•Capítulo 04•
𝑺𝒆𝒄𝒓𝒆𝒕𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒙𝒆𝒎𝒑𝒍𝒂𝒓.
Não era muito longe, e o tempo dentro do carro não durou muito, os dois saíram do veículo e seguiram para dentro da loja, Kallebe seguiu até as prateleiras femininas e chamou a atenção de uma das funcionárias do recinto. A mesma sorridente por ver o jovem CEO ali se aproximou de si.
- no que posso ajudar senhor Kallebe? Veio a procura de um terno novo?
- não, eu vim comprar roupas novas para a jovem Catter.
Saory corou na hora e olhou assustada para si, queria negar naquele momento, dizer que não era necessário.
- está bem. Vamos senhorita, do seu tamanho existe vários looks lindos.
Puxou a mesma que sem jeito seguiu a vendedora, Kallebe se sentou na cadeira em frente ao provador para a esperar a jovem secretaria se vestir. Seus olhos assim que viram a mesma sair do provador com o belo look sofisticado em tons pretos, abaixo uma bela camisa branca e um belo salto havia deixado a radiante. Sua saliva sumiu de sua boca deixando- a seca. Kallebe já vira mulheres bonitas, mas ela, a jovem Saory, corada e sem jeito, jogando os fios vermelhos atrás da orelha estava acabando com seu peito. Nem Kallebe saberia que sentiria tão perdido na beleza de uma mulher novamente como estava caído por ela.
- senhor Baker, olhando assim para mim me deixa constrangida.
Sua voz saiu completamnete sem jeito, a vergonha cobria seu belo rosto, que mesmo com uma maquiagem leve mostrava estar vermelha. E Kallebe nem havia percebido que estava a olhar ela com desejo, nem se tocou que poderia naquele momento estar duro. Engoliu no seco e pirragueou se distraindo do ocorrido.
- perdão, está muito bela senhorita Catter, uma bela mulher.
Respondeu se distraindo ao olhar para o lado contrário.
- obrigada meu senhor.
- foi só essa roupa que experimentou?
- por enquanto sim.
- então experimente outras e escolha as que ficarem melhor, espero a Leide no lado de fora.
Se ergueu da poltrona e seguiu a caminhar na loja olhando algumas mercadorias femininas, como bolsas e assessórios, vendo qual combinava com a bela ruiva. A mesma concordou e voltou ao provador, perguntando a moça que lhe atendia se poderia ficar com as vestes que provou anterior, recebendo uma resposta positiva se admirou em frente ao espelho.
- até que eu fiquei elegante.
Riu soprado de si mesma e seguiu a caminhar até o caixa onde havia várias sacolas e ele passando o cartão na maquininha. Ela iria protestar, nem tanto ela nem sabia qual o valor que tinha dado, ele pegou as sacolas em mãos e ela pegou a notinha vendo o valor final.
- meu senhor! Eu não posso aceitar isso. Eu não poderei pagar o senhor.
- e quem está pedindo para que me pague. Receba como um bônus, e agora vamos. Temos que estar na reunião em menos de vinte minutos.
A mesma engoliu a saliva e concordou seguindo ele de cabeça baixa, olhando para o chão já que seu rosto estava queimando de vergonha. O motorista que olhava a cena pondo as coisas dentro do carro estava completamente com raiva, quem sabe pelo fato que a mesma já estava sendo íntima do patrão. Ou quem sabe ciúmes. Ainda não era tão definido sua raiva sobre a jovem Saory, mas de certa forma estava lhe incomodando sua presença. Os dois entraram dentro do carro e o motorista tivera que seguir seu caminho sem se quer dar um pitaco contra a mulher, sequinho o rumo acelerando o máximo que a lei permitia conseguiu chegar em tempo da reunião.
Saory engoliu em seco se ajeitando atrás de Kallebe que caminhava em direção ao elevador assim que deram seus nomes na entrada. A mesma tambem descobriu que o senhor senhor chamava a atenção por onde passava, alguns era motivo de fofoca ruins, já para outros era como se fosse a oitava maravilha do mundo. A mesma negou, soltou um sorriso ao balançar da cabeça, ela não ia negar que ele era realmente lindo, mas também não ia dizer que estava se atirando ao seu patrão. Nem tanto era seu primeiro dia com ele, não era assim para gostar de alguém.
Quando a porta se abriu na sala de recepção do andar seguiram até uma linda sala de reunião, com paredes pintadas em creme e uma bela mesa de madeira oval escura com cadeiras de estofado e onde os dois líderes das empresas sentavam em couro. Era um belo ambiente de negócios, não dava para negar aquilo. Kallebe sentou em sua cadeira e a mesma ficou parada ao seu lado, ganhando a atenção de todos na sala, ela engoliu em seco, seus olhos eram de cães que pareciam querer correr atrás de si.
- seja bem vindo senhor Baker, trouxe uma nova secretária? Ela sabe ser bem bonita. Tens um bom gosto.
- obrigado senhor Afonso, eu realmente sei escolher minhas secretárias. Senhorita Catter ele é o senhor Afonso.
- prazer senhor.
Dobrou a coluna levemente mostrando educação, e o homem sorriu com aquilo, causando em Kallebe um certo desconforto, e claro um motivo estranho, nem tanto não estava entendendo aquele sentimento que estava a brotar em si. Então para não causar nenhuma guerra desnecessária em sua mente voltou a se ficar na reunião que estava começando, ouvia a proposta do empresário, suas ideias não tinham muito fundamento para sua empresa. E Saory estava percebendo isso, nem tanto ela já havia visto sobre a empresa, já que Vicenth havia pesquisado tudo para si. Ela anotava o que poderia ajustar se caso Kallebe aceitasse a proposta, e o que poderia negar dando lhe motivos para não aceitar aquele investimento.
- então senhor Baker, o que achou do investimento? Minha empresa é uma ótima concorrente nesse mercado.
- senhorita Catter, o que tens de pontos sobre essa ideia?
- existe pontos negativos e positivos meu senhor.
- me diga os negativos primeiro.
- a empresa dele não é nenhum pouco conhecida no mercado. Além do mais, já houve muitos casos de fraude com a empresa, além de também, foi obrigada a fechar várias fábricas por conta do relaxume que tem. Acho que investir com eles é sujar seu nome.
Terminou de dizer vendo o olhar de ódio do homem a sua frente, era tão notório que ele queria natal por ter dito aquilo, porém Saory não estava preocupada com um olhar de ódio pra cima de si, e sim pelo fato que poderia colocar a empresa do seu patrão em risco.
- e os pontos bons.
- a única coisa séria que teria um rendimento a mais, porém já tinha que estar ciente dos riscos que ocorreria durante esse processo.
- isso é mentira. Como pode você estar a acusar minha empresa dessas asneiras! Sua bastarda!
- senhor, se não souber xingar, não tente. Só não diga nada de minha família que o senhor não conhece a minha geração.
- insolente! Kallebe cale a boca dessa vagabunda ou eu mesmo calo.
- mais respeito com a minha secretária senhor Afonso. Ela não é as suas vagabundas que andas todas noites. Segundo, ela não está a falar besteira. Se fosse não estaria tão exaltado como está agora.
- o que? Como?
- mais uma coisa, se ela ditou eu vou acreditar. Então não vamos fechar esse contrato. Trate de levar outra marca para arruinar senhor.
O jovem Kallebe se pôs de pé após dizer todas aquelas palavras sem nenhuma expressão sobre seu rosto, Saory olhava seria mas percebia o quão frio ele era sobre aqueles assuntos. O homem bateu com as duas mãos sobre a mesa causando um grande estouro fazendo todos lhe olhar.
- como você ousa senhor Baker?! Acha mesmo que vai sair assim! Eu avisei que se não fizesse negócio com a minha empresa eu destruiria a sua!
- está mesmo me ameaçando senhor Afonso?
- eu... não...
- eu espero que não. Por que assim como estraguei a vida de muitos a sua será também.
Se virou para sair da sala, Saory se curvou vendo aquela cena toda e seguiu a sair com o jovem Baker. Vendo tudo aquilo apenas restou a gritar, era notório que Afonso não ia de jeito nenhum aceitar aquilo, mas estava agora de mãos atadas. Porque aquele jovem era mais do que perverso. Fazeria sim de tudo para o ver no chão se fizesse algum mal a si. Mas havia um homem nessa reunião que assim que viu os dois jovens saírem correu de atrás, os passos mais rápidos que podia assim o vendo na recepção.
- senhor Baker! Senhor Baker!
Gritava fazendo os dois se virarem e o olharem para trás vendo aquele jovem dos cabelos morenos correr em direção a eles.
- perdão! Eu sou o Gabriel Garcia. Sou o secretário que está representando o senhor Gomes. Um dos nomes grandes da empresa revendedora de produtos. O senhor está querendo expandir seu nome?
- seria mais ou menos isso. Por que?
- senhor, eu adoraria fazer uma marcação de reunião com o senhor Gomes. O que acha?
Saory encarou o jovem Kallebe, o mesmo lhe olhou naqueles olhos verdes e depois voltou a encarar o jovem a sua frente.
- está bem. Quero ver quais são as propostas de seu chefe.
- muito obrigado senhor Baker. Não irá se arrepender.
O jovem Baker concordou se virando para seguir seu caminho até o estacionamento e voltar ao carro, suspirando cansado e levando as mãos as têmporas para massagear. Saory seguiu o mesmo em silêncio, agora ela sabia que a vida do mesmo não era nenhum pouco fácil. Além de que a dor de cabeça era maior ainda por ela estar ao seu lado. O que de fato não entendi ainda do por que se implicarem tanto com ela, a mesma entrou no carro recebendo o olhar do motorista que parecia querer arrancar sua alma do corpo, outro motivo que ela ainda não estava entendendo. Assim que os dois entraram no veículo deram a partida para seguirem até a empresa, Kallebe olhava a estrada no lado direito do carro, observando que o dia estava começando a ficar fraco, e a noite começando a dar seus sinais de vida. Olhou de relance para o lado vendo a mesma anotar algumas coisas no tablet. Naquele momento estava a admirar a jovem dama, suas pernas descobertas pela saia, seu corpo cinturado vestido naquela elegante roupa preta. E claro aquela fios vermelhos caídos ao lado do rosto balançando com o vento que vinha da janela levemente aberta do motorista. Porém fora obrigado a desviar seu olhar assim que aquelas esmeraldas brilhantes viraram para si.
- está tudo bem senhor Kallebe?
- hum? Ah, está sim. Só estou alongando meu pescoço.
Saory acabou negando da desculpa mais ridícula que havia ouvido, ela sabia que o mesmo estava a lhe observar e negar daquela forma fora a mais engraçada que vira. Suspirou assim que chegaram em frente a empresa TopGear.
- bom, João, pode levar a senhorita Catter até a casa dela por favor. Eu vou com meu carro.
- sim meu senhor.
- te vejo amanhã Catter.
Piscou a ela e sem deixar a mesma dizer qualquer palavra fechou a porta e o carro deu a partida vendo ele entrar na empresa, olhou em seu relógio de pulso e viu que estava já na hora de voltar, pegou seu telefone e verificou se havia alguma ligação de sua filha, mas estava tudo tranquilo. Porém, era só até aquele momento.
- vejo que a senhorita está conquistando o coração do nosso patrão.
- eu? Nunca! Ele não olharia para mim.
- eu eu acho bom ele nem olhar mesmo. A senhorita não é do perfil dele. Ainda mais de onde estás vindo. Então espero que não se aproxime dele com olhar de sedução, por que eu faço a senhorita cair do pedestal.
- mas que audácia senhor João. Me respeite. Não sou mulheres de baixo nível que me ofenda assim. Agora pode me deixar na creche de minha filha. Já basta para mim estar ouvindo isso.
Assim que terminou o carro parou em frente a creche, o homem não ditou nada e nem contrariou, estava querendo ele ter a total certeza que ela estava apenas para seduzir, nem tanto não era comum que o jovem Kallebe desde roupas de alto valor como tinha dado a ela sem ao menos algum tipo de sentimento, e pra ele não queria saber que só fazia poucas horas que tinham conhecido pouco um do outro. O mesmo quando a viu descer com as comprar e tudo mais pisou no acelerador e partiu dali. Saory rosnou e resmungando em indignação caminhou até a entrada da creche.
- boa noite senhorita. Aqui está sua princesa.
Sara saiu correndo e abraçando a mesma que se abaixou para devolver o abraço.
- minha linda! Que saudade.
- mamãe! Eu senti muita saudade.
A mesma deu um leve beijo nas bochechas gordinhas da filha e se ergueu do chão olhando o jovem Ruan.
- muito obrigada! Até amanhã senhor Ruan.
- até mileide.
Ambos se despediram ali e as duas seguiram para a parada de ônibus, Saory acabava rindo de toda a história que sua filha contava sobre o que passará na creche e falando de seus novos amiguinhos. Era bom ver aquele pequeno ser tão delicado sorrir de orelha a orelha falando de seu grande dia. Quando embarcaram no ônibus, a menor notou as mãos da mãe cheias de sacolas lindas e com objetos dentro.
- mamãe, fez compras?
- não meu amor. A mamãe ganhou essas vestes do patrão , é para mim usar no emprego.
- ah, seu patrão é bondoso mamãe! Eu gostei dele. Apesar que ele tem cara de malvado.
- senhor Sara!
As duas acabaram rindo baixo sentadas no banco do veículo que fazia toda a volta para ir diretamente a casa de ambos, assim que chegaram desceram do veículo e caminharam devagar para dentro do prédio vendo o síndico ali novamente cuidando da vida dos moradores.
- olha, vejo que a senhorita está com dinheiro para estar com essas sacolas de compras, ainda mais de uma loja tão cara.
- senhor, escute. Minha vida privada não lhe convém. Me respeite. Agora se me der a licença eu tenho o que fazer.
Segui a subir as escadas do prédio com sua filha correndo na frente, ela negava suspirando, para Saory parecia que a cada dia estava ficando cada vez mais ruim de morar ali. Então precisava achar um lugar para morar mais perto da creche de sua filha e longe daquele homem louco. Entrando em sua casa pode respirar melhor, largou tudo que ganhou no roupeiro e fora dar banho em sua filha, ajeitando algumas coisas em sua mente tão confusa, quando percebeu no telefone uma mensagem desconhecida, ao ver o número remetente achou mais estranho. Porém a mensagem era a mesma que toda vida recebia de Ricardo.
Saory eu só vou te avisar uma vez. Ou você retorna para mim e me traga a minha filha de volta, ou eu ainda vou te encontrar e te meter o murro. Eu já estou com muito ódio de sempre estar se escondendo de mim. É meu último aviso.
Saory suapirou, novamente bloqueou o número como se não fosse nada. Já estava ficando cansada dessas mensagens ameaçadoras dele para si, então apenas jogou o telefone de lado e respirando fundo novamente voltou a atender sua filha vestindo ela e indo para a cozinha fazer o jantar das duas. Por que no dia seguinte precisava ir trabalhar no mesmo horário, seguindo agora a mais nova rotina.
Kallebe chegando dentro da casa comprimentos a empregada que ajeitava seu jantar na mesa grande da sala de jantar, o jovem suspirando de cansaço entrou em seu quarto e retirou as vestes já indo para a banheira tomar aquele banho relaxante. Quando estava dentro da água relaxante olhou para o teto de seu banheiro que possuía um detalhe do lustre lindo além das folhagens que cobriam a volta, ficou a pensar em Saory, novamente a jovem ruiva ocupava suas memórias. Novamente ela estava lhe causando sensações estranhas. Essas ao qual havia deixado de ter por três meses. Quando lembrou do que passou a tempos atrás a raiva lhe consumiu e pra não descontar em nada. Nem tanto não ia destruir tudo que agora era seu de direito. Então resolveu apenas se ficar em seu banho e esquecer tudo que tinha em sua volta.
Quando levantou da água e secou o corpo, caminhou até seu closet ainda nu e pegou suas vestes de dormir, vestiu ambas e desceu as escadas para a sala de jantar, que a escada ligava a porta, entrou no ambiente e se sentou na cadeira vendo um prato redondo posto a sua frente.
- o que é de janta?
- é uma sopa, com bastante legumes. Do jeito que gosta senhor Kallebe.
- obrigada.
Agradeceu assim que a mesma serviu a si e começou a comer devagar, sentindo o sabor da sopa e apertando um pequeno limão para dar uma ajuda na pimenta que tinha na sopa. Quando terminou seu jantar seguiu a cama para deitar e poder dormir, tentou se focar no sono mas a cada vez que fechava os olhos Saory vinha a sua mente e lhe causava desconfortos ao pensar em seu corpo e coisas a mais.
- eu preciso parar com isso agora. Não pode passar desse nível.
Se repreendeu e assim se virou para o lado contrário e pode em fim se entregar ao sono. Saory deitou sua filha, assim que leu a história e seguiu ao seu quarto para enfim poder dormir tranquila, se deitou na cama, e olhando seu teto ficou por alguns segundos a lembrar de Kallebe, sorriu meia sem jeito e soprado ao lembrar das roupas e da sua vergonha com ele, além da defesa que ganhará de si.
- até que você é legal Kallebe.
Ditou baixinho e se virou na cama fechando seus olhos e se entregando ao sono, esperando para que dia seguinte ambos acordarem para suas rotinas.
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