༌˖✦ * .ི ┊𝐇𝐔𝕊𝕂 ━ 𝔄𝔩𝔠𝔬𝔥𝔬𝔩𝔦𝔠 𝔘𝔰𝔢𝔯𝔰˳🍾ʾʾ₊ .

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ꞌꞋꞌ𓂃 ࣪˖ 🐾  ֶָ֪ #HUSK#☆𝆬 ﮳ ּ
[Cute🌸]

❝ ━ I'm taking back the number of the beast. 'Cause six is not a pretty number! Eight or three are definitely better! A is for the address on my letter. To my alcoholic friends...❞

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[ :🌷: ]. Nome do personagem: Husk.

[ :🎡: ]. Animação que se encontra: Hazbin Hotel.

[ :🌟: ]. Quantidade de palavras: 6.809 palavras.

[ :🍨: ]. Dia postado: 06-12-2024.

[ :🐝: ]. Dedicado a: Pessoa que está lendo ❤.

[ :🌻: ]. Autora: Menina_Otaku_S2.

[ :☔: ]. Marcações: [Não há].

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˖ 🎀 ᝬWARNING 𖦹 ˖࣪،̲Ꮺ !

Todos os direitos desse capítulo são meus. Ele foi criado conforme uma ideia minha, logo, tenho direito de proibir qualquer um que faça cópia de sua escrita ou estilo. Ou seja, NÃO PERMITO INSPIRAÇÕES OU CÓPIAS DELE!

Por favor, não façam isso. Plágio é crime!

O capítulo contém diversas palavras chulas e situações violentas.

Se não gosta dessas coisas, por favor NÃO LEIA!

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𓏲 ָֹ⌗🌷.SONG THAT INSPIRED ME.🌷៹✦͘˖

𓄹 ۬﹢ Eyedress ft. Dent May - Something About You › ᥫ᭡

https://youtu.be/j9yEL3B5Cvk

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Caso tiver algo que não gostou no capítulo, eu sinto muito! (^._.^)ノ

E sinto muito caso houver erros de escrita!

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✨🏮.{ALCOHOLIC USERS}.🏮✨
[PARA MAIORES DE 16 ANOS]

─ A festa está muito divertida, não acha [Nome]? ─ Sua amiga Amy questionou dando um longo gole em seu whisky.

─ ...

─ [Nome]? ─ Olhou-te com preocupação encarando um casal dançando ao longe. ─ Ei, que bicho te mordeu?

─ Aquela garota, ela claramente está tentando jogar seu charme para o Lucas.

─ Não viaja, estamos nessa discoteca para curtir, não para ficar olhando outras pessoas ─ pegou em sua mão. ─ Vem, curtiremos na pista de dança!

Ela tentou te puxar para a pista, porém sua atenção se encontrava totalmente nos dois que dançavam com os corpos extremamente colados.

─ Quer saber, foda-se! ─ Retirou o copo das mãos de Amy e engoliu todo o seu restante.

─ E-ei minha bebida!

Sem dizer mais nada, se levantou marchando até os dois, interrompendo a sua diversão.

─ Olá, Lucas!

─ Ah [Nome] ─ ele largou a outra e sorriu para ti. ─ E aí, o que está achando da festa? Meu pai arrasou, né?

─ Sim, não fazia ideia que vocês tinham uma discoteca em casa.

─ Não é muito grande, mas coube todos os convidados que eu queria. ─ Riram em conjunto.

─ Ei Lucas, eu vou ao banheiro. Consegue pegar uma bebida para mim?

─ Claro Nat, pode ir sem medo.

Vocês duas se olharam de cima a baixo antes dela seguir para fazer suas necessidades.

─ Lucas espera!

─ Sim?

─ Você consegue pegar uns salgadinhos para mim levar?

─ Por que não vai? Eu deixo! ─ Sorriu gentilmente.

─ Sei, m-mas tenho vergonha... ─ Encolheu-se e desviou a visão.

─ É sério? ─ Riu da sua atitude e te abraçou.

─ Lu-Lucas! ─ Corou forte.

─ Tudo bem, eu pego para você. Mas tem que pegar uma bebida para mim.

─ Pode deixar! Pegarei para a Natat também!

Em resposta ambos sorriram um para o outro e cada um foi para seu canto fazer o que tinha.

Ao chegar na área de bebidas, felizmente o barman não se encontrava. Querendo aproveitar a situação, foi até sua mesa de trabalho e pegou dois copos vazios, decidindo fazer duas bebidas diferentes para não se confundir, uma de morango e outra de limão siciliano. Retirou do bolso de sua jaqueta um pacotinho branco que continha pó triturado das sementes de uma Cerbera odollam.

Já havia feito isso muitas vezes. Adicionar as sementes da querida "árvore do suicídio" é perfeito! Um crime com mínimas chances de dar errado, já que essa belezinha normalmente não pode ser detectada em autópsias, apenas em exames específicos, que por coincidências são caros ou nem se encontram disponíveis em muitos locais. E a melhor parte, Natat pereceria em algumas horas e durante elas agoniaria de dor até seu último suspiro.

─ Espero que aproveite bem suas últimas horas com o meu par... ─ Terminou de colocar e pegou uma colher para mexer tudo. ─ Não é uma ninfeta de merda que irá atrapalhar todo meu progresso!

─ [Nome] do que está falando? ─ Amy apareceu na sua frente do outro lado do balcão.

─ M-merda! Amy, o que faz aqui?

─ Que cheiro é esse?

─ Che-cheiro? Que cheiro?

A mais velha agarrou seu pulso com força, te fazendo soltar a colher e por pouco não deixa o copo cair.

─ Cheiro de encrenca. O que você botou nessa bebida?

─ N-não se mete! ─ A fez largar seu braço. ─ Não se meta no meu caminho, senão você será a próxima!

─ Do que está falando, sua louca? ─ Amy viu o pacotinho em cima da mesa de trabalho e o pegou rapidamente. ─ Como me explica isso?

─ !!!!! ─ Quando percebeu que seus olhos ficaram arregalados tentou agir como boba para ela não suspeitar, o que já foi tarde demais.

─ Não se faça, o que cacete tu colocou aí?

─ Quer mesmo saber? ─ Colocou a bebida em cima do balcão, encarando a mulher com ódio. ─ Botei veneno.

─ O quê? ─ Desacreditada, soltou o pacotinho e deu um passo para trás. ─ Como assim, veneno...? Isso é uma piada, não é?

─ Sério... Não achei que fosse tão tola Amy. ─ Jogou o cabelo para lado com um sorriso cínico.

Pegou as duas bebidas dessa vez e passou por ela a encarando com o mesmo sorriso. No entanto, todo o seu mundo caiu ao dar de cara com aqueles olhos verdes enormes olhando para os seus.

─ L-Lu-Luc-cas...

─ [Nome]...

De canto de olho percebeu uma cabeça que saiu atrás dele com um pequeno sorriso, que mais parecia uma cobra mostrando suas presas.

Ficou parada em choque não sabendo o que poderia fazer para sair daquela situação.

─ Você ouviu tudo que eu disse?

O silêncio dele era resposta o suficiente. Respirando fundo riu exageradamente da situação para tentar retirar o clima pesado.

─ Por que está rindo? ─ Nat questionou.

─ Da situação! Eu só estava brincando pessoal, proponho deixarmos isso de lado ─ aproximou-se dele e estendeu as mãos para entregar as bebidas. ─ Fazemos um brinde, faço a minha bebida e a de Amy depois.

Lucas continuou em silêncio te encarando nos olhos com um semblante apático. Ficando desesperada deu mais um passo para frente.

─ Gente?

Sem mais nem menos, Natat pegou a bebida de morango que estava envenenada e tacou na sua cara com força, te fazendo andar para trás desnorteada e deixar a outra bebida cair no chão. Nesse ponto todos os convidados ficaram encarando a cena.

─ Está louca? Acha que tomarei essa merda envenenada?

─ A-ai! Não enxergo...! ─ Com dor nos olhos e andando para trás tropeçou nos próprios pés e caiu de bunda no chão.

─ [Nome]! ─ Amy ajoelhou-se ao seu lado e limpou com seu paninho retirado da bolsa seus olhos para tentar impedir de doer tanto. ─ Precisava disso, Natat?

─ Até você está ao lado dela? Por acaso é outra assassina?

─ Cala boca, [Nome] não é e nunca será uma assassina!

─ Não ouviu o que ela disse? Ela claramente já matou outras! Por que acha que alguém andaria com um saco de veneno para lá e para cá? ─ A jovem retirou de sua bolsa, o seu celular, discando o número da polícia. ─ É o fim da linha para você, maluca!

─ Não... ─ Abriu um dos olhos ainda doloridos, vendo de relance o sorriso branco grandioso que ela carregava, te enchendo de ódio. ─ Não sem você!

Quando todos menos esperavam, a garota empurrou Amy para o lado e voou para cima de Nat. Antes que ela pudesse falar com a polícia, [Nome] retirou de maneira veloz de seu bolso uma seringa, removeu a tampa e enfiou no pescoço da outra. Em desespero, ela se debateu, conseguindo derrubá-la de cima.

─ Que merda...! O QUE VOCÊ BOTOU NESSE NEGÓCIO?

─ Você descobrirá.

Sem mais nem menos a jovem pegou ambas as mãos a cabeça dela e a fez bater com força no disjuntor, causando o desligamento da música e luzes automaticamente. O restante dos convidados ficaram desesperados, correndo para todos os lados tentando achar a porta de saída.

Amy ficou tão assustada que só saiu correndo junto dos outros, só ficou ali você, Lucas e o corpo desmaiado de Natat.

─ Lu-Lucas, juro que não sou assim...! Tive que me defender, ela iria me denunciar e com isso eu iria para a prisão! ─ Seus olhos levantaram as pálpebras ainda mais e tentou fazer com que seu sorriso ficasse menos sinistro. ─ Acredita em mim, não é?

Ao mesmo tempo que dava curtos passos para frente ele dava largos passos para trás. Em um desses movimentos viu que o celular dele se encontrava em suas mãos.

─ Sai de perto de mim! ─ Indicou, movendo o braço de maneira brusca, como se quisesse afugentar uma fera. ─ Estou te avisando, não chega perto!

─ Lucas, acalme-se! ─ Estendeu a mão para alcançá-lo, no entanto, recebeu um tapa dele na sua mesma mão.

─ FALEI PARA NÃO ENCOSTAR EM MIM! ─ Gritou, deixando evidente seu terror.

─ L-Lucas!

─ MAIS UM PASSO E EU LIGO PARA POLÍCIA!

─ Q-quê...? ─ Engoliu em seco. ─ Não, não você NUNCA faria isso... Você NUNCA faria isso comigo Lucas! Só está confuso...

─ Por que... Por qual razão fez essa merda?

─ ...

─ Me fala! Me conta porque fez isso com a Nat e chamou a Amy de boba! ─ Quando viu os olhos dele se encontravam trêmulos e cerrados como se fosse chorar a qualquer momento. ─ Realmente matou outras pessoas?

Desviou o olhar do dele, não conseguindo admitir nada disso em voz alta.

─ Me fala, por quê?

─ Isso é tão clichê... ─ Fechou os olhos doloridos de tanto tempo que não os piscava. ─ Quer mesmo que eu seja sincera?

O silêncio dele deixou claro que a resposta era sim. Com essa deixa, confessou quase todos os fatos que ocorriam há anos, para ser mais precisa, desde quando começaram a ficar amigos. Há anos [Nome] sentia essa paixão, e, ao invés de confessar-se de uma vez, pensava que receberia um "não" enorme, e por isso fez o que fez. Assassinou muitas pessoas com todos os venenos que tinha alcance, sempre priorizando pessoas que ela odiava ou que mostravam ser uma ameaça.

─ Tudo isso... Por mim?

─ Sim, fiz tudo isso por ti. ─ Sorri docemente. ─ E faria tudo novamen-!

Antes de poder terminar a frase acaba vendo-o dar um grito estrondoso. Todos os gritos da rua eram extremamente inferiores comparados com o dele.

─ L-Lucas...

─ CALA BOCA, SÓ CALE A BOCA! OLHA QUANTAS BOBAGENS ESTÁ DIZENDO!

─ Do-o que está falando?

─ ESTÁ LOUCA, SÓ PODE SER! ─ Enfiou as unhas em seu cabelo preto como garras, com os olhos fechados, não conseguindo parar de chorar. ─ POR QUE ACHOU QUE ESSA IDEIA SERIA BOA?

─ Está com raiva de mim? ─ Colocou a mão no seu coração.

─ VO-VOCÊ AINDA PERGUNTA? ─ Abriu os olhos dando de frente com os seus, rangendo os dentes. ─ Que idiotice...!

O rapaz respirou fundo para acalmar seus ânimos, seguindo para o lado de sua amiga Nat e tentando fazê-la acordar. Porém, por alguma razão ela nem se mexia.

─ Ei, acorde... ─ Sacudia seu corpo.

─ Lucas. ─ Chamou-o e nada dele olhar ou te responder.

[Nome] o chamou diversas vezes, e nada de ser respondida. A tristeza virou raiva pelo fato de estar sendo ignorada por seu amante. Com a visão turva e dentes à mostra agarrou a garrafa de Jägermeister que tinha em cima da mesa e acertou a cabeça dele com toda força, a fazendo quebrar ao meio e despedaçar-se em dezenas de pedaços em seguida.

─ Ai, merda...!

Aquele era um momento crítico. Podia fazer algo para contornar a situação ou apenas esperar a polícia chegar e acabar com todos os significados de cada ação que tomou. E obviamente, a opção "nunca desistir" foi a validada.

Jogou o corpo do rapaz desmaiado em suas costas e seguiu evitando golpear os itens que estavam no caminho o máximo possível que sua visão permitisse, saindo dali pela porta dos fundos onde estacionou seu Rolls-Royce Ghost Prism.

Sem enrolação, o colocou deitado no banco de trás e pulou para o banco do motorista, fechando a porta com agressividade. Apertou a embreagem, pisou no freio, girou a chave e abaixou o freio de mão rapidamente, engatou a marcha, tirou o pé do freio e quase ao mesmo tempo retirou o peso da embreagem e socou o pé no acelerador.

Com uma mão no volante e a outra na marcha para ficar mudando-a, saiu em disparada, passando por vários antes presentes na festa. No fundo, pôde jurar que ouviu Amy gritar o seu nome, no entanto, não deu ouvidos e continuou chorando com um pequeno sorriso.

─ Está tudo be-em agora... ─ Olhou para trás encarando o rosto sereno de Lucas. ─ Você está comigo agora, meu amor.

Mas sua felicidade não durou muito, porque luzes azuis e vermelhas piscantes e vibrantes invadiram seu campo de visão.

─ Uh, maldita polícia...! ─ Virou-se para frente colocando na quinta marcha para aligeirar.

Mesmo de noite com um clima de neblina e obscuridade dirigiu como uma maníaca pelas ruas, sendo guiada apenas pelos seus próprios faróis e luz das sirenes da polícia.

Como um filme clichê, a chuva se iniciou.

─ Aarhg, bem agora, Deus? ─ Esbravejou fazendo uma curva fechada.

Estava tão concentrada nas curvas que não notou que Lucas acordou no banco de trás. Ele ficou olhando você, encarando-o de costas com os olhos arregalados, só fazendo algo quando virou o pescoço para trás e viu dois carros da polícia perseguindo vocês.

Em um colapso de bravura, o rapaz agarrou o seu cinto e fixou em seu pescoço como um enforcamento.

Lucas gritava, implorando para ela parar o carro, espremendo ainda mais seu pescoço, enquanto [Nome] dedicava-se com uma mão a segurar o cinto para não ficar sem ar e com a outra continuar no controle do volante.

Em meio ao tumulto, a vida chegou ao fim. Sem total controle e atenção, com a pista escorregadia, chegaram a uma curva que, caso não fosse concluída corretamente, seriam abatidos pelo abismo. E bem, o carro derrapou e girou até chegar ao fundo do abismo. Lucas foi tão sacudido no veículo que acabou parando no banco da frente, com a cabeça dele no seu colo e pescoço quebrado. O seu destino foi o mesmo, ainda usando cinto, só conseguindo abrir os olhos por poucos segundos antes de apagar, sentir seu sangue quente escorrer pelo rosto e não ter noção do paradeiro de suas pernas e o quão destruídas foram.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」Quebra de tempo꒱༉‧₊˚⁺ ˖

─ PASSA A GRANA BABACA!

─ SÓ POR CIMA DO MEU CADÁVER, BAFO DE BOSTA!

─ Uh, minha cabeça... ─ Sentiu-se acordar deitada em um chão áspero e desconfortável, sentando-se para acariciar sua cabeça. ─ Espera... O quê?

Uma onda de energia rápida te atingiu para conseguir levantar, não durando muito e fazendo-te bater a bunda no chão novamente.

─ Quê, que merda...? Onde diabos eu estou? ─ Olhou ao redor, nada era conhecido ou minimamente parecido com o "normal".

─ SEU FILHO DA PUTA! ─ Duas criaturas masculinas saíram na porrada ao seu lado.

─ C-CUIDADO! ─ Levantou para se desviar e se afastar daquela intriga.

─ SAI DA FRENTE IDIOTA!

Ouviu uma buzina atrás de si, se jogando para o lado na hora e evitando um atropelamento.

─ Uh! Garota idiota!

─ ... ─ Quanto mais tentava procurar algo que fazia sentido, mais sentia seu cérebro fritar dentro de sua cachola. ─ QUE MERDA DE LUGAR É ESSE?

Pensou alto, trazendo muitos olhares para ti.

─ A morceguinha é nova por aqui? ─ Uma criatura que lembrava uma raposa humanoide aproximou-se de ti.

─ Com licença... Do que me chamou? Morceguinha?

─ Você não é um morcego?

─ O... ─ Correu até uma vitrine de uma loja para se olhar no espelho. ─ Que...?

─ Hum, eu diria mais. Penso que é um morcego vampiro.

Passou a mão no rosto para conferir e realmente parecia um ser humano misturado com um morcego. Na realidade, aquelas enormes asas não teriam como ser confundidas.

─ Que merda é essa? ─ Foi tocando cada parte do seu corpo, arregalando mais os olhos cada vez mais que a ficha caía. ─ Não, não pode ser!

─ Não fique assim docinho, faz parte... ─ O estranho foi atrás de ti, agarrou seus ombros e sussurrou em sua orelha esquerda. ─ Que tal darmos uma passadinha em um bar para... Você sabe, relaxarmos e-.

Antes dele ter como acabar sua frase, a jovem agarrou sua cabeça e o jogou para frente, fazendo-o bater com força e quebrar os vidros da vitrine.

─ Merda!

Saiu correndo sem rumo, torcendo para aquele cara não querer ir atrás de ti. O tempo todo, ficou aterrorizada com o pensamento de que Lucas faleceu mesmo e que teve o destino idêntico ao seu.

Só parou de correr ao entrar em um estabelecimento que lembrava um bar. Observou todas aquelas criaturas arrepiantes com receio, se encolhendo e tentando não chamar atenção quando se sentou em uma das mesas.

─ Que diabos...? ─ Apoiou sua cabeça com uma das mãos pensativa. Uma hora com o coração batendo e outra tendo sua vida drenada para fora, que inesperado.

─ Bem-vinda, bonita garota morcego! ─ Um ser usando uma roupa de garçom ficou ao seu lado. ─ O que gostaria essa noite?

─ Uh... Uma dose de whisky Royal Salute.

─ Ah... A senhorita poderia ser mais específica?

─ Whisky Escocês Royal Salute 21 Anos, melhor agora? ─ Encarou com indignação.

─ Oh, claro! ─ Foi-se embora atrás de sua ordem.

Suspirou fundo, tentando organizar os pensamentos. Sem muita demora, a dose chegou.

─ Aqui está o que a senhora pe-... ─ Antes dele conseguir terminar a frase, enviou o líquido para dentro.

─ Quanto sairá?

─ 739,90.

Levou a mão para o bolso para pegar sua carteira, no entanto, não achou nada nos bolsos. Mordeu os lábios na hora em choque ao relembrar que aquilo não era mais a realidade em que vivia e que sua carteira ficou junto de seu antigo corpo.

─ Porcaria ─ sussurrou, fingindo continuar a procurar.

─ Algum problema?

─ Nã-não, eu só... Acho que esqueci minha carteira em algum lugar. ─ Sorriu sem graça.

─ Esqueceu a carteira? Isso não é bom... ─ te encarou com seriedade. ─ Não posso te deixar ir sem pagar, senhorita.

─ M-mas é que...

Sentia uma pressão gigante cair em cima de você, o olhar daquele garçom não estava nem um pouco amigável.

De repente, uma criatura que lembrava um crocodilo humanoide se sentou ao seu lado e indicou que poderia pagar pelo seu pedido, e assim o fez, conseguindo retirar o garçom satisfeito dali.

─ Oh, céus... ─ suspirou aliviada.

─ Quase se meteu em encrenca em mocinha... ─ falou, acendendo um cigarro e levando em sua boca. ─ Tenha mais cuidado, se não fosse por mim, estaria se vendo com os seguranças desse lugar.

─ Muito obrigada pela ajuda. ─ Sorriu verdadeiramente agradecida.

─ Relaxa, já vi muito dessas coisas acontecendo e sempre que posso tento impedir.

─ Isso é muito bonito... Nem sei como posso te agradecer.

O demônio te encarou com um sorriso ladino, o que fez o seu sorriso desaparecer na hora e um semblante de preocupação surgir.

─ Acho que você sabe muito bem o que eu quero... ─ Deixou o cigarro um pouco de lado, te olhando com mais descaradamente ainda.

─ Não, eu não sei... ─ engoliu em seco.

─ Tem certeza? ─ o corpo dele se aproximou do seu.

No momento em que o homem iria te envolver com um de seus braços, seu corpo reagiu mais rápido, se levantou dizendo que iria ao banheiro e saiu correndo para a primeira porta que viu. Fechou a porta e, por sorte ou não, aquilo era realmente o banheiro feminino.

─ Merda, merda, merda...!

Encarou sua imagem no espelho, jogando água no rosto e rezando para aquilo ser só um pesadelo.

─ Ei você.

Virou o rosto para o lado vendo uma mulher que parecia uma modelo dos anos 90 combinada com uma raposa e características de demônio ao mesmo tempo.

─ O quê?

─ Por acaso, é a garotinha que vi ao lado de Jester?

─ Jester...?

─ Um crocodilo vagabundo bem altão.

─ Ah... Então, o nome dele é Jester... ─ virou o rosto novamente para frente, encarando o espelho.

─ Te recomendo cair fora de perto dele. Não se encante com o jeito galã dele, aquele lá só quer uma troca de prazeres por uma noite e depois some.

Através do espelho, viu-a com uma expressão amarga, dando uma tragada em seu charuto fedido.

─ Como eu queria...

─ Deixa eu adivinhar, não conseguiu pagar a conta e ele fez isso por você e agora quer uma troca de favor, acertei?

Olhou para ela, surpresa.

─ Como adivinhou?

─ Meu amor, esse é o modus operandi dele com todas que vêm nesses bares populares da cidade.

─ Estou ferrada...

─ Está mesmo ─ sem abalo na voz, confirmou soltando a densa fumaça.

Ficou alguns segundos pensando no que fazer, não adiantava, sua mente sempre te levava para a estaca zero novamente. Foi aí que ouviu a mulher ao seu lado suspirar e retirar algo do bolso dela, indo ao seu lado e batendo em seu ombro.

─ Ei guria.

─ Hm? ─ Se surpreendeu quando ela te deu um pacote com um pó dentro.

─ Use isso com sabedoria, uma dose muito alta pode matá-lo, e esse não é seu objetivo, né?

Segurou aquilo sem saber o que dizer enquanto assistia à mulher dali sair com seus quadris rebolando de uma maneira elegante.

─ 5 minutos são o suficiente para meter o pé ─ foram suas últimas palavras.

Ficou no banheiro mais alguns minutos até reunir coragem o suficiente para voltar até a mesa. Mais confiante no que fazer, se sentou ao lado dele e pediu mais uma dose de bebida para os dois, e para completar fingiu cair no papo dele e também estar a fim.

Aquilo não durou muito, em minutos colocou o pó todo na bebida dele e o viu tomar com gosto, propondo em seguida que saíssem dali e fossem para um lugar mais privado. Em 1 minuto, ele concordou com a ideia, em 2 ambos saíram dali, em 3 caminhavam pelas ruas, em 4 acharam um beco mais afastado do centro tão movimentado... E no último minuto, apenas viu o corpo dele tombar no chão.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」2 semanas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Depois daquilo, o seu método foi se aprimorando. Primeiro atraía as burras criaturas fingindo ser uma pobre jovem ingênua para roubá-las, deu um jeito de achar um vendedor muito generoso desse pó mortal que vendia sem pudor algum. E em segundo lugar, os envenenava o suficiente para perecerem e enfim roubar todos os itens valiosos deles. Se apoiou nisso para sobreviver.

Porém, tudo tem um fim. Em uma de suas últimas vítimas, fez o mesmo processo, o envenenou e levou até o lado de fora do bar nos fundos. Após a morte do demônio, tirou sua carteira do bolso e botou no seu, pegando o corpo em seguida com dificuldade pelo peso e levando até o forno crematório. E nesse momento tomou um susto ao ver outro demônio te encarando há alguns metros de distância.

Movida pela adrenalina, tentou avançar sobre ele. O que tinha na cabeça para fazer isso? Sem hesitar, com um movimento de seu cetro, se encontrava no chão. Senti-se uma formiga abaixo daqueles enormes chifres e amedrontada pelo grito agoniante do animal.

Por alguma razão, o demônio parou com os movimentos violentos e começou a fazer diversas perguntas sobre sua pessoa. Nomeado de Alastor, o Demônio do Rádio, questionou sobre seus passos no inferno e suspeitava que ela estava causando um grande alvoroço. Não sabia disso, mas aparentemente o lugar se encontrava tenso pelos diversos assassinatos por envenenamento e roubo de pertences.

Quando viu, ficou confessando seus crimes em vida e no seu pós-vida para ele. No exato momento em que tocou no assunto de sua paixão, ele voltou a prestar atenção nos relatos, vendo uma brecha para algo oportuno.

Minutos depois, magicamente, estava sob o poder dele, com um acordo para abandonar essa vida tão "medíocre" e insegura em troca de sua alma e proteção. Dessa forma, pensava que teria mais tempo para procurar seu amado Lucas. No fim, indo junto de Alastor para o lugar onde repousava, um hotel proclamado como "Hazbin Hotel". O seguiu até chegarem na porta.

─ Entre! ─ Alastor comunica, abrindo a porta principal.

Ao entrar, encontra um enorme salão, rodopiava, olhando para todos os cantos e vendo o tanto de defeitos.

─ Alastor ─ parou de girar ao ver uma garota descendo da grande escadaria. Carregava uma expressão animada até ver te ver, virando algo entre surpresa e confusa. ─ Olá, qual seu nome?

Fica em silêncio por alguns segundos analisando a garota, respondendo sua questão um tempo depois. Mais alguns seres entram na sala e começam a se apresentar, uns animados e outros não dando a mínima.

Um deles em específico chamava-se Husk, um gato de pelagem tom café com noz carrancudo. Em nenhum momento ele olhou na sua direção, porém foi educado dentro do possível.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」1 semana depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Durante aquela semana, tentou o tempo inteiro ficar isolada em seu quarto ou fazendo o mínimo de contato possível, afinal, não era a sua praia. Todos pareciam "respeitar" suas escolhas, menos Alastor e Charlie. O homem te atormentava, já a mulher chegava a parecer uma doença de tão insistente, grudenta e difícil de derrubar.

Em uma dessas sessões de tortura, as bochechas rosadas mandou que fizessem duplas para praticar uma dinâmica de confiança. Se negou a todo custo, porém foi Alastor levantar um dedo que se viu ao lado de Husk que parecia estar mais irritado que o normal.

─ O que faremos aqui...? ─ Murmurou pensativa.

─ Não estou nem aí para isso ─ ouviu um longo suspiro irritado sair dele. ─ Só quero terminar logo.

─ Não me surpreendo que um alcoólatra como você não consiga se desvencilhar da cachaça por alguns minutos.

Enviou um olhar mau para Husk que respondeu encarando-te com uma sobrancelha levantada em choque.

─ Como é? Quem te deu permissão para me tratar dessa forma?

─ Precisa? ─ Sorri maleficamente.

─ Tanto faz, eu não ligo para a opinião de uma esquisita que fica trancada no quarto no puro breu.

─ Algum problema com isso? ─ Lhe dá um olhar mortal.

─ Nem um pouco ─ o viu revirar os olhos.

─ Muito bem, estão todos presentes agora. ─ Charlie bate algumas palmas, abrindo um enorme sorriso animado. ─ Hoje nossa atividade será com o propósito de confiar mais nos outros. Alguém teria alguma pergunta antes que eu explique como funciona?

Niffty levanta sua pequena mãozinha.

─ Sim, Niffty?

─ Posso ir com a [Nome]? ─ Sente um forte arrepio ao ouvir seu nome sair da boca dela.

─ [Nome] vai com Husk, mas na próxima fez te garanto que as duas vão juntas!

─ Ebaaa~!

─ Muito bem, mais alguma pergunta? ─ Ao ver que ninguém se manifestou, respirou fundo e explicou. ─ Nossa atividade trabalha a confiança, como eu disse. Um exemplo... [Nome] irá vendar seus olhos para não conseguir ver nada ao seu redor, enquanto isso, Husk sem encostar nela, irá dizer o que deve fazer para andar sem que bata em algo.

Arregalou os olhos e encarou o peludo, que teve a mesma reação.

─ Está brincando, né?

─ Não, não estou! ─ Ela se aproxima de cada um, entregando um pedaço de pano para cobrir os olhos. ─ Quem gostaria de ir primeiro?

─ Eu ou você primeiro?

─ É sério? ─ Questionou incrédula.

─ Pare de ser idiota e vamos acabar logo com isso. ─ Husk insistiu sem vontade.

Durante toda a atividade, [Nome] e Husk ficaram se atacando. Em nenhum momento, a garota mostrou confiança no gatuno, o que o fez perder o resto de paciência que mantinha.

No final da dinâmica, os dois estavam cheios de dores por trombarem em diversos momentos, o que foi o suficiente para declararem guerra um pelo outro pelos próximos meses.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」3 meses depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Durante todos aqueles meses, ambos demonstravam raiva um pelo outro, se provocando e ferrando o outro sempre que podia. Um dia, a jovem ficou sentada no grande sofá do salão lendo um livro sobre ervas medicinais e venenosas. No meio disso, Charlie veio cabisbaixa e sentou-se ao seu lado.

─ [Nome] posso conversar com você?

A encarou de canto de olho, observando sua cara de cão abandonado.

─ O que é?

─ É que, sei lá ─ suspira pesado. ─ Eu e Vaggie tivemos uma discussão e não sei o que fazer. Faz alguns dias que não conversamos e isso me deixa receosa...

─ Ah, só isso?

─ Rãh? ─ Soltou um grunhido confuso.

─ É normal, daqui a pouco voltam a conversar como se nada tivesse acontecido.

─ Acha mesmo?

─ Claro ─ disso com total desinteresse.

─ Você fala com tanta naturalidade... Até parece uma profissional ─ ri para descontrair.

─ Hum.

Não sabe quando deu permissão, no entanto, Charlie começou a falar pelos cotovelos e não parou mais. Com sua leitura sendo atrapalhada, fechou a cara na hora. Fingiu prestar atenção para que isso parasse, o que parecia impossível.

Em um ponto, não aguentou, pegou a jarra de água que estava vazia e entregou nas mãos dela.

─ Poderia encher a jarra novamente, por favor? ─ Forçou um sorriso.

─ Ah, claro, já volto!

Quando viu ela se levantando, pegou seu copo d'água e puxou um saquinho de seu bolso, abriu com rapidez utilizando as unhas e despejou no item. Quando a filha de Lúcifer retornou, agradeceu pela água, despejando até completar um e fingir colocar no outro. Pegou o copo batizado e entregou para ela.

─ Sua garganta deve estar seca de tanto falar, beba um pouco.

─ Ah, sim, muito obrigada! Você é muito gentil ─ te dá um grande sorriso.

Riu, tomando um gole do copo e olhando de canto para ver ela fazer o mesmo. Porém, de repente, Husk aparece ao lado dela e retira o copo de suas mãos.

─ Que sede.

─ O quê?

De forma patética, o demônio tenta levar o copo até a boca e deixa seu conteúdo cair inteiramente em suas roupas.

─ Oops.

─ Oh, Husk, está encharcado! ─ A loira levanta-se e puxa um paninho de seu bolso.

─ Tudo bem, eu me limpo. ─ Pegou o pano dela e passou em suas roupas.

─ Vou atrás de um esfregão mop para limpar ─ a jovem correu para outro cômodo.

Assim que ela saiu, Husk se virou para ver que você já carregava um olhar profundo de ódio.

─ O que deu na sua cabeça...? ─ A garota se levanta do sofá.

─ Acha que sou idiota? Vi o que botou na bebida ─ te deu um olhar desconfiado. ─ Eu que pergunto, por quê?

─ Ela não calava a boca! Me estressou e tentei dar um fim, só isso!

─ Pirou? Você só sai envenenando os outros por motivos tão imbecis?

─ Motivo imbecil? Ela me irritou!

Os dois ficaram os próximos minutos rebatendo cada argumento. Entretanto, de repente, as emoções de [Nome] enchem sua sanidade, a fazendo explodir em lágrimas frustradas. Essa reação tão repentina fez o homem parar de falar na mesma hora.

─ Você jamais entenderia!

Sem conseguir reagir, a viu sair correndo para fora do hotel sem explicações. Segundos depois, Charlie e Vaggie chegam perguntando o que raios havia acontecido, dando de ver que Husk não estava ligando.

─ Husk vá ver o que aconteceu com ela... ─ Charlie pediu.

─ Por que eu? Ela saiu porque quis.

─ É, mas tenho certeza de que é sua responsabilidade! ─ Vaggie reclama. ─ Fez a cagada, agora limpa!

─ Como é?

─ Me ouviu bem! Temos que saber o que aconteceu, traga ela de volta.

─ Acha que sou obrigado a cumprir as ordens de um demônio mariposa?

Charlie encosta no ombro dele.

─ Por favor... É perigoso lá fora, pelo menos me diga como ela está... Eu me preocupo.

O tom tristonho o fez gemer de irritação, colocando o orgulho de lado.

─ Tá bom, está bem, eu vou!

[Nome] correu até se deparar com um barzinho baladeiro. Entrou no local e foi reto nos banquinhos que davam de encontro com os atendentes.

─ Uma dose de gin Bombay Sapphire por favor.

─ Certo ─ o demônio dragão concordou e te serviu na mesma hora. ─ Está servido.

─ Agradeço. ─ Deu um profundo gole sem receio.

Minutos depois, Husk aparece no bar e te vê encarando o copo quase vazio do lado de várias garrafas, suspirou e se perguntou o que estava fazendo ali diversas vezes até se sentar ao seu lado.

─ E aí, quantas já tomou?

─ Sei lá ─ Pegou algumas garrafas e sacudiu para sentir. ─ Umas 4 e meia.

─ E terá dinheiro para pagar tudo?

─ Aí você me pegou... ─ [Nome] solta uma risada desconfortável e arrastada, dando de notar nitidamente sua embriaguez.

Ele chama o garçom para servir uma Vodka Absolut para ele, tendo que agarrar a garrafa para deixar explícito que não se referia a apenas um copinho.

─ Absolut? Que chique...

─ Se tu dizes ─ deixa algumas risadinhas escaparem. ─ Está em qual agora?

─ Desfrutando da Vodka Ciroc de melancia ─ levanta a garrafa, mostrando estar na metade. ─ Tem um frescor gostoso.

─ Não sou fã dessas invenções de sabores, a original é melhor.

─ Velho...

E por mais de uma hora os dois ficaram bebendo e conversando sobre bebidas alcoólicas, rindo de forma frouxa, afetados pelo efeito do álcool. Enquanto Husk ainda se mantinha pensante, a outra já havia desistido de agir racionalmente.

─ Minha vida está uma merda... E o pior, estou trancada em um contrato com um caloteiro que não me ajuda em nada.

─ Francamente, não sei o que te fez fazer um contrato com Alastor.

─ O amor só nos bota em problemas ─ suspira cansada.

─ Ah, então fez isso por amor?

─ Ah, é, lembrei que nunca te contei do meu passado.

─ E nem quero ─ deu um grande gole na garrafa.

─ Bom, tudo começou quando eu era bem nova...

Muito tempo se passou até chegar no topo de sua morte, parecia haver se passado anos de tantos detalhes que dava para a história. Pelo menos no fim, Husk pôde entender a razão dela ter se metido com o demônio do rádio.

─ Era o que eu pensava...

─ Hm?

─ Tu é louca garota.

─ Ah, por favor ─ revira os olhos, batendo o copo na mesa. ─ É sério que quer me julgar? Olha onde estamos.

─ Só... Pegue mais leve consigo ─ o demônio coloca sua mão no topo de seu copo, impedindo-a de beber mais. ─ Ninguém de lá quer o seu mal. Sei que dá vontade de matar alguns, mas, no fundo, estão só querendo te ajudar. Afinal, todos estão no inferno, tem lugar pior?

O encara por alguns segundos até deixar algumas risadas altas escaparem.

─ O que é tão engraçado?

─ Tu pareceu meu pai agora?

─ Ah, é?

─ Bem velho ─ mostra a língua para sacanear.

─ Me chama de velho mais uma vez e enfio essa garrafa pela sua garganta! ─ Responde grosseiramente e, ao mesmo tempo brincalhona.

─ Ai, está bem... Seu sem graça ─ tenta levar o copo para a boca, sendo impedida no meio.

─ Chega de beber por hoje, devemos voltar para o hotel.

Ele se levanta sem dificuldade, aguardando te ver fazer o mesmo.

─ Não sinto minhas pernas ─ mandou um olhar tristonho para ele.

─ Não sou babá para te carregar.

─ Mas você veio aqui me ver para cuidar de mim, não é? ─ Joga um sorriso sapeca para ele, que só suspira irritado.

─ Ta... Me dê sua mão ─ diz estendendo a sua.

Com ajuda, ele saiu do banquinho onde estava. Sem enrolação, ele deixa um rolo de dinheiro em cima do balcão e ambos saem juntos daquele lugar.

─ O que faremos agora?

─ Vamos para o hotel.

─ Ah, não, está muito cedo...

Ele olhou para o relógio, vendo que já passavam das duas da madrugada.

─ Cedo? ─ Levantou uma sobrancelha.

─ Eu já morri... Não preciso me preocupar com horário! E mais, sou um morcego! ─ Estende os braços para mostrar quanta energia ainda tinha guardada.

─ Menos ─ não aguenta e solta algumas risadinhas ao ouvi-la fazer um estardalhaço no meio da rua, não ligando para o resto.

─ Vamos nos divertir!

Quando Husk vê, é agarrado pelas mãos macias da maior e arrastado para onde ela quisesse ir.

─ Ei vá devagar! ─ Mandou, tendo que segurar sua cartola para não sair de sua cabeça.

─ Vamos, use suas asas para ir mais rápido!

─ Pode esquecer!

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」Algumas horas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

De manhã cedo, Charlie levantou de sua cama e foi verificar se todos estavam bem. No meio do caminho, ela viu que havia duas pessoas no sofá, e ao se aproximar verificou serem Husk e [Nome] deitados bem próximos um do outro.

─ Aawn~! ─ Ela deixa escapar de seus lábios baixinho para não acordá-los.

A mesma saiu para acordar os outros para fazerem seu próximo exercício, no entanto, se assusta ao voltar e vê-los bebendo no barzinho dele.

─ Já estão bebendo?

─ Bebida é como receber um bom dia pela garganta ─ [Nome] diz dando um grande gole.

─ Só não exagere, já agiu irresponsavelmente o suficiente ontem ─ ele disse em tom de risada, limpando os copos da prateleira.

─ Está bem, papai ─ faz piada da proteção dele.

Charlie não aguenta algumas lágrimas ao ver que ambos pareciam bem e terem se acertado. Ela se senta ao seu lado.

─ Me vê uma igual à dela, por favor?

─ Ué, até você, princesa? ─ Angel chega sentando-se junto.

─ Hoje é um dia feliz! Quero aproveitar também ─ ela dá um largo sorriso para ti.

─ Assim que se fala Charlie ─ você dá uma ombrada gentil nela.

Husk serve um copo para cada um, [Nome] e Angel viram tudo sem dificuldade, o oposto de Charlie que deu um gole e fez cara azeda.

─ Está tudo bem?

─ S-sim, eu só preciso de uma coisinha ─ falou correndo para a escadaria, indo para algum lugar.

─ Eu sabia que ela era fraca para bebida ─ Angel disse, agarrando a garrafa e indo se juntar aos outros no sofá.

Olhou em redor e viu que apenas estavam os dois novamente. Olhou para o copo de Charlie e ficou tentada em batizá-lo, porém, encarou as costas do gatuno por um momento, pensando em tudo o que havia acontecido no dia anterior. Levantou-se para ir em direção às escadas, no caminho encontrou um lixeiro e, com um pouco de hesitação, pega os últimos saquinhos que tinha consigo e os joga ali dentro. Durante o caminho, não sabia, entretanto, mesmo de costas, Husk sabia o que fez, deixando suas pequenas presas de gato formarem um sorriso satisfeito.

Subiu todas as escadas até chegar ao terraço do hotel, e ali ficou. Pôs-se a refletir sobre sua vida como humana e por tantas coisas que teve que passar por um amor doentio.

─ Nossa, eu era louca mesmo ─ riu de sua desgraça em silêncio.

─ De quem está falando?

Vira-se para trás, vendo o gato marrom aproximar-se com as mãos nos bolsos.

─ Da vida.

Sentou-se junto de ti, ainda mantendo distância.

─ Sabe... Eu nem sei se ele está por aqui no inferno.

─ Quem? Aquele moleque que está apaixonada?

─ É ─ suspirou profundamente, não desviando seu olhar do horizonte. ─ Acho que deveria deixá-lo para trás... Esse amor só me trouxe problemas.

─ Hm ─ deu de ombros.

Lentamente deitou sua cabeça no ombro dele, porém, sem hesitar, o gato se afasta para evitar o toque de propósito, fazendo-te bater a cabeça não tão forte no chão.

─ EI!

Husk ri na sua cara e levanta-se para sair dali.

─ VOLTE AQUI!

Tentou levantar rápido, conseguindo apenas escorregar e bater o rosto pela segunda vez.

─ MALDIÇÃO!

─ É normal ficar assim depois de uma longa bebedeira ─ te deu um olhar convencido.

─ Ah, VAI SORRIR PRO CAPETA!

Continuou rindo até descer as escadas para ir embora. Nunca achou que riria tanto assim de alguém e que a mesma lhe traria tanta diversão.

─ Vagabundo...

Ajeitou-se, voltando a se sentar e olhar para qualquer ponto longe. A cena ficou se repetindo na sua cabeça irritada, até lembrar do sorriso do peludo e não conseguir segurar um pequeno sorriso. Enfiou a cabeça no meio de seus braços, sentindo as bochechas ficarem quentes.

─ Que idiota...

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Não terá continuação
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Próximo Capítulo: Tomioka Giyuu [Kimetsu no Yaiba].

Espero que tenham gostado.
Eu até gostei de fazer esse capítulo, como é meu primeiro não ficou tão bom, mas pretendo trazer melhores com o tempo.

Espero que eu tenha agradado vocês! Se quiserem me pedir mais alguma história sobre algum personagem fique à vontade!

O próximo capítulo sairá em breve.
Prometo.❤️

Abraços com muito amor para uma pessoa linda, você mesma. 🌹❤️✨

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🌹.

✨🍃🌹ƒiм!🌹🍃✨

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