16. compass
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bússola.
O caminho de casa foi estranhamente silencioso para Angel. Tudo estava estranhamente silencioso para a garota. O mundo parecia ter parado, como se trombetas tivessem tocado nos céus e a humanidade instinta. Ela estava confusa e atordoada, talvez estivesse criando uma faisca de esperança atoa. Ela sempre quis ter uma pista e agora estava ali pateticamente sentada no banco de trás do carro, olhando para a janela como se estivesse à espera de um milagre. Patético, contando que ela era o milagre.
– O que aconteceu na cafeteria ? – Alice enfim cortou o silencio. Sua voz carregava uma leve insegurança, como se tivesse medo da resposta. Angel virou-se assustada para eles, era claro, Jasper havia sentido todas as suas emoções e simplesmente aquilo soava de uma forma completamente diferente do que realmente era.
– Não. – ela afirmou. – Não é o que parece, sinto muito que tenha saído dessa forma. – Os vampiros pareciam aliviados, ao mesmo que Angel continuava tensa do mesmo modo.
– Então o que houve ? – Jasper tomou a vez, vendo a confusão que os sentimentos de Angel estavam. Havia um misto de emoções oscilando dentro dela, que nem ele mesmo podia acalmar.
Ela suspirou, foi um suspiro um pouco dramático. Não havia uma real necessidade, mas fez ela ter algum tempo para saber a forma certa de pronunciar suas suspeitas em voz alta. Ela estava envergonhada, com medo de que fosse patético sua suspeita e que ambos os vampiros rissem dela.
– Aquele homem, ele tinha um anel com o símbolo M. A minha bússola, são simplesmente idênticos. – disse, abaixando a cabeça para ouvir "isto é ridículo." de ambos. Mas na verdade, não houve nada, apenas novamente aquela onda de silencio do dia em que ela acordou após James.
Ela tombou a cabeça um pouco pro lado, pra conseguir olhar melhor o rosto inexpressivo dos vampiros. Eles estavam se olhando, mas rapidamente voltaram-se para ela.
– Pode apenas ter sido uma coincidência,querida. – Jasper disse, de forma tranquilizadora. – Existem milhares de famílias com esta inicial, acho que as probabilidades de estarem justamente aqui seria nula.
O rosto de Angel murchou, agora ela estava triste. Seu coração cheio de esperança esmagado pela verdade, porque ela sabia que Jasper tinha total razão diante daquilo, mas não deixava de doer.
– Angel, você realmente quer encontrar eles ? – foi Alice agora quem disse. – Você sabe que isso vai destruir, Rosalie. Você sabe, não sabe ? – Alice a encarou pelo reflexo do retrovisor.
Ela suspirou, mas dessa vez não foi dramáticamente, foi para tentar evitar que as lagrimas viessem. Ela balançou a cabeça de forma negativa, e murmurou um "não quero mais falar disso." e então não havia som novamente, apenas um silencio reconfortante. Ela passou tanto tempo tentando solucionar o mistério, que esqueceu de como seria quando ele fosse descoberto. Ela não podia abandonar sua família, era obvio. Mas como seria para Rosalie? Ela sentiria que nada que fez foi o suficiente para faze-la esquecer daqueles que a abandonaram ? Agora havia culpa, muita culpa dentro de si.
Eles já estavam em casa. Angel, estava com os olhos em todos os detalhes, enquanto era carregada no colo por Jasper em todos os cômodos do lugar. Era tão grande, que pernas humanas cansariam apenas no primeiro corredor. Tudo na casa parecia refletir ela, seja as flores do jardim em tom Escarlate, ou em tons alaranjados. A casa por dentro era luxuosa, havia detalhes dourados espalhados por todos os lugares, até mesmo no corrimão. Mas a casa em si, era moderna, mas trazia uma leve estrutura de casas medievais. Talvez tenha sido e com o tempo modernizada.
Angel desceu dos braços do vampiro quando chegaram ao quarto. Havia outra mansão dentro do quarto, de tão espaçoso que era. Ela sorriu, vendo a cama exageradamente enorme que ela dormiria, até porque apenas ela ali fazia tal coisa.
– Precisava de uma cama tão grande ? Só eu durmo. – ela comentou, jogando-se no colchão macio, quase adormecendo instantaneamente diante do conforto.
Alice e Jasper trocaram olhares rápidos e sorriram para ela. Como o costume, ela pegou no ar e não precisou perguntar o que estavam conversando por olhar. O rosto de Angel queimou, se Jasper não soubesse que era de vergonha, eles achariam que sua magia estava transparecendo através de sua pele. Ela puxou o travesseiro e rolou com ele até ficar de bruços, com o rosto enfiado no travesseiro. Alice gargalhou, ao mesmo que movia-se em direção a garota para abraça-la.
Houve um estalo, aquele estalo tão familiar. Ele era como um sinal escolar, avisava que era hora dos alunos retornarem a suas salas. A situação era parecida, o estalo avisava a Angel que estava na hora de retornar para casa. A garota olhou para o vampiros enquanto segurava o objeto em suas mãos, então ela não disse mais nada, apenas deixou ser sugada para dentro da loucura e da diversão. E claro, para ver seu gatinho felpudo.
Ir para o Pais das Maravilhas era divertido, a não ser pela sensação de enjoou que a alcançava sempre que emergia naquele novo mundo. Ele estava a esperando, era claro que estaria, mas havia mais alguém com ele.
– Ele é real. – ela sussurrou, vendo um coelho de porte médio mover suas mãos para dentro de seu colete, puxando um relógio que Angel não teve certeza se realmente funcionava. Ele a olhou, então ela pode ter quase certeza que o viu revirar os olhos.
– Seu consciente invade uma Bússola e você está surpresa que eu sou real ? – o coelho pareceu irônico, porque ela realmente foi. A garota suspirou e balançou os ombros, ele realmente tinha razão.
Eles andaram pelo lugar, um pouco mais afundo de até onde ela já havia ido. Ela contou a eles suas suspeitas e principalmente sobre o fato de sua família sempre estar parecendo esconder algo dela. O gato sorridente abriu aquele sorriso melancólico, e Angel preparou-se, ele sempre fazia isso quando pretendia lhe dar alguma resposta.
– Este mundo... – começou, quando o coelho o olho curioso, talvez surpreso, como se aquilo não fizesse parte do roteiro. – Ele foi criado por sua mãe. – ele já havia lhe dito aquilo antes, mas dessa vez os sentidos de Angel a alertaram que era mentira, talvez houvesse mais algo escondido ali. – Este mundo foi feito para que você e seus irmãos pudessem ter um lugar para quando estivessem inconscientes. Ela acreditava que nossos demônios nos atormentam mais diante da inconsciência, isso foi para protege-los. – ela abriu a boca, pronta para perguntar e então ele a interrompeu. – Você é diferente. Eu a chamo aqui. – ele explicou, antes que a voz irrompesse por sua garganta.
– E sobre a minha família ?
– Eles sabem, Angel. Já descobriram antes de você, mas estão te protegendo. – ela se sentiu traída, extremamente traída e irritada naquele momento. Eles possuíam muitos direitos, mas ocultar sua própria vida não era um deles.
Ela ia reclamar, mas então um barulho surgiu das arvores. Ela virou-se rapidamente, mas não conseguia enxergar o que havia através dos galhos marrons e verdes. O gato fez um som engraçado e desapareceu, deixando Angel confusa. Ela virou-se para o coelho, que puxava o seu relógio, que agora a garota de perto teve a certeza que nem funcionava de verdade.
– Está na minha hora. – e então disparou como um canhão, nem a dando tempo para nada. Ela então encarou o escuro de uma sombra de novo, não sentia medo, algo a confortava na verdade.
– Olá, irmã. – ela tremeu, sua espinha arrepiou. Ela suspirou, um pouco sufocada com a informação. Ela sabia que eles também podiam ir ali, mas de algum modo era como se fosse proposital seus desencontros. Ela ouviu a bússola estalar de novo e então teve vontade de gritar, implorar por tempo, mas antes de despertar ela viu ele esticar as mãos para ela. Angel pensou que ele queria que ela segurasse em sua mão, mas talvez era apenas para que notasse o anel. O símbolo, estava ali novamente. Mas não era a mesma voz daquela tarde. Estavam ali, ela achou.
E então, ela foi sugada de volta, seus olhos abriram apenas para olhar para o teto do quarto, o cheiro de gardênias e esporos havia desaparecido, seu coração estava disparado. Ela levantou em um pulo, viu que Jasper e Alice estavam ali, mas os ignorou para correr para a saída, em busca da chave do carro. Ela precisava sair.
– Angel ? – Alice segurou seu braço ao mesmo tempo que as mãos da bruxa alcançaram a chave do carro. Ela se virou como um canhão, os olhos brilhando em escarlate.
– Vocês sabem quem eles são. Mentiram pra mim. – berrou.
Alice arregalou os olhos, a soltando pelo simples fato de Jasper a ter puxada para trás. Foi por precaução, Angel estava fora de controle, era óbvio. Ela esperou que eles protestassem ou dissessem que era mentira, mas não houve, então uma lágrima escorreu pelos olhos da menina. Aquilo doeu nos vampiros, doeu como a dor de serem transformados de novo. Eles nunca quiseram mentir para ela, mas Rosalie os implorou tanto, que eles ficaram sem saída. Ela viu seus olhares de culpa e apenas saiu, correndo para o carro e dando partida, eles não tentaram impedir. Não havia como impedir ela.
| babado...
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