera, aqui não. Vamos para meu quarto.

Ele retirou os dedos e eu quase
protestei mas seus lábios me atacaram novamente e nós fomos cambaleando pelo corredor, sem quebrar o beijo, até seu quarto.
Quando minhas costas bateram contra o colchão macio eu deslizei para trás, Cole se posicionou entre minhas pernas e tirou minha calça jeans, a atirando do outro lado do
quarto.

— Agora eu amo cupcakes.

Ele disse, os dedos enfiados em cada lado de minha calcinha idiota, até que ele a deslizou na altura de meus calcanhares, me deixando completamente exposta.

Eu senti meu rosto corar.

— Você vê-la não estava exatamente nos meus planos.

Falei, envergonhada.

Ele piscou em minha direção, se curvando para frente, até nossos narizes estarem se roçando.

— Não tem problema, amor. Eu a adorei, de qualquer forma.

Antes que eu pudesse responder, sua boca desceu pelo meu pescoço, até ele ter que arrancar minha camiseta fora para que pudesse ter acesso aos meus seios. Ele sugou um de meus mamilos com força enquanto a mão ia até entre minhas pernas, desta vez, ele
colocou somente um dos dedos, o polegar deslizou pelo meu clitóris e ele acrescentou o segundo. Quando meus quadris se arquearam, o terceiro veio.

Sua mão livre me mantia presa ao colchão pela cintura e sua boca estava sobre a minha, abafando qualquer ruído que eu fazia. Ele mordeu meu lábio inferior com um pouco de força e o puxou, me fazendo tremer.

— Eu amo te tocar.

Ele disse, os dedos trabalhando dentro de mim, aumentando cada vez a pressão que eu sentia entre as pernas.

— Amo saber que sou o único que pode te fazer se sentir bem.

Seus movimentos ficaram lentos, mais profundos, como se ele soubesse que eu estava quase lá.

— Amo estar dentro de você. Também amo seus gemidos suaves.

Desta vez, ele me beijou avidamente. Então eu senti a onda de prazer
avassaladora e o orgasmo. Eu apertei os ombros de Cole fortemente e soltei um gemido, um pouquinho alto, chamando pelo seu nome.

Ele me encarou, tirando algumas mechas de cabelo de meu rosto, os olhos dele eram pura luxúria.

— Você fica muito linda quando goza.

Então ele se afastou, levando todo o calor junto com ele. Eu ainda estava mole demais depois do orgasmo para mantê-lo no mesmo lugar.

Ele parecia frustrado, incomodado com sua ereção completamente visível através de sua calça de moletom.

Quando ele fez menção de se levantar, eu me sentei e segurei seu braço.

— Espera...

Eu falei, ofegante.

— Você... A gente... Não vai?

Eu não sabia como formular as palavras.

— Foder? — ele completou.

Eu o encarei envergonhada, então ele começou a rir.

— Tanto faz, a gente podia fazer mais coisas.

Ele me encarou, parecia surpreso.

— Se você dizer a palavra boceta, eu posso foder a sua.

Um sorrisinho maldoso brincava em seus lábios, como se ele acreditasse que eu.jamais diria aquilo. Ou como se ele simplesmente gostasse de me envergonhar, ou torturar.

Eu fechei meus olhos.

— Boceta. — eu disse rapidamente, antes que perdesse a coragem.

Silêncio.

Depois de alguns segundos, eu abri meus olhos a tempo de ver o brilho de malícia nos olhos de Cole e sua boca levemente entreaberta antes de ele praticamente me atacar.

Nós caímos de volta ao colchão, sua ereção pressionada contra meu quadril.

— O que você disse? Repete, por favor.

Sua expressão era séria e seu pedido havia soado mais como uma ordem.

— Não, eu já disse antes. Não está bom para você?

— Não.

Ele gemeu, frustrado.

— Então me fala o que você quer, pelo menos.

Havia um misto de esperança em seu olhar.

— Me fala o que você quer e eu vou te dar exatamente o que você precisa.

Eu engoli em seco, a oferta parecia tentadora. Eu estava curiosa sobre o que Cole poderia fazer sobre a cama, então eu falei exatamente o que eu queria descobrir.

— Eu quero que você me foda.

Essas foram as palavras chave para fazerem Cole voltar a ação, no próximo momento, sua calça tinha ido embora, a cueca também. Ele tateava a cômoda em busca de
um preservativo, quando ele o achou, rasgou a embalagem dourada com os dentes e a deslizou por seu membro.

— Gostou? — ele perguntou divertido, se referindo ao pênis enquanto eu encarava cada movimento seu.

— Impressionante.

Ele riu mas então o som grave pairou sobre o ar quando ele ficou de joelho sobre a cama, suas mãos deslizaram por minhas pernas até meus calcanhares, ele me puxou para
perto e então se curvou sobre mim.

— Eu queria muito te mostrar como o bruto também é bom pra caralho. Mas com você tem que ser com carinho, sempre é.

Ele esfregou a glande contra meu clitóris e eu arfei, me sentindo completamente em chamas. Ele colocou apenas a ponta em minha entrada.

Cole...

Eu chamei, o peito descendo e subindo pesadamente.

Seus olhos encontraram os meus, o desejo estampado em seu rosto estupidamente bonito, agora ele parecia levemente confuso com minha interrupção.

— Você não precisa ser gentil.

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