Invasão de privacidade.

Capítulo 44.
Invasão de privacidade.
LILI REINHART.

Estar no fim do segundo semestre da faculdade estava me deixando de cabelos em pé, naturalmente. A quantidade absurda de trabalhos para entregar, apresentações e provas para fazer, era, de longe, duas vezes mais intensa que no primeiro semestre. Mas nada disso estava me deixando mais aflita e ansiosa que minha vida pessoal.

Você provavelmente deve estar se perguntando o motivo disso. Por que diabos sua vida pessoal te daria mais dor de cabeça que um maldito semestre inteiro da faculdade? Bem, no meu caso é fácil responder: eu tenho um namorado, famoso, que qualquer garota na droga do mundo se joga aos pés, e que resolveu assumir nosso relacionamento publicamente logo no início.

Com certeza você deve estar ainda mais confusa, porque, que garota não gostaria de ser assumida publicamente, quando o namorado tem milhões de garotas jogando-se em cima dele ou sonhando com ele diariamente? Pois é. Bem, o problema não é que todos saibam que Cole é meu namorado, e sim as especulações e invenções ridículas que costumam acontecer de tempo em tempo. A da vez é que eu estou traindo Cole com meu colega de classe, Sean, com quem tenho passado tempo demais por causa dos trabalhos e provas finais por ele ser meu parceiro em ambos.

No início era engraçado. Cole e eu líamos essas idiotices, deitados juntos na cama, rindo como duas crianças por causa da falta do que fazer dessas pessoas sem noção e escrúpulos, mas agora? Bem, agora esse tipo de coisas tem deixado tudo um pouco complicado entre nós dois. Resolveram me acusar de traidora com a única pessoa que Cole realmente sente ciúmes, e isso causou nossa primeira briga feia em quase dois anos de relacionamento.

- Não entendo, Cole está na indústria desde bebê, sabe que isso é uma mentira ridícula. Por que está agindo dessa forma? - Madelaine murmurou, afagando meus cabelos.

Engulo o choro e passo as mãos por minhas lágrimas, afastando-as de meu rosto.

- Eu não sei. Talvez seja porque Sean tentou me beijar numa festa no primeiro semestre e Cole quase quebrou a cara dele? - digo num tom levemente irritado e grunho, batendo com força a porta do quarto por onde Cole havia saído a pouco tempo. - Sinceramente, Maddie, eu entendo o Cole, entendo que ele esteja irritado e magoado com essas especulações, entendo que ele se incomode por eu passar tempo demais com o Sean por causa dos trabalhos e provas de Teoria da arte, mas, droga, ele precisa confiar em mim! Eu só passo tempo com Sean por causa dos trabalhos em dupla, dupla essa que foi a maldita professora quem escolheu. O que diabos eu deveria fazer?

- Lil... - Madelaine chamou baixinho, colocou-se de pé e caminhou até mim, abraçando-me apertado. - Vocês precisam esfriar a cabeça e conversar. Cole está sentindo muito a distância no relacionamento de vocês. Não deve ser fácil para ele passar oitenta por cento do tempo dele no Canadá, longe de você, e ainda ter que aturar essas fofocas.

Eu me afasto e enxugo meus olhos novamente.

- Também não é fácil para mim, Madelaine. Eu sinto falta dele também, mas isso não justifica essa reação dele comigo.

- Eu vou deixar você sozinha um pouco para colocar seus pensamentos no lugar, tudo bem? - minha melhor amiga afaga minha bochecha, e se afasta, caminhando até a porta. - Só não deixe que a mídia destrua o namoro tão lindo de vocês, por favor. Vocês merecem mais que isso. - pediu ela, antes de deixar meu quarto.

Enrolei-me em uma bola em minha cama, cobrindo meu corpo até que minha cabeça desaparecesse. Meu peito estava pesado e eu chorei de frustração, pelo que pareceram ser longas horas, até pegar no sono.

Quando acordei, estava atordoada. Hoje era sexta, o que significava que eu estava sozinha no apartamento, porque Madelaine estaria com Vanessa, e Camila estaria de volta à Los Angeles. Constatei que estava certa quando cheguei à cozinha, e encontrei os rotineiros bilhetes de ambas, colados na geladeira.

Decidi que precisava comer alguma coisa, ou acabaria desmaiada no chão da cozinha, então, praticamente me enfiei dentro da geladeira para encontrar algo para comer.

Quando estava montando meu sanduíche na ilha da cozinha, meu celular começou a tocar escandalosamente no quarto, mas, decidi ignorar e retornar a ligação depois.

Peguei um copo de suco na geladeira, e sentei-me no sofá com meu sanduíche. Quando fiz menção em levá-lo a boca, uma pedra atravessou minha janela, passando à pouquíssimos centímetros do meu rosto depois de estilhaçar o vidro da minha janela. O susto fora tão grande, que derrubei todo meu suco no tapete caro que Camila havia comprado a menos de um mês e meu sanduíche espatifou-se no chão.

Eu estava estática, tremendo com o susto. Meu celular tocou de novo, dessa vez, acompanhado do telefone fixo e da companhia.

Alguma coisa de muito errada estava acontecendo.

Me coloquei de pé ao ouvir uma gritaria embaixo da minha janela. Vi algumas garotas, e uma delas deu um gritinho, jogando as pedras em suas mãos no chão, e correndo em direção a minha porta, o que alarmou as outras, fazendo-as repetir o ato.

Meus olhos encheram-se de lágrimas imediatamente com a ideia de que elas estavam prestes a passar pelas escadas que davam para porta de minha casa. Mas, congelei ao ouvir uma voz conhecida e extremamente enraivecida.

- É isso que vocês acham que é ser fã? - era Cole, e ele estava extremamente aborrecido. - Vazar o endereço da minha namorada, e vir apedrejar a janela dela, como se isso não você me deixar magoado e preocupado? Deus, como eu estou decepcionado com vocês. Vão embora, por favor.

Engulo em seco e corro até a porta, o medo de que possam fazer algo com Cole é maior do que o medo de ser apedrejada. Quando abro a porta, ouço-o dizer:

- Vocês que dizem tanto me amar, deveriam respeitar a Lili e a integridade e privacidade dela. Graças à garota de quem vocês apedrejaram a casa, eu estou vivo. Graças a porra de um pedaço dela eu ainda estou aqui, e mesmo que todos esses rumores mentirosos e sórdidos fossem verdade, ainda assim ela mereceria respeito e gratidão. Então, por favor, saiam daqui. Agora.

- Cole.. - eu o chamo baixinho, quase inaudível, mas ele me escuta e vira a cabeça em minha direção, deixando as garotas com cara de tacho e corre até mim, me abraçando apertado.

- Me desculpe brigar com você, você não merece isso. Me perdoe, por favor. - ele sussurra, afagando meus cabelos e beijando meu maxilar. Eu desmancho contra ele.

- Está tudo bem. - falo baixinho, retribuindo o selinho que ele deposita em meus lábios.

- Vamos pegar uma muda de roupas suas e vamos para o hotel comigo, vazaram seu maldito endereço e eu não vou ficar tranquilo com você sozinha aqui. - engulo em seco, e movimento a cabeça em afirmação.

Cole me guia para dentro de casa, e assim que sumo para dentro do meu quarto para arrumar uma mochila, ouço-o ao telefone em contato com uma companhia de segurança para mandar alguém para cá para que não destruam toda a brownstone que alugo com as meninas.

Quando saio do quarto, com a mochila nas costas e uma nova roupa no corpo, Cole me aperta em seus braços por alguns segundos e logo segura meu rosto em suas mãos, o nariz roçando nos meus suavemente e os olhos fechados.

- Essa foi a primeira e a última briga que tivemos por causa dessas coisas, eu te amo, e não vou deixar que nada de ruim aconteça com você outra vez. Eu prometo.

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oie, espero que tenham gostado do capítulo e da intenção dele! Amo vocês, e MUITO OBRIGADA PELOS +80K DE VIZUALIZAÇÕES!!!!!! TO MUITO! FELIZZZZZZZ

JÁ LERAM MINHA NOVA HISTÓRIA?? ESTOU ATUALIZANDO BASTANTE AGORA!!! CHAMA LOVER E ESTÁ AQUI NO MEU PERFIL?!!

SÓ MAIS 6 CAPÍTULOS PARA O FIM!!

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