21. forks

reencontro com a depressão.

ESTAVAM PARTINDO, às árvores pareciam apenas borrões quando se tratava da velocidade que o carro atingia. Eles não tinham tempo e com toda certeza precisavam ir embora o mais rápido possível para que Angel estivesse segura. A família Cullen sabia que estavam retornando a Forks e sabiam que talvez Isabella Swan estivesse morta.

Angel estava traçando uma linha com os dedos entorno do livro, enquanto seguiam para o aeroporto para o voou mais cedo que tinha. A bruxa perguntou a seu irmão antes de partir o que era aquilo, mas ele apenas lhe disse "respostas". Quanta baboseira, a essa altura Angel estava irritada com tudo, porque ele simplesmente não disse do que se tratava? Como você diz respostas sem uma pergunta.

Ela observou a capa marrom, com alguns pequenos detalhes tomados em tons cinzas e pretos. Havia um símbolo em seu inicio, ela passou os dedos ali também, sua mente apontou que aquilo parecia uma especie de chave.

Alice a observava do retrovisor, o que de vez em quando Jasper também fazia. Ela estava imersa em um novo mundo, em seu próprio mundo.

Então, sua curiosidade havia vencido. Ela abriu o livro, o livro dos condenados. Houve um instante de silencio em sua mente antes de uma voz desconhecida sussurrar dentro de seu crânio, foi assustador. Ela sentiu uma onda estranha lhe atingir, ela nunca havia sido possuída, mas já havia visto em alguns livros e teve a sensação que algo parecido aconteceu.

Ela abriu os olhos, ambos os vampiros estavam a encarando do retrovisor, mas antes seus olhos calmos e curiosos, agora pareciam assustados. Ela se encarou também, apenas para ver sua pupila completamente dilatada. Estava dilatada mesmo ?

Havia apenas escuridão ali, mas então ela piscou os olhos algumas vezes e o tom Escarlate tomou a vez. Ela pressionou as pálpebras, respirando fundo para tentar controlar tudo que estava explodindo dentro de si. Uma mão tocou sua coxa, ela retornou quase naquele instante.

Era Alice, que a olhava preocupada.

– O que foi isso, Angel ? – foi a vez de Jasper.

– Eu não faço ideia, foi o livro. – suspirou. – Minha cabeça dói. – resmungou.

Alice não fez esforço para puxar ela do banco de trás para o seu colo. Ela fez carinho em seu cabelo, enquanto Angel se aconchegava mais ali com as marteladas estranhas que ecoavam de dentro de sua mente.

Jasper tocou sua bochecha, então houve um momento estranho que Angel ergueu a cabeça para olhar para Alice, ela era linda, os olhos dourados e os cabelos curtos, em harmonia com seus rosto delicado e pálido. Ela era minúscula, mas então algo sussurrou. Foi a primeira vez que Angel escutou aquilo, mas foi o suficiente para a assustar profundamente.

"pequena criatura,
você poderia esmagar ela
com tanto poder."

Angel bateu a mão contra a cabeça quase no mesmo instante que ouviu. Seus olhos estavam oscilando, varias cores passavam por ele e sua magia parecia estar fora de controle. Jasper e Alice se entreolharam assustados, enquanto Jasper soltou o volante para segurar a mão de Angel que ainda estava se machucando.

– Alice, vem pro volante. – Ela concordou, assustada. Eles trocaram de lugar tão rápido, que parecia ter sido apenas um vulto.

Jasper travou os braços de Angel com força, não o suficiente para machuca-la, mas força o suficiente para a manter presa naquele lugar. Ela se debateu, enquanto repetia "pare, não diga mais isso." Jasper tentou usar seu dom para faze-la dormir, suas mãos estavam em um tom vibrante e perigoso de escarlate, mas nem seu dom foi suficiente para parar ela.

Ele olhou para Alice, quase sem escolha. Ele viu o exato momento que ela moveu as mãos e quase acertou a vidente com sua magia, mas por sorte ela havia previsto aquele momento e desviou. Metade do banco de trás estava em pedaços.

Jasper fechou os olhos, enquanto Angel ainda estava com as pálpebras pressionadas, gritando de forma descontrolada. Ele levou a mãos a sua garganta, então apertou, não o suficiente para quebrar, mas seria o suficiente para que o sangue parasse de correr para seu cérebro e ela adormecesse.

Após alguns segundos, o resultado saiu como esperado. Angel estava desmaiada, com a cabeça em seu peito.

– Jasper, o livro. — Alice sussurrou. Havia uma névoa estranha e sinistra que saia de suas paginas, então eles começou a se mover sozinho, suas faces sendo viradas de maneira rápida. Eles eram vampiros, conseguiam ler brevemente o que passava por cada pagina voando.

Havia uma parte nela que explicava como se criava vampiros. Eles se olharam um pouco perplexos, mas algo os assustou mais, muito mais. Lá estava, o livro imóvel. Ele apareceu entre os braços de Angel.

– Mas que merda é essa ! – Alice gritou, batendo a mão contra o volante.

ANGEL ACORDOU um pouco antes que
chegassem até o aeroporto, nenhum deles comentou sobre o que tinha ocorrido, mas houve algo estranho nela quando ela retornou. Eles não sabiam o que havia acontecido, mas quando resolvessem tudo com Bella, retornariam a Nova Orleans para perguntar a Klaus o que havia de errado com aquele livro.

Do momento que o avião decolou até o que ele pousou, foi um completo silencio de todas as partes. Angel de vez em quando passava os dedos pelo pescoço, por cima das marcas que Jasper havia deixado com seus dedos. Ela estava usando um lenço que Alice a havia oferecido para esconder aquilo, a mente humana criaria diversos cenários diferentes se notassem aquilo ali.

Eles haviam desembarcado, retornando a velha cidade de Forks. Novamente aquela cena, um homem os esperava logo na saída do aeroporto, com um dos carros de Alice que havia sido deixado lá.

Angel já podia ver a placa com o nome "Bem vindo a Forks." Ela respirou fundo, o ar gélido tomando seus pulmões, a sensação oposta ao que estava sentido. Ela sentia que estava pegando fogo, enquanto aquela voz desagradável ainda estava ali.

– Jass, você vai ficar ? – Alice perguntou, enquanto entrava na rua da casa de Isabella.

– Não, pare aqui. – pediu. – Vou para casa, ficarei lá.

– Pode ser que ela... – Alice hesitou, repentinamente assustada com aquela ideia.

– Mas se ela não estiver, não sei se poderei me controlar. – suspirou. – É melhor assim, minha senhora.

Alice concordou freando o carro repentinamente.

– Vai ficar, Angel ? – Alice perguntou, a encarando do retrovisor. Ela acenou com a cabeça, então Jasper virou e deixou um beijo sem sua cabeça.

– Sinto muito por mais cedo. – pediu, enquanto virava-se para beijar Alice e sair do carro. Angel acenou, sorrindo brevemente pra ele.

As próximas coisas que aconteceram foram completamente entediantes na visão da Bruxa. Bella por final, estava viva, dentro de sua picape aparentemente prestes a beijar Jacob, pelo menos foi o que os olhos de Angel conseguiram acompanhar. A voz estava ali, tirando seu perfeito juízo, então ela começava a realmente se perguntar se aquilo que estava acontecendo era real ou não.

Bella saltou nos braços de Alice, se chocando contra seu corpo frio, e duro como pedra. A humana arregalou os olhos ao toca-la, como se tivesse esquecido qual era a sensação.

Então, se virou para Angel, apenas para demonstrar sua face assustada. Ela estava um pouco melancólica, e definitivamente não parecia mais a menina que ela havia visto a alguns meses atrás.

– Angel...

Ela sorriu, mas não havia verdade naquele ato, então ela as dirigiu para dentro. Houve uma pequena discussão anterior entre Bella e Jacob, que havia pensado que o cheiro que sentia de vampiros era da possível mulher que estava caçando a garota. Não era, essa altura ele já havia compreendido isso, mas para Jacob não deixava de ser uma ameaça e ele estava relutante em deixar que Alice se aproximasse de Bella.

Isso para Bella foi demais, ela disse que precisava daquele momento e que ele não tinha direito de interromper. Para Angel, aquilo soava mais ridículo do que estava sendo. Que patético, jogando fora alguém que fez tudo por ela, por pessoas que partiram sem ao menos olhar para trás. Patético, repetiu em sua mente.

Ele se deu por vencido, disse que estaria no carro. Estavam apenas as três, sentadas no sofá, apenas com a meia luz que saia do abaju. Foram alguns minutos de silencio até que Alice dissesse pela primeira vez ;

– Tentou se matar.

– Não. – Bella disse desesperada. – Apenas queria... me divertir. — foi a palavra que encontrou para aquela situação.

– Se jogar de um penhasco não parece divertido, Isabella. — Angel foi rude, os olhos revirando. Ela estava com dor e com toda certeza sem paciência para aturar aquela baboseira toda que estava acontecendo.

– Eu sinto muito... – disse Bella.

Alice seguiu suas perguntas, mas sempre era interrompida por uma Bella que apenas queria saber aonde Edward estava, elas até queriam poder dizer, mas ele estava migrando, apenas para que Alice não pudesse saber ao certo em que local estava.

Elas passaram entorno de quarenta e cinco minutos nesse dilema, até que Jacob tocasse a porta furiosamente. Alice se levantou quase no mesmo instante que Bella caminhou em direção a maçaneta, então desapareceu para os fundos.

Angel permaneceu sentada, observando o show que estava acontecendo. Houve uma baboseira estranha sobre a amizade deles e continuarem esse amor de amigo, mesmo que Bella também amasse Alice. Angel riu, achavam mesmo que aquilo era parecido com amor de amigo ?

Angel estava agora um pouco entediada com a melosidade deles, preferia pelo menos quando ela estava com Edward, não tinha tanto agarramento assim. Então, em um instante os três presentes na sala estavam com a cabeça virada em direção ao telefone da casa que tocava estrondosamente. Bella esticou suas mãos, mas Jacob alcançou primeiro.

– Residência dos Swan. – Jacob estava com uma voz rouca e baixa, mas ainda dava para escuta-lo.

Houve uma mudança na expressão do Lobo, ele ficou sério em um instante. Ele suspirou e ajeitou seu corpo, os olhos apáticos e inexpessivos. Bella agora estava com as mãos estendidas para o telefone, mas ele a ignorou.

– Ele não está – aquilo estava ficando ameaçador.

Para Angel, nada mais estava acontecendo além daquela estranha voz que estava martelando de volta na sua cabeça. Sua cabeça estava dolorida, ela levou as mãos até lá e esfregou os dedos no local, para procurar algum alivio naquilo.

– No enterro. – Depois ele desligou o telefone e se virou, murmurando em tom amargurado. – Maldito sanguessuga.

– Com quem estava falando ? Você desligou na cara de quem ? – Bella o metralhou, empurrando as mãos contra seu peito.

– O Dr. Carlisle Cullen. – disse rapidamente.

Alice apareceu novamente, estava paralisada ao lado de Angel. Jacob se virou como em um tiro, rosnando e enrugando seu nariz, enquanto contraia seu rosto em uma careta feiosa.

Angel sentiu a mentira, o cheiro mais puro de uma alma que estava agora um pouco manchada com aquela atitude ruim. Agora o que estava acontecendo com ela ? Lendo almas ?

– Ele está mentindo.

Então, os olhos de Alice pareciam estar presos em um futuro próximo e de seus lábios reprimiram um gemido que ameaçou escapar por eles.

– Edward. – foi apenas o que saiu.

Dali em diante, havia apenas caos. Angel estava gostando, era algo que lhe trazia tranquilidade, dançar com as tragédias. Houve um momento que Alice pegou um telefone prata dentro de sua bolsa, discou com uma rapidez inumana, os movimentos tornando-se borrões.

E então, Angel pode ouvir a voz de Rosalie ao outro lado. Houve uma breve discussão entre ambas, afinal Rosalie havia dito a Edward que Bella estava morta e ele ao ligar a residência Swan foi atendido por um ridículo lobo, que disse que Charlie estava em um enterro. Enterro de Harry, mas ele esqueceu aparentemente de mencionar isso.

– Ele vai se matar. – Angel disse. – Os Volturis.

Bella pareceu assustada, seu corpo magro tremeu ao escutar aquilo.

– Vamos para Volterra. – suspirou Alice.

NOTAS DA AUTORA

| não revisado.

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