Amoras!

Quero aproveitar antes de começar esse capítulo dando mais uma vez parabéns a uma amora muito especial, ela foi minha primeira leitora, a primeira a votar e acreditar em mim. E no dia 18 de fevereiro de 2022 ela deu à luz a baby amor Vilu que veio ao mundo pra encher todos de amor e alegria. Parabéns minha número UM, te amo.

Boa leitura meus amores.

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꧁✞ Autora pt1 ✞꧂

Frio na barriga, mãos suando, batimentos cardíacos aumentados em cento e cinquenta por minuto, pernas bambas, confusão sobre atos, sintomas básicos de alguém apaixonado.

Ver os olhos de quem amamos, sentir o cheiro quando estamos próximos, isso nos deixa eufóricos, fazendo nosso cérebro liberar dopamina responsável pelo prazer, fazendo nosso corpo se sentir bem e em êxtase, deixando a entender que aquela pessoa ao seu lado era algo como sua fonte de dopamina.

A dopamina pode ser liberada de várias formas, carinho, admiração, estar confortável com a pessoa, às vezes você pode nem perceber mas o que começou com uma ajuda entre amigos libera tanta dopamina em seu corpo que seu cérebro liga todos os pontos anteriores obtendo uma conclusão.

Paixão.

Mas o que muitos não entendem é que esse sentimento induzido por um hormônio tão "fácil" que se libera até em uma mordida em um chocolate, é ralo, pouco e momentâneo comparado a outro sentimento pouco conhecido pelo ser humano.

Amor.

Mas há uma grande diferença entre ambos os sentimentos.

Enquanto a paixão poderia ser explicada de formas infinitas usando dados científicos, estatísticas, cálculos, razões e motivos para que ela aconteça em nossas vidas.

Mas o amor, há o amor, explicar ele é deveras impossível, é como tentar ensinar cálculos ao um recém-nascido, você passar horas, dias falando mas ele só entenderá quando crescer e aprender por si só.  

A explicação sobre o amor ficou confusa pra vocês?

Tudo bem, eu entendo, e sabe porque não entenderam? 

Porque paixão se explica, amor se sente.

Na paixão nós fodemos, no amor estamos fodidos.

' -Yoongi?'

-Está tudo bem Sweetheart ?

A anos Jungkook não era chamado assim, um apelido carinhoso dado por Min antes mesmo de terem algo físico, aos seus quatorze anos quando conheceu o mais velho não imaginava despertar um sentimento mais carnal pelo mesmo. O apelido 'Sweetheart' que em tradução livre significa ' doce coração'' foi introduzido por Yoongi como uma provocação em uma tentativa falha de ver Jungkook com raiva. O que Yoongi não imaginava era que ao provocar o mais novo ele ficaria encantado ao ver seus olhos negros brilharem e suas bochechas ficarem vermelhas.

-Sim, obrigado por me ajudar.

-Tudo bem, mas você não parece bem, está pálido.

O mais velho olhou em volta e avistou o café onde Jeon trabalha e sem saber o arrastou para dentro se sentando junto ao mais novo em uma das mesas. Jackson atendeu aos dois, Jungkook contou o que havia acontecido tentando tranquilizar seu chefe o que não adiantou muito já que agora o dono do café estava observando os dois de longe.

Jackson sabia sobre a relação de Jeon com Jimin, e ver as risadas altas do mais novo com um cara totalmente desconhecido por si era estranho, mesmo que seu lado fifi gritasse para pegar seu celular e mandar mensagem para o amigo contando, preferiu não se meter, iria apenas ficar observando os dois.

-Nossa, quanto tempo, você está ainda mais lindo do que na época da escola Sweetheart.

-Não, fala isso.

O calor nas bochechas do moreno aumentou fazendo ele abaixar a cabeça envergonhado.

-E porque não? Eu nunca mentiria para você, Sweetheart.

As mãos quentes com dedos longos de Mim foram até o rosto do outro, tirando alguns fios que estavam no rosto do menor e os pondo atrás de sua orelha. O toque se fez familiar para o outro, era algo bom com gosto de adolescência, mas não era tão bom quanto ao toque frio e que despertava seu desejo quando Jimin o tocava. Ao lembrar do loiro, Jungkook se afastou rápido.

-Desculpe, não quis te assustar.

-Tudo bem. Por onde você esteve, você mudou, tá mais.. mais .

-Bonito e gostoso, brincadeira, brincadeira. Eu fiz uma prova do ensino médio, entrei em uma boa universidade e me formei mecânica, sou apaixonado por carros e velocidade então trabalho como uma espécie de piloto de testes. Sou pago para avaliar o desempenho de carros de alta velocidade.

-Uau, isso parece cheio de adrenalina e perigoso.

-Eu sempre gostei disso, você deveria saber.

-Yoongi, para.

-Tá parei, é que ainda é bom te provocar. E você, como tá, ainda está trancado naquela igreja?

Mergulhado no verde e castanho dos olhos da antiga paixão, Jungkook teve seu peito atingido por lembranças tristes do passado, a vez que foi pego beijando o outro, quando ouviu inúmeras vezes o quanto era sujo por ter feito aquilo, a vez que seu pai invadiu a escola e pegou a si deitado no colo de Yoongi em um momento de carinho entre eles.

Era triste lembrar, mas quando se lembrava que mesmo com tudo o que aconteceu recentemente, ele estava livre do inferno que era estar na mesma casa que seu progenitor o deixava aliviado.

-Não, eu não vou mais à igreja, já faz um tempo.

-E seu pai aceitou isso? Se bem lembro ele era uma pessoa bem rígida.

-Eu não moro mais com ele, faz uns seis meses que saí de casa.

-Nossa isso é maravilhoso, Sweetheart.

-Humm.

-Não quis parecer grosso, afinal ele é seu pai.

-Tudo bem, eu também acho bom, agora eu tenho mais liberdade pra ficar com o Hobi.

-Hobi, Jung Hoseok?

-Sim.

-Nossa, vocês ainda são amigos mesmo depois de tanto tempo.

-É , Hobi é meu sol, minha outra metade, sem ele eu não teria suportado todo esse tempo, ele esteve ao meu lado, diferente de você né?

Não era intenção do mais novo tocar no assunto, mas mesmo que estivesse em euforia em rever sua paixão da adolescência ele não podia negar que o fato de Yoongi ter o abandonado quando mais precisou ainda o machucava.

-Desculpe, eu não quis falar isso.

-Tudo bem, mas não foi por que eu quis, Jungkook, eu tive que me afastar por você.

-Por mim? 

Quando Min ia começar a se explicar o som do sino da porta do local soou chamando atenção do mais novo que virou seu rosto não podendo evitar que seu sorriso se alargasse ao ver a imagem de Park entrar no local.

O loiro não tinha visto seu pequeno ainda estava falando com Jackson na bancada do local dando mais tempo pra Jungkook admirar o conjunto de arte que Park Jimin é. Yoon por outro lado percebeu o comportamento do outro mudar, seu corpo agitado como de uma criança, seus olhos virando duas constelações, seu sorriso largo e sereno que podiam iluminar qualquer lugar.

Yoongi passou por muitas coisas, se deitou em muitas camas com muitos corpos diferentes, ele sabia muito bem diferenciar paixão de amor, e nunca escondeu de si mesmo que nunca esqueceu Jungkook, que esperou todos esses anos para poder voltar e encontrar seu primeiro amor e contar tudo o que aconteceu.

Mas agora ali vendo o outro olhar para outra pessoa de uma forma que nunca foi olhado pelo menor ele percebeu que talvez tenha chegado tarde de mais, os olhos de seu sweetheart do passado carregavam paixão e desejo, mas esses olhos que olham para o homem loiro e desconhecido por si carregavam amor.

-Ei, Jungkook!

-Ah sim, me desculpe, eu me distrai.

-Bela distração em, seu amigo?

-Ah, é sim, um bom amigo, ele está me ajudando com tudo que está acontecendo.

-Então ele é alguém importante para você.

-Muito.

Jackson fez um pequeno sinal com a cabeça indicando a Jimin onde o mais novo estava, Jimin estava preocupado após Jak ter contado sobre a febre e o quase assistente do mais novo. 

Quando viu seu pequeno sentado de frente para outro homem estranhou, achou que conhecia os poucos amigos que Jeon tinha, mas não se importou até porque estava mais preocupado com a tal febre.

-Anjo, como você está? Jak me falou que você está com febre e quase foi atropelado.

Jimin ignorou completamente o outro sentado ali, simplesmente segurou as bochechas do moreno com suas mãos olhando em seus olhos, podendo sentir que realmente o menor estava com a temperatura elevada.

-Estou bem Jimin-shi, eu devo estar resfriado, um banho quente e alguns remédios e eu ficarei bem. E sobre o acidente eu também estou bem, fui salvo por ele.

Jungkook apontou para o outro que permanecia observando o casal em sua frente, era incrível como Jimin esquecia que devia se conter em público quando o assunto era o bem estar de Jungkook.

-Obrigado por ajudar ele.

-Tudo bem, o que não fazemos por um velho conhecido não é mesmo sweetheart?

-Conhecido?

Jimin estava confuso, virou seus olhos para o menor que já estava em pé ao seu lado.

-Jimin esse é Min Yoongi, Yoongi esse é Park Jimin.

Yoongi, aquele nome atingiu em cheio o peito de Park, os olhos de duas cores, não lembrava de Jeon ter mencionado algo assim, mas era ele ali, a primeira paixão de seu anjo estava ali perto até de mais.

-Prazer.

Jimin observou a mão estendida do outro por alguns segundos até a apertar com força.

-Prazer. 

-Guinho vou indo, foi bom te rever.

Yoongi acabou por sorrir, ninguém o chamava assim era algo que apenas Jungkook fazia, percebeu os olhos devoradores de Park sobre si então resolveu não comentar nada e apenas se despedir.

Jimin e Jungkook já estavam no lado de fora quando Min apareceu correndo gritando o nome de Jungkook.

-O que foi Yoongi?

-Seu número, pode me dar ele?

-Tudo bem, mas não precisava correr assim.

-Sweetheart, eu tenho muito que te explicar ainda, mas em três dias volto para o Canadá para resolver algumas coisas. Por favor, quando eu voltar me dê uma chance de explicar tudo o que aconteceu, aí você vai saber e entender quem foi o culpado por isso e por eu ter te deixado.

Yoongi apontava para seu olho enquanto Jeon terminava de salvar seu número e devolvia o aparelho.

-Alguém fez isso com você?

-Sim, mas te conto quando eu voltar, até mais meu sweetheart.

O mais novo ficou parado vendo o outro se afastar, Jimin estava dentro do carro observando e ouvindo tudo pela janela, permaneceu em silêncio quando o mais novo entrou no carro pondo o cinto de segurança.

Ficaram em silêncio por alguns minutos até que Jungkook começou a tossir e suar novamente.

-Jimin, para o carro.

-O que foi?

 -PARA O CARRO AGORA.

Saiu do veículo as presas assim que o loiro parou no acostamento, abaixou sua cabeça apoiando as mãos nos joelhos, sentiu a acidez do seu estômago vir átona acabando por vomitar tudo que havia em seu estômago. Suas costas foram afagadas pelas mãos grandes e frias de Park, seu cabelo foi solto e preso novamente pelo mais velho para que não acabasse sujo.

Assim que uma segunda onda de mal estar parou Jimin o pós no bando do carona e ficou entre suas pernas acariciando seu rosto.

-Está melhor?

-Não, minha cabeça está me matando e eu estou com frio.

-Vou te levar pro hospital.

-Não, por favor, estou cansado daquele lugar.

-Tudo bem, vamos passar na farmácia antes de ir pra casa.

Em casa, Jimin terminava de vestir o menor sentado em sua cama.

-Levanta os braços.

-Eu não quero essa camisa, quero uma sua.

-Jungkook, por favor deixa eu colocar isso em você pra poder te dar os remédios.

-Jimin-shii, porque está sendo mal comigo? Eu gosto das suas camisas, não das minhas, as minhas não tem seu cheiro.

-Aff, tudo bem.

Jimin tirou a própria camisa de botões que usava colocando no menor, tapou o mais novo com algumas cobertas e voltou pra cozinha onde preparou mingau e uma xícara de chá, colocando tudo na bandeja sem esquecer a água e os remédios.

Quando adentrou o quarto percebeu Jeon sorrindo fraco para a tela do celular mas não quis perguntar o que era porque temia a resposta.

-Coma isso e beba todo chá depois tome esses remédios.

Jimin se levantou pronto para sair do quarto, mas teve seu pulso segurado.

-Fica comigo.

-Eu tenho que fazer uma ligação, eu já volto, coma tudo.

Na sala Jimin era um misto de sentimentos, tinha que descobrir sobre os documentos que havia achado, e agora sentia uma coisa que a muito tempo não sentia. Estava se sentindo ameaçado com ciúmes, não sabia o que fazer com toda essa carga em seu corpo, então respirou e preferiu fazer uma coisa de cada vez.

-Calma Jimin.

Seu celular emitia o som da chamada sendo feita mas logo parou quando no outro lado uma voz feminina o atendeu.

'- Alô?'

-Mãe?

'- Jimin, né? Sua mãe está no banho, se esperar um minuto eu passo pra ela.'

-Não precisa, é com você mesmo que quero falar Hannah.

'- Comigo, como posso ajudar?'

-Só preciso que me responda uma coisa.

' - Claro, pode perguntar.'

-Seu ex marido se chama, Jeon Minsuk?

Silêncio, a anos Hannah não ouvia aquele nome, evitava até lembrar dele, só se permitir lembrar quando tentava mais uma vez mandar alguma carta a procura de notícias de seu filho. E mesmo que tenha descoberto que o endereço para onde enviava as cartas não tinha mais ninguém morando, ela nunca desistiu de manter o envio.

-Hannah?

' -Porque quer saber?'

-Confie em mim por favor, esse é o nome do seu ex marido?

' - Sim, é ele, mas porque quer saber?'

Alguns minutos se passaram até que Jimin convencesse a companheira de sua mãe a confiar em si, que ele ainda não podia falar o porquê da pergunta, mas que em alguns dias ela entenderia os motivos.

Jimin ligou para Namjoon perguntado se sua masmorra já estava pronta, afinal o grande dia de levar Jungkook estava perto, dois dias apenas. Jimin deixaria tudo pronto mesmo que não levasse Jungkook caso o mesmo estivesse doente ainda, tinha certeza do que faria e diria ao menor, mesmo que não fosse como o planejado. Numa masmorra ou não Jimin tinha certeza de que se entregaria de coração e corpo ao menor, mesmo que agora ele esteja se sentindo com medo de perder Jungkook, que segundo Namjoon que já sabia de tudo, era algo idiota de se pensar já que calaramente Jungkook também era apaixonado pelo mais velho.

O que Jimin não esperava era que isso fosse mentira, Jungkook não estava apaixonado por Jimin, longe disso, o mais novo estava completamente entregue a Park, estava em um novo nível, ele estava amando Jimin.

E era isso que Jungkook martelava em sua cabeça, e ao contrário do que Park imaginava, Jungkook não estava ao celular com Min mas sim com Hoseok contando que pela primeira vez tinha entendido seus próprios sentimentos, ver Yoongi em sua frente, sentir o toque quente e ouvir a voz que tanto gostava a nãos atrás foi bom lhe causou um bem estar incrível.

Seu estômago revirou ao sentir o toque da ex paixão mas era diferente do que sentia quando Park o tocava, os toques de seu mestre lhe causavam paz, conforto, prazer, segurança, nos braços do mais velho Jungkook sentia como se todo o universo coubesse em sí, era como tocar o sol se se queimar ou até mesmo respirar oxigênio no espaço.

Era possível fazer dois mais dois ter quatrocentos e oitenta mil resultados diferentes, era pintar o céu de amarelo e o mar de vermelho e até transformar água em vinho.

Estar com Jimin não tinha explicação, era guerra e paz, bem e mal, preto e branco, era sem explicação. 

E por coincidência ou não era assim que Jimin se sentia em relação ao mais novo, queria estar ser e pertencer a Jungkook na mesma intensidade que o queria pra si, ele não sabia explicar o que levou a esse sentimento tão forte e arrebatador, não sabia dizer o porquê nem os motivos.

Não porque não quisesse mas porque não podia explicar o inexplicável.

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Jungkook passou os dias seguintes ao incidente na cama, sua febre avia passado, mas Jimin mesmo assim o manteve na cama sob seus cuidados.

Era a terceira vez naquela tarde que Park média a temperatura do mais novo e sempre com a mesma resposta.

-Está sem febre.

-Eu disse, já estou bem, foi apenas um resfriado pela mudança de tempo.

-A partir de hoje vou deixar um casaco a mais pra você no carro.

Jungkook não ia negar que amava ser cuidado e paparicado pelo mais velho e que achava fofo o modo que seu mestre e dominador era alguém tão carinhoso e fofo ao mesmo tempo. Enquanto Jimin guardava o termômetro na mesinha de cabeceira, o moreno sorria admirando cada centímetro das costas tatuadas e dos músculos que se mexiam lentamente a cada movimento.

-Consigo sentir você encarando minhas costas.

-Não posso evitar, são lindas, sem falar que fico com tesão só de olhar pra esse corvo.

-Acho que sua febre voltou, você está falando safadezas.

O menor riu ficando de joelhos ao lado do mais velho e o abraçando pelo pescoço dando alguns beijinhos pela pele gelada do ombro esquerdo.

-Não estou com febre, só estou falando a verdade. Você é lindo Jimin-shi e me faz sentir que eu também sou, eu me sinto bem com você e não vejo a hora de estarmos na sua masmorra pois preciso falar algo muito sério com você.

Jimin se ajeitou na cama segurando por trás das coxas do outro e o colocando em seu colo.

-Você parece sério, o que foi?

-Eu preciso falar o que tá trancado aqui na minha garganta, Amanda me mostrou algo mas eu discordo com ela, eu nunca soube diferenciar meus sentimentos mas depois de ontem eu consegui entender sozinho a diferença entre dois deles.

Medo, Jimin sentiu medo, em sua cabeça loira ele achava que Jungkook tivesse voltado atrás, que seus sentimentos por Yoongi tivessem voltado com força já que fazia anos que os dois não se viam e o fato de Min ter sido a primeira paixão de Jeon não ajudava em nada.

Era fácil ver um misto de tristeza e medo nos olhos do mais velho, e percebendo isso assim como percebeu na noite passada Jungkook ergueu a cabeça do outro juntando seus lábios.

Perto de Park o mais novo se sentia tão seguro de si que se permitia ser atrevido, Jungkook sabia pelas feições que Jimin na noite passada que o mesmo não tinha gostado da proximidade quando descobriu que era Min Yoongi. 

Como ele sabia? Porque se sentiu assim quando Seokjin apareceu em sua porta falando tudo o que queria, na época ele não entendia seus sentimentos e se manteve neutro a tudo, mas ver Jimin assim entendeu que aquilo era ciúmes.

As mãos puxavam os fios loiros com força fazendo Park gemer na boca do menor, as mãos frias do loiro apertavam ainda mais a cintura desenhada do moreno, suas línguas dançavam uma valsa que apenas eles sabiam a melodia.

Jungkook não resistia e dava pequenas reboladas sobre o membro ainda flácido do outro, quando o ar faltou aos dois suas bocas se separaram dando a visão bagunçada de dois amantes.

Jungkook colocou a mão destra de Park sobre seu coração fazendo o outro franzir as sobrancelhas.

-Eu sei que está preocupado e que pensa que algo mudou só porque reencontrei Yoongi ontem. Mas foi o acaso que me fez encontrar ele, e eu garanto a você que o que sinto não mudou, ao contrário, ver ele só me provou que o que sinto por você só aumentou. 

-Jungkook, eu…

-Pshhh, eu sei que você quer falar antes, então não demore por favor.

-Eu não vou, só mais algumas horas.

-Até lá podemos ficar de chameguinho?

-Você não existe, mas vamos sair pra jantar antes de irmos.

-Só um pouquinho.

Jimin jogou a cabeça para trás, para ele era quase impossível dizer não para o menor, Jungkook rebolava em seu colo lentamente vez ou outra subindo e descendo fingindo estocadas, só para provocar o outro.

-Seu pestinha.

Jungkook foi puxado pelas coxas e jogado sobre a cama macia, suas pernas foram postas envolta da cintura de Park, os pulsos foram segurados juntos sobre sua cabeça, a mão livre do mais velho fez um caminho pela coxa, cintura, abdômen,até passar por dentro do tecido que cobria seu tórax se apossando dos mamilos marrons.

Seus membros se tocavam e mesmo cobertos por tecido, o vai e vem os gemidos, calor e arranhões entre os corpos deixavam ambos em combustão. Park mordeu a cartilagem da orelha alheia fazendo o outro abaixo de si levantar o quadril a procura de mais contato.

-Queria muito terminar isso, mas preciso de você inteiro essa noite.

-Por favor, só mais um pouco.

Jeon puxou o mais velho para si juntando suas bocas em outro beijo afoito mas que foi interrompido pelo outro.

- Chega meu anjo, temos uma reserva às sete, não podemos nos atrasar.

-Tudo bem, mas quero uma recompensa.

-Seu manipuladorzinho, promrto que irei te recompensar muito. Agora vem, tenho um presente pra você.

Algumas sacolas estavam sobre o sofá da sala, Jungkook tinha seus olhos brilhando ao retirar delas algumas peças de roupas, calças de couro pretas, camisa branca, sapatos listrados e algumas tiras de couro ligadas por fivelas brilhantes.

-O que é isso?

-Isso é uma harness, gostou?

-É linda.

-Quero que use pra mim acho que ficará linda em você, claro se você quiser.

-Me ajuda a vestir?

Jimin admirava como o mais novo foi de fofo a sexy só por conta de algumas peças de roupas, seu anjo inocente e fofo tinha se transformado num verdadeiro pecado encarnado.

-Puta que pariu, como você está gostoso.

-Assim eu fico com vergonha.

-Mas é verdade, me deu tesão só de te olhar. Coloque isso por cima, as pessoas ainda estranham certas vestimentas.

-Mas eu gostei assim.

-Eu sei, eu também, mas vamos evitar falatórios, ok?

-Tudo bem.

A vantagem do corvo negro ser restrito e mais afastado da cidade era que seus membros mantinham total sigilo sobre quem o frequentava, Jimin tinha reservado uma sala em um belo restourante fora da cidade, estabelecimento esse que pertencia a um dos membros do corvo. 

A sala privada era luxuosa, uma grande janela dava para um pequeno lago sombreado por uma cerejeira florindo lentamente.

-Isso aqui é lindo, mas será..?

-Não se preocupe, aqui ninguém vai nos ver, por enquanto.

-Por enquanto?

-Sim, esse é meu segundo presente pra você.

Jimin tinha levado consigo uma bolsa preta e dela tirou alguns papéis, colocando-os sobre a mesa, com a caneta em sua mão Jimin sorriu assinando todas as três folhas.

-Pegue.

Jungkook leu o cabeçalho, 'Certidão de Divórcio' , seu coração acelerou algumas batidas, sua respiração falhou um pouco, seus olhos liam as linhas rapidamente, e no pé da página estava a assinatura de Jimin e Mirhay. 

-Isso, isso aqui.

-Isso é minha liberdade, e aprova que agora posso ser seu, se você me quiser.

O mais novo não sabia o que dizer, ele queria gritar, SIM, mas era muita coisa em sua cabeça, Jimin estava interessado, apaixonado a ponto de saber que aquele seria a maior prova de seus sentimentos por Jungkook.

E ele estava certo, pois mesmo que o menor não soubesse o que falar sabia muito bem o que fazer, Jeon deu a volta na mesa puxando Jimin pela mão e o impura do contra a parede e atacando os lábios grossos do loiro.

As bocas tão bem encaixadas foram separadas quando a porta da sala privada foi aberta, Jungkook lambem a orelha do outro falando baixo no ouvido de Park.

-Peça pra que ele saia, preciso responder ao meu mestre.

Jimin não gostava de receber ordens, mas seu desejo de ouvir a resposta do menor era maior que seu ego.

-Saia, AGORA.

Jimin puxou os cabelos na nuca do menor trocando de posição, agora Jeon quem estava prensado contra a parede.

-Não me dê ordens, anjo, isso pode te causar problemas. Mas vou te dar uma chance de se redimir, me dê sua resposta, você me aceita como Park Jimin?

Jeon aproximou lambendo os lábios do amante sorrindo latino.

-Eu aceito, e quero que me aceite como Jeon Jungkook.

-Eu já te aceitei no dia em que me sujou com tinta.

Jimin segurou as coxas do menor dando impulso para pegar seu pequeno no colo, sua cintura foi abraçada e sua boca beijada.

-Eu tenho outro presente pra você, mas esse te darei no corvo.

-Você não acha que me mima de mais?

-Se depender de mim vou te mimar pra sempre.

Continua….

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Preparem os lenços amores e não tô falando de safadeza dessa vez.

A att é dupla hoje.