🌼|04

Todos me dizem que acabou,
mas eu não consigo parar .
Eu não consigo dizer se isso é suor ou lagrimas.

BTS

Me desculpe os erros.

Boa leitura ♥️

Lumine

Assim que consegui equilibrar todas sacolas em um braço e digitar a senha do dormitório com a outra, dei um suspiro aliviado indo em direção a cama com certa dificuldade pela dor no pé ainda se fazer presente, deixei as sacolas de lado e estiquei o tornozelo ferido sobre o colchão macio, alcançando o celular na bolça ainda em meu ombro.

O sorriso preenchia meu rosto, enquanto vislumbrava na tela do celular imagens que estampavam varios sites de fofocas.

"O famoso Park Jimin membro do grupo BTS, foi visto essa tarde caminhando no shopping Coex."

Parece um sonho, sempre me achei uma pessoa azarada, parece que as coisas nunca dão certo pra mim. Mais levando em conta oque aconteceu hoje, estou começando a acreditar que minha sorte está mudando.

Cara e real, cobri a boca aberta com uma mão. Conversei com Park Jimin... ele... ele me pegou no colo, eu toquei seus ombros... respiramos o mesmo ar.

Meu Deus.

Ainda em choque foi conferir suas mensagens, percebendo duas de Bit-na, provavelmente já deve está voltando da casa de seus pais, em Incheon.

"Lumi?"

"Já chegou? Estou indo ai te visitar."

Apenas lhe enviei um "Te espero" como resposta e me dirigi ao banheiro.

Não demorei muito no banho, e logo fui tratar do meu tornozelo, encontrei uma mini bacia na cozinha e a enchi com água quente, em seguida a levei para meu quarto e mergulhei o pé esquerdo.

Lembrei de minha mãe. De quando eu tinha quinze anos e fui inventar de escalar um pé de manga na companhia de Lucas. E como a pequena aventura não acabou bem para mim, com um braço quebrado e um pé torcido, a mesma me obrigava a colaborar e colocar meu pé machucado na água quente, que eu podia jurar estar cozinhando meu membro fraturado, e se não o fizesse apanhava e tinha que escutar a mesma puxando minha orelha, " Não mandei inventar de subir lá, agora coloca esse pé aí dentro logo", podia escutar as risadas de Lucas ao me ver levar as broncas.

Logo retirei o pé dormente da água, e alcançei uma pomada que minha mãe, dona Helena, me obrigou a trazer. Assim que descansei novamente o pé na cama, alguém bateu na porta.

- Lumi! Não me deixe criar raízes.- como sempre escandalosa.

- Aish, já vai.- caminhei até a entrada, assim que abri a porta, vislumbrei uma morena baixinha.- Entra furacão.- voltei para o conforto de minha cama elevando a perna na mesma.

- Não sei se me sinto ofendida ou lisonjeada.- entrou sentando-se ao meu lado.- Mais então, oque houve com a sua perna, criança?- seu olhar caiu em minha perna estendida.- revirei os olhos com sua última fala.

- Nossa falou a tia, temos quase a mesma idade.- logo lembrei dos últimos acontecimentos, e uma felicidade se alastrou em meu corpo, tanto que sentia meus lábios doerem pelo grande sorriso em minha face.

- Você tá bem? Esse sorriso do coringa está me dando calafrios.- falou se afastando a bunda de lugar.

- Bit, você não acredita... aaaaaa nem eu acredito.- comecei a ficar agitada.- Ele me carregou no colo...como pode ser tão lindo? Aquele caminhar leve, parece uma pena, e aquelas mãos firmes... me abraça amiga.- disparei a falar, me arrastando sobre o colchão fofo, em direção a minha amiga, que me olhava como se estivesse vendo um alienígena.

- Senhorita Lumine, você bebeu leite pelo nariz? Está com febre?- pousou a mão em minha testa medindo a temperatura.

- Eu hein não posso ficar em choque, mais então agora so digo uma coisa, se prepare para oque vou te falar.- avisei me distanciando de seus braços.

- Tá bem, só não me diga que viu unicórnios voadores, já ouvi essa.- mais uma vez revirei os olhos.

- Bit, o motivo para eu estar mancando, foi uma trombada que tive com uma criança no shopping, ai abracei o chão e dei um mal jeito no tornozelo.- olhava para seu rosto que cada vez mais ficava vermelho.- Não ria, foi horrível.- recebi um aceno em concordância.- É a mãe do garoto começou a me dá uma lição de moral no meio do centro comercial, como ela aparentemente era mais velha que eu e aqui não é o Brasil, permaneci calada tentando levantar. Mais aí ele apareceu e me ajudou amigaaaaa... o Jimin me ajudou... ele me ajudou.- Bit-na arregalou os olhos e levantou-se pondo as mãos na cabeça.

- Aaa eu sabia, essas coisas não acontecem comigo. Mais assim foi verdade mesmo né? Tipo ele na sua frente? Era pra mim estar lá com você, eu vou chorar, me diga só mais uma coisa, o J-hope, ele...ele também estava?- me olhava com expectativa.

- Bit olha pra mim, você tá me deixando nervosa, e não o J-hope não estava com ele.- levantei-me e peguei em suas mãos, fazendo a mesma se sentar.

- Como que foi? Me conta! Ele é fofo não é mesmo? O sorriso, os olhinhos. Ele é forte, conseguiu te carreagar, mais isso não o faz menos amorzinho.- não contive o sorriso, descrente de suas palavras.

- Ele foi muito atencioso...ai Bit resumindo, ele é muito amorzinho.- declarei sorrindo.- Até fez questão de me trazer até em casa.- a mesma cobriu o rosto com as mãos e deixou -se cair na superfície macia.

- Por que justo hoje?...Ele te trouxe em casa...- susurrou parecendo estar em choque.- A partir de hoje vamos andar juntas, todo lugar.- pode-se dizer que não era uma escolha minha.- Eu te falei para tranca-lo aqui dentro, nem meu número você passou pra ele.- choramingou.

- Se recomponha. Ele foi gentil, e você quer que eu agradeça o prendendo? Você definitivamente e uma ogra.

- Estou esgotada, foi muita informação para meu psicólogico de fã sem sorte.- recolheu sua bolça do chão e me abraçou.- Amanhã conversamos, cuide desse pé e não se atrase.

- Até amanhã unnie, e não irei me atrasar.

Antes de finalmente descansar retornei a cozinha para comer algo, encontrando um lamen ao qual logo estava devorando.

Depois da minha "refeição" fiz minha higiene e me aconcheguei no cobertor fofinho, com Park Jimin na cabeça.

[...]

Já se passavam das oito e meia da manhã, e ainda me encontrava no metrô, atraso esse que não ocorria já há algumas semanas, motivo da demora, virei a noite inteira estudando para uma prova, já que a biblioteca do campus estava lotada e a pessoa aqui nao conseguiu reservar um lugar para estudar.

Essa avaliação irá determinar se estou me qualificando verdadeiramente na área que escolhi, e se poderei começar meu estágio no hospital.

Durante esse tempo aqui em Seul, posso dizer que estou me habituando, e não sinto mais tanta falta de casa, converso com meus pais sempre que possível, e isso ameniza um pouco a saudade.

Minha amizade com Bit-na só decola, a vejo como uma... irmã. Até minha mãe ela já conhece, conversaram um dia que fui ao dormitório da mesma e por coincidência senhora Helena ligou, e claro que eu tive que ser o tradutor de ambas as partes.

Chegando na faculdade, já tinha perdido metade da primeira aula, então esperei para entrar na próxima, me encontrava sentada em um dos três sofás verdes que ocupavam a área social do primeiro andar do prédio de medicina.

Ao escutar passos apressados ao seu redor bloqueou o celular em mãos e seguiu até as escadas em direção a sala onde mais uma aula começava.

[...]

Ao final das aulas na parte da manhã, combinei com Bit-na de nos encontrarmos no Starbucks, inaugurado há poucas semanas.

- Quase não te enxergo.- adorava a irritar sobre sua altura, mesmo sendo do mesmo tamanho.

- Muito engraçada ha ha ha.- me abraçou e seguimos até o caixa.- Conseguiu fazer a prova?

- Sim pegaremos o resultado no final das aulas, vão estar colados no mural de avisos.- a observei dar um leve aceno.

- Vamos sair hoje! Não importa o resultado, mesmo achando que você foi bem. O meu eu interior, está a procura de uma diversão, a qual foi poupado a quase dois meses.- me olhou com olhos pidoes.- Vem comigo, prometo que vai ser divertido. Você mais do que ninguém merece extravasar, e como sou sua guia recomendo ir em uma balada, o primeiro lugar a se conhecer em minha presença.

- Você é muito manipuladora.- pegamos nossos pedidos e caminhamos até as mesas espalhadas.- Mais não vou negar que estou ansiosa para irmos.

- Sei um lugar perfeito para te levar, lhe garanto que vai amar. Confia na unnie aqui.- se gabou, alcançando o canudo do copo de café.

- Só não irei hoje.- recebi um olhar em desgosto.- É sério unnie, minha semana está muito corrida, se eu conseguir o estágio, saimos para comemorar, na sexta, combinado?- lhe ofereci meu dedo mindinho.

- Mesmo se você não conseguir, nem queria ir hoje mesmo.- fez a desentendida.- É o que você quer com esse dedo?- encarou meu dedo em confusão.

- Estou jurando de mindinho que não irei te deixar na mão, agora acredite em mim, nunca quebro uma promessa.- pisquei em sua direção, saboreando meu café.

- Aham acredito - levantou sua mão mostrando o dedo.

- Só digo verdades!

- Entendi.- terminou seu café.- Como minhas aulas acabaram, vou ao salão, queria que você fosse comigo.- alisou o cabelo fazendo biquinho.

- Triste, mais ainda tenho as aulas da tarde.- olhei o relógio me assustando com a hora.- Aish, estou dois minutos atrasada, estou indo, nos vemos a noite, beijinhos.- levantei recolhendo meus pertencentes sobre a mesa, correndo para a sala de aula.

Quebra de tempo

Caminhava em direção ao mural de avisos, por sorte só tinham três meninas se informando. Ao encontrar a lista não acreditei...

Lumine de Sousa

- Eu consegui... consegui.- susurrei.- Aaa eu consegui.- por um momento me empolguei dando gritos e pulando histericamente. Olhei ao redor e as meninas me olhavam assustadas.- desculpe.- Sai dali indo toda saltitante para a estação do metrô.

[...]

Prestar atenção se e muito importante ainda mais quando se cursa medicina.

Que eu me lembre já estávamos recebendo indicações a mais de uma hora. Como a Universidade a qual estudo e filiada com o Hospital da Universidade Nacional de Seul que contém seis unidades, conseguimos escolher em qual ficar, a que estamos e a SNUH sede, situada em Jongno-gu.

Logo mais o diretor levanta-se dando por encerrada nossa pequena reunião.

- Sim senhor. Vamos trabalhar bem!- Chul que até agora se mantinha calado disse ao diretor Dak-ho, que nos passava regras e objetivos do hospital, ja que hoje começariamos o estágio.

- Acredito que sim, agora podem ir para a sala de vocês, se troquem pois a enfermeira Tywa irá os acompanhar para mostrar as áreas do hospital.

- Sim senhor Dak-ho!- todos concordamos.

Após a saída do senhor Dak-ho seguimos a enfermeira Tywa, a sala que dividirei com mais duas pessoas que conseguiram o estágio.

Chul e Chung-ho. Sim dois rapazes, muitos simpatizantes.

Lembro que a três dias atrás quando fui dar a notícia a Bit-na de que tinha conseguido o estágio, a mesma festejou e disse que no sábado sairemos com mais um motivo para comemorar.

Alisava meu jaleco inteiramente branco, já imaginando meu nome bordado.

Dra. Lumine S.

- Eu estou conseguindo Lucas.- susurrei, segurando o tecido acima do meu peito.

- Lumine-ah, está bem?- Chun-ho se aproximou.-você ficou bem de branco.- corou um pouco ao falar.

- Estou sim não se preocupe. Você também fica bem de branco.- o elogiei de volta.

- Estão prontos? Vamos começar, me sigam.- Tywa nos conduziu até a ala infantil.

Por ser meu primeiro dia não sei dizer se ocorre sempre, mais o hospital está muito movimentado, homens de terno por todo lado.

Conversamos com alguns médicos, observamos seu trabalho e fazemos anotações do que achamos ser importantes.

Quando estava saindo junto aos outros, avistei uma garotinha encolhida sobre a cama, que devia ter no mínimo nove anos, sua expressão era de pura tristeza.

- Oie!- a saudei.- Sabia que mocinhas bonitas não ficam tristes?

- Acha mesmo que sou bonita?- a voz infantil se fez presente.

- Sim, acho. E ficará mais bela se sorrir.- a incentivei fazendo gestos em direção ao rosto.

Logo vislumbrei um sorriso banguela.

- Isso! Nunca tire-o do rosto, seje oque for que estiver passando, o enfrente com esse sorriso lindo estampando sua face.

A mesma concordou, e me deu mais um sorriso.

Já tinha me retirado da ala das crianças, e me encontrava perdida nos corredores do grande prédio, a procura dos outros.

No momento em que virei em mais um corredor senti outro corpo trombar com o meu.- Me desculpe eu está...- começou a falar, e foi aí que encarei a tal pessoa.

- Você!- falamos.

Park Jimin.

Na minha frente, novamente.

Ele estava tão belo, o cabelo claro contrastando com o terno preto.

Perfeito.

- Você está bem? Eu te machuquei.- como pode uma pessoa ser tão atenciosa.

- É... oque falou?- me envergonhei por não ter prestado atenção em sua fala, mais sim no movimento de seus lábios ao falar.

Parecem ser tão beijáveis.

Não. Pare com isso.

- Se você está bem?- repetiu.

- Sim, obrigada.- passei as mãos no cabelo.- Mais e você está bem?

- Estou.- abaixou o olhar.- Como está o seu pé?

- Já voltou ao normal. Obrigada novamente por ter me ajudado, se não fosse por você eu teria ficado lá um bom tempo, espero não ter atrapalhado naquele dia, nem sei como te agradeço.- disse sinceramente.

- Não se preocupe, não se cobra por ajudar pessoas que precisam.- senti seus olhos em meu corpo, mais especificamente no jaleco.- Está fazendo intercâmbio?

- Sim.

- Faça um bom trabalho, sei que não é fácil mais vale a pena no final.- concordei com um aceno.

- Obrigada Jiminie, farei um bom trabalho.- dei um sorriso.- Agora eu preciso ir, me perdi do meu grupo.

- Sem problemas, também já estou indo, mais se lhe ajuda três pessoas passaram por mim ali atrás.- sem pensar peguei em sua mão, esquecendo que não estava no Brasil.

- Me desculpe... eu... no meu país e normal agradecer desta maneira, mais uma vez me desculpe.- me distanciei morrendo de vergonha, recebendo um sorriso compreensível do mesmo.

- Não precisa se desculpar, podemos fazer igual fazem no seu país.- estendeu a mão.

Minha mão foi de encontro a sua que me era estendida, dei um leve aperto, sentindo como seu toque era aconchegante e quente, cargas elétricas subiram através do braço que fazia parte do nosso contato.

Poderia segura-la por horas.

- Bem já vou indo, senhorita Lumine.- se afastou desfazendo o contato, me fazendo sentir falta de sua palma na minha.- Até mais.- É prosseguiu seu caminho, assim como eu segui o meu.

Com Park Jimin habitando meus pensamentos...

[...]

Oiie bombons ❤

Espero ter ficado bom, ultimamente não estou tendo muita criatividade.

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dêem muito amor ao nossos bolinhos.

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bjus nenês.

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