Capítulo 10

🥀𝙲𝚊𝚜𝚊 𝚍𝚎... 𝚅𝚊𝚖𝚙𝚒𝚛𝚘𝚜?

Nem sei também  por que usei essa forma de comparação. Mas era exatamente o que eu sentia quando vi aquela cena. Então tentei impedir o Leedo de continuar a sugar o menor.

— e porquê quer que eu pare?

— não é pra matar ele. Não podemos fazer isso.

— e por que?

Olhei pro jovem Hwanwoong, pensa num ser minúsculo que é ele. E ver que seu semblante era confuso me deu um desespero para explicar. Nem tanto o que eu ia dizer.

— porque não sabemos onde estamos, e nem se quer quem são eles. Além de nosso lema sempre foi de nunca matarmos humanos.

— keonhee tem total razão. Não podemos simplesmente matar eles. Vai contra nossos princípios.

— além do mais, não reconhecemos nem a nossa própria casa, o que houve aqui?

— está parecendo aquelas mansões abandonadas que existia perto do cais.

— eu não estou entendendo nada. E é bom manter esses dois estranhos como nossos reféns e sabermos o que está acontecendo aqui.

Os meninos concordaram com as minhas palavras, eu peguei o jovem alaranjado que estava caído sobre o chão e o levei de vagar até meu quarto, bom, era para ser meu quarto, mas estava coberto de poeira e lençóis brancos cobrindo os meus móveis. Estava confuso vendo aquilo, fui retirando e vendo que estava tudo no seus devidos lugares, mas parecia que tinha passado cem anos sem se quer ser tocado.

Deitei o jovem sobre a cama, retirei suas vestes por completo, estavam sujas de sangue por conta da mordida de Leedo e mais a boca do menor. Vesti ele com as minhas camisas brancas, que nele acabaram ficando como um vestido, ele era bem pequeno perto de mim.  E também, elas nem estavam tão brancas assim, mas como dizem tecido bom nunca estraga; olhando mais uma vez para o ser que dormia sobre o objeto macio, pude admirar seu jeito, quem sabe porque eu mal tinha contato com os humanos, ele parecia ser algo surreal. Algo atraente, algo que me chamava atenção. Não estou lhe vendo como objeto se vocês pensaram nisso. Mas eu me sentia ligado com aquele pequeno humano.

— keonhee, pode vir aqui em baixo.

— sim, já estou descendo.

Ditei para Youngjo que acenou com um balançar de cabeça fechando a porta atrás de si, olhei o jovem humano do sangue doce e atrativo mais uma vez e assim o cobri por completo, já que a noite estava tão fria , nunca achei que poderia sentir esse clima sobre meu corpo que já era frio. Fechei a porta assim que sai e desci as escadas velhas da casa. O que me deixou mais confuso, como poderia a nossa casa estar assim se ontem mesmo eu havia mandado pulir esse chão.

— descobriram algo sobre essa situação?

— ainda não, está muito confuso. Não sabemos onde estamos.

— literalmente em nossa casa né Leedo. Mas tem algo errado aqui.

— nossa, não me diga Hwanwoong.

— não enche, não quero ter que dar um soco nessa sua cara.

— não vamos discutir agora né pessoal.

— ah, fecha essa matraca Giwook.

— basta. A conversa não tem esse rumo. Precisamos nos concentrar e tentar entender o que está rolando aqui.

— pelo visto estamos completamente sem rumo, não sabemos o por que nossa casa está assim, e o por que estarmos cercados de mato e árvores enormes.

— acho que o humano vai poder nos dizer isso fácil fácil.

Nesse momento olhando para ambos naquela conversa toda, o único que podia dizer o que estava acontecendo, ou o que aconteceu com nós era aqueles humanos que estavam em nossa casa. Terminamos nossa reunião, Youngjo e o noivo menor dele, Hwanwoong, seguiram para fora, na grande tentativa de ver como estava lá fora, e a ponto de ver se tinha sangue para nos alimentar.

Leedo ficou com seus olhos de puro desejo em cima do jovem humano que estava desacordado sobre o sofá, eu não suporto o cheiro do sangue daquele humano, ele tinha o cheiro de sangue corrompido. Direcionei o meu corpo pela casa, vendo o que acontecia sobre as estruturas da mesma. Até parecia que estava a mais de cem anos montada ali. Tudo parecia tão velho, tão destruído. Quase como ruínas de templos antigos, uma casa velha e abandonada. Só que eu não entendia o por que de estar assim.

Meus pés pararam em frente ao quarto, onde o humano dormia, me certifiquei de ele ainda estar deitado, vendo que não tinha dúvidas, se ele não estivesse morto ele pelo menos estava a dormir. Mas como o corpo estava quente era sinal que ele estava vivo e dormindo. Me sentei sobre a cadeira do lado, verificando antes de sentar, se ela não ia se partir com o meu peso. E depois fiquei a observar os movimentos leves da respiração do menor. E aquele desejo grande, de saber mais sobre ele, e sobre o misterioso cheiro suave e puro do sangue dele. Além de é  claro tentar saber o por que dos cabelos dele serem daquela forma. E também de nossa casa e tudo na volta estar diferente.

Claro que para mim esse tom de cabelo é muito peculiar, eu já tinha visto, o porém era que minha memória estava meia vaga, como se o que aconteceu essa semana ficou numa vaga linha temporal. Na realidade, todo o meu corpo sentiu como se tivéssemos presos nesse tempo, e numa vaga cena estávamos em frente a dois jovens que estavam começando a fazer coisas obscenas. Mas lembrar disso me trouxe uma certa raiva, o olhar de assustado do jovem assim que vimos os dois e os ferimentos que agora após limpos do sangue eu podia ver bem as trágicas manchas roxas. Ele devia ter apanhado daquele jovem, além de ter tentado fugir não de nós mas sim do humano com cheiro ruim. Eu estou ansioso para saber o que estava acontecendo, e se não for nenhum pouco do meu agrado eu com certeza matarei aquele humano desgraçado com as minhas próprias mãos. E nesse meu pensar fiquei observando ele a noite inteira.


As dores em meu corpo pareciam estar cada vez pior, me mexi devagar, ouvindo um barulho estranho abaixo de mim. Fui abrindo meus olhos para me acostumar com a claridade que incomodava minha visão. Assim que foquei num teto marrom envelhecido percebi que eu ainda estava na casa abandonada. Foi aí que minha mente veio a tona com as lembranças daqueles jovens, seus olhos vermelhos como sangue e a dor que senti em meu pescoço.

Levei a mão ao local sentindo apenas minha pele, havia sumido a dor, me sentei devagar sobre a cama e percebi que estava sozinho naquele lugar. Mas teve gente ao meu lado por que a cadeira estava ao lado de minha cama. Engoli em seco. Pensar no que aqueles homens eram estava me deixando completamente doido. Além de meu corpo estar começando a ter novamente um ataque de pânico ao lembrar de cada coisa que me aconteceu.

Porém sou tirado de minhas ideias quando a porta se abriu mostrando um jovem, que não vou mentir ele era lindo de mais, seus cabelos pretos olhos castanhos esverdeados e sua pele clara como de um vampiro. Acho que era isso que eles eram, vampiros. Seu corpo direciona para minha direção, e por incrível que parecesse eu não tinha medo dele.

— vejo que a bela adormecida acordou.

— quem são vocês?

— bom, era para mim fazer essa pergunta não é?! Nem tanto essa é nossa casa!

— casa de vocês? Mas como?

Minha dúvida deixou o jovem confuso, como se eu tivesse falado a maior besteira, mas na realidade não estava, essa casa estava abandonada a tempos, e isso era mais do que notório já que na frente de sua entrada estava o ano que ela fora montada.

— do que você quer dizer?

Eu ia o responder quando a porta fora aberta com uma certa brutalidade, e o jovem acho que era do meu tamanho mais ou menos. Sua aparência infantil, porém, ele não era nenhum pouco criança, adentrou no local.

— keonhee, da um jeito naquele humano e naquela porcaria que está fazendo um barulho ensurdecedor e o Leedo está quase querendo matar ambos.

Sobre a fala dele eu fiquei meio confuso, no caso do humano era o jovem que estava tentando me estrupa noite anterior, mas o barulho, fiquei por alguns segundos até que me lembrei do meu celular.

— não! Por favor não quebrem meu telefone!

Pedi em desespero, eles me olharam mais confusos do que cegos no tiroteio e eu engoli em seco.

— trás esse humano magrelo junto .

Ditou apenas e saiu da nossa frente, keonhee me olhou como se quisesse me matar, e eu apenas me encolhi segurando a vontade de chorar. Mordi meus lábios inferior de leve vendo seu corpo alto se erguer da cadeira.

— consegue andar?

Eu não sabia, nem sei o que responder tentei me erguer da cama e percebendo que eu ficava de pé concordei rapidamente vendo ele acenar também e seguir a caminhar até a parte de baixo. Fui seguindo o mesmo, num certo medo, olhei para meus pés estavam descalços eu nem me lembro de ter tirado meus tênis, e meu corpo eu estava usando uma camisa grossa Branca, e estava me deixando sem ar já que ela estava cheia de pó. Mas vamos evitar a discussão sobre isso agora. Pelo menos eu estava tampado e livre de expor meu corpo os outros homens daquela casa.

Chegando no andar de baixo o meu telefone estava a ticar, eu corri para o objeto em cima de uma mesa, e vi o número do meu pai, me desesperei naquele momento, eu era para ter voltado as onze e já estavam sendo oito da manhã. Senti o medo me dominar, por que já eram mais de vinte chamadas perdidas.

— o que foi?

Ouvi a voz do jovem que me trouxe para o andar de baixo, eu olhei ele apreensivo, com medo do que dizer, eu não sabia nem o que falar, mordi meus lábios segurando o pânico e o choro.

— meu pai. Ele não sabe que eu estou aqui.

— diga que está na casa de seus amigos. Veio a uma festa.

— essa desculpa é bem velha. Eu nem sei se vai colar.

Digo confuso, atendi o telefone recebendo uma onda de gritos de meu pai no outro lado da linha.

— seu garoto mal educado! Cadê você? Por que não atendeu a merda desse telefone? Estou te ligando dez de ontem Seoho! Anda! Cadê você?

— desculpa pai, eu saí pra casa de um amigo meu, e esqueci de avisar. Perdão, assim que eu sair daqui eu vou pra casa.

— assim não, agora Seoho! Pode contar agora para casa.

— eu não posso.

Desliguei o telefone ouvindo mais gritos e até que ele tinha me ofendido, se ele soubesse o que eu estava passando dês de ontem ele taria me chamando de tudo isso, e ainda me fazendo segurar o choro.

— ei garoto. Queremos uma explicação de tido isso.

Me virei para olhar eles, e agora sim eu podia ter certeza que eles eram vampiros, suas vestes eram antigas e ambos eram da mesma cor, quase como seres mortos. Eu estava numa casa abandonada com vampiros e ainda por cima lascado e machucado, se eu não sabia o que fazer era agora que eu não ia mais saber. Paralizado e com medo de saber que a doce realidade me mostrava que eu estava na mão de seres que poderiam me matar em piscar de olhos.

— responde seu humano de bosta.

Gritou o jovem dos cabelos loiros, e olhos pretos como a noite, engoli em seco, eu nem sabia o que dizer.

— eu, não sei o que falar.

— comece dizendo seu nome.

Olhei para o vampiro, ele era dos cabelos castanhos e tinha uma aparência mais calma.

— eu sou o Lee Seoho.

— o que aconteceu na nossa casa?

Olhei para o vampiro que me perguntou, seus cabelos eram pretos e seus olhos castanhos.

— bom, essa casa é do ano de 1804. No tempo da rainha Victoria mais ou menos, um tempo antigo de mais. Ela já está velha. E juro por Deus que não tinha ninguém aqui a não ser eu e aquele traste ali.

— então quer dizer que nossa casa não é mais a nossa casa. E que já passou mais de cem anos que estamos vivos.

Eles pareciam estar bem confusos com tudo aquilo, mas eu não julgaria, eu estava mais do que eles.

— o que esse garoto queria com você?

Temia que eles me perguntassem, claro que eu não ia conseguir esconder e nem mentir para ambos. Então era melhor que eles me ajudassem já que eu sabia bem que meu pai não faria isso.

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