27.

📱 | Pov' Hanna Miller *˚

Assim que entro em casa, meu pai logo surge vindo em minha direção, eu fico com um certo medo pela cara seria que ele vem até mim.

— Porque demorou? — o mais velho fala parando em minha frente.

— Oi para você também pai. — falo tentando aliviar a pressão.

— Não mude de assunto Hanna, me responda. — ele fala e cruza os braços em minha frente.

— Eu e Nailea paramos no caminhos para comer. — falo simples e vejo a expressão do mais velho mudar. Ele agora estava mais calmo.

— E porque não me atendeu? — ele me questiona. E eu penso um pouco antes de o responder.

— Acabei deixando meu celular no carro. — ok, hora de fazer trama. — Desculpa pai, eu sei que você só quer o meu bem, e quer saber se eu estou segura, mas entenda, eu tenho dezenove anos, preciso de um pouco de liberdade as vezes.

— Você tem que entender meu lado também filha, quando você não me atende eu penso que muitas coisas ruim aconteceram com você. — ele fala em tom baixo e calmo. — Eu perdi a sua mãe, não suportaria perder você também. Eu só tenho a você, e eu te amo muito, e não quero que nada de ruim te aconteça.

— Pai, eu também te amo muito, mas por favor, tenta me dar mais liberdade. — falo e vou em direção ao mesmo o abraçando.

— Tudo bem filha, prometo tentar. — ele fala e me abraça fortemente.

— Ok, chega de grude. — falo me afastando do mesmo desfazendo o abraço.

— Você não muda mesmo. — o mais velho sorri de minha ação e frase.

Eu não costumo ser muito carinhosa, e quando eu sou, e por poucos minutos, e meu pai esta mais que acostumado com isso.

— Eu preciso de outro banho. — falo e me direciono as escadas subindo a mesma até meu quarto. Isso era só uma desculpa para sair dali.

— Precisa mesmo, está fedendo. — meu pai fala e nós rimos de sua frase enquando eu subo as escadas.

Assim que entro em meu quarto, me jogo na cama.

Mas o peso na consciência começa a me consumir, eu estou mentindo para meu pai, isso é errado.

Mas penso em Vinnie, faz mais de um mês que estamos assim, e eu não consigo mais ficar longe do mesmo.

Nesse momento meu peito dói, por falta dele, sinto um vazio quando estou longe dele. Ele é minha outra metade.

Ouso meu celular chegar notificação, o mesmo que estava em minha, o olho pela tela e vejo uma notificação de Vinnie, e logo abro um sorriso imenso.

📱 | Mensagem on *˚
— Vinnie hacker !

Baby, como foi com seu pai? —
Está tudo bem?
Ele te fez alguma cosia?
Quer que eu vá te buscar agora?

— Está tudo bem!
Não precisa vir me buscar,
ele não fez nada.

Que bom! Vou te buscar —
as 2 da madrugada, ok?

— Posso saber para que?

Só indo para saber. —

— Vai me deixar curiosa?

Sim. —

— Nossa Vinnie, pensei
que gostasse de mim.

E eu gosto, o suficiente —
para não estragar a surpresa.

— Confessou que gosta de
mim, vou fazer exposed.

O mundo todo merece —
saber que eu sou só seu.

— Para que eu fico com vergonha.

Aposto que você está vermelha. —

— Não estou nada.

Aham, tá bom. —

📱 | Mensagem off *˚

Sim, eu com toda certeza estava vermelha, mas ele disse que era meu? Só meu? isso foi o suficiente para que eu perdesse totalmente o controle.

Eu amo esse garoto.

Ok, mas agora, como eu vou sair de madrugada? Meu pai está em casa, seria um risco, e pular a janela e uma opção que não está no plano.

Se eu pular a janela, Vinnie me daria uma bronca.

Ok, eu posso fingir que vou assistir tv na sala, quando meu pai for dormir, eu saio.

Ok, isso é um bom plano, ou talvez de errado.

Mas vamos pensar positivo.

˚ Corte no tempo 📱 *˚ ─

Ok, já são 1:30 da madrugada, Vinnie avia me mandado mensagem avisando que estava vindo.

Saio do meu quarto com esperança de que meu pai esteja dormindo, mas assim que piso no andar de baixo, avisto o mesmo na sala.

— Para onde você pensa que vai? — meu pai fala sem me olhar.

— Vim ficar na sala, não estou com sono. — menti. meu peso na consciência só aumenta, estou mentindo de mais para meu próprio pai, mas não vou parar, eu amo Vinnie ao ponto de continuar mentindo.

— Ok, pode mudar de canal. — o mais velho fala se referindo a tv a sua frente, e o mesmo levanta. — Já estou indo dormir.

A sorte que eu tenho, é outro nível.

— Ok, boa noite pai. — falo indo até o sofá e me sentando no mesmo.

— Amanhã irei sair cedo, e voltarei bem tarde. — meu pai fala parando na metade da escada. — Então, não me espere.

— Ok. — falo simples. Isso me deu uma ótima ideia.

Assim que escuto a porta do quarto de meu pai ser fechada, vou em direção as escadas e observo um pouco, para ter certeza de que ele não voltaria.

Assim que confirmo que ele não está voltando, corro até à porta de casa e a abro com cuidado, assim saio da mesma e vou para fora do condomínio.

Assim que olho para os lados procurando Vinnie, vejo o mesmo encostado em seu carro como sempre.

Vou até o mesmo pulando em seus braços.

— Eu estava morrendo de saudades. — Vinnie fala me apertando no abraço. — Do seu cheiro, da sua voz, de tudo que você tem.

— Nós nos vimos a algumas horas atrás Vinnie. — falo desgrudando do abraço.

— Mas pareceu uma eternidade. — ele fala e me puxa pela cintura, eu coloco minhas mãos em seu pescoço e passo meus dedos em seu cabelo, o mesmo junta nosso lábios em um beijo calmo, esse beijo tinha saudade, tinha desejo. Ele realmente sentiu minha falta.

— Para onde vamos? — falo assim que desgrudo nossos lábios e o mesmo me olha. Seus olhos brilhavam.

— É surpresa. — ele fala e se afasta abrindo a porta do carro para que eu entre, e assim eu faço.

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