48.

OLIVIA JONES
Los Angeles

Acordo deitada em uma cama de um quarto, eu estava meio tonta, e tentei me sentar na cama.

Mas logo lembrei oque estava acontecendo.

O quarto era em uma decoração simples, em tons de branco e cinza claro.

Poucos móveis em branco, a cama que eu estava também era branca.

Me levanto da cama um com pouco de dificuldade, vou até a porta forçando a maçaneta da mesma, mas estava trancada.

Vejo uma janela coberta pela cortina branca, vou ate a mesma e logo afasto o tecido da frente e tento abrir a janela.

Mas também estava fechada.

Não havia banheiro ali, e as únicas duas saídas que eu teria seria a porta ou a janela.

Não há nenhuma outra brecha por aqui.

E se eu quebrar essa janela?

Olho através da janela, pensando para onde eu correria se conseguisse sair, mas só haviam árvores ao redor e a grana era um pouco alta.

Olho para baixo e percebo que não é uma queda muito alta.

Talvez tenha alguma coisa aqui no quatro que eu possa jogar conta a janela e fazê-la quebrar.

Forço mais um pouco a janela, mas quando ouço a porta ser destrancada, corro para o outro lado do quarto me afastando, e assim vejo Aaron entraram, e sorri quando me vê de pé.

Parece um psicopata, ou talvez ele realmente seja.

— Você acordou. — ele fala animado caminhando até mim, mas eu me afasto cada vez mais. — Espero que esteja com fome, preparei comida para nós dois, vem. — ele me chama, mas eu me mantive parada. — Não vai querer? — Aaron inclina sua cabeça.

— Eu quero ir embora. — falo recuando quando o mesmo volta a dar paços em minha direção.

— Você vai embora. — ele fala sorrindo, mas acho que ele está sendo sarcástico. — Comigo. — assim que ele fala e me olha fixo.

Eu pude jurar que vi algo diferente em seus olhos, algo ruim.

Ele está fora de si.

— Não se apegue de mais a essa casa. — Aaron fala e anda pelo quarto olhando cada canto. — Só ficaremos aqui por mais algumas horas. — ele olha o relógio em seu pulso.

— Para onde vai me levar? — questiono curiosa.

— Vamos travessar a fronteira. — Aaron da de ombros, e ele continua com seu sorriso estranho no rosto.

— Isso é ilegal. — falo negando oque ele afirmou, passar a fronteira significa morar ilegalmente e viver se escondendo.

— Eu sei. — ele se aproxima, e eu tento me afastar. — Mas estou disposto a correr o risco, se for para te ter só para mim. — sinto minhas contas encostarem na parede quando tentava me distanciar.

E logo ele para a minha frente, praticamente eu estava encurralada.

Ele apoia uma de suas mãos na parede do lado da minha cabeça, e deixa seu rosto rente ao meu.

— Por favor. — falo e sinto meus olhos marejarem. — Me deixa ir embora. — sinto uma lágrima escorrer e olho Aaron fixo nos olhos.

— Eu não quero te fazer mal. — ele inclina sua cabeça e fixa seus olhos nos meus. — Eu te amo. — Aaron passa uma de suas mãos limpando a lágrima que havia escorrido. — E só quero que venha comigo, e fique comigo. — recuo ao seu toque.

E claro que ele não me ama, ele só quer ter posse.

Aaron deve ter algum tipo de problema para chegar a esse ponto, algum tipo de transtorno.

Chegar a sequestrar alguém e ameaçar é coisa de louco.

— Eu não vou fazer nada que você não queria, mas não exagere. — ele fixa seus olhos profundamente aos meus. — Me obedeça porque você não vai querer que eu mude de ideia e acabe passando dos limites. — jurei que naquele olhar conseguiria ver a alma dele.

Uma alma obscura e doentia.

— Não demora muito pra descer. — ele se afasta e começa a andar até a porta. — Se não a comida esfria. — Aaron vai até a porta, mas ele acaba olhando para a janelas que eu havia mexido.

Ele da um sorriso de canto e me olha.

— A janela é blindada. — Aaron fala com a cabeça virada para me olhar. — Pode tentar quebrar. — ele mexe suas mãos de forma estranha. — Só não vai conseguir. — logo ele sai do quarto fechando a porta, mas não ouço ele a trancar.

Eu não sei oque fazer.

Ando pelo quarto em direção ao guarda roupas que havia ali, estava vazio.

A mesinha de canto de cama também estava.

Não há nada que eu possa usar para me defender caso precise, parece que ele já passou aqui.

Que ele limpou e tirou tudo do local.

Talvez se eu descer e olhar pela casa tenha algo que eu possa pegar.

Eu estava com medo, mas descidi sair, vou até a porta e abro a mesma o mais de vagar possível, e antes de sair olho de um lado para o outro no corredor.

Logo saio nas pontas dos pés e caminho calmante, desço as escadas degrau por degrau parando em cada um.

Assim que chego no andar de baixo, eu estava na sala.

— Vem. — Aaron surge e me assusta. — Desculpa se eu te assustei. — ele tenta se aproximar mas eu me afasto, então ele recua. — A cozinha é para cá. — ele indica onde ficar o local e sai caminhando entrando em um corredor.

Eu vou devagar caminhando até onde o mesmo foi, e logo entro na cozinha.

Havia pizza na mesa, provavelmente caseira, eu estava com fome, mas não me atrevi a pegar.

Vai que esta envenenada.

— Eu quero voltar. — falo em tom baixo vendo Aaron pegar uma fatia de pizza. — Por favor, me deixa ir. — ele logo muda de expressão e vem em minha direção rápido de mais, nesse momento o medo me consumiu.

Eu tento correr, mas ele me puxa pelo braço, e segura meus antebraços fortemente e me olha de um jeito assustador.

— Escuta bem oque eu vou te dizer e vê se entende. — ele apoia sua testa na minha. — Você não vai voltar. — ele nega em um tom baixo. — Você agora é minha. — ele da ênfase na última palavra.

Ele aperta cada vez mais forte meus antebraços, parecia que iria esmaga-los.

Naquele momento, pela dor escorria algumas lágrimas em meu rosto e eu chorava baixo.

— Você está me machucando. — falo ao olhar para os meus braços que estavam quase roxos. — me solta. — suplico para o mesmo. — Esta doendo. — parecia que iriam se quebrar.

— Oque é meu eu levo para onde eu quiser. — ele ignora oque eu pedi. — O único jeito de você voltar é morta. — ele aperta ainda mais. — Então você escolhe. — sinto meus braços fraquejarem, quase não os sentia. — Ou vive comigo, ou morre para voltar. — ele me solta me dando um leve empurrão.

Olho para os meus braços, que estavam quase roxos com a pressão e a força que ele pôs ao apertar.

As mãos dele haviam ficado marcadas perfeitamente.

Aquilo doía, mas não tanto quando a dor que estou sentindo na alma de saber que ninguém sabe onde estou.

E que talvez ninguém consiga me ajudar.

Nem ao menos Vinnie.

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