7. Barraca Armada
O arbusto se mechia, o barulho das folhas nele era alto, tinha algo no meio, o jovem Paulo, então colocar no chão lentamente as coisas que ele trazia, sua curiosidade era enorme, ele se aproxima do arbusto.
Algo pula em Paulo, com o enorme susto ele grita, seu corpo desequilibra e cai.
A poucos metros daquele local, estava Lucas perto da barraca, que ao escuta aquele grito de medo, ele então corre para o local do barulho. Ao chegar lá, ele avista Paulo sentado no chão, limpando a terra de seus braços.
- O que houve? Por que você gritou? - perguntou Lucas, ao ajudar o garoto a se levantar.
- Algo se mexeu no anbusto, então eu fui ver o que era e, um bicho pulou em mim.
- Que bicho era ?
- Era um esquilo, ele pulou no meu ombro, me assustei e caí - Respondeu Paulo rindo e bastante envergonhado.
- Tem uma coisa aqui em você- Falou Lucas ao levantar a mão e pegar uma folha que estava no cabelo do jovem.
Ao retirar a folha, o jovem mostrou para Paulo, o garoto olhou para a ela, mas seu foco era em Lucas, seus olhos brilhavam ao ver que aquela ação era recíproca, os dois estavam fixados nos olhares um do outro.
- Vamos voltar para a Clareira? Perguntou Lucas, ao pegar sua bolsa que estava no chão.
- Claro!!!
Os dois então voltaram para perto da barraca, enquanto Paulo tinha ido buscas as coisas no carro, Lucas montou a barraca, o jovem também aproveitou, para pegar alguns galhos e troncos que estavam no chão da floresta, eles iriam servir, para acederem a fogueira ao cair da noite. Aquele local é sempre muito frio ao escurecer.
Quando os dois retornaram para a clareira, Lucas mostrou a Paulo um barco de madeira, com capacidade para apenas duas pessoas.
- E esse barco? Perguntou o jovem passando a mão a trás da nuca.
- A gente vai pescar e, os peixes costumam ficar no meio do lago.
- Eu vou ter que ir com você?
- Claro, você não quer ir comigo? Indagou Lucas colocando as varas dentro do barco.
- Claro que eu quero- respondeu Paulo bem decidido.
- Okay, vem eu te ajudou a entrar- Falou Lucas estendendo a mão.
Paulo pegou na mão dele e entrou no barco, os dois pegaram os remos, que estavam dentro da embarcação. Eles remara para longe da margem, era uma parte com águas fundas, mas que dava para ver o azul da barraca de longe. Paulo conseguia ver os peixes nadando e passando por baixo deles.
- Você sabe pescar Paulo? Perguntou lucas.
- Não, nunca pesquei.
- Okay, colocar isso no anzou- falou o jovem ao dá algumas minhocas para Paulo- bem na ponta, cuidado para não se machucar.
- Okay!!
- Agora joga na água, segurar bem fime- Falou o jovem em pé no barco, com os braços em volta de Paulo, com as mãos sobre as dele, que estavam segurando a vara de pesca, o jovem sentia a respiração de Lucas no seu pescoço, de modo que ele se arrepiava- se você sentir que algo estar se mexendo ou mordendo, você puxa.
- Entendi.
Os dois então sentaram no banco do barco. O sol estavam bem alto, os raios refletia na água. O dia estava lindo.
......
Enquanto isso na cozinha de Helena, um cheiro bastante agradável estava no ar.
- Eu e a senhora formamos uma ótima dupla juntas - Falou Lili.
- Verdade, a comida estar ótima e deliciosa- falou Helena dando uma leve cheirada, naquela tortelli di zucca.
- Vovó, vamos comer então?
- Claro!!
- Vou comer rapidinho, porque daqui a uma hora, tenho que ir buscar a mamãe no hospital, o plantão dela termina cedo hoje- Falou Lili sentando na cadeira e pondo seu prato sobre a mesa.
- Sua mamãe é uma mulher muito dedicado com o trabalho dela, ela é uma ótima médica - falou Helena.
- A senhora tem muito orgulho dela vovó? Perguntou Lili.
- Claro, tenho orgulho de todos os meus filhos- respondeu a senhora- nossa essa comida tá merecedora de um prêmio.
- Obrigada vovó, hoje a noite vou fazer um jantar com a mamãe, espero a senhora lá.
- Estarei lá!! Espero que o Paulo esteja se divertindo.
- Ele tá com o Lucas, concerteza os dois então se divertindo- Falou Lili levantando as sobrancelhas e sorrindo- Agora tenho que ir no hospital, não quero pegar trânsito.
- Até a noite minha Filha- se despediu Helena, enquanto Lili lhe dava um beijo em sua testar.
....
- Nossa não peguei nenhum peixe- falou Paulo- Diferente de você que já pescou 3.
- Você vai conseguir tenho certeza- disse Lucas tentando motivar o jovem.
Paulo começou a sentir algo, leves puxões no anzou, o jovem sentia sua mão tremer, ele então arrocha sua mão na vara de pesca, mas o garoto não fala para o Lucas que conseguiu fisgar um peixe, pelo motivo de querer inspeciona-lo.
O peixe então começar a puxar ainda mais forte, Paulo não estava conseguindo segurar e nem retirá o peixe para fora da água. O jovem então inclina seu corpo, tenta levantar a vara para cima, mas o peixe parecia ser enorme, era muito peso para ele.
O peixe então para de puxar, Paulo achou que ele tinha conseguido se liberta, o garoto relaxa o corpo e para de segura firme, mas o bicho ainda estava preso no anzou, o animal então tenta se liberta, com o movimento de libertação do peixe, Paulo se desequilibra e cai no lago.
Lucas ao ouvir aquele barulho de algo caindo na água, ele olha rapidamente e ver Paulo, dentro do lago, mas algo estava errado ele não estava nadando.
- O que houve Paulo, por que você pulou?
- Socorro!! Socorro!! Gritou o Jovem.
Lucas então percebeu, Paulo estava se afogando, ele mexia seus braços e pernas mas não saia do lugar, ele mergulhava e emergia repetidamente.
O jovem que estava no barco, pula no lago para salvar o garoto. Lucas nada ate Paulo e o agarra pela cintura e o levar até o barco.
- Você está bem Paulo?? –Perguntou Lucas ao colocar o jovem dentro do barco.
- Agora eu estou!!
- Por que você pulou? Sendo que você não sabe nadar? –Perguntou Lucas.
- Eu me desequilibrei e caí, eu estava tentando puxar o peixe que peguei, mas acho que ele era muito grande- respondeu Paulo se tremendo, os pingos de água, escorriam pelo seu cabelo, as roupas estavam encharcadas.
- Vamos voltar para a margem, para gente vistir outra roupa- falou Lucas ao começar a remar.
Momentos depois, os dois já estava na margem do lago, Lucas pegou os peixes que ele tinha pescado, Paulo saiu do barco, foi até a barraca e abriu o zíper dela, ele entrou e foi até sua bolsa, ao abri‐Lá retirou um short, uma regata e uma cueca, logo em seguida o jovem saiu.
- Onde você vai??- Perguntou Lucas ao ver Paulo saindo da barraca e indo em direção aos arbustos.
- Vou vestir essas roupas e colocar essas que estou vestido nos galhos para secar- respondeu Paulo.
- Vai lá, não se afasta muito.
- Okay!! - falou o jovem ao entra no meio dos arbustos.
Lucas ficou arrumando a fogueira, para que quando a noite chegasse, eles a acendessem, logo em seguida, o jovem entra na barraca e troca de roupa, vesti roupas no mesmo estilo que Paulo, so que as cores eram diferentes.
- Paulo tá demorando! Falou Lucas em seus pensamentos.
O jovem então decidi, ir até onde o outro garoto estava, Lucas vai na mesma direção que Paulo foi, o sol do meio dia estava alto, as folhas das árvores eram alaranjadas, por toda a floresta, os pássaros estavam cantarolando.
Lucas ao chegar próximo de um árvore, ele avista o jovem, o rapaz estava vestindo sua roupa, essa já era a segunda vez que acidentalmente, ele presencia a nudez de Paulo.
O rapaz desvia olhar rapidamente, poucos segundos que ele visualizou aquela cena, seus olhos brilharam, as batidas do seu coração aceleraram, ele então volta para a clareira, o outro jovem estava trocando a roupa de costas e não percebeu que o Lucas estava ali.
Momentos depois Paulo volta para a barraca, Lucas estava sentando em um tronco perto da fogueira, ele então anda até o tronco e se senta do lado do rapaz.
- Me desculpa!!! - falou Paulo.
- Por que me pediu desculpas? Perguntou Lucas ao virar seu rosto, fixando seu olhar no jovem.
- Por eu ter estragado nossa pescaria!!
- Você não estragou, ainda peguei 3 peixes, ao anoitecer irei assar-los na fogueira –falou Lucas.
- Mesmo assim eu quase me afoguei!!
- Você quase, mas não se afogou- Falou Lucas, colocando a mão no ombro do jovem.
- E obrigado, por ter me salvado- agradeceu Paulo, inclinando o corpo para dá uma abraço em Lucas.
- Tá com fome??
- Sim!! - Respondeu Paulo.
- Olha, eu trouxe sanduíches, barrinhas de cereais e atum enlatado, o que você vai querer? - perguntou Lucas, ao mostrar os alimentos que estavam em sua bolsa.
- O Atum, por favor- respondeu Paulo.
- Eu abri a lata em casa e coloquei nesse pote- Falou Lucas entregando a vasilha para o jovem.
- Obrigado! Ah posso pegar um sanduíche também? –Perguntou Paulo ao pegar uma colher.
- Claro!! Coma o que você quiser, sempre que estiver com fome, pode pegar algo para comer na minha bolsa- respondeu Lucas, antes de devorar um suculento sanduíche, o queijo e o presunto eram em abundância, um lanche bem caprichado.
Depois que os dois comeram a refeição, Lucas levou Paulo para andar pela a floresta, era um lindo local, a beleza do ambiente era uma das mais belas que Paulo já tinha visto em sua vida.
Os Jovens passaram o resto do dia, andando pela floresta e conversando, Paulo contou mais da vida dele e da sua paixão por artes, Lucas era um ótimo ouvinte e , ele também falou uma pouco mais de seu trabalho.
Ao anoitecer, a lua se erguia com seu brilho refletindo no lago, a fumaça da fogueira desaparecia no ar, Paulo e Lucas estavam sentados no tronco ao redor do fogo, assando os peixes, cada um dos dois, estavam com suas cobertas, so assim para suportar aquela noite fria e gelada.
......
Em TallCitty Lili estava a esperar de sua avó, faltava apenas ela, Yago já tinha chegado, ele estava na sala conversando com Sr.Tamaio o pai de sua namorada.
Ela e sua mãe enquanto esperavam Helena, as duas arrumavam a mesa, Lili e sua mãe, fizeram pratos deliciosos.
- Mamãe..acho que as mulheres da nossa família são grandes cozinheiras- falou Lili arrumando os talheres na mesa.
- É minha filha- falou Larissa rindo.
A companhia toca, Lili vai abrir a porta, era Helena, as duas se abraçavam e, vão até Larissa, as três começam a fofocar, algo que elas adoravam fazer quando se encontravam.
- Vamos comer- fala Tamaio, com a mão no ombro de Yago.
Todos se sentam ao redor da mesa. Os pratos de porcelana roubavam a cena, os talheres de prata refletiam a luz, além das cadeiras super confortáveis. Aquele jantar ocorreu super tranquilo, depois daquela bela refeição, Lili e Yago sentados no sofá pareciam estar felizes, Tamaio estava na cozinha lavando a louça, Larissa tentava animar sua mãe, as duas estavam em uma banco no Jardim, numa parte externa da casa, Helena parecia desanimada, mas era apenas saudades do neto.
- Mamãe, ele vai voltar amanhã cedo com o Lucas- Falou Larissa.
- Eu sei filha, mas estou sentindo algo aqui- falou Helena colocando uma das mãos sobre seu peito.
- Isso se chama...vovó coruja, ele não tem mais 10 anos, ela já é um rapaz- Falou Larissa pegando nas mãos de sua mãe.
‐ Tem razão.. É que depois que o Sebastian morreu, eu sempre me sentia só, mas o Paulo quando ele está por aqui, ele me faz me sentir bem de novo.
- Eu sei bem como é, o Paulo tem aquela energia que o Papai tinha, até a paixão por arte- Falou Larissa meio nostálgica - o Paulo é uma pessoa maravilhosa.
- Verdade em suas palavras- falou Helena, mas nesse momento Lili aparece de mãos dadas com Yago.
- Vovô vamos? Perguntou Lili.
- Sim!!
- Mamãe vou dormir hoje na casa da vovó- falou Lili -Amanhã bem cedo estarei em casa.
- Está bem, mas acho que quando você chegar, eu já terei ido para o hospital, tenho plantão bem cedo.
- Vou acompanhar vocês- Falou Yago depois de dá beijo em Lili.
Os três então se despedem de Larissa..
....
Paulo e Lucas olhavam para o céu, ele estava estrelado, a lua brilhava intensamente, os galhos das árvores se movimentava, ventava muito.
Enquanto os dois admiravam as estrelas, um cheiro de queimado surge, será que era os maxemelos? Que estavam queimando. Mas não era, Paulo sentiu algo quente.
- Paulo seu cobertor tá pegando fogo- Gritou Lucas.
Rapidamente, Paulo ao escutar o aviso do garoto, ele joga seu cobertor o mais longe possível, Lucas tenta de varias maneira, apagar o fogo do tecido mais não adiantou.
Paulo estava enrolado no coberto, mas ele não percebeu que algumas brazas, foram levadas pelo vento, elas atingiram o tecido e assim se iniciou o fogo.
- Você se queimou? - perguntou o Lucas olhando assustado para o jovem.
- Estou bem, graças a você- respondeu Paulo se tremendo do susto.
- Olha..O seu coberto não presta mais - falou Lucas- Você trouxe só esse??
- Sim!
- Se você quiser... Eu posso dividir o meu com você!!- Falou Lucas.
- Sério mesmo??
- Claro!! Respondeu Lucas.
- Eu aceito- falou Paulo com um olhar simpático.
- Já é tarde, é melhor a gente ir dormir- sugeriu Lucas- amanhã temos que acorda cedo, o transito é mais rápido pela manhã.
- Okay, vou levar as coisas para dentro da barraca- falou Paulo.
Lucas ficou apagando a fogueira, para não ter risco de mais alguma coisa pegar fogo. Logo em seguida ele entra na barraca, então ele percebe que seu cobertor era pequeno para os dois. O jovem então propõe que os dois, dormissem abraçados. Paulo concordou com a ideia, ele então deitou nos colchonetes que estavam no chão da barraca, Lucas então pergunta:
- Posso encostar em você? Perguntou Lucas meio desconfortável.
- Sim- respondeu Paulo envergonhado.
Lucas então deitou do lado do jovem e, o abraçou por trás, de modo que apoio sua cabeça no ombro de Paulo. Os dois estavam dormindo de conchinha, nessa posição os jovens se cobrirão com o cobertor, além do mas por estarem com os corpos juntos, o calor corporal estava ajudando a combater o frio.
- Lucas! Fala Paulo.
- Oi‐ respondeu Lucas.
- Tem..
- Tem o que ??? - perguntou Lucas bem baixinho, por estar perto do ouvido de Paulo
- Tem algo duro aí a trás!! Falou Paulo.
- Me desculpa..
- Desculpas? - perguntou Paulo meio confuso.
- Sim, isso duro é a lanterna- explicou Lucas, ao enfiar a mão entre os dois e retirar o objeto- eu tinha esquecido que quando deitei ela ainda estava no bolso do short.
- Ah- falou Paulo rindo.
Logo em seguida, os jovens adormeceram, o dia tinha sido bastante agitado, os dois dormiam bem juntinhos, parecia que Paulo e Lucas estavam tendo belos sonhos, o sorriso no rosto dos dois, era a prova disso.
.......
Ao amanhecer, nos primeiros raios de sol, os dois já estava acordados, arrumando e levando as coisas para o carro. Depois que eles colocaram as coisas no automóvel, perceberam que faltava as varas de pesca, que ainda permaneciam no barco.
- Me espera dentro do carro, que eu vou voltar e pegar as varas de pesca- falou Lucas.
- Eu vou com você‐ disse Paulo sorrindo ao fechar a porta do carro.
Os dois então vão até a clareira, Lucas ao passar perto da fogueira, ele percebe que ainda tem algumas brazas se acendendo com o soprar do vento. O jovem decide então apagar as faíscas, do fogo.
Paulo ao ver Lucas apagando as brazas, ele mesmo resolve ir pegar as varas no barco, ao chegar próximo, ele direciona, sua mão em baixo do banco, era o local onde estavam as varas de pesca. Ele leva um susto e puxa sua mão rapidamente, ele sentiu uma picada, em seu braço, ele então inclina a cabeça, dando uma olhada rápida em baixo do banco, sua visão começou a ficar embarçada, em uma leve e rápida nitidez, ele então descobre que a picada tinha sido de uma cobra, que estava ali em voltar das varas de pesca. O jovem tentar ir em direção ao Lucas, mas algumas tonturas, logo o fazem cair, o outro jovem corre ao ver Paulo no chão.
- O que houve Paulo- Gritou Lucas nervoso ao tentar acordar o jovem- Fala comigo Paulo.
O jovem estava gritando, Paulo então abri um pouco os olhos, tentar mover os lábios, ele estava suando, seu corpo tremia, antes dele apagar novamente, consegui formar uma frase:
- Uma co...cobra me picou, acho que vou morrer Lucas - fala o jovem antes de apagar.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top