• Capítulo 05 •
𝑼𝒎𝒂 𝒅𝒐𝒓 𝒒𝒖𝒆 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒐́𝒊 𝒂 𝑨𝒍𝒎𝒂.
Os meses trabalhando com o jovem Baker até não tinha sido tão ruim, só em suas mãos vários contratos bons passaram para ela entregar a ele, e todos deram um grande movimento com a empresa, rendendo muitos dólares ao jovem. A empresa havia ganhado um conhecido nome e Kallebe sabia que era por causa de Saory, que além de uma jovem secretaria ela administrava melhor do que o seu lado do administrativo. E isso de certa forma acabou deixando o jovem feliz, e mais a vontade com a mesma. Os dois já tinham trocado até os números, e de vez em quando quem buscava ela era Kallebe. O que ainda mais surpreendia a jovem Saory.
Sua filha havia o apelidado de coelho gigante, só por que o jovem dava lhe chocolate e fazia sua mãe feliz. Saory pela primeira vez estava sentindo a felicidade começar a treinar sobre sua vida. Até quando seu telefone deu sinal de vida. O dia estava sendo um sábado, como Kallebe não trabalhava na empresa nesse dia e muito menos aos domingos. A mesma tirou o dia para brincar com a amada filha que estava sentada no tapete da sala. Eram tantos brinquedos que nem sabiam como começar, e Saory havia dado a ideia de criar a casinha de boneca da mesma. E isso era um incentivo de criatividade a sua menina para que ela cuidasse da sua quando crescesse.
Ao pegar o aparelho que insistia em ficar, viu o número do síndico a brilhar sobre a tela, achou estranho o mesmo estar ligando do número pessoal, nem tanto só ligava quando queria cobrar o aluguel e a mesma já havia pagado aquele mês. Engoliu em seco meia trêmula e atendeu o aparelho levando ao ouvido.
— senhor.
— eu quero meu dinheiro.
— mas eu já paguei o senhor!
— isso aqui é pagamento? Esqueceu que eu aumentei o valor?
— senhor, eu não posso pagar a mais. Meu salário não é de um dono da empresa.
— mas para comprar roupas cara a senhorita tem dinheiro? Se não me der agora eu vou arrombar a casa da senhora e a conversa vai ser do pior jeito.
— senhor, eu juro que não tenho mais dinheiro.
A ligação encerrou naquele momento, Saory tremia tanto de medo que as lágrimas escorriam sobre seu rosto, a mulher se virou a filha.
— Sara, pega o telefone da mamãe, e sobe para o quarto reserva que a mamãe disse que era o seu esconderijo. Feche a porta do quarto na chave e entra para dentro do roupeiro. Vai. Leva o celular da mamãe e liga para alguém pedindo ajuda está bem.
— por que mamãe?! O que está acontecendo?
— filha vai logo, mamãe está em perigo. Vai amor! Vai!
A menor chorando assustada pegou o aparelho nas mãos pequenas e correu em direção ao quarto sombrio que tinha na casa, não havia janelas no quarto então era escuro e assustador, entrou no mesmo e iluminando com a tela do telefone trancou por dentro com a chave. Seus olhos derramando lágrimas de medo, tanto pela mãe quanto por estar com medo de ser machucada entrou no roupeiro e fechou o mesmo ficando de pé ali com o telefone desligado. Apenas ouvindo o que estava a ecoar da sala.
Saory assim que fez a filha correr, se ergueu do chão e correu para a cozinha a procura de algo que ela podesse se defender, pegou então uma faca e engolindo em seco ficou a espera de algo. E como ela imaginou e ele havia dito que faria, a porta da casa foi arrombada com brutalidade. Saory ergueu a faca em prantos, o síndico acompanhado de mais dois guardas sorriu maliciosamente ao ver a mesma ali chorando.
— eu avisei senhorita Catter. Eu disse que as coisas não seriam boas.
— por favor, me deixa em paz.
— mas senhorita que não quis a paz. Eu só pedi meu dinheiro. O que custava ter me entregado senhorita Catter? Agora a mesma vai me pagar do jeito que eu quero.
Jogou a cabeça para o lado indicando para os homens que lhe acompanhavam ir até ela, um deu um tapa em sua mão fazendo a faca cair sobre o chão. Saory gritava tentando se soltar, mas a mão de um deles fora diretamente em sua boca.
— vamos para seu quarto. Quero ver tudo que você tem de valor gatinha.
As lágrimas não cessavam de seus olhos, arrastada até seu quarto foi jogada na cama com brutalidade. Saory se encolheu sobre a cama chorando, tendo medo de que ele fosse fazer a coisa mais temível em sua vida. O síndico caminhou até o roupeiro e foi pegando as roupas que ela havia ganhado do Kallebe para trabalhar na empresa e foi colocando em uma sacola. A mesma nem questionava estava zerada dos dois homens e chorava de medo.
— isso aqui ainda não está bom. O que acha de dar uma coisa mais gostosa em senhorita. A Leide é tão bonita.
E foi aí que o pânico tomou seu olhar, os homens que estavam ao seu lado deitaram seu corpo na cama segurando a mesma pelos braços imobilizando de se mecher, ela gritava, porém eles não paravam. O síndico rasgou suas vestes que eram apenas uma bermuda de dormir já que estava em casa e não iria sair. Vendo sua lingerie de cor nude acabou achando uma graça.
— a senhorita gosta de cores que não destacam na senhorita não é. Já que seus fios ruivos e seus olhos verdes são muito lindos por si só.
Saory já nem tinha mais o rosto bonito naquele momento de pavor, tentava de todas as formas de impedir que ele tirasse a calcinha e tocasse em si, resultando em uma irá no mesmo e um tapa estralado surgir em seu rosto pálido. Ele vendo que isso não ia impedir começou a distribuir socos em seu estômago, em seu rosto torceu o pé da mesma quando- a tentou se defender causando uma dor horrível. Agora que ela já estava fraca, cuspindo sangue pela boca por ter mordido os lábios devido a dor horrível que vinha de suas costelas ele levou a mão e arrancou de si suas vestes íntima. Ela nem estava mais consciente, sua visão estava embaralhada e sua audição nem tinha mais foco, ela só sentia e chorava. Ele retirou seu membro duro de suas vestes e penetrou a mesma. Porém não teve como repetir seus movimentos de esticamento já que a polícia invadiu o local mandando eles se deitarem no chão.
Saory ouvia vozes, seu estado naquela cama era vergonhoso e assustador, porém para Kallebe que chegou logo atrás fora o mais terrível de se ver, se aproximou dela a pegando em seus braços.
— Saory! Calma, eu cheguei..eu cheguei está bem. Tudo vai ficar bem.
A mesma ao ver seu rosto soltou um sorriso de leve e por fim de rendeu a escuridão, Kallebe olhou com tanto ódio, com tanto ódio que não queria saber de mais nada naquele momento, a não ser fazer vingança a favor da jovem que estava apaixonado. Os paramédicos da ambulância chegaram e a colocaram sobre a maca, amarrando seu corpo e já levando a mesma para o veículo onde fariam os primeiros socorros. Kallebe porém não poderia sair dali sem achar a pequena filha da mulher, que fora a salvadora de sua mãe.
— Sara! Sara sou eu. O tio coelhão. Vem cá meu amor. Está seguro agora.
Ele nem sabia como a menina havia conseguido achar seu número na agenda telefônica de sua mãe. A menor destrancou a última porta da casa em prantos correu para seus braços. Kallebe sentou aquele corpo tremer, a angústia subiu para seu peito e assim acabou deixando uma lágrima cair.
— não chora meu pequeno raio de luz. A mamãe vai ficar bem. Eu vou cuidar de vocês agora.
— mamãe, eu quero a mamãe, papai!
— assim que os médicos liberarem a gente nós vamos lá ver a mamãe está bem meu amor. Vamos para a minha casa agora.
Depositou um beijo carinhoso nas bochechas molhadas das lágrimas em Sara e abraçando a mesma que chorava sobre seu ombro caminhou para fora dali. Aquele lugar seria distruido e Kallebe não ia perdoar ninguém, ele quis fazer a vida de Saory um inferno, agora sofreria até a morte com sua vingança. Kallebe poderia ser um homem quieto e frio. Mas seu lado justo gritava mais alto, e como era amigo de vários contatos grandes aquele síndico ia comer na sua mão. Ele teria o que merecia sem nenhuma dó ou remorcio de sua parte. Entrou no carro pondo a menor no banco de trás com cinto de segurança e deu a ela um ursinho que ele tinha dentro do carro, que até tinha comprado algumas horas antes com o intuito de conquistar a menina para poder ter a mãe ao seu lado. Mas a ligação de sara pedindo desesperadamente de ajuda, e lhe chamando de pai naquela ligação só restou fazer o que era seu dever. Proteger a mulher que seu coração havia escolhido para ser sua amada alma gêmea.
Agora que estava com a menina, entrou no carro e dirigiu para sua casa, na ok era muito longe do bairro que Saory morava, até tinha achado interessante que moravam perto um do outro sem saber, parou o veículo em frente a garagem sem abrir ela e desceu do carro abrindo a porta e pegando o pinguinho de gente em seu colo. A menor estava tão quietinha que era até assustador. Nem tanto achará aquela doce menina muito fofa por suas mil e umas perguntas curiosas que tinha o que deixava a mãe completamnete sem ruim e perdida na vergonha. Abriu a porta de casa vendo dona Maria ali, que lhe olhou assustada.
— jovem mestre? O que está fazendo em casa tão cedo. Achei que iria a casa da senhorita Catter. Quem é essa menina?
— dona Maria, poderia fazer um favor a mim?
— mas é claro meu filho.
— de um banho relaxante na menor, e mande um dos empregados comprar roupas novas para ela. E alguns brinquedos que a distraia. Ela é a Sara Catter. Filha de Saory.
— oh, está bem. Aconteceu algo para estar tão nervoso e esses olhos de quem chorou?
— aconteceu dona Maria. Estou indo ao hospital agora, e assim que eu chegar lá eu lhe ligo para saber como está indo a menina.
— está bem meu jovem. Se cuide.
Viu o mesmo sair da casa em passos rápidos até o veículo e entrando nele seguiu o caminho para o hospital, já que eles haviam ligado para si também. Era um hospital particular que Kallebe havia pago para fazer todos o processo com a jovem Saory ele sabia bem que agora a coisa séria mais trabalhosa. Chegando no hospital estacionou o carro e chegou no guichê dizendo ser o namorado da jovem Catter que estava internada ali. Eles deram o chacha de acompanhante da mesma e seguiu para o andar que lhe fora dito.
— senhor Baker.
— como ela está doutor Lorenzo?
— ela está bem. Não vou dizer bem, no sentido bom, por que ela não está. Porém seus ferimentos e até mesmo sua região íntima não sofreram graves danos. Somente uma lesão no pé e uma costela quebrada. Se ela ficar dias em repouso e sendo muito bem cuidada ela vai ficar novinha em folha. Agora sobre o psicológico, a conversa já é outro nível.
— acha que ela vai ter trauma do sexo masculino?
— não, nem tanto acho que ela já enfrentava esse tipo de coisa a tempos. Nem tanto ela tinha cicatrizes por todo o corpo de violência e também de abuso. Ela não me contou nada e é isso que eu temo.
— ela guarde para ela e não conte o que aconteceu. Assim se tornando uma mulher depressiva.
— isso mesmo. Senhor Kallebe, sei que já passou por maus pocados. Mas, devia dar confiança a ela e mostrar que o senhor é diferente. Assim ela se abrirá com o senhor. Também aconselho uma psicóloga para lidar com esse caso.
— obrigada senhor. Eu farei tudo sim, nem se preocupe. Essa mulher não vai mais sofrer. Eu cuidarei dela e de sua filha, mostrarei a ela que agora o destino dela mudou por completo. E afastarei todo mal que quiser assolar ela.
Suas falas soaram determinada, Kallebe entrou no quarto vendo ela deitada sobre a cama, seus olhos verdes brilhantes se abriram e miraram o mesmo, o que a fez piscar mais d duas vezes tentando acreditar que ele estava mesmo ali.
— bom dia senhorita Catter.
— senhor Baker.
— Senhor Baker nem na china meu amor. Aqui é Kallebe e apartir de hoje pode ser Kallebe. Coelho. Poste. Sei lá. Qualquer coisa menos meu sobrenome e senhor.
— desculpa. Onde eu estou? Eles falaram algo?
Tentou mudar de assunto, nem tanto não queria demonstrar que estava com tamanha vergonha sobre o novo jeito que o mesmo queria que ela o chamasse.
— você está no hospital. Eu trouxe você para cá para cuidar de seus ferimentos. Além do ocorrido, nada de mais. Mas gostaria de uma explicação para toda aquela cena que eu vi.
Ela olhou para si, aquele semblante sério e frio trouxe um arrepio sobre seu corpo, Saory desviou o olhar para baixo, e segundos que parecia a eternidade tentou procurar palavras para dizer sem que chorasse sobre o pânico que sua alma sentia.
— não é obrigada a me dizer senhorita Catter, porém, se não me dizer não tem como eu agir.
— tudo bem. É algo que eu não queria realmente lembrar, mas eu preciso conviver com isso para seguir com a minha filha.
— não pense assim. Ninguém consegue superar algo do tipo como se nada tivesse realmente acontecido. Mas eu estou aqui. Pode confiar em mim Saory.
Os olhos esmeralda seguiram ao seus olhos azul, vendo ali uma chama de esperança e confiança, algo que nunca havia visto em olhar nenhum. Então soltou o ar que estava prendendo aqueles segundos e olhou a suas mãos.
— ele estava cobrando valores absurdo daquele apartamento.
— daquele lugar que você morava?
— senhor, não precisa dizer nesse tom. Era humilde mas era o que meu dinheiro pagava.
— nada contra Saory, só acho que ele não vale tudo isso.
— disso eu tenho que concordar. Não valia mesmo. Mas ele achava que poderia explorar. E como eu neguei ele invadiu minha casa e tentou me abusar. O meu medo maior era pegar a minha linda filha.
— agora entendi. Eu precisava saber. Preciso fazer com que esse homem pague com a alma o que lhe causou. E sobre a linda menina. A Sara está em minha casa, senhora Maria está cuidando daquele pontinho de luz.
— muito obrigado. De verdade senhor... Quer dizer Kallebe.
Ele franziu o senho mas acabou por rir quando ela concertou sua falta de imediato.
— eu não estou fazendo nada de mais. Apenas sendo eu mesmo. E também, não quero mais viver naquele lugar. Então como a minha casa é enorme e você vai precisar de cuidados depois que sair do hospital você vai morar em minha casa.
— o que?
A mesma estava surpresa com aquela fala, na realidade estava querendo ela saber por que motivo Kallebe estava a proteger a jovem assim. Mesmo que fosse por ser seu patrão ou quem sabe pelo vínculo de amizade que estava tendo com ele, não estava ainda a entender o motivo de ele querer sua presença a vida inteira em sua casa.
— perdão, mas eu não posso aceitar isso. Eu concordo até eu melhorar e conseguir voltar a trabalhar. Aí eu arrumarei um novo lar para mim.
— você deixa de ser teimosa. Eu já disse. Você e a Sara vão morar lá em casa. Que graça tem aquela casa enorme para mim viver somente com a minha governanta?
— mas eu me sinto um fardo em sua vida meu senhor. Não quero ser um estorvo e nem motivo de mas línguas a você.
— não me importo com as línguas. Elas vão falar e nisso não tem nem como questionar. Porém a vida de duas pessoas vale muito mais que um comentário ao qual eu consigo me livrar. Então deu de questionamento senhorita. Minha casa é sua casa.
— se você está dizendo. Eu fico extremamente grata por me proporcionar uma aconchego nesse período senhor Kallebe.
O jovem moreno sorriu para si, se erguendo da cadeira que estava ao lado da cama esticou seu corpo.
— bem, estou de saída. Vou resolver esses problemas ali qual eu já estou metido e volto amanhã para saber como estás.
Saory concordou e assim que ele se retirou do quarto fechando a porta a mesma soltou um resmungo baixinho.
— meu Deus . Como eu vim parar nessa situação, e ainda justamente com ele.
Mordeu os lábios inferior de leve, já estavam machucados não precisava doer mais. Porém sua mente estava uma bagunça devido os sentimentos ao qual estava sentindo pelo homem que ela tinha se tornado secretária.
— ah, meu senhor. Que não aconteça nada de errado. Ele é um homem tão bom.
Murmurou e assim se deitou na cama a espera dos medicamentos e de uma conversa que teria sobre sua saúde com o médico. Kallebe por outro lado deu um soco no volante de seu carro, pondo a sua raiva para fora ligou o mesmo.
— vamos fazer esse ser pagar por cada vírgula e ação que cometeram com a única coisa que eu admiro nesse mundo.
Assim que deu partida seguiu a estrada da cidade a delegacia de polícia, chegando no ambiente arrebentou a porta ao abrir, todos da sala pararam de fazer o que estavam fazendo e olharam para Kallebe que entrava com o sangue fervendo.
— quero o Jacob aqui e agora.
Ditou autoritário, e ninguém naquela delegacia ousava o calar, o jovem dos cabelos pretos longos amarrado em um rabinho pequeno saiu de sua sala com seu olhar carrancudo de sempre.
— posso saber o que está acontecendo aqui Kallebe?
— eu quero justiça! O que ele fez com a Saory não tem perdão. Vocês não me venham com essa lei porca por que eu mesmo fazerei justiça com as próprias mãos.
— posso saber por que toda essa ira?
— ele abusou, abusou dela Jacob, além de ele extorquir ela. Ou tu me aja ou eu mesmo meto as minhas mãos.
— pode ficar tranquilo. Eu vou dar a melhor hospitalidade para aquele verme nessa cadeia jamais vista por qualquer preso.
Kallebe concordou sério, e ainda bufando em raiva seguiu a sair da delegacia para ir de volta a sua casa.
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