Até o fim do mundo.

Capítulo 38.
Até o fim do mundo.
LILI REINHART

Se eu não tivesse acordado naquela manhã com o corpo quente de Cole envolvendo-me na cama de casal do quarto de hóspedes da casa de Lizzie, eu juraria que aquilo havia sido um sonho.

Nós mal nos falamos, nossa noite fora preenchida por sequências incansáveis de toques, beijos e carícias, mas, ainda assim, parecia que eu não havia matado toda a saudade que sentia dele. Ainda não estava satisfeita.

- Está pronta para conversar? - a voz rouca de Cole soou baixa em meu ouvido, como um sussurro.

Movi meu corpo preguiçosamente na cama, colocando-me de frente para ele, e com os olhos ainda praticamente fechados acenei em afirmação.

- Por que diabos você falou aquelas coisas na Ellen? - minha voz saiu mais rouca que o esperado, graças a falta de uso. - Sua mãe vai matar você a qualquer momento. - brinquei.

- Foi uma medida desesperada. - Cole roçou o nariz no meu e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, logo escondendo o rosto no meu pescoço. - Queria que ela entendesse que você sempre vai considerá-la como sua mãe, e que independente do que aconteça entre nós dois, você não vai sair da vida dela, nem ela da sua. - ele explicou, em meio a um beijo e outro que depositava em meu ombro e meu pescoço.

Arfei, forçando-me a concentrar em suas palavras e não em seus toques e carinhos constantes.

- Também queria que ela entendesse isso. Eu jamais abriria mão dela, mesmo que amanhã ou depois você me largasse pra ficar com alguma supermodelo. - dou de ombros, ignorando o arrepio que sobem por minha espinha apenas por cogitar essa hipótese.

Cole ri, e cola os lábios nos meus.

Depois de um longo silêncio, respiro fundo e decidi questionar a segundo coisa que estava me mantendo acordada:

- Por que você demorou tanto a vir me ver?

Ele abriu os olhos, e aquelas duas pedras preciosas esverdeadas pousaram em meu rosto. Cole repousou seu polegar em minha bochecha, e o resto de seus dedos em meu maxilar enquanto me estudava.

- Minha mãe e meu advogado estavam feito cães de guarda em cima de mim. Precisei de muita estratégia pra conseguir vir até aqui hoje. E de muita ajuda da minha cunhada também. - ele sorriu triste e eu encolhi os ombros.

- Você poderia ter ligado. - resmunguei. - Em alguns momentos cheguei a pensar que a Rachel havia conseguido te fazer desistir da gente. - respirei fundo quando senti minhas vistas arderem.

- Ei? - Cole chamou, segurando-me pelas bochechas com as duas mãos. - Eu já deixei bem claro pra ela que eu não vou abrir mão de você, Lili Reinhart. Eu estou completamente apaixonado por você. Eu amo você, porra. Não existe nenhuma circunstância que eu consiga me imaginar sem você. Eu não vou a lugar nenhum sem que você esteja comigo, entendeu?

Sua palavras me atingiram como uma avalanche. Uma mistura de medo e felicidade incontrolável instalaram-se em meu estômago, e eu só consegui sorrir com os olhos transbordando lágrimas de alegria, enquanto movimentava a cabeça freneticamente em afirmação.

Sem dizer mais nada, lancei-me sobre Cole e juntei nossos lábios, esquecendo-me até que deveríamos estar com mau hálito, já que havíamos acabado de acordar.

A língua de Cole entrelaçou-se majestosamente na minha enquanto as mãos dele corriam num carinho suave por meu torso, levantando a camisa dele que estava em meu corpo.

- Amor. - Cole ofegou, separando nossos lábios. - Antes que a gente faça um belo sexo matinal, preciso que você dê atenção pro pacote que eu te trouxe.

O olhei confusa. Eu não queria olhar pacote nenhum, queria fazer amor com ele até a hora que ele precisasse ir embora. Ele estava rígido embaixo de mim, o que tornava meu raciocínio ainda mais turvo e lento.

- Hã? - perguntei meio desnorteada.

Cole colocou-me de lado na cama, levantou-se e começou a olhar ao redor a procura do tal pacote. Quando achou, caminhou de volta para mim e sentou-se ao meu lado, entregando-me um envelope pardo grosso e ligeiramente pesado.

- É uma carta da Juilliard. - ditou, apontando para o brazão da faculdade.

- Eles já não me deram um não? Por que diabos estão me mandando mais cartas? - reviro os olhos entediada.

- Abre logo isso, Lili. - Cole pediu ansioso.

O encarei ainda mais intrigada, e, negando a cabeça, comecei a rasgar o envelope. O que meus olhos viram fizeram meu corpo inteiro estremecer em choque:

"Querida Lili Reinhart,

Parabéns! Em nome do Corpo docente e Comitê de admissões, é um grande prazer informar que você foi aceita no Programa de Dramaturgia da Faculdade de Juilliard..."

Não consegui terminar de ler, haviam lágrimas demais acumulada em meus olhos. Meu sorriso poderia rasgar minhas bochechas a qualquer momento.

- Você conseguiu! Só precisa fazer a prova de avaliação do estado e está dentro! - Cole comemorou.

- Como? - questionei, a dúvida tomando conta de mim e ofuscando levemente a minha felicidade. - Eles me mandaram uma carta recusando a minha inscrição.

- Eu posso ter esclarecido as coisas sobre o incidente com o delinquente do Chace. - Cole sorriu, correndo seus polegares por meu rosto para limpe delicadamente as minhas lágrimas.

- Então eles realmente me aceitaram? De verdade? - questionei ofegante, pulando nos braços de Cole.

- Cem por cento, baby. Próximo setembro você estará em Nova York. - anunciou ele, virando-nos na cama e ficando com o corpo sobre o meu. - Acho que devemos comemorar. - murmurou, beijando meu maxilar, descendo para o meu pescoço. - O que me diz?

- Eu sei a maneira perfeita de agradecer o que você fez. - disse sorrindo, enquanto erguia minha sobrancelha esquerda.

Segurei Cole pela nuca, juntando nossos lábios e nos girando para a nossa posição anterior, deixando-o sob meu corpo. Me colocando entre as pernas dele pude observar atentamente a extensão de seu corpo que tanto me atraia. Senti minha intimidade contrair em antecipação.

Não consegui evitar o gemido de aprovação ao ver Cole levar os braços para trás de sua nuca, repousando sua cabeça nos mesmos, totalmente entregue ao que quer que eu decidisse fazer com ele.

Estiquei meu corpo o suficiente para depositar beijos suaves e demorados na pele dele, beijando-o desde o pescoço até o peitoral e descendo pelo meio de seu torso, parando logo abaixo do umbigo. Sorrio ao ver Cole fechar os olhos e envolver as mãos em meu cabelo, acariciando-o suavemente. Ele queria aquilo tanto quanto eu. E a prova disso era seu membro já rígido medindo forças com a cueca boxer preta.

Para provocá-lo mais um pouco, beijei demoradamente cada pedacinho das linhas que formavam um "v" profundo em seu quadril. Era uma das minhas partes favoritas do corpo dele.

Quando abaixei a cueca de Cole, deixando-o completamente nu, arfamos juntos, ele um pouco mais intensamente que eu. Tomei-o em minha mão suavemente, acariciando a glande rosada com o polegar, espalhando seu lubrificante natural lentamente, fazendo-o gemer arrastado, apertando a mão com mais força em meus cabelos.

- Adoro quando você geme. - sussurrei quase sem voz, sentindo o sangue concentrar-se em minhas bochechas. Eu amava os sons que ele emitia quando fazíamos amor, mas nunca havia admitido aquilo antes.

- Porra, é impossível não gemer por você. - a voz dele soou grave e carregada de tesão. Senti-me a mulher mais poderosa do mundo, e, com isso, levei-o a minha boca, chupando e lambendo de maneira lenta, com os olhos presos no rosto dele, para que nenhuma reação me escapasse. Cole gemeu mais uma vez, agora mais baixinho. - Caralho, Lili.

Quando eu achava que era impossível Cole ficar ainda mais rígido, ele ficava. Depois de algum tempo, senti suas veias engrossarem em minha boca e mão, e suspirei em aprovação porque sabia que aquilo era um sinal de que eu o estava dando tanto prazer a ponto dele alcançar o orgasmo em breve, mas, para minha surpresa, ele afastou meu rosto segurando meu cabelo, e pediu ofegante:

- Quero gozar dentro de você, não na sua boca.

Numa fração de segundos, um milhão de coisas passaram-se pela minha cabeça, e a mais alarmante delas, é que Cole e eu nunca transamos protegidos. Era estranho pra mim confiar nele ao ponto de nunca lembrar do preservativo. Mas, para nossa sorte, eu sempre lembrava do anticoncepcional.

Em um movimento rápido, Cole impulsionou o corpo para frente, sentando-se na cama, e puxou-me para o seu colo. Não tive tempo de raciocinar ou contestar, senti-lo rígido contra a minha intimidade úmida e pulsante era demais para o meu auto-controle. Quando sentei-me sobre ele, vendo-o segurar na base de seu membro para encaixar-se em mim, quase me desmanchei como uma gelatina exposta ao sol.

Senti-lo escorregar para dentro de mim de maneira lenta, com os lábios tocando suavemente minha pele e os dedos apertando todas as partes do meu corpo que podiam alcançar, era, de longe, a melhor sensação que já presenciei em toda a minha vida.

Montei-o lenta e intensamente. Os olhos fixos um no outro, sem quase piscar. Os gemidos intensos e o som de nossos corpos se chocando, misturavam-se com as juras de amor quase silenciosas. Eu não sabia como iria lidar com tudo se aquela fosse a nossa última vez juntos. A essa altura, eu não tinha mais capacidade de ficar longe de Cole, nem que eu quisesse.

Um gemido que arrepiou todo meu corpo rugiu dos lábios de Cole quando minha intimidade apertou-se ao redor dele, durante o meu orgasmo, levando-o ao ápice poucos segundos depois.

Ainda grudados um no outro, trocando pequenas carícias e sussurros, Cole nos deitou na cama e me abraçou apertado.

- Eu vou até o fim do mundo se for preciso pra ficarmos juntos. Eu prometo. - sussurrou.

_____

Pelo menos um pouquinho de paz pro nosso casal, né??

E aí, o que acham que esses dois vão fazer pra Rachel aceitá-los?

Ah, vim avisar que estou de volta com Lover e que ainda essa semana postarei capítulo novo, vão ler!!!!!!! Principalmente porque fiz alterações nos 3 primeiros capítulos!

Até o próximo capítulo!

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