•Capítulo 03•
𝑼𝒎 𝑨𝒈𝒊𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 𝒅𝒊𝒂.
Dentro do ônibus com sua pequena filha sobre o colo olhava para a janela onde a água da chuva caia, mas sua mente nem se quer estava a prestar atenção no que acontecia ao seu redor, estava completamente parada no tempo, imaginando a beleza daquele homem. Seus olhos, sua boca, aquela voz completamente rouca e forte. Mostrava ser um homem mais velho, porém era apenas um jovem, que concertesa tinha já sua base de trinta e poucos anos. Mas para Saory era como se estivesse em frente ao Deus grego, um homem simplesmente perfeito e sério, sua comparação veio logo em seguida. Imaginar que Kallebe Baker derrubava Ricardo Costa do pedestal. Isso fez escapar de seus lábios um suspiro acompanhando de um involuntário sorriso.
Mas teve que sair desse mundo de imaginação quando percebeu que já estava perto do apartamento que estava a morar, se levantou, novamente perdida fazendo sua filha dar gargalhadas, Sara achava sua mãe muito divertida quando estava com a cabeça nas nuvens, assim como ela sempre lhe dissera. A mulher já com tudo em mãos desceu do ônibus a passos correndo para dentro do prédio.
— senhora Catter, boa noite.
Comprimento o síndico, esse ao qual ela não queria ter se encontrado nem que ele estivesse com ouro sobre o corpo. Deu um meio sorriso, nem tanto entendia bem quando havia malícia em seu tom de voz.
— boa noite senhor, o que quer? Já falei que o dinheiro é ao fim do mês que lhe entregarei.
Tentou saltar fora do bote antes que fosse apunhalada pelas costas.
— hum, eu sei. Sei. Bem. Mas, eu queria só lhe informar. Que o valor aumentou e que, se não fizer como está agora eu vou tirar tudo de você. E isso inclui tudo.
Aquela ameaça deixou sua pele gelada, um medo percorrer por seu corpo causando até um mal estar, sem dizer nada entrou nas escadas do prédio a passos largos e rápidos, fugindo o mais rápido possível da frente do mesmo. Quando chegou em sua porta, mal conseguia encaixar a chave sobre a fechadura da porta, sua mão tremia com toda aquela informação que receberá em sua mente.
— mamãe, calma.
A voz de Sara ecoou, ela olhou a filha em seu colo, e mesma olhava assustada, era até uma dó ver aquele pequenos olhos olhando como se estivessem com medo, mesmo que nem entendia tudo que acontecia ali.
— desculpa meu bem. A mamãe só ficou preocupada com algo.
Não era nenhum pouco fácil mentir a sua amada filha, mas ela era muito nova para saber de tantas coisas que lhe cercavam. Suspirou e agora mais tranquila encaixou a chave sobre a fechadura e assim abriu a porta entrando no pequeno espaço, mas que chamava de lar. Largou sua pequena sobre o chão, vendo a mesma sair a correr para a sala e sentar sobre o tapete de pelo espalhando seus brinquedos e começando a brincar. Saory suspirou pesado, quem diria que sua vida seria tão complicada quando ficasse adulta. Depois do fracasso no relacionamento ainda sofria com ameças vindas de homens que era abusados e sem vergonha nenhuma.
— quando que tudo isso vai ter fim meu Deus.
Sua fala soou baixa como um pedido desesperado da alma para Deus, caminhou em passos lentos para seu quarto a fim de poder se ver livre das roupas.
— filha, a mamãe vai tomar banho. Não faça nada e nem abra a porta para ninguém!
Gritou do corredor que ligava aos quartos das duas.
— está bem mamãe!
Respondeu animada voltando sua atenção para seus brinquedos de montagem, Saory entrou no quarto já começando a se despir deixando as roupas amontoadas sobre um canto do quarto e entrando no banheiro ligou o chuveiro e deixou a água quente cair sobre seu corpo, relaxando seu corpo daquela tensão toda que teve durante o dia inteiro. E ali novamente veio o homem a sua cabeça, um arrepio entrou em seu corpo lhe causando um certo sentimento estranho.
Esse sentimento ao qual as suas almas estavam ligadas e nem imaginavam, Kallebe já em seu carro dirigia devagar sobre a estrada molhada, a chuva no lado de fora estava forte. Seu rádio tocava músicas aleatórias e deixava o ambiente do seu gosto, fora que sobre seus lábios o pirulito de sabor maçã verde rolava de um lado para o outro fazendo sua concentração na pista ser precisa. Kallebe tinha jeitos de lidar com tudo, porém não estava sabendo lidar com aquele sentimento estranho que estava começando a aparecer em seu peito.
A imagem da mulher dos cabelos ruivos aparecerá em sua mente causando um certo arrepio involuntário sobre si. Kallebe suspirou auditivo, agradecendo a Deus que estava sozinho sobre o veículo. Não estava fácil de apagar de sua mente as imagens de Saory, a ruiva para si era tão bela que nem se importava com sua classe ser mais baixa que a sua. Lembrou também que ela era a sua mais nova secretária.
— senhor, estou fuzilado com todas as balas. Por que fui inventar de chamar ela para ser a minha secretária.
Rosnou baixo e suspirou novamente, assim que já estava dentro de sua garagem, saiu do carro entrando na casa, a empregada estava a espera de si, seus sorriso de sempre mostrava que ela estava feliz em rever ele.
— que bom que não ficou até mais tarde hoje meu senhor.
— resolvi voltar para casa, aquele lugar acaba com a minha paciência em segundos.
— não duvido de nada meu senhor. O jantar está na mesa.
— está bem, vou tomar um banho e já desço novamente.
Se dirigiu a escadas e subiu para seu quarto, ali no ambiente jogou suas coisas assim que ligou a luz, retirou suas vestes deixando elas numa trilha até o banheiro, ligou a banheira de hidromassagem e despejou os produtos que queria sentir. Assim que terminou entrou na água quente e pode enfim relaxar os músculos que trabalharam aquele dia inteiro. E nesse momento sua mente novamente lembrou da jovem e se veio a perguntar o que ela poderia estar fazendo naquele momento. “ E se ela estivesse tomando banho”, sua mente então imaginou ela, como poderia ser seu corpo molhado. Mas logo teve que retirar aquelas ideias de sua mente. “ O que estou fazendo? Não posso pensar isso dela! Se liga Kallebe.” Soltou um suspiro após se xingar mentalmente e por fim saiu do banho para ir se vestir e descer para jantar.
Saory olhava tudo com cuidado, nem ela estava acreditando na mensagem chegada em seu telefone. Vicenth havia pegado seu whatsapp, mandou a mensagem que ela estava contratada e que ela precisava estar as oito horas na empresa no dia seguinte para saber de toda a agenda de Kallebe. Seus surtos poderiam ser ouvido na esquina do quarteirão, ela estava tão animada com a resposta que estava enfim contratada que a mesma nem acreditava no que estava acontecendo.
— mamãe feliz?
— sim minha linda. A mamãe conseguiu o emprego!
Abraçou apequena que sorriu feliz com aquela notícia, ela estava feliz por sua mãe agora ter dinheiro e poderia sustentar as duas com comidas deliciosas.
— eu feliz por mamãe. Mas onde a Sara vai ficar mamãe?
— a mamãe escreveu você numa creche, lá você vai ficar com várias crianças e vai fazer muitos amiguinhos. A mamãe vai te deixar lá amanhã.
A menor não se sentiu feliz com aquilo porém sabia que a mãe não poderia ficar com sigo no emprego, nem tanto lembrou da cara assustadora do homem que era patrão da sua mãe.
— Sara não gostou de ficar sem a mamãe, mas a Sara vai fazer de tudo para mamãe poder ter dinheiro.
— oh minha linda. Não se preocupe que tudo vai melhorar para nós duas.
Queria Saory ter a certeza naquelas palavras que dizia a filha, por que sempre que achava que tudo ia se endireitar desandava cada vez mais. Ainda mais que ela sabia que tinha seus inimigos a sua volta e o ex- namorado que parecia ter achado seu número que mesmo bloqueando fazia de tudo para lhe perturbar. Porém decidiu que nada tiraria sua felicidade naquele momento, apenas se levantou e seguiu a cozinha para fazer o jantar das duas. Nem tanto precisava dormir cedo para acordar cedo no dia seguinte. Após tudo pronto e jantadas as duas seguiram para o quarto, ela deu o banho em sua filha e assim que a menor estava prontinha a dormir ela deitou com a sua princesa e depois de ler uma historinha das princesas que a mesma gostava muito as duas puderam dormir.
Kallebe no dia seguinte havia levantado mais cedo que seu comum, o mesmo não entendia o motivo de estar tão ansioso daquela forma. Nem quando decidiu amar alguém se sentia tão nervoso assim. Além do mais não era nem seu primeiro dia e sim o da jovem Catter, acabou rindo ao lembrar da jovem, esse que nem seus sonhos deixará em paz, também de fato não entendia a obsessão que tinha sobre aquela mulher. Ou era a sua mente que queria lhe pregar peças.
— entenda Kallebe Baker. Você não vai se render aos braços de outra mulher. O amor não existe!
Apontava para si no espelho do banheiro onde se encontrava a lhe encarar fixo. A toalha em torno de sua cintura, mostrava o corpo malhado e um abdômen definido, o jovem era tão elegante de corpo, porém estava a se esconder de seus sentimentos que tentavam lutar para desabrochar novamente. Limpou o espelho com a mão e assim terminou de se secar já indo ao seu closet começar a se vestir para a sua corrida rotineira de todas as manhãs. Mas de sua cabeça não saia aqueles cabelos vermelhos, aquele sorriso nude e aqueles olhos. Isso lhe causava uma certa frustração. Não queria voltar a ter um sentimento alheio, ainda mais que sofrerá recente pela terrível traição. Então restou apenas suspirar e ir devagar, quem sabe era apenas uma paixão e ela logo morreria.
Assim que se vestiu, pegou seus objetos e saiu pela porta da casa indo para a praça em frente sua residência e começou a correr ouvindo a linda melodia que lhe tocava o mais íntimo de seus sentimentos, era a música que lhe fazia ser fraco e se render ao sentimento que ainda habitava em si.
Já na parada, Saory esperava o ônibus passar, estava com tudo em ordem, sua menina ainda estava dormindo em seu colo, nem tanto era cedo de mais para ela estar acordada. Olhando seu relógio que batia exatamente seis e meia da manhã o ônibus chegou ao local. Soltou um suspiro de alívio nem tanto mal havia movimento na parada aquela hora da manhã. Entrou no mesmo pagando sua passagem e se sentando no banco atrás do motorista. Suas vestes mesmo sendo simples havia chamado atenção dos que estavam ali. Era uma roupa delicada como uma saia preta e uma camisa azul clarinha, mas não estava combinando com a sapatilha preta que estava até frouxa em seu pé . Porém estava se sentindo bem mesmo assim, seguindo o caminho ela chegou ao seu grande destino. Deu o sinal para descer ali e assim que chegou na parada desceu do ônibus indo para a creche.
O local era enorme e super bem colorido e cuidado, Saory havia descoberto sobre a mesma na rede de Facebook, entrou em contato uns dias antes e agora estava ela ali entregando sua linda menina nos braços de um jovem, esse que parecia ser tão novinho.
— bom dia senhorita Catter. Pode ficar tranquila que sua princesa está em boas mãos.
O jovem sorriu pegando a menina ainda dormindo de seus braços e as molas que exigia levar para o local.
— obrigada é, senhor Ruan né?
— só Ruan mileide. Eu sou novo de mais para ser chamado de senhor.
A mesma acabou rindo, mesmo que queria negar a verdade era realmente essa, Ruan era muito novo para ser considerado um senhor.
— desculpa Ruan. Bom a gente se vê ao fim do dia. Se caso eu conseguir sair mais cedo do que eu previsto eu ligo avisando.
— está bem senhorita. Tenha um bom primeiro dia!
A mesma agradeceu e logo voltou a aparada de ônibus, ajeitando sua bolsa e pegando o veículo que iria para o centro da cidade. Não demorando muito para embarcar, sentou no banco vazio ao lado de uma mulher, pôs seus fones de ouvidos comuns e assim ficou a ouvir sua melodia favorita para lhe dar total confiança naquele dia que poderia ser bem agitado a si. Olhando de vez em quando em seu relógio de pulso percebia que estava quase na hora de estar dentro da empresa, assim que avistou sua última parada deu sinal se pondo de pé, descendo do ônibus correu alguns quilômetros e logo já estava em frente a empresa TopGear.
— bom dia.
— bom dia senhorita Catter. Aqui está o seu cartão de liberação. Pode entrar e sair da empresa com ele.
— muito obrigada.
Pegou o cartão e assim que passou ele no monitor da catraca ela liberou sua passagem rodando a mesma e seguindo para o elevador. Entrando no ambiente apertou o botão do andar que trabalharia, e antes que a porta se fechasse.
— assegure a porta senhorita!
O porteiro gritou, ela segurou a porta rapidamente fazendo seus cabelos ruivos tamparem sua visão, dando somente a vista de uma silhueta de terno preto parar sobre a sua frente.
— obrigada.
A voz que ela ouvirá no dia anterior, o homem de voz poderosa estava no mesmo ambiente que si, engoliu em seco e se endireitou jogando os fios vermelhos para trás mostrando o rosto ao qual deixou o coração de Kallebe acelerado.
— oh, senhorita Catter.
— senhor Baker. Bom dia.
Falou tímida a si, ele sorriu vendo aquele rostinho delicado e branquinho ganhado uma linda cor rosada.
— bom dia. Vejo que está pontual em seu horário.
— ah, concertesa meu senhor. Eu não gosto e não sou muito de tolerar atrasos. Ainda mais vinda de mim mesma.
— gosto de pessoas assim. Responsáveis com seus empregos.
Saory ficou sem jeito, e desejava que a porta abrisse logo para sair de sua presença antes que desse algo errado e acabasse com seu emprego ali mesmo. E por uma sorte do destino, as portas se abriram revelando um Vicenth completamente irritado.
— Kallebe! Você possui telefone para que? Para esquecer de atender as pessoa quando estão te ligando?
— posso saber o motivo de tanta raiva assim?
— o que você acha? Você tem uma reunião da qui a uma hora e eu ligando para falar com você!
— perdão Vicenth, mas eu esqueci desse detalhe. Eu não tirei ele do modo não perturbe.
Kallebe sabia como irritar o amigo, e fazia perfeitamente bem, em risadas irônicas entrou em sua sala, porém voltou a por metade de seu corpo para fora da porta.
— prepare meu carro e a senhorita Catter. Eu vou fazer umas compras na loja e depois vou para a reunião.
— está bem Kallebe.
Respondeu ainda com raiva do jovem, entregou a senhorita Catter a sua frente papéis, ao qual ela viu que era muito.
— esses são os assuntos abordados na reunião ao qual você vai estar. Não deixe o Kallebe de jeito nenhum fazer concordância se caso não seja como está nesses papais.
— está bem. Vou dar uma lida.
— aqui está seu crachá.
Estendeu para ela um cartão com um código de barra e uma linda adoro sua, além de seu nome e sobrenome e profissão.
— obrigada. É só isso?
— sim, por agora. O seu dia já vai estar bem agitado. Ah, lembre-se, agora você é a secretária Catter, você anda do lado do senhor Baker. Não esqueça de saber tudo sobre a vida dele e também sobre as boates, a empresa e a fábrica de bebidas.
— pode deixar senhor Vicenth, estarei bem ciente de tudo isso e mais um pouco. Obrigada por esse oportunidade.
Se curvou de leve sorrindo, o jovem homem sorriu em resposta, logo ela seguiu a sala onde seria seu escritório e começou a ler rapidamente sobre o assunto que a empresa iria abordar, mas sua concentração de foi com o barulho do interfone sendo ligado.
— senhorita, ele já está saindo.
— obrigada.
Apertou o botão de volta, suspirou fundo e se ergueu no estilo, pegou a agenda e o tablet que andaria com sigo para cima e para baixo, uma caneta em seu bolso e seguiu para a saída, Kallebe olhou ela de cima a baixo quando passou seguindo para o elevador e ela o seguiu achando confuso. O jovem homem estava a admirar a mesma, mesmo que em roupas simples ela era tão linda, e seus cabelos ruivos chamavam a atenção para onde se quer fosse. Saberia muito bem que teria que enfrentar esse terrível problema. As portas se abrem e os dois seguiram até a garagem onde o homem de terno impecável preto e barba feita esperava os dois. Seu olhar quando bateu na jovem ruiva fechou ainda mais, lhe julgando por não estar apropriada para essa reunião.
Saory em silêncio entrou no carro, sentindo- se culpada por não ter dinheiro e comprar uma roupa elegante e ir naquela reunião, nem tanto era seu primeiro dia ao lado do senhor Baker, e nem se quer imaginaria que suas vestes eram tão adequadas.
— João, leve a gente para a loja que eu costumo fazer compras.
— sim meu senhor.
Os dois entraram no carro, Kallebe sentando ao seu lado apenas ficou em silêncio vendo que a mesma estava nervosa, suspirou e assim que João entrou o carro deu a partida para a tão famosa loja que o jovem Kallebe comprava suas vestes.
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