βžΆπΆπ‘Žπ‘π‘–Μπ‘‘π‘’π‘™π‘œ 8 - 𝐷𝑖𝑓𝑓𝑖𝑐𝑒𝑙𝑑 π‘‘π‘’π‘π‘–π‘ π‘–π‘œπ‘›π‘ βžΆ


- Eu jΓ‘ falei que nΓ£o!

Γ‰ engraΓ§ado que certas pessoas nΓ£o conseguem aceitar um "nΓ£o", a humanidade atualmente sΓ³ pensam nos prΓ³prios desejos, e enxergam as consequΓͺncias somente quando jΓ‘ estΓ£o sentindo seu efeito. O assunto do contrato estava me deixando nos nervos, toda vez que eu lembrava daquilo meu cΓ©rebro sΓ³ conseguia pensar em mais e mais desastres, um mar de dΓΊvidas me afogava, e cada palavra nele era como uma mΓ£o em minha garganta me sufocando. O sol ainda nem havia nascido direito e nΓ³s jΓ‘ estΓ‘vamos discutindo, tudo por causa de um pedaΓ§o de papel!

- O que pensa que vamos fazer entΓ£o? Vender jornal? Se eles sabiam onde morΓ‘vamos, tambΓ©m sabem quem somos - Zara estava tΓ£o irritada quanto eu, percebi isso pelo seu tom de voz e pelo jeito que ela me olhava, dava para perceber que estava tentando controlar o choro.

- Zara, Me escute! Acha que isso vai ser fΓ‘cil? Perdemos tudo, nΓ£o temos ferramentas, estamos sem nossa casa, sem nossas mΓ‘scaras, e com duas ou mais pessoas atrΓ‘s de nΓ³s, sΓ³ complicaremos mais nossa vida.

- E o que vamos fazer entΓ£o? NΓ£o temos mais outra forma de sustento, e nossos pais estΓ£o mortos. Se hΓ‘ duas ou mais pessoas atrΓ‘s de nΓ³s, nΓ£o temos como sairmos por aΓ­ procurando emprego jΓ‘ que, isso sΓ³ facilitaria mais nossa passagem de ida para prisΓ£o! Acabamos de receber um contrato, com uma recompensa cujo valor Γ© de 1.000.000 e vocΓͺ simplesmente quer deixar nossa ΓΊltima esperanΓ§a ser jogada no lixo?

- Eu nΓ£o vou mais falar sobre esse assunto, vΓ‘ para o quarto, e fique quieta!

Ela saiu da sala, e bateu a porta com força, enquanto eu me joguei no sofÑ assim acabei desmoronando em lÑgrimas de tristeza e desespero. Kael havia finalmente voltado depois de ter ido comprar algumas coisas para o almoço, e quando me viu naquela situação, logo se sentou ao meu lado a fim de me consolar.

Passando-se algumas horas, decidi ir conversar com minha irmΓ£, ultimamente estou sendo muito duro com ela, mesmo que eu esteja certo, nΓ£o posso simplesmente mandar que ela se cale, penso que o melhor a se fazer Γ© se sentar e com calma conversar sobre o assunto com ela.

*Toc* *Toc*

- Posso entrar?

Nem mesmo um barulho sai de lÑ como resposta, então decido entrar. Ao fazer isso acabo por a encontrar sentada no chão com a cabeça baixa e os joelhos contra o peito.

- Tudo bem?

- O que vocΓͺ acha? - ela responde abafado devido Γ  posição que se encontrava.

- Me desculpa, por ter gritado com vocΓͺ mana, mas, eu ainda nΓ£o estou pronto para entrar nesse assunto.

- Hum... - Ela levantou a cabeça e olhou fixamente para mim, seus olhos estavam inchados, provavelmente estava chorando, aquilo fez com que eu sentisse um aperto no peito, não gostava dela desse jeito.

- Sei que a situação nΓ£o estΓ‘ fΓ‘cil, mas, vamos dar um jeito. Sei que esse valor, e atΓ© mesmo a proposta sΓ£o interessantes, mas, aceitar algo assim nΓ£o Γ© a melhor coisa a se fazer... - Respirei fundo e me sentei ao lado dela - Mesmo que agora essa pareΓ§a a ΓΊnica solução para vocΓͺ.

- Perdemos tudo, e nem tivemos a chance de recuperar, vocΓͺ sabe que o serviΓ§o pΓΊblico nΓ£o Γ© aberto a nosso tipo de pessoa, por isso os bombeiros nΓ£o ajudariam em nada. O governo nos odeia, mas, eles nΓ£o sabem que essa Γ© nossa ΓΊnica forma de viver. Eles dificultam tudo, Ádan, criam leis pretendendo que a sociedade se torne perfeita, mas ninguΓ©m lΓ‘ pensa em nΓ³s...

- Eu sei, infelizmente as condiçáes atualmente não são justas para ninguém...

- Hum... Eu queria que ela estivesse aqui conosco, a mamΓ£e sempre sabia o que fazer...

- Eu tambΓ©m queria, mas, eu acho que a vida tinha outros planos para ela.

Ficamos quietos por um tempo, abracei ela enquanto pensava em tudo o que tinha acontecido, Γ© muito ruim quando vocΓͺ nΓ£o sabe o que fazer.

Agora seria um bom momento para distrair a mente com uma boa peça de teatro, mas, antes precisamos comer, barriga vazia é oficina da fome, hahahaha.

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π‘‚π‘™π‘ŽΜ, π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘œπ‘  π‘™π‘’π‘–π‘‘π‘œπ‘Ÿπ‘’π‘ ! π‘ƒπ‘œπ‘Ÿ π‘“π‘Žπ‘£π‘œπ‘Ÿ 𝑠𝑒 π‘’π‘ π‘‘π‘ŽΜƒπ‘œ π‘”π‘œπ‘ π‘‘π‘Žπ‘›π‘‘π‘œ π‘‘π‘Ž π’‰π‘–π‘ π‘‘π‘œΜπ‘Ÿπ‘–π‘Ž π‘£π‘œπ‘‘π‘’π‘š π‘›π‘’π‘™π‘Ž, 𝑒 𝑑𝑒𝑖π‘₯π‘’π‘š 𝑠𝑒𝑒𝑠 π‘π‘œπ‘šπ‘’π‘›π‘‘π‘ŽΜπ‘Ÿπ‘–π‘œπ‘  π‘“π‘–π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘’π‘– π‘šπ‘’π‘–π‘‘π‘œ π‘Žπ‘”π‘Ÿπ‘Žπ‘‘π‘’π‘π‘–π‘‘π‘Ž.

𝑂 π‘žπ‘’π‘’ π‘£π‘œπ‘π‘’Μ‚π‘  π‘Žπ‘π’‰π‘Žπ‘š, 𝑒𝑙𝑒 𝑑𝑒𝑣𝑒 π‘Žπ‘π‘’π‘–π‘‘π‘Žπ‘Ÿ?

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