༌˖✦ * .ི ┊𝐉𝐀ℂ𝕂, 𝐎 𝐄𝐒𝐓𝐑𝐈ℙ𝔸𝔻𝕆ℝ ━ 𝔗𝔯𝔲𝔢 𝔇𝔢𝔰𝔦𝔯𝔢˳✂️ʾʾ₊ .

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. *°. ✿ ೃ 🏮#JACK, O ESTRIPADOR#🏮˚♡ ⋆。˚ ❀
[Cute 🌸+ Romantic ❤️]

❝ ━ Deep inside my chest... Embracing light and shadow. Chasing after unreachable dreams! Pride, love... Rise again in a shining future!❞

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˖ 🎀 ᝬINFORMATION 𖦹 ˖࣪،̲Ꮺ !

[ :🌷: ]. Nome do personagem: Jack, O Estripador.

[ :🎡: ]. Anime que se encontra: Record of Ragnarok.

[ :🌟: ]. Quantidade de palavras: 6.971 palavras.

[ :🍨: ]. Dia postado: 27-01-2025.

[ :🐝: ]. Dedicado a: Pessoa que está lendo ❤.

[ :🌻: ]. Autora: Menina_Otaku_S2.

[ :☔: ]. Marcações: athychifobic.

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˖ 🎀 ᝬWARNING 𖦹 ˖࣪،̲Ꮺ !

Todos os direitos desse capítulo são meus. Ele foi criado conforme uma ideia minha, logo, tenho direito de proibir qualquer um que faça cópia de sua escrita ou estilo. Ou seja, NÃO PERMITO INSPIRAÇÕES OU CÓPIAS DELE!

Por favor, não façam isso. Plágio é crime!

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𓏲 ָֹ⌗🌷.SONG THAT INSPIRED ME.🌷៹✦͘˖


𓄹 ۬﹢ Magic Knight Op3. By Naomi Tamura ─ Still Embracing Light And Darkness › ᥫ᭡

https://youtu.be/jkICD3pAI9I

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Caso tiver algo que não gostou no capítulo, eu sinto muito! (^._.^)ノ

E sinto muito caso houver erros de escrita!

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✨🏮.{TRUE DESIRE}.🏮✨
[PARA MAIORES DE 12 ANOS]

─ London Bridge is falling down... My fair lady~!

Os sons dos seus saltos e cantoria eram as únicas coisas que podiam ser ouvidas pelo decorrer do longo corredor, carregando um brando sorriso com um buquê de flores-do-campo que formou ao encontrar anteriormente um dos diversos jardins do gigante local.

Mais adiante, seu ouvido capta vibrações de duas vozes femininas, reconhecendo uma delas e ficando intrigada com a outra. Algumas dezenas de passos fizeram-te ver à frente as donas daquelas vozes, uma sendo Brunilda, o que te fez imaginar que a outra também seria uma valquíria como a de cabelos escuros.

─ Eu já disse, não ligo se foi você que me disse, não irei fazer dupla com aquele assassino idiota! A loira esbraveja, pisando com força no chão.

─ Não interessa o que quer, é preciso.

─ Não, não aceito!

─ Com licença... Parou há alguns metros de distância de ambas.

─ Hm? Brunilda é a primeira a te encarar, mantendo um semblante sério. ─ Oh, [Nome]... O que faz aqui, e com... Isso nas mãos?

─ Ah, eu só estava procurando uma pessoa para entregá-las, talvez possa me ajudar.

─ Hmm, quem seria? Se vira de corpo para ti, cruzando os braços.

─ A Valquíria, que formará par com Jack, sabe onde está?

Os olhos da loira se arregalam e rapidamente seu corpo fica tenso para manter uma aparência sem fraqueza. Por outro lado, a Valquíria não vê problema e dá uma jogada de cabeça para a do lado.

─ É ela.

─ Não, não sou eu! Encara a irmã com ódio pela insistência.

─ Oh, então eres tu. Dá um sorriso gentil.

Seu ato a fez recuar por não esperar aquele fino sorriso, porém se forçou a permanecer com uma expressão nem um pouco amigável e os braços apoiados na cintura.

O que quer? Seja breve!

─ Nada de mais, só... Com as duas mãos, estende o belo grupo de flores até a frente dela. ─ As colhi para ti.

─ O quê? Para mim? Olho para Brunilda, confusa, que só retorna com o mesmo semblante. ─ Ah... Obrigada, eu acho.

─ Qual seu nome?

─ Sou Hlökk.

─ Muito prazer! Me desculpe, mas não pude deixar de escutar que está recusando a se juntar com Jack, é sério?

─ Claro, ele é um assassino, de todos os guerreiros, por que tenho que ir com ele? De todos! Bufou sem desviar o olhar de ti.

─ Entendo... Mas, por favor... Se agacha um pouco para ficar do tamanho dela. ─ Pare de dizer essas coisas.

─ Ah?

─ Não te julgo por pensar dessa forma, no entanto... Eu ficaria lisonjeada caso tentasse dar uma trégua nesses pensamentos negativos e fosse por um caminho mais suave, pelo menos por agora.

─ O que está dizendo?

─ Tenha paciência e tente ser educada com ele, prometo que não irá se arrepender. Dessa forma, a luta acabará em breve e poderá voltar para sua vida comum.

A jovem continuava te encarando, mas não entendia o que estava querendo dizer.

─ Acredite, eu quero mais do que ninguém que Jack vença, e não é pelos humanos, eu só... Para de falar, suspirando. ─ Estou falando muito, não é?

─ É... Eu... Tentou se comunicar, mas os lábios se mantiveram quase fechados por conta das palavras não virem.

─ Não importa, apenas... Volta a ficar em pé, dando meia-volta. ─ Tente tratá-lo bem, por favor.

As duas irmãs te observam ir embora, não sabendo quem ficou mais confusa com aquela interação.

─ Que foi isso...?

─ Não a conhece?

─ Não, claro que não... A loira observa as flores, vendo que foram devidamente colhidas.

Bom, francamente não se sabe dizer quem é mais misterioso, Jack ou [Nome]... A única informação conhecida é que ambos viveram em Londres em mil oitocentos e oitenta e oito, e existem rumores que... Atuaram em conjunto nos atos.

─ Então eles são dois assassinos... Fechou a cara.

─ Não se sabe, são só rumores. E, na minha opinião, não acho que ela seria capaz.

Hlökk volta sua atenção para as flores, aproximando o rosto para sentir o vibrante perfume delas. Se afasta um pouco após alguns segundos, suspirando profundamente e suavizando a expressão.

─ Eu... Também acho que não.

[Nome] continua seu caminho, andando o mais silenciosamente possível até deparar com uma porta entreaberta. Para na frente dela, dando alguns toques antes de adentrar.

─ Oh, [Nome].

─ Olá, Jack, o que está fazendo? Se aproxima mansamente dele.

Só estou terminando os preparativos para a luta. Continuou a carregar uma expressão serena, ajeitando as lapelas de seu paletó.

─ Se sente preparado...?

─ Sinceramente...? O propósito da luta não é meu principal objetivo.

─ Uhm, eu sei... Abaixa um pouco a cabeça, dando um curto sorriso. ─ Apenas estou preocupada, afinal... O seu adversário não é nenhum qualquer.

─ Não há nada com o que se preocupar.

─ Uh, eu tento, mas... Pega o chapéu que estava em cima da cômoda, caminhando até a frente dele, colocando o item em sua cabeça e arrumando suas madeixas para ficar bem encaixado. ─ Me importo muito com seu bem-estar.

Jack deixa algumas risadas internas escaparem, botando a mão no chapéu para ajeitá-lo mais um pouco.

─ Nunca menti para ti, não é?

─ Se tem amor à sua vida, então nunca mentiu... Ri.

─ Exato. Não aguenta impedir de soltar mais algumas risadas, movendo o braço até pegar uma de suas mãos. ─ Não se lastime, voltarei em breve.

─ Depois podemos sair para tomarmos chá? Sorri gentilmente.

─ Claro, e acharemos alguns biscoitos amanteigados, os seus favoritos.

Uma forte rajada de alegria invadiu seu coração, renovando sua esperança. Tomada por essa sensação, envolve seus braços em volta da cintura dele, com a cabeça virada para cima, sem abandonar os olhos dele.

─ Promete?

Murmura em concordância, se inclinando um pouco para frente para poder devolver o abraço, uma pegada gentil e firme ao mesmo tempo.

─ Boa sorte...

─ Shhh... Sussurra dando algumas passadas de mão por seus cabelos [cor do seu cabelo]. ─ Estará assistindo?

─ Claro, estarei na primeira fileira.

O homem se separa do seu agarro, botando por último a pequena bolsa e o monóculo. O observa ir embora, suspirando pesadamente quando desapareceu pela porta. 

Enquanto caminhava para se posicionar em uma das vagas da primeira fileira, a arena foi sendo revelada, mostrando ser uma estética inspirada na antiga Londres, o Big Ben sendo a grande atração aos seus olhos.

─ Ah, lindo como lembrava... Suspirou, um sorriso cativante em seus lábios.

De repente, uma grande muralha se posicionou na frente da visão de todos.

─ Francamente, com os prédios já era difícil de ver... Para que todos da plateia ainda consigam ver, diversas telas foram espelhadas em todas as posições, o que não te deixou contente. ─ Ah, não. Não irei aceitar isso.

Se levantou do seu assento, dando alguns passos até chegar na gigante parede, e sem dificuldade alguma, utilizou seus sapatos com pequenos ganchos para escalar. Muitos da plateia te encaravam com surpresa ou agitação, pensando que poderia cair a qualquer momento. No entanto, chegou ao topo em poucos segundos, vendo o belo pedaço de Londres.

─ Magnífica Londres...

Pulou e aterrizou sem complicações, dando alguns passos até ficar ao lado do homem que narrava as lutas com uma pequena trombeta.

─ E-ei! O que está fazendo aqui? Retirou o instrumento de perto, virando para te encarar com choque. ─ Ninguém da plateia pode ficar desse lado! Volte para o seu lugar, senhorita!

─ Hm? O visualizou de cima. ─ O que disse?

─ Por favor, senhorita, volte ao seu lugar do outro lado!

─ Ah, claro... Só me dê alguns segundos para verificar uma coisa. Passa a mão na lateral de seu longo vestido, puxando de seu bolso um pequeno relógio. ─ Oh, é hora do chá!

Encara a criatura com doçura, fazendo as bochechas criarem cores quentes visíveis e olhos surpresos.

─ Os prédios realmente têm itens reais?

─ Ah, sim... Tudo foi inspirado e feito como se fosse um pedaço da cidade.

─ Maravilhoso, obrigada!

Sem mais nenhuma palavra, entra em um estabelecimento que lembrava uma cafeteria. Ele fica algum tempo parado no lugar, congelado, sem saber como reagir. Quando um estalo apareceu na cabeça dele, correu para dentro, te encontrando depositando algo num bule branco com detalhes em ouro e flores coloridas.

─ Senhorita, por favor! A luta já vai começar!

─ Ah, sim... Nem olhou na direção do mesmo, claramente concordando em dar atenção.

─ Senhorita! Andou até ti bem desajeitado. ─ Vá para o seu lugar!

─ Antes disso, pode levar esse bule para a mesa ali fora? Nem esperou que respondesse, entregou nas mãos nervosas dele.

─ E-ei! Está me ouvindo?

─ Hmm~! Cantarolou, pegando pequenos pratos e algumas tigelas com comida dentro.

─ Uh... Suspirou, só andando para fora com pressa por ter que dar início à luta.

Em outro quarteirão, um pouco afastado, Jack e Hércules já se encontravam encarando mutualmente de maneira feroz, não demonstrando fraqueza alguma no olhar. Algumas frases foram trocadas enquanto aguardavam, e no instante em que a trombeta soou, ambos se inclinaram para frente para se impulsionarem. Porém, seu olfato capturou um suave aroma e, tendo mais atenção, notou ser um cheiro bem familiar.

─ Um minuto, por favor.

Hércules levanta um pouco as pálpebras, surpreso pela atitude repentina. Do outro lado, o homem de estilo steampunk puxa de sua vestimenta um relógio de bolso.

─ Oh, estou sete minutos atrasado... Suspira, parecendo levemente apreensivo.

─ O quê?

Guarda o relógio, colocando uma das mãos acima do chapéu.

─ Com licença, senhor. Temo que nosso enfrentamento terá que ser adiado por um tempo.

─ Quê? Ele não podia acreditar na ousadia do outro, pensando não ter escutado direito.

Sem mais dar detalhes, Jack correu para longe da rua, dobrando um dos becos, sumindo e vista. O semideus ficou alguns segundos paralisado, para ser despertado pelos passos dele, se tornando longe. Com esse estalo, correu atrás para não perdê-lo.

Depois de muitas viradas de esquina, chegou em frente a uma estrutura bem menor que os de mais prédios, e bem na frente uma mesa antiga de madeira entalhada, acompanhada de duas cadeiras no mesmo estilo. Mas aquilo não era o principal, e sim duas pessoas que estavam utilizando os objetos. Um deles, o seu adversário... E uma mulher que nunca viu.

─ Oh, me desculpe pela minha súbita partida... Está na hora do chá, e não poderia deixar uma bela dama aguardando.

Hércules continuou sem dizer uma palavra, apenas virando o rosto para encarar o semblante sereno da garota.

─ [Nome], já conhece nosso cavalheiro?

─ Não... Desvia brevemente a concentração de passar a manteiga no pedaço de pão, encontrando os olhos de Jack antes de ver os do semideus. ─ Olá, senhor.

─ Oi... A voz saiu quase como um suspiro, ainda se forçando para voltar ao normal.

─ O chá está perfeito, como sempre. Deu um curto gole junto de um sorriso calmo. ─ Gostaria de provar um pouco?

Estendeu uma xícara para seu oponente, o que fez com que o semblante dele ficasse mais sério e irritadiço.

─ Corte o papo furado fora, vamos lutar!

─ Entendo sua pressa, mas peço que aguarde um pouco mais... Não gostaria de deixá-la sozinha e desperdiçar esse bule.

─ Não interessa, levante-se! O tom aumentou, tendo um fundo ríspido e crescente raiva.

O ruivo deu um passo à frente, pronto para chegar e puxá-lo a forçar para obrigá-lo a lutar. Em um reflexo impulsivo, a mão da garota jogou o utensílio cortante na direção do musculoso, parando na frente do pé dele. Em resposta, o homem dá dois passos para trás, te olhando inesperadamente.

─ Olha... Está estressada, querida? Jack fecha os olhos, rindo fraco nasalmente.

─ Não, só não queria interrupções. Sorri inocentemente, levando a mão mais perto da dele na mesa. ─ Está satisfeito com a mesa?

─ Claro. Jack não retira a mão, permitindo que aproxime mais. ─ Com sua companhia... Não existe alternativa negativa.

Seu sorriso aumenta um pouco mais, as mãos se tocando pelos mindinhos. Enquanto sorria, recebia um olhar misteriosamente gentil dele, com um sorriso sereno e curto. Entretanto, a criatura da trombeta pousou perto de todos, correndo para ficar aos seus lados.

─ É sério, a senhorita precisa sair! A plateia já está ficando impaciente! Veio até ti impaciente, estendendo o braço para segurar seu pulso.

Em uma mexida de ponteiro, o homem de cabelos prateados se levanta da cadeira e se posiciona atrás de ti, formando uma barreira defensiva.

─ Cuidado, meu senhor, gestos bruscos não são vistos com bons olhos. Na bolsinha da cintura, puxa uma faca de serra e faz questão de mostrar para Heimdall. ─ Tocar mulheres sem suas permissões não é um ato de um homem cavalheiro.

─ Como sempre... Suspira, deixando algumas risadas baixas escaparem.

No fundo, adorava a preocupação que ele demonstrava contigo, algumas vezes até bancando como um familiar parental. Porém, o clima tenso no local te fez ficar um pouco desconfortável e não queria prejudicar a batalha de Jack, então levantou da cadeira, recebendo um olhar confuso dele por cima do ombro.

─ O que houve?

─ Preciso ir, a luta foi adiada por muito tempo...

Ele se vira de frente para ti, ignorando os outros dois homens. Dá alguns passos na direção dele, parando na frente com um sorriso gentil.

─ Se cuide... Sussurra o suficiente para que apenas ambos escutem.

─ Não há com o que se preocupar. Com um rosto calmo, leva a mão vaga até sua face, colocando uma mecha de cabelo atrás da sua orelha.

Sorri, se sentindo um pouco mais aliviada, recebendo um olhar de ternura para acalmar seu coração abalado.

─ Não esqueça dos meus biscoitos amanteigados. Ri, querendo suavizar as coisas.

─ Quando acabar, irei dar quantos pacotes desejar.

Concorda com a cabeça, dando meia-volta e acompanhando a criatura da trombeta para fora e deixando que a batalha finalmente se inicie.

─ Graciosa, não acha? Jack visualiza Hércules.

─ Ah? O quê? O grandão que antes te acompanhava com os olhos voltou a indicar sua atenção para o falante.

─ [Nome], ela tem uma bela figura, sua voz é encantadora e seu jeito extremamente meigo. E sua alma... É a mais formosa que já enxerguei. O tom dele ficava mais afetivo em cada palavra, como se entrasse em um transe de conto de fadas.

Não sabia como reagir, de repente, o humano em sua frente simplesmente iniciou uma confissão confusa de sua visão sobre uma mulher que nunca conheceu antes. Rosnou baixo, achando aquilo uma besteira.

─ Chega de enrolação! Pegue sua arma e lute!

Jack não mudou a face, mostrando indiferença completa para as provocações e rigidez dele consigo. E de maneira imprevista, ele começa a tirar sua luva da mão esquerda e levanta para cima com a cabeça, tampando a luz da lua que batia em seus globos oculares.

─ Um colírio para os olhos.

Hércules direciona os olhos para ver onde ele prestava atenção, porém, apesar do desempenho, não consegue por algo brilhar fortemente na mão dele, distraindo-o do resto.

─ Admito que não estou tão entretido, motivado para começar essa luta... Mas não posso decepcionar a minha amada, não acha?

─ Amada? Seus músculos ficaram tensos.

─ Sim. Volta o rosto para o ângulo normal, um olhar predatório e um sorriso presunçoso presentes. ─ Entende como é, não? Um homem que se prese, não pode permitir-se falhar... Principalmente com sua esposa.

─ Es... Esposa? A palavra saiu com relutância, os olhos se arregalando.

─ Foi o que disse, esposa. Ergueu a mão esquerda, revelando nitidamente um fino anel arredondado. ─ Um magnífico anel de casamento, vinte e quatro quilates.

Jack continua mostrando o anel, desviando as íris para vê-lo de canto de olho com carinho. Seu adversário continuou paralisado, intrigado com o rumo das coisas. Como Jack, Jack, O Estripador, o assassino mais cruel e desumano de toda a história que caminhou pela terra no século dezenove, perseguido por centenas de unidades... Para quê? Vendo agora, apesar de suas desgraças, viveu uma vida relativamente normal, sendo digno de se casar com uma mulher belíssima e ter momentos de paz. Como alguém como ele teria essa permissão?

─ Como...?

─ Hm? Uma de suas sobrancelhas se arqueia, não tendo escutado direito.

─ Como pôde...?

─ O que, o anel? Abaixa finalmente a mão, ainda carregando sua expressão inabalável e orgulhosa. Não economizo um esforço para deixá-la contente. Posso ser visto de maneira... Ruim, mas saiba que sou um homem com valores.

Aquelas palavras fizeram com que Hércules ficasse ainda mais irritado, a pergunta óbvia pairando em sua mente como uma nuvem tempestuosa.

─ Como uma mulher aceitou estar nessa posição, relacionada com um ser desprezível... Ainda mais se casar com um assassino como você?!

─ Por que [Nome] aceitou ser minha...? É, realmente, algo curioso, não? Como uma doce senhorita, deu sua mão a mim, apesar de minha carreira peculiar. Brinca com a faca jogando de uma mão para a outra, sem desviar a atenção da criança. ─ Confesso que no início tive minhas relutâncias, porém... Como resistir?

O semideus se inclina um pouco para frente, preparando-se para avançar.

─ Seu maldito... Botou suas garras e conseguiu se aproveitar dessa pobre mulher!

─ Me aproveitar? Isso é uma acusação muito séria, senhor deus... Ri nasalmente, uma pitada de irritação por trás.

─ Você matou mulheres, destruiu famílias e ainda se sente no direito de ter essas coisas?! A arma dele solta um rosnado como de um leão. ─ Não é justo!

─ Entendo seu ponto de vista... Fiz coisas horríveis durante minha caminhada pela Terra. Coloca novamente a luva, ajeitando para não danificar a aliança. ─ Mas não acha que até um homem como eu merece amorosidade nessa pobre vida?

─ Cale a boca, não consigo suportar essas besteiras cuspidas sem vergonha alguma por essa sua boca imunda! Normalmente, o semideus teria mais paciência e trejeito para aturar as provocações, no entanto, o rosto do homem nem tremia, e aquela indiferença estava-o matando por dentro.

─ Me desculpe por fazê-lo esperar tanto... Agora, finalmente, podemos dar partida em nosso confronto.

Do outro lado da muralha, procurava um lugar na arquibancada para se sentar, o que foi adiado por receber a visão de Brunilda caminhando até ti junto de sua irmã menor.

─ Brunilda?

─ Pode me acompanhar? Gostaria de conversar contigo por alguns minutos.

─ Precisa ser agora?

─ Será rápido, prometo.

Ficou hesitante por ter que acompanhá-la para algum local mais privado, e acima de tudo ter que deixar sua visão longe de Jack. Entretanto, depois de um longo suspiro para pensar, segue as duas mulheres até onde desejavam. No fim, pararam em uma das dezenas de sacadas superiores que davam de visualizar a arena e toda a plateia.

─ Bom... Por que me chamaram aqui?

─ Serei breve, o que vocês dois têm um com o outro?

─ Hm?

─ Jack e você, qual é o envolvimento de vocês?

─ Por que quer saber disso?

Ela ficou um tempo calada, até seus olhos tremerem e os braços cruzados falharem. Sua guarda baixa é mostrada e evidenciada por suas bochechas um pouco vermelhas de vergonha.

─ Curiosidade.

─ Ah? Joga a cabeça para o lado, confusa.

─ Estamos... Curiosas... A menina de cabelos lilás coça a nuca, com as bochechas bem ruborizadas. ─ Vocês têm algo?

─ Ah, curiosidade, é? Ri baixinho.

─ Exato. Brunilda respirou fundo, se esforçando para retirar o rubor do rosto.

─ Bom, somos casados. Sorri inocentemente.

─ O quê?! As duas inclinam o corpo para trás, muito surpresas com a facilidade com que confessou algo tão inesperado como se fosse normal.

─ Como assim? Ele é seu marido? Göll encolheu os braços perto do peito, a expressão ainda chocada.

─ Ué, o que tem de errado?

─ Não dá para acreditar!

Ainda carregando um longo sorriso, retira suas mãos de trás das costas e ergue à esquerda, deixando o anel ser visto de maneira cristalina.

─ Então é verdade... Vocês têm uma ligação. A mais velha volta a cruzar os braços fortemente, disfarçando o choque.

─ Como assim? A menina põe uma postura mais agressiva. ─ Como assim, esposa?

─ Jack e eu nos casamos ainda em vida, o que tem de errado?

Göll te encarava em choque com a boca entreaberta. A pergunta que não cessava na sua cabeça era como uma mulher tão jovem, bonita e fofa como tu havias caído na mira daquele demônio sanguinário. O coração se manteve acelerado, a respiração se modificando um pouco do comum.

─ Como uma mulher aceitou se casar com um assassino de mulheres? Um monstro miserável que não tem sentimentos!

─ Göll, pare com isso...! ─ Brunilda dá uma batida nela de cotovelo.

Apesar das chamadas de atenção, a jovem não parou de avançar em suas ofensas impulsivas.

─ Não entendo como consegue sentir algo tão forte ao ponto de se casar com um homem como ele! Fechou os olhos, respirando fundo, recuperando o fôlego pelas frases proclamadas sem cuidado.

─ Por favor, pare de falar. Abaixou a cabeça, o corpo levemente trêmulo.

─ Hm? As duas te observam.

─ Estou cansada de escutar besteiras ditas em nome de meu marido. Jack não é nada do que dizem.

Brunilda se aproximou, ficando ao lado de sua irmã e tocando seu ombro, como se mandasse ficar quieta e escutar seu contra-ataque.

─ Sinceramente, não me importo com essa besteira de Ragnarok. Quem quis participar disso tudo foi ele e, depois de muita conversa, me vi obrigada a parar de tentar fazê-lo mudar de ideia e apoiá-lo. Desejo que a humanidade ganhe, mas não colocando a vida dele em risco. Pense como me senti?

Elas continuaram caladas, a mais velha com um rosto sério e a menor suando frio, apreensiva pela sua súbita mudança de tom de voz.

─ Vê-lo se arriscar e ainda ter que ouvir todos os desprazeres desses humanos, deuses e semideuses é demais para mim! Mostrou os dentes e fechou os punhos, agradecendo aos céus por Jack não estar te vendo dessa forma.

─ Eu... Nesse ponto, a de cabelos lilás se sentia culpada, arrependida por reforçar o que aparentemente todos estavam esbravejando para ti.

─ Nenhum de vocês sabe os nossos motivos. Mas acreditem, meu amor por aquele homem é mais forte do que o orgulho desses malditos deuses! Em seus olhos, uma grandiosa chama de determinação reinava, reforçando o peso das palavras ditas. ─ Não dou a mínima para essa luta entre humanos e deuses... Estarei onde ele estiver, seja nas asas do divino ou no fogo dos enfermos. Só quero seu bem!

Não aguardou que elas continuassem a depravar sua honra, preferiu acenar e ir embora dali, seus saltos ecoando fortemente agora em irritação e pressa.

─ Acha que exagerei...?

─ Um pouco... Devemos ter mexido em algum ponto sensível.

─ Deveríamos pedir desculpas.

─ Não, melhor não. Deixe-a acalmar os ânimos... Brunilda suspirou, sentindo calafrios pela energia de sua aura vigorosa ainda presente.

Ficou alguns minutos caminhando até retornar para o quarto que antes Jack ficou se arrumando. Adentrou, relaxando gradualmente com o turbilhão e os barulhos foram cessando. Foi até a penteadeira e se sentou no banquinho, puxando sua escova em prata do século dezenove para consertar os fios arrepiados.

─ Uh... Suspirou, sentindo-se cansada por tantas bombas que jogaram em suas costas, desejando que ele retornasse logo da luta para ficar ao seu lado.

Larga a escova e abre a pequena gaveta, puxando de dentro um batom de compartimento esverdeado escuro, detalhes em ouro e uma esmeralda na tampa, retirou-a e ergueu a pequena alavanca para mostrar o conteúdo, sendo um tom alaranjado avermelhado. Passou nos lábios sem dificuldades, retirando o excesso com um pedaço de algodão molhado para deixar, ao mesmo tempo, a boca úmida.

As palavras maldosas continuavam aparecendo, fazendo suas linhas de expressão ficarem marcadas. Como ousavam dizer aquelas monstruosidades sobre ele? Ainda mais, te colocando no mesmo patamar, como se fosse tão errada quanto. Tinha noção de que eles não têm conhecimento de nada, porém, seu coração ainda doía todas às vezes que recebia olhares e sussurros de advertência.

Decentralizando sua atenção, os olhos percorrem até o guarda-chuva escorado no canto da penteadeira. Se levantou, dando alguns passos até conseguir alcançar o item, admirando-o com felicidade. Lembrava como aquilo havia sido caro, afinal era um dos guarda-chuvas de melhor qualidade da época, sua estrutura sendo feita de bambu e costuras de algodão tratado, além de alguns detalhes banhados a ouro. Bem caro para muitos, mas sendo só uma pequena demonstração de carinho dele para ti, tendo ganhado como um presente de Jack.

Entrou em um longo transe de êxtase de emoções, saindo apenas após ouvir um som extremamente extenso e imponente de um instrumento, percebendo ser da trombeta. Sorriu grandemente, correndo para fora do quarto sem soltar o item, a ansiedade tão intensa que nem cumprimentou as pessoas que passaram, dando pisadas rápidas com o salto.

Foi direto para o canto dos humanos, esperando encontrar Jack saindo da arena pela passagem dela. E felizmente, suas preces foram atendidas. Percebeu estar repleto de sangue e machucados, entretanto nem se importou direito por pelo menos vê-lo vivo.

─ Jack! Ergue a mão, acenando.

Jack levanta a cabeça não esperando ouvir sua voz, o que causou um arrepio de suavidade para o corpo dele. Seus olhos e postura transmitiam puro cansaço mental e físico, e ainda, sim, fez questão de lhe dar um sorriso acolhedor para relaxar. No entanto, quando foi levantar a mão para indicar que estava bem, alguém da plateia joga uma pedra que acerta firmemente na cabeça dele, o suficiente para um rastro de sangue escorrer pelo rosto dele, fazendo-o perder o equilíbrio e se ajoelhar no chão.

─ JACK!

No meio das vaias, gritos de irritação e choros estridentes, corre velozmente até ele enquanto abria o guarda-chuva para se proteger dos itens jogados nele. Se agachou na frente dele, com uma das mãos segurando suas proteções e a outra posicionando gentilmente na bochecha dele.

─ Querido, você está bem? Mesmo que sua expressão não demonstrasse, seu tom saiu bem preocupado.

─ Sim, precisamos sair daqui.

Se levantaram juntos, contigo, ajudando-o, servindo de apoio. Rapidamente, o homem envolve um dos braços em sua cintura, te mantendo colada nele e mais protegida, e com a outra mão também segurou o item para não te machucar. Deram passos firmes até saírem dali, a chuva grosseira finalmente cessada.

─ Vamos para a enfermaria...! Continuam próximos, Brunilda correndo em suas direções do fundo do corredor. ─ Brunilda, me ajude!

─ A enfermaria é por aqui! Indicou, apontando para uma das salas mais distantes.

─ Não se preocupe, consigo me locomover sozinho.

─ Tem certeza...? Você está muito ferido...!

─ Acalme-se, a tempestade já passou. Sente o braço dele em volta de sua cintura te apertar um pouco mais. ─ Consigo me mover, mesmo com dificuldade.

O encarou desconfiada e aflita, recebendo uma risada muito fraca dele.

─ Se te faz se sentir melhor, pode me acompanhar.

─ Claro que irei...

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」4 horas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Durante longas horas, algumas enfermeiras ficaram fazendo procedimentos nele, e você em nenhum momento deixou seu lado. Cochilou algumas vezes até que finalmente tudo acabou, deixando ambos sozinhos na sala até ele se sentir bem para sair do local.

─ Como se sente...?

O encarou, mas ele parecia distante, encarando o teto. Se levantou e se aproximou, estando no campo de visão dessa vez.

─ Jack?

─ Hm? Suas pálpebras ergueram ligeiramente, voltando ao normal ao devolver a atenção. ─ Sim, estou bem, querida.

─ Que bom... Desviou o olhar, sentindo um suave desconforto sem entender o motivo.

Ele obviamente notou sua mudança de comportamento, mas preferiu não debater no momento. Olhou para baixo, vendo sua mão ensanguentada.

─ O que é isso?

─ Hm? Voltou a vê-lo. ─ Isso o quê?

Com um pouco de dificuldade, ele se ergue com a ajuda das mãos até se sentar na maca e os pés encostarem no chão. Em seguida, inclinou-se até pegar o seu pulso e puxar para deixar em evidência. Com delicadeza, virou a palma para cima, encontrando uma quantia ainda maior.

─ Como conseguiu essa quantia de sangue na mão? Se machucou? Te olhava serenamente, disfarçando a preocupação.

─ Eu... Nem reparei... Comentou baixo, ainda sentindo desconforto e uma pontada de agonia entristecente. ─ Não é meu... Quando encostei no seu rosto, acabou ficando...

─ Ah, entendo. Fecha sua mão, colocando a dele por cima com gentileza. ─ Pode alcançar o item no bolso de minhas roupas, por favor?

Virou para ver onde estava, avistando as roupas rasgadas em cima da cômoda atrás de suas costas. Se inclinou sem quebrar o contato com ele, conseguindo alcançar e retirando um pequeno pedaço de pano tricotado em tonalidade creme.

─ Queria esse pano?

─ Isso mesmo, obrigada, querida.

Ele retira o pedaço de seus dedos, trazendo sua mão para mais perto dele, o bastante para que ninguém se sinta incomodado. Com cuidado, começa a limpar todas as partes.

─ O sangue vai manchar... Suspirou.

─ Me desculpe, peço que não fique chateada.

─ Não, tudo bem. Posso tricotar um novo, e dessa vez com nossos nomes. Sorri otimista, não querendo deixá-lo mau.

Concordou com a cabeça, continuando a direcionar todo seu foco para te limpar. Ao terminar nas partes maiores, guia seus dedos para ficarem distantes o suficiente para passar o pano entre eles. Permaneceram calados até que terminasse.

─ Obrigada...

Uma enfermeira superior às outras adentra a sala e se aproxima, para verificar como ele estava. Felizmente, o sangramento havia parado e as feridas fechadas corretamente, liberando-o para ir repousar em seu próprio quarto. E com sua ajuda, assim faz.

Ambos estavam estranhos. Jack parecia vago, como se estivesse vivendo em um transe no interior de sua mente, se fechando a todo o mundo real. Agora, [Nome] prosseguia sentindo uma grande aflição que chegava a fazer sua mandíbula forçar e a boca com sensação de secura. Não entendia sua cabeça, pois estava sentindo desde que o viu receber uma pedrada e prestou melhor atenção nos ferimentos causados pela batalha.

Ao chegarem no quarto, entraram e o guiou até a cama. Ajeitou a cama e o aguardou deitar para posicionar os travesseiros de forma confortável.

─ Está bem? Precisa de alguma coisa?

─ Não se preocupe, você já fez muito por mim.

Suspirou, se sentando na penteadeira ao lado da cama. Contigo distraída, ele conseguiu visualizar o lugar e com isso encontrou o guarda-chuva que lhe deu de presente sujo e rasgado, entendendo que isso ocorreu por conta dele ter sido usado de escuto para proteger os dois naquela hora.

─ Aquele é o seu presente?

─ Hmm? Acompanhou o olhar dele, visualizando o que queria dizer. ─ Ah, é sim...

─ Peço que me perdoe, não queria tê-lo danificado.

─ Tudo bem, a culpa não foi sua... Voltou a olhar para frente, suspirando mais uma vez.

Naquele ponto, Jack tinha certeza de que algo de errado estava acontecendo. [Nome] nunca agiu assim antes, dessa maneira tão evasiva e desfocada. Normalmente estaria conversando pelos cotovelos e esbanjando um largo sorriso, o que não era o caso. Além disso, sua aura transmitia uma cor de lilás, aspirando ir para o roxo completo, o medo e a ansiedade te consumindo.

─ Querida.

─ Hmm...? Grunhiu baixo.

─ O que houve? Sua expressão se tornou séria.

─O quê? Estou bem.

Encolheu um pouco os lábios, não conseguindo crer. Você sabe que consegue sentir suas emoções, então para que tentar esconder?

─ Me diga, o que está te afligindo?

─ Não... Não é nada. Gaguejou, se amaldiçoando por deixar essa burrada escapar.

Por um bom tempo, os dois ficaram insistindo em seus pontos. E por fim, quem cedeu foi a jovem, cansada de guardar aquilo para si.

─ Quer a verdade? Tudo bem...! O encara ferozmente, a impulsividade te dominando. ─ Estou cansada, Jack!

Não respondeu, deixando que continue seu desabafo.

─ Estou cansada de termos nossa relação jogada aos leões por qualquer motivo! O olhar torto de todos nos persegue! Nenhum deles sabe o que passei, o que VOCÊ passou! E ainda, sim, todos nos tratam pior do que animais de circo! Ergue Inconscientemente o corpo, ficando em pé perto dele.

─ [Nome], me escute... Suspirou, desviando o olhar brevemente antes de retornar. ─ Os humanos são assim. Se a maioria estiver dizendo coisas ruins sobre ti, não adianta duas ou três pessoas tentarem protestar. A raça humana é dessa forma.

─ Mas isso é frustrante! Eles sempre querem gritar e forçar que estão certos! O que não é verdade! Tampou o rosto, segurando as lágrimas de insatisfação.

Ele ficou calado, dando tempo para respirar fundo e se acalmar um pouco. A todo momento te observando queridamente.

─ Sim, só... Acho tão injusto. Envolve os braços em torno do teu próprio corpo, ficando cabisbaixa.

─ Querida...

Há muito tempo não via essas suas crises entrarem em ação. Se esqueceu de como aquilo o abalava, mesmo que não conseguisse colocar em palavras para que entendesse. Em alguns dias, pensava ser o seu castigo, que atrapalhou sua vida jovem para conhecer alguém melhor e ter sua paz. Aquele sentimento o remoía por dentro.

─ Sempre te apoiei... Mas se soubesse de tudo que iria acontecer, jamais te permitiria entrar naquela arena e participar desse estúpido Ragnarok. Respira fundo, não conseguindo impedir o tom choroso que saía das palavras. ─ Eu quase te perdi, Jack. Outra vez...

Dá alguns passos e chega ao lado dele, se sentando na maca e apoiando a lateral do corpo no dele.

─ Não quero te ver nessa situação de novo, não quero...

Ele entendia seus achismos mundanos, afinal, o que estava sentindo é completamente normal. Você é uma humana, uma simples garota que, por acaso, trombou com o assassino no ápice de suas atividades, e o deixou entrar em seu coração. Ou seja, mesmo ouvindo seus pensamentos egoístas, não se sentia digno de te julgar.

Com cuidado para não te assustar, passa o braço por trás de suas costas e segura em sua cintura, puxando lentamente para ficar mais próxima.

─ Desculpe pelo meu comportamento, eu só... Deixa um soluço baixo escapar. ─ Não gostaria que me visse assim... Minha cor deve estar horrível...

O homem fecha os olhos, suspirando, levando a mão da cintura até seus cabelos, os acariciando.

─ Não encha sua mente com essas preocupações, minha querida. Fico contente que esteja contando a verdade para mim, e mesmo que não concorde com tudo, entendo seu ponto. Retira os fios [cor do seu cabelo] da frente de seu rosto, depositando um suave e longo selar na testa. ─ Sua cor continua tão linda quanto na primeira vez que te conheci.

A partir daí, a barreira de segurança foi quebrada. Em segundos, seus olhos se encheram de lágrimas. Se virou de frente para a lateral dele, envolvendo os braços em torno do torso. Em resposta, ele continuou de lado e colocou o dele em torno da sua cintura, te dando um abraço lateral e puxando até que encoste o queixo em seus cabelos [cor dos cabelos].

─ Me perdoe por te deixar aflita, minha dama. Nunca foi o meu objetivo te deixar angustiada dessa maneira. Mas entenda... Não me arrependo de ter lutado nessa batalha.

Queria rebater, porém, preferiu ignorar e aproveitar o acolhimento que recebia.

─ Não consigo entender...

Por eternos minutos, continuaram grudados debatendo sobre tudo que Jack refletiu durante a batalha, tentando transmitir o que conseguiu coletar durante todos aqueles movimentos e os falatórios que tiveram, mesmo sendo muito difícil para conseguir expor direito. Levou tanto tempo que até se deitaram, contigo encolhida de lado perto do mesmo, e ele deitado normalmente, deixando o braço esticado para apoiar sua cabeça.

─ Você é um idiota... Tenta manter uma expressão séria, falhando ao deixar risadas escaparem.

─ Talvez, talvez seja... Não resiste e te acompanha nas risadas.

─ Só... Pare de se colocar em risco toda hora. O encarou.

─ Ora, isso é uma tarefa complicada, querida... Mas não tenho escolha se minha esposa está ordenando, tenho?

─ Não, não tem. Leva o braço até tocar a bochecha dele, acariciando com delicadeza enquanto sorria.

─ Que inconveniente. Força o corpo para virar para o lado, ficando de frente para ti. ─ Que dama mandona...

─ Não sou mandona, só fico preocupada.

─ Claro.

Lentamente coloca os dedos embaixo de seu queixo para levantá-lo, e junto disso, traz a própria cabeça para perto, deixando seus lábios a poucos milímetros de distância.

─ É sério...

─ Uhum, eu sei que é.

Aguarda a aproximação de Jack até que seus lábios sejam tocados em um suave selar, que logo evoluí para um passo onde envolvem as bocas completamente. A mão dele continua o caminho, passando pela mandíbula e maxilar até repousar em sua nuca e te trazer para mais perto. Um beijo calmo e amoroso, que se intensifica lentamente. A mão que servia de apoio escorrega pelos lençóis até que esteja envolvida em seu quadril, te trazendo até encostar no corpo dele com firmeza.

Sente a língua dele passar entre os seus lábios, pedindo passagem para aprofundar. E quando sentiu seus lábios ficarem entreabertos, escutou soltar um suspiro de satisfação. Com os corações palpitando de maneira descontrolada, sua língua desliza para envolver-se com a sua. Mesmo intenso, sentia-se que o beijo continha paixão e ternura, sentimentos puros e contraditórios ao mesmo tempo.

Após alguns segundos, se separaram para acalmar suas respirações irregulares. Não conseguiu segurar o sorriso, posicionando a cabeça na curvatura do pescoço dele para se esconder.

─ Está com vergonha?

─ Um pouco... Sussurrou, fazendo-o rir baixinho.

─ Que adorável... Repousou o queixo em cima de sua cabeça novamente, soltando um suspiro cansado.

─ Está cansado?

─ Pensava que não, mas aquela luta me desgastou mais do que esperava...

─ Vou ficar do seu lado... Se encolheu mais, querendo deitar-se confortavelmente junto dele.

─ Tem certeza?

─ Uhum...

Jack sabia que continuar com a conversa não mudaria sua opinião, e que nem forças direito para falar tinha, então aceitou. Se deitaram aconchegantemente juntos, relaxando os músculos e a mente, caindo em um sono tranquilo, agora com toda certeza de que podiam descansar em paz e nada atrapalharia.

─ Pode cantar para mim...?

─ Hm... Claro. Qual canção gostaria?

─ Ainda pergunta...? Levanta o rosto para encará-lo, sorrindo timidamente.

─ Oh, tem razão. Como não me toquei? Ri baixinho, soando de maneira brincalhona.

Ainda deitados, você, mais encolhida e próxima do corpo dele e com a cabeça em cima de um dos braços do mesmo, dá um último selar em seus lábios, sussurrando um "boa noite". Em segundos, ele repete o processo equivalente ao seu, acariciando suas costas em movimentos circulares amavelmente.

Ao fechar os olhos, Jack iniciou a vocalização de uma música muito antiga, que marcou a infância de milhares de crianças na grande cidade de Londres. Uma música simples de cantar e, ao mesmo tempo, profunda que poderia transmitir muitos tipos de sensações. No seu caso, lhe transmitia relaxamento, e a voz dele só aumentava essa sensação.

─ Eu te amo, Jack...

─ O quê? Inclinou a cabeça, visualizando seu rosto. Ficou calado por um tempo, reparando na sua respiração calma, notando que havia dormido. ─ Ah, que coisa... Já pegou no sono?

Se ergueu um pouco para conseguir alcançar seu rosto, depositando um beijo suave sobre sua testa. Mesmo após o beijo, continuou próximo, soltando algumas risadas nasais e um sorriso sutil.

─ Também te amo, minha bela dama... Sussurrou.

Na realidade, sabia que ainda estava acordada, e sua certeza veio quando viu seus lábios torcerem em um sorriso. Fingiu não ter percebido, voltando a repousar os cabelos no travesseiro e se juntar a ti em um pacífico sono. 

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Não terá continuação
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Próximo Capítulo: Por enquanto não está decidido.

Espero que tenham gostado.
Eu adorei fazer esse capítulo, confesso que tenho uma queda gigantesca por esse personagem, e temas mais românticos me deixam muito "felizinha", então fazer um capítulo desses me deixa muito alegre!

Espero que eu tenha agradado vocês! Se quiserem me pedir mais alguma história sobre algum personagem fique à vontade!

O próximo capítulo sairá em breve.
Prometo.❤️

Abraços com muito amor para uma pessoa linda, você mesma. 🌹❤️✨

🌹.
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🌹.

✨🍃🌹ƒiм!🌹🍃✨

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