02. the fight of two robots


Melanie estava no centro da cidade com suas amigas e sua prima, que discutia com seu namorado a alguns metros dali, sentada num banco de uma praça perto de casa, conversando sobre algumas coisas. A garota só concordava e algumas vezes, soltava um "hum" pela boca para mostrar que estava viva, prestando atenção quando na realidade ela não estava prestando atenção em nada do que as garotas conversavam pois estava com muito sono, já que não havia dormido nada noite passada por conta de sonhos estranhos sobre seus pais e robôs gigantes. Foi então que sua atenção foi atraída por sua prima Mikaela, que caminhava em sua direção mexendo em seus cabelos, nitidamente nervosa.

- Está tudo bem? - perguntou ela à garota, que se sentou ao seu lado e aparentava não estar nada bem. Melanie percebeu isso.

- Não está. - respondeu secamente. - Eu e Bryan terminamos.

Melanie arregalou os olhos. - Porque? Vocês estavam bem até ontem!

- Ele ficou chateado porque eu dirigi o carro dele, com ele estando dentro e bêbado. Ele diz que mulheres não sabem pilotar carros, apenas fogão e cozinha. Um merda Machista! - revirou os olhos, logo em seguida bufando. - Homens são tão idiotas, Mel. Não quero mais. - choramingou, colocando suas mãos em frente ao seu rosto querendo chorar.

A ruiva riu, negando com a cabeça e colocando sua mão no ombro dela. - Homens são idiotas Mika, e isso não é novidade alguma, mas não é por causa de um espinho que todas as rosas são assim, o mesmo vale para homens. - diz, aconselhando-a que logo assente, sorrindo. - Um dia você vai encontrar alguém que não seja machista, que te ame completamente e que não seja um idiota como Bryan, Jake e Joshua, apesar que ele não é machista mas ainda sim, um baita idiota. - A Banes riu, dando de ombros.

- Como ficou tão poética? - perguntou risonha.

- Noite mal dormida e sono me fizeram assim. - deu de ombros, balançando suas pernas aproveitando o vento refrescante daquela bela tarde de sábado. Foi então que sua atenção e das outras garotas que acompanhavam Melanie foram atraídas para um pouco longe dela e das outras, percebendo que Sam Witwicky vinha correndo, numa bicicleta rosa e com lacinhos, sendo seguido por seu carro atrás dele. Melanie estranhou e fez uma feição de dor ao perceber que o jovem havia tropeçado num galho de árvore e caído com tudo no chão da praça.

- Sam? - chamou a atenção dele. - Está tudo bem? - se levantou do banco que estava.

O moreno a olhou, com um sorriso constrangido no rosto. - Olá, Melanie.

- Está tudo bem com você? A queda foi feia, tem certeza que não se machucou? - perguntou ela preocupada, se aproximando do jovem.

- Estou bem, Melanie. Muito bem! - mentiu se levantando, pegando a bicicleta e montando em cima dela novamente. - Só estou meio pirado porque meu carro me persegue, mas estou bem. - diz, suspirando. - Tenho que ir, até mais, Mel, Mikaela e garotas. Até mais! - e logo saiu dali, rápido.

A Banes achou estranha aquela conversa, logo se despedindo das garotas e de Mikaela, que não estava entendendo o que acontecia ali e como sua prima mais nova conhecia aquele jovem, Melanie pegando sua moto, colocando seu capacete começou a segui-lo. Se alguém perguntasse o porquê dela estar seguindo seu colega de classe e seu carro, ela não saberia o que responder e provavelmente mentiria, mas a garota estava seguindo sua intuição de que seguir Sam era uma belíssima ideia e que ele estava precisando de ajuda.

Melanie não sabia ainda o porquê de estar querendo ajudar tanto alguém, que havia conhecido e conversado no dia anterior, mas ela faria o que for possível para ajudar e descobrir o que estava acontecendo e saciar sua curiosidade. Afinal, ele poderia estar precisando de ajuda e em perigo.

A garota parou a moto de repente ao perceber que um carro de polícia havia ultrapassado ela e quase provocado um acidente. - Que merda! - revirou os olhos, acelerando ainda mais e tentando não perder Sam Witwicky de sua vista. - Porque ele está sendo seguido por seu carro e pela polícia? - se perguntou, ao perceber que a autoridade também o seguia. - Espero que ele não tenha matado alguém! - resmungou Melanie.

Sam passou por debaixo de uma ponte, olhando a cada cinco minutos para trás e ver se seu carro ainda o seguia, não percebendo que também era seguido por Melanie e um carro de polícia. O Witwicky suspirou ofegante virando numa espécie de corredor, embaixo da ponte onde várias pessoas sem teto moram e dormem ainda por ser de manhã e o começo de um final de semana.

- Merda! Merda! - ouviu um barulho de sirene de policia, ficando aliviado pela autoridade estar ali, para ajudá-lo. - Ótimo! a polícia. - pedalou em direção ao carro, sem antes de notar que em uma das portas estava escrito a seguinte frase "Punir e Oprimir". - Policial! Escute.. - a porta do carro de polícia se abriu, o derrubando novamente. - Isso doeu! - a porta do carro se fechou. Sam se levantou e ficou encostado no vidro frontal do carro. - Graças a Deus que está aqui, eu estou tendo o pior dia de minha vida! - exclamou. - Fui seguido na bicicleta da minha mãe e meu carro me seguiu até aqui! Então, por favor, saia do carro! Saia! - gritou, dando pequenos socos no capô. O automóvel então acelerou, derrubando o jovem e assustando o mesmo. - Tudo bem, pare! Me desculpe! Eu não quis bater no seu carro, eu juro! - exclamou. - Para! Para! Por favor! - Pediu, suplicou, Samuel muito assustado. E foi então que o carro começou a se transformar. - Ah, não! Socorro! - gritou, começando a correr para longe do robô que era maior que ele.

Melanie arregalou os olhos, dando um passe para trás assustada e deixando sua mente ser levada para a memória dela de alguns anos atrás, a mais triste que tinha.

A da morte de seus pais.

Ela corria desesperada por entre a multidão, gritando por seus pais. Não era possível que isso tivesse acontecido justo comigo, eu sou apenas uma criança, pensou Melanie. A jovem empurrou as duas pessoas na sua frente, vendo os corpos dos seus pais cheios de sangue no chão e tiros espalhados em seus corpos.. - Pai... Mãe... - Se ajoelhou no meio dos dois, sentindo várias lágrimas saírem dos meus olhos. - Não... Não....Por favor, não!

Seu pior pesadelo estava se realizando. Ela não podia acreditar naquilo.

Tocou a mão de seu pai, o sentindo ele apertar a mesma rapidamente.

Ela o olhou, surpresa. - Pai...

- Eu te amo querida. Nunca se esqueça disso.

Joseph diz, tentando sorrir e então seus olhos se fecham e sua mão larga a de sua filha.

A garota sentiu alguém a abraçar, e pelo perfume era Joshua, seu namorado na época. Apertou as mãos de seus pais, se despedindo dos dois já que iam levá-los. - Me desculpe, Mel. - diz ele.

- Eles morreram. - diz ela. - Eu estou sozinha.

Foi então que a garota gritou, o mais alto que pôde tentando aliviar sua dor.

A garota balançou a cabeça, tentando não chorar ali mesmo e procurou Sam e o robô gigante, colocando sua mão em sua testa, que doía, e indo em direção aonde havia deixado sua moto, colocando novamente seu capacete e saindo dali rapidamente para procurar o garoto. - Onde ele se meteu? - perguntou entrando debaixo de outra ponte quando o Witwicky surgiu, correndo e a derrubou rapidamente, mas que felizmente a garota havia caído em cima do mesmo e a moto havia batido em uma parede longe deles. - Mas que merda, Sam?! - gritou, logo bufando e o encarando.

- Um monstro me atacou! - apontou para uma direção, que um grande robô vinha na direção deles. Melanie engoliu seco. - Aí vem ele! Se levante e corra! - ordenou a ruiva, gritando, tocando suas mãos que tremiam. - Vai!

Nesse momento o carro de Sam chegou onde eles estavam, quase os atropelando e batendo para derrubar o 'monstro', parando em frente a eles com a porta já aberta. - Que coisa é essa? - perguntou Banes, olhando.

- Entre no carro. - pediu Sam. - Confie em mim, Melanie. Por favor.

A garota assentiu, sem questionar, e junto a Witwicky entraram dentro do Camaro, que logo acelerou para longe do robô. - Vá! Vá! Vá! - pediu Sam, olhando para trás ao perceber que o 'monstro' havia se levantando e vinha na direção deles, já transformado na sua forma de automóvel de polícia e os seguia em alta velocidade.

O carro de cor amarela acelerou ainda mais, saindo de onde eles estavam, embaixo de uma ponte e começou a dirigir para longe do outro, os dois fazendo ultrapassagens perigosas nas pista, entre outros carros. Melanie segurou uma das mãos na do garoto e a outra no teto do carro.

- Vamos morrer! - exclamou a garota, assustada. - Nós vamos morrer!

- Não, não vamos morrer! - disse o garoto, a encarando. - Confie em mim! Ele dirige muito! - o carro amarelo fez uma curva perigosa, indo em direção a uma espécie de galpão abandonado, não se importando na grande parede de vidro na frente deles e a ultrapassando. - Nós vamos morrer!

Os dois adolescentes gritaram. O Camaro amarelo então acelerou mais ainda, batendo em algumas caixas que estavam ali. E desviando dos pilares de pedra que ali estavam, tentando não machucar os dois adolescentes, enquanto o carro da polícia ainda os perseguia. Melanie colocou a cabeça para fora da janela, olhando para frente e para trás, numa tentativa de ajudar o carro a encontrar algum lugar seguro.

- Vira à esquerda! E se esconde naquelas caixas. - a ruiva ordenou. O carro fez o que ela mandou, virando à esquerda e se escondendo do carro da polícia, trancando as portas do carro. - Estamos trancados! - disse a Banes, tentando abrir a porta do carro para sair dali com o jovem Witwicky.

- O carro da polícia não quer nos pegar e sim pegar o meu carro. - disse Sam, comentando o que ele pensava. Melanie assentiu, concordando com o que ele falava. - Pelo menos enganamos o monstro. - Disse o Witwicky olhando para frente, tentando soar tranquilo e confiante.

- Eu acho que não, Sam. - engoliu seco a jovem, olhando para frente e vendo carro da polícia os 'olhando', como se os dissesse que havia os encontrado e não havia lugar algum para os dois e o Camaro amarelo se esconderem. Sam olhou para a ruiva ao lado, que pareceu ter o mesmo pensamento que o Witwicky e assentiu. - Tudo bem. É hora de pegá-lo.

O carro do moreno acelerou, passando por trás do carro preto e abrindo a porta, os jogando para o chão de repente e então se transformou num robô gigante amarelo. os dois adolescentes olhavam a cena, com os olhos arregalados, mas ainda sim fascinados com o que viam, na frente deles.

Os dois humanos então se afastaram do robô gigante, já prevendo que ambos iam começar uma luta e não querendo se machucarem. A ruiva olhou de cima a baixo os dois robôs, achando incrível aquilo. Ela nunca tinha visto nada igual aquilo, mas de certa forma, ver aqueles dois robôs lutando a trazia um certo sentimento em seu corpo de que ela já havia visto algo em sua infância. E era algo relacionado aos seus pais, ela sabia disso.

Ela apertou a mão do moreno, novamente, tentando se acalmar e fechando seus olhos e então ela estava em uma lembrança, junto a seus pais.

- Papai! Olha o que achei! - A pequena menina de cabelos ruivos disse sorrindo, enquanto mostrava uma joaninha amarela em suas mãos delicadas.

O Banes mais velho sorriu se afastando da mesa do computador e a pegando no colo. - Que lindo anjinho, mas você sabe que terá que devolvê-la ao seu local, ela tem família e filhos.

A ruiva assentiu, saindo do colo do pai e a colocando na janela que estava aberta. - Vá para sua família, joaninha. - Sorriu, olhando ela se movimentar e então voltou para o colo do seu pai, olhando para a tela do computador e alguns papéis. - Papai, o que é isso? - perguntou curiosa.

O Jones mais velho sorriu pela curiosidade da filha, a ajeitando em seu colo. - Isso, anjinho, é uma foto de um robô que foi encontrado no gelo há alguns anos atrás. Algo que vem de outro mundo anjinho. Mas isso não pode ser revelado ainda. - Os olhos verdes da ruiva prestavam toda a atenção no que o pai falava. - Não pode contar para ninguém, ouviu?

- Eu prometo não contar para ninguém, papai. Eu prometo.

Melanie abriu os olhos novamente, vendo que Sam estava a puxando, algo que ela não havia nem percebido, enquanto os dois corriam para longe dos dois robôs gigantes que lutavam e um pequeno robô que corria atrás de Sam. Este mesmo que havia saído de dentro do enorme robô inimigo.

O pequeno robô então derrubou Sam no chão, enquanto o mesmo o chutava várias vezes, tentando afastá-lo. Ele estava tão desesperado que não percebeu que estava sem sua calça e só de cueca.

- Ele vai me matar! - Gritou o moreno, tentando se levantar e correr o mais rápido possível, deixando sua calça para trás.

Enquanto isso, a ruiva entrou em uma cabine procurando algo que pudesse ajudar o adolescente lá fora. Ela se abaixou, procurando algo na estante até que encontrou uma Serra elétrica fina. Sorriu a pegando e saindo da cabine e procurando onde estava o adolescente.

- Cadê você, Witwicky?! - gritou por ele.

Procurou pelas redondezas, até avistar mais para frente ele o mini robô lutando. Ela correu até eles, vendo que os dois estavam perto da cerca limite. Melanie desceu o monte de terra, deslizando pela mesma e chegando por trás e cortando o robô no meio com a ferramenta. Ela se afastou para trás, ofegante e olhando para Sam que a olhava também.

- Bela cueca, aliás. - comentou a garota rindo, saindo de perto do mesmo e começando a caminhar, sendo seguida pelo mesmo. Sam sentiu suas bochechas ficarem vermelhas, logo pegando sua calça do chão de terra a vestindo. Eles caminharam lentamente em direção aos dois robôs que lutavam, vendo o amarelo ir em direção aos dois.

- O que é isso? - Perguntou o moreno.

- Um robô. Um tipo diferente e super avançado de robô. - respondeu Melanie, tentando aliviar o clima. - Deve ser japonês. - Brincou a ruiva, sorrindo.

- É, com certeza é japonês. - O robô amarelo ficou perto dos dois. - O que ele está fazendo?

- Não quer nos machucar. - disse a ruiva instantaneamente. - E se quisesse, ele já teria feito isso. - A ruiva se aproximou do robô, cautelosamente. Não queria correr riscos. - Meu pai... Ele já me mostrou um deles. Eu me lembro. - O robô abaixou a cabeça na direção da ruiva, assentindo e a mesma estendeu a mão em sua direção e o tocou, o vendo fechar os olhos. Melanie sorriu, sentindo algo, uma conexão diferente com aquele robô a sua frente.

Era como... Se ela já tivesse o visto e tocado antes, mas não se lembrava.

" Eu quero falar com o Witwicky."

Transmitiu para a ruiva, que pulou em seu lugar de susto e logo assentiu e olhou para trás, olhando o adolescente. - Ele quer algo de você, Sam. Aquele outro perguntou algo do E-bay, deve ser algo relacionado a isso. - Saiu de perto, indo em direção ao moreno o puxando para perto do robô.

- Ele fala?! - Sam arregalou os olhos, incrédulo.

- Confie em mim. - pegou na mão do moreno e puxou para ficar mais perto do robô, em frente ao rosto do mesmo. Sam sentiu o que Melanie havia sentido, uma conexão com o mesmo e sorriu, encarando a ruiva ao seu lado que retribuiu o sorriso rapidamente. O carro de cor amarela então começou a sincronizar as rádios, procurando um jeito de falar na língua dos dois.

O adolescente deu um passe à frente de Melanie, suspirando e ainda com muito medo. - Você fala por rádio? - perguntou para o antigo Camaro.

- Obrigado, vocês são lindos, são maravilhosos. - Aplaudiu olhando os dois. Isso fez Melanie rir.

- O que foi aquilo ontem à noite? - Sam questionou olhando para Mel, hipnotizado pelo som da risada da garota, que se fosse por ele, poderia ouvir sempre.

- Mensagem da Frota Estelar. De vastidão sem vida no espaço. - Nesse tempo, a jovem Banes se aproximou ainda mais do moreno e ficou ao seu lado, colada nele, enquanto escutavam o que o robô tinha a dizer a ambos. - Anjos cairão como visitantes do céu. Aleluia!

- Visitantes do céu? - Perguntou a ruiva, confusa com tudo aquilo que ele havia dito. O robô estava apenas mostrando trechos de reportagem que passaram ontem à noite. Não fazia sentido. Nada fazia sentido para ambos.

- Você é tipo um alienígena?

O robô assentiu, se transformando num carro novamente, na frente dos dois.

- Ele quer que entremos no carro. - Disse a ruiva, olhando para o carro. - Quer nos mostrar algo.

- Para ir aonde? - perguntou ele.

Melanie se virou para o Witwicky. - Quando se lembrar de sua vida, daqui a 50 anos ou menos, e se lembrar desse momento, não vai querer dizer a seus filhos ou netos deste momento que teve coragem sim de entrar no carro, Sam?

Samuel pensou por alguns segundos, assentindo e se aproximando da garota. Os dois adolescentes então se olharam, engolindo seco e entraram no carro, com as mãos entrelaçadas. Ambos já estavam no meio da confusão, e de certa forma, dentro deles, eles tinham curiosidade para saber o que estava prestes a acontecer após aquilo nem que isso significasse, estar no meio de uma guerra entre dois mundos distantes. O deles e o dos robôs, mas o que eles não sabiam é que aquela aventura, era apenas o começo de uma guerra e o começo de uma série de problemas, lutas, tristezas e alegrias.

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