Little angel.
Capítulo 19:
Pequeno anjo.
NARRADOR.
Cheryl precisa engolir em seco e respirar fundo pelo menos três vezes antes de encarar Toni.
Elas já haviam tido aquela conversa várias vezes no decorrer dos anos. Mais precisamente, todas as vezes que o nome "Elizabeth Cooper" vinha a tona.
Era difícil para Cheryl fazer Toni entender que o carinho que ela sentia por Betty era instantâneo e inexplicável, mas não passava daquilo. Cheryl criou por anos um pedaço de Betty e isso a fazia sentir uma forte ligação com a mesma.
- Toni. - Cheryl olhou-a nos olhos e tomou seu rosto nas mãos. - Aqui não é lugar, e nem é o momento para discutirmos isso pela milésima vez, mas eu vou te dizer uma coisa: pare de duvidar do que eu sinto por você. - diz firme, soltando Toni calmamente. - Eu te amo. O que eu sinto pela Betty é o mesmo carinho e cuidado que sinto pelo Jughead. Então, por favor, pare com isso.
- Como eu supostamente devo acreditar nisso sabendo que ela foi a primeira garota que você gostou, Cheryl? Foi ela quem fez você descobrir sua sexualidade!
- E foi ela também que era a namorada do meu melhor amigo, Toni! Ela quem conversou comigo e foi um anjo me ajudando a contar aos meus pais sobre mim. A Betty sempre vai ter um lugar importante na minha vida, por que ela fez um papel importante nela. Eu não amo desse jeito! A muitos anos que eu não a amo desse jeito!
Toni não diz nada, apenas encara a namorada por alguns segundos antes de deixar o escritório da sala de espera de Archie.
Cheryl, para evitar briga, não vai atrás. A ruiva encara a porta pela qual a namorada saiu e se pergunta o que mais precisaria fazer para provar à aquele furacão cor de rosa que o que sentia era mais que verdadeiro.
- Ei! Você ainda está aí! - Archie chama a atenção de Cheryl ao abrir a porta do seu escritório. - Tenho uma notícia boa! - anuncia.
Cheryl coloca um sorriso no rosto e gira em seus calcanhares para encarar Archie.
- Manda ver.
- O xerife Keller está tão cismado com a história do Jughead que conseguiu um mandato para grampearmos e filmarmos o Chuck. - Archie sorri vitorioso. - Está tudo pronto Cheryl, agora só precisamos da confissão.
- Me explica isso melhor. Não entendi por que o xerife ajudaria ao Jug se foi ele mesmo quem aceitou as ordens do Juiz Clayton para jogar a fiança lá em cima?
- Justamente por isso. - Archie encosta-se no batente da porta e sorri. - O xerife Keller vem a anos tentando provar que o Juiz Clayton é corrupto, e quando notou o valor exorbitante da fiança do Jug, logo ficou ainda mais desconfiado. Basicamente, se provarmos que foi o Chuck quem plantou as drogas, automaticamente colocamos em dúvida a integridade do juiz Clayton e o xerife Keller vai ter uma brecha enorme para derrubá-lo.
Enquanto Cheryl e Archie bolavam um plano para forçar discretamente Chuck a confessar todos os seus crimes, Betty tentava manter-se o mais positiva possível para cuidar de Brianna e não enlouquecer com a ausência de Jughead.
Para a surpresa de Betty, desde que Veronica apareceu na casa de Toni para confessar seus pecados do passado, a morena vinha sendo extremamente prestativa. Levava brinquedos para Brianna no hospital, comida e mudas de roupa para Betty. Provavelmente estava tentando ter certeza de que Betty manteria a boca fechada, ou a maternidade estava fazendo bem a ela.
- Betty? - chamou Veronica assim que Betty conseguiu colocar Brianna para dormir. - Se esse bebê for do Jughead... - engoliu em seco. - Você acha que ele de alguma maneira poderá ajudar a sua filha?
- Eu não sei, Vee. Ainda não chegamos nessa etapa, mas o único transplante que sabemos que teria cem por cento de sucesso seria de um filho meu e do Jug. - Betty esfrega as mãos e respirando fundo encosta-se na parte da frente da cama de Brianna. - Pode ser que seu bebê seja compatível com ela até mesmo sem ele ser filho do Jug, mas isso não quer dizer que o organismo dela não vai rejeitar o transplante. - explica com a voz falhada pelo nó que toma conta de sua garganta.
Falar da saúde de Brianna nunca é uma coisa fácil para Betty. Como agora, toda vez que o assunto é trazido à tona, os olhos de Betty ficam marejados e seus lábios tremem graças ao choro.
Percebendo a dor e o desespero de Betty, Veronica de aproxima e a segura pelas mãos, apertando-as sumamente, dizendo em silêncio que ela não estava sozinha.
- Eu sei que eu te virei as costas num momento extremamente delicado, Bee, mas isso não vai acontecer de novo, ok? - Veronica oferece um sorriso sincero e respira fundo. - Vou te ajudar o máximo que eu puder.
- Obrigada, Vee. - Betty balbuciou em meio às lágrimas enquanto Veronica lhe apertava em um abraço.
O celular de Betty vibrou com o alerta que a avisava que faltavam cinco minutos para a sessão de radioterapia de Brianna. Seu coração apertou violentamente por saber que o pesadelo diário começaria. Brianna seria levada do quarto aos prantos por não querer ficar ao lado da mãe, e Betty passaria vinte minutos aflita até que trouxessem sua filha de volta para seus braços.
- Você traria um café pra mim? Preciso acordar e acalmar a Bree antes dela ir pra radioterapia.
- Claro. Volto logo.
No momento em que Veronica deixou o quarto, Betty caminhou até a cama e sorriu ao ver o rostinho sereno de Brianna enquanto ela dormia. Era assustador o quanto ela parecia com a mãe e com o pai ao mesmo tempo.
- Eu te amo, princesinha. - Betty toma a filha nos braços sem acordá-la e sussurra com a voz embargada. - Eu te amei desde o primeiro segundo que soube que você estava dentro de mim. Você me faz tão forte, filha... Eu me forcei a continuar vivendo pra encontrar você.
A essa altura a face de Betty está encharcada e seus soluços baixos fazem seu peito estremecer.
- Você é um anjinho que Deus colocou na minha vida, sabe? - Betty sorri e engole um soluço. - Quando você estava dentro de mim e eu sentia falta do seu pai, era com você que eu conversava. Eu jurava que você seria igualzinha a ele. Os olhinhos verdes e apertados,o cabelo pertinho, a boquinha em formato de coração e a covinha na bochecha. - ela aconchega a filha nos braços e acaricia a face da mesma com o indicador suavemente. - Mas não... Você decidiu vir bem mais parecida com a mamãe... Parecia que sabia que seu rostinho me faria te reconhecer rapidamente, como precisei.
- Senhorita Cooper. - Uma das enfermeiras chamou a atenção de Betty fazendo-a virar. - Vim buscar a Brianna para o procedimento.
Betty assentiu e aproximou-se da enfermeira.
- Não a acorde, não quero que ela se assuste e comece a chorar. - pede Betty, passando sua amada filha para os braços da enfermeira. Ela seca o rosto e se afasta da porta, observando a mulher levar Brianna para longe.
Sem conseguir mais fazer papel de super heroína, Betty senta-se ao chão e recosta-se na cama, deixando que o choro dolorido que a vinha sufocando por dias saísse de sua garganta.
Cheryl e Veronica chegaram na porta naquele exato momento. Ronnie entendeu que era melhor deixar as duas a sós e foi em direção a sala de espera, enquanto Cheryl entrou cuidadosamente no quarto, fechando a porta atrás de si. Seu peito doeu pela amiga. Ela estava sofrendo por Brianna, e doía demais, e com isso podia imaginar o que Betty, que é a mãe dela, estava sentindo.
Cheryl colocou-se de joelhos ao lado de Betty e abraçou-a apertado, repousando a bochecha no topo de sua cabeça.
- Vai ficar tudo bem, Betty, eu te prometo. - a ruiva sussurrou. - Logo você e Jughead vão estar bem e cuidando da filha de vocês juntos, com ela totalmente curada, ok?
- E se ela não conseguir, Cher? - Betty levanta o rosto para encarar a amiga e soluça desesperadamente. - E se eu não conseguir? E se o Jug não sair a tempo da prisão e não conseguirmos salvá-la?
- Nós vamos dar um jeito! Eu te prometo!
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gente, comentem muito): e não esqueçam da estrelinha, por favor.
Atenção!
é o seguinte, graças a essa droga de aplicativo que não está avisando as notificações, os últimos capítulos que postei não tem tido alcance nenhum! sendo assim, vou ficar sem postar até que eles tenham as mesmas respostas (comentários/visualizações/favoritos) dos outros dois últimos capítulos! e vou tirar esse tempo para escrever mais alguns capítulos! se vocês puderem me ajudar, comentando nos dois últimos capítulos de Life Ride e de Adotada, e os divulgarem para as pessoas que vocês sabem que leem, eu ficaria muito agradecida. assim que esse site ridículo resolver isso, eu volto a postar, se eu não perder ainda mais o ânimo! rezem para que melhore antes do dia 31 pois quero muito postar a fanfic de Halloween. Deem um ok aqui, para eu saber que vocês leram!
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