O início do fim

Olívia P.O.V on*

Chegando ao hospital, o silêncio da recepção era quase ensurdecedor.
Eu pouco sabia sobre o estado real de saúde do meu pai.
O que sabia era sobre ele ter passado mal e desmaiado, logo em seguida a vizinha ouviu o barulho e ao olhar pela janela, o viu caído no chão. Ligou pra emergência e pra mim.
P.O.V off

Pouco tempo depois o médico chega pedindo para falar com a família do paciente, a cara dele não parecia muito boa, então era percetível a gravidade de toda a situação.

- Preciso falar com a família do Sr. Henry Miller.

- Oi, eu meu nome é Olívia, sou a filha dele. Qual o estado do meu pai, como ele está?

- Olha, eu preciso ser sincero com você, o estado do seu pai não é dos melhores e como ele é paciente de risco, existem agravantes. No momento ele está em coma induzido, estou aguardando o restante dos exames.

Contendo as lágrimas, tento prestar atenção em tudo que me foi dito. Cada palavra soou como um soco em meu estômago.

- Ele está em coma? Pergunto tentando entender. - Então é muito grave?

- Coma induzido, é necessário para monitorarmos a atividade cerebral do paciente, enquanto tentamos diminuir o grau de dor.

- Mas você já sabe o que aconteceu com ele? Pergunto cada vez mais atordoada.

- Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória, logo em seguida foi detetado através dos exames uma infeção no intestino e rins, o que acabou causando uma falha nos mesmos órgaos. Estamos tratando da melhor maneira possível. Precisamos monitorar agora e aguardar. Ele precisa lutar agora.

Com os olhos cheios de lágrimas, sinto o chão sumir diante dos meus pés. Minha cabeça dói, meu estômago dói, sinto uma imensa falta de ar, minha respiração falhada se misturam as lágrimas e ao desespero que começam tomar conta de mim.

O médico sai, e em seguida me sento no no chão, abraçando minhas pernas, sinto meu corpo sem forças.
Como isso poderia estar acontecendo? Por que isso está acontecendo?
Meu pai, o homem mais íntegro, honesto, gentil e amoroso que eu havia conhecido, passando por toda aquela situação. Não entendia o porquê daquilo.
Olhando para o lado, percebo Jimmy se aproximando. Ele chega. Me abraça. Digo por alto a gravidade da situação no meio do choro que agora sai com ainda mais facilidade que quando havia chegado ao hospital.

Pouco tempo depois tento me recompor, o médico volta mais uma vez.

- Posso entrar e vê-lo? Eu preciso. Preciso fazer companhia pra ele.

- Sim, você deve.

Caminho para o quarto e ao entrar o vejo, tão vulnerável, com todos aqueles aparelhos. Respiração suave. Mais uma vez é impossível não cair no choro.
Me aproximo dele, seguro sua mão enquanto ele parece dormir.

O dia escurece rápido e logo a noite chega.

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Horas e horas depois, o dia começa amanhecer. Me assusto com o barulho dos aparelhos, que apitam abruptamente. Em um flash de momento vejo o médico e alguns enfermeiros se aproximando correndo.

O estado do meu pai havia piorado muito.

Ainda trêmula e atordoado sou conduzida por uma enfermeira pra fora do quarto, onde todos se apressam em ajudar o meu pai.

Já em lágrimas de novo, sou levada para a recepção, onde percebo a presença de Jimmy e Abigail.

Os abraço com força.

- Como você está Oli? E o seu pai?

(...continua)

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