•Capítulo 02•

𝑬𝒍𝒆𝒈𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒇𝒓𝒊𝒐.

Despertar cedo não era uma tarefa tão complicada para o jovem loiro, estar de pé sempre às seis da manhã era sua rotina diária, e isso incluía até os fins de semana. Tinha um severo costume com sigo, era de cuidar do corpo e da pele sempre, a beleza não escapava entre seus dedos. Já com um abrigo preto, uma camiseta branca abaixo do casaco conjunto e um tênis esportivo sobre os pés Kallebe se ajeitava para sair de sua casa e dar uma volta no parque em frente a mesma. Pegando os fones bluetooth seguiu a sair de sua residência, essa que não era enorme, sua moradia era localizada mais para dentro da cidade, era grande e ficava num bairro nobre, ou como dizia o lugar dos "esnobes" cada casa havia seus empregados e seus donos. E ele não fugia muito dessa classe.

Na realidade Kallebe sempre fora um jovem de muito bom coração, até quando conheceu a infeliz mulher que o fez se fechar completo em sentimentos. Sua educação nunca sairá de seus lábios, porém não era mais de sorrir, e sempre era rude com os funcionários, ao assumir a empresa de seu pai, a tão famosa TopGear, não era o motivo maior de suas iras, suas crises sempre vinham do estresse com as suas boates que coordenava. As mesmas eram sempre cheias de confusões, e não tinham um dia que não tinha que resolver os "problemas" de cada uma. Claro que ele não cogitaria de desistir das boates e ficar apenas com a empresa. Ele gostava desse ramo e dava oportunidade de emprego para cada uma delas.

Kallebe era sábio, sabia onde investir suas bebidas e os consumos dela, claro que ele também tinha seus aliados, tais comos as empresas que trabalhavam como sócias dele, investindo vários dólares para por a grande empresa nos eixos, ou até quem sabe ele as colocando sobre sua linha. Porém, ele precisava ter uma secretária que pudesse coordenar esses afazeres, sua agenda era uma bagunça e precisava de alguém que soubesse lidar com tudo. E claro que conseguisse aguentar o verdadeiro monstro ao seu lado. Kallebe até achava estranho o jovem Vicenth aguentar suas iras e não ter largado a si, não tinha muitos amigos, mas achava que o jovem homem que cuidava de sua recepção era um bom e agradável amigo.

Correndo entre os que passavam por si, escutava uma bela melodia, sua música favorita era sempre a faixa que lhe dava mais empolgação para poder fazer sua matinal corrida. Também gostava de ver os animais que acompanhavam seus respectivos donos, ele não era mais de ter conversas com pessoas alheias, mas mesmo assim parava de vez em quanto para dar atenção a um dos cachorros simpáticos. Na maioria das vezes era dos idosos que passeavam com eles. Quando terminou sua corrida voltou a sua casa, retirando suas vestes se deu de frente com a mulher governanta da casa.

- bom dia senhor Kallebe.

- bom dia senhora Maria.

Se curvou cumprimentando a governanta da casa, e de seus lábios nenhum sorriso se mostrou, a mesma estava abalada com isso. Não era nenhum pouco fácil esquecer de tudo o ocorrido durante poucos meses, e ainda mais que a mesma o incomodava de vez em quando ligando para si. O que resultava num dia de angústia ao maior, Kallebe já não suportava mais ela, ainda por cima não adiantava bloquear seu número ela sempre dava um jeito de lhe tirar a paz.

- o café está na mesa. Fiz suas panquecas favoritas.

Olhou nos olhos da senhora mais baixa dos cabelos pretos grisalhos, corpo levemente magro e muito bem vaidosa.

- obrigada, só vou tomar um banho e já desço.

Subiu as escadas para o segundo andar onde ficava seu quarto, entrando na porta se direcionou retirando peça por peça de seu corpo e seguiu ao chuveiro. Deixou a água cair sobre seu corpo e relaxou os músculos, se preparando para o dia que seria o maior dos estresses, nem tanto odiava fazer entrevistas com pessoas, saber que tinha que fazer uma escolha para ter uma secretária ou um secretário com sigo. Assim que tomou seu banho vestiu com seu robe e foi ao closet. Andou por dentro escolhendo cuidadosamente suas vestes de hoje.

- terno preto seria a melhor cor para hoje.

Pegou do cabide o terno completo e mostrou no espelho longo que havia a sua frente.

- perfeito, sapato com filhote dourado é o melhor para começar uma segunda feira no estilo.

Ditou pegando e vestindo as peças, pondo as meias e o sapato, e por fim foi ver suas camisas.

- não quero cor clara. Hoje não estou nenhum pouco animado para isso. Acho que vou numa camisa mais escura. Bordo.

Colocou sobre o corpo.

- hum, ou vinho?

Pegou e colocou a outra, porem seus olhos acabaram batendo na combinação com as cores pretas e a bordo, assim que se vestiu colocou seus assessórios e o blazer para enfim descer as escadas.

Descendo a mesma já vestido, com o telefone nas mãos seguiu a cozinha vendo a mesa posta com uma bela xícara de detalhes dourados que ele havia comprado depois da separação, nem tanto ele retirou tudo que lembrasse a jovem que destruirá sua vida. Se sentiu sobre a cadeira e começou a comer aquelas belas panquecas misturadas com o pequeno caldo de mel. Ele amava de mais aquele café da manhã, vendo as notícias sobre o aparelho celular tomava seu café da manhã sabendo onde e em que patamar estava indo suas bebidas, nem tanto seu nome estava auto no mercado de trabalho.

Quando enfim terminou, limpou os lábios com o pequeno guardanapo que havia ao lado esquerdo do prato e se ergueu, pegou seu aparelho e seguiu a passos rápidos, para seu carro.

- estou de saída dona Maria! Até a noite.

Gritou da porta.

- até de noite meu menino! Se cuide!

Se despediu vendo o mesmo sair pela porta, soltou um suspiro e voltou a seus afazeres da casa. Kallebe apertou o alarme de seu carro destrancando o veículo, seu carro esporte, uma bela Ferrari SF90 Stradale preta. Seu carro favorito para poder seguir ao seu trabalho. Nem tanto de lá quando precisa ir as boates ou a qualquer reuniões tem seu motorista particular. Porém era só pra esses momentos que ele precisava do jovem homem José. Entrou no veículo e assim ligando o motor dando aquele leve ronco seguiu a sair pelos portões de ferro da mansão que morava que já estavam abertos. Seguindo a estrada ligou ali no volante mesmo o rádio esperando tocar uma bela música que pudesse o manter calmo antes de enfrentar os problemas da empresa.

Durante o percurso ouvindo a música que acalmava sua alma, ele chegou até o estacionamento da grande empresa, estacionando o carro já estava seu motorista a sua espera, Kallebe suspirou e cumprimentou sem muitas palavras apenas um acenar de cabeça. Os dois entraram no elevador e subiram para o décimo quinto andar. Ao abrir a porta do objeto se deu de frente com a fila enorme de candidatas para a vaga de secretaria. Olhou para o jovem Vicenth que comprimia os lábios mostrando que estava ferrado com sigo, nem tanto um olhar de Kallebe mostrava sua ira pra cima de si.

- bom dia senhor Kallebe.

Sorriu mesmo que estava com medo do maior.

- bom dia Vicenth.

O jovem moreno engoliu em seco.

- você deixou bem organizado né?

Ironizou vendo o jovem amigo recuar um pouco.

- senhor, a minha agenda está correta, o porém aqui é o senhor atrasado. Não é por que é chefe que pode ser irresponsável.

Kallebe olhou para Vicenth com um olhar indignado sobre a audácia de suas palavras, porém quando seus olhos bateram sobre o relógio de parede ele tinha razão, estava uma hora atrasado de seu costume. E isso para si era algo imperdoável.

- você tem razão, o erro foi meu. Licença.

Se direcionou as mulheres parando na porta.

- perdão pelo atraso. Isso não vai se repetir.

Entrou para dentro da sala deixando as mulheres ali a babar pelo mesmo. Nem tanto Kallebe era um alemão dos olhos azul, e possuía sobre seu rosto uma leve barba também loira. Vicenth que assistia os olhares acabou negando, sabendo que se ambas vinham com aquele olhar não iam conseguir nada, nem se quer a vaga de emprego.

E assim passando a manhã toda ao qual Kallebe estava mais do que estressado, já não aguentava mais perguntar sobre elas e se sentia mais ainda irritado por que ambas vinham com objetivos de apenas ficar com o "patrão bonitão". Aquilo o fez sentir uma raiva fazendo o pequeno copo de isopor se quebrar em sua mão , já cansado e farto ouviu o interfone tocar, avisando que tinha mais duas mulheres para a entrevista, ele revirou os olhos cansado e se sentou novamente na cadeira, vendo os currículos em cima, porém a foto de uma chamou a atenção, pelo fato dos cabelos longos e ruivos que apareciam sobre a foto do currículo.

- quem será ela?

Perguntou em um tom de voz baixo, nem de fato sabia se explicar como uma simples foto chamara sua atenção, fazendo algo se mexer em seu estômago lhe causando certos arrepios. Porém, teve que voltar a si por que ainda precisava terminar as entrevistas, assim que terminou era a última moça atender, o silêncio em sua sala fora completamente quebrado quando a voz suave e melodiosa de pura vergonha ecoou no ambiente.

- senhor Baker com sua licença.

Seus olhos se abriram em um choque, ela era encantadora, não era apenas sua foto que chamava a doce atenção, e sim presencial era muito mais bonita e delicada.

- pode entrar senhorita Catter.

Nem ele imaginava que estava a decorar seu sobrenome, Kallebe estava vidrado em seu pequeno corpo, como podia uma mulher chamar tanta atenção como ela estava. Além do mais seus olhos repararem em suas vestes suaves e não muito chamativas, ela envergonhada pariu em frente a mesa suas mãos mexiam freneticamente em movimentos circulares uma sobre a outra.

- por favor sente- se.

- obrigada.

Ela sentou na cadeira de frente a si ainda nervosa, mordia os lábios inferiores com um leve batom nude, mesmo que não eram tão chamativos para Kallebe fora detalhes muito bem percebidos, fora que sua tonalidade de pele clarinha como a neve e o cabelo vermelho como fogo eram o charme perfeito. Claro que seus olhos verdes como esmeraldas brilhantes era simplesmente a marca registrada em sua cabeça. Seu corpo se arrepiou que até se sentiu incomodado estar sentado na cadeira de couro.

- Bom senhorita Catter, vejo que seu currículo tem muitos detalhes, a senhora tem muitos estudos.

- ah, obrigada senhor Baker.

- tem alguma experiência como secretária?

- eu tenho, mesmo que não conta em minha carteira eu já fui secretaria. E tenho um ótimo controle sobre a agenda tanto da empresa quanto a agenda pessoal.

- isso é ótimo.

Kallebe olhou ela pegando uma caneta, e balançando a mesma para cima e para baixo, analisava lentamente a postura da mulher a frente. Além do mais ela estava lhe arrancando um fôlego ao qual não sabia que poderia ser tirado novamente.

- vou fazer umas perguntas simples, assim que me responder estará liberada e espere o resultado hoje a noite.

- está bem senhor.

- você mora longe ou perto?

- não é longe. Pego apenas um ônibus para vir.

- ônibus?

- s-sim.

Ela corou com suas falas, e novamente sem jeito começou a massagear suas mãos que pelo visto tremia sobre sua presença, o que para Kallebe acabou se tornando algo fofo.

- ok, possui filhos?

- sim, sou mãe solteira. Mas ela já está na creche e não me atrapalha em nada.

Kallebe olhou confuso, por suas explicações sobre seu filho, nem tanto seu ponto de vista não era como das outras empresas. Mulher todas são iguais, e ainda por cima guerreiras, a única coisa que ele não possuía mais era confiança no amor.

- tudo bem, não me importo com isso. Está disponível para viagens? Não tem problemas a menina nos acompanhar também.

- oh, sim estou.

- então esta bem.

Terminou de anotar as informações sobre a jovem ao qual havia se interessado bastante, nem tanto ele estava sentindo- se bem em sua presença, o que de fato ele ainda não estava a entender o porquê. Olhou a mesma e deu um sorriso educado, não muito chamativo, também ainda não estava completamente entregue a um sentimento em que ele nem ao certo tinha total certeza que iria poder dar certo.

- bom, acho que é isso. A senhorita está liberada, caso ganhe a vaga entraremos em contato com a mesma. Obrigada.

Estendeu sua mão a mesma, ela olhou por alguns segundos e levou a sua até a dele apertando como um cumprimento se erguendo da cadeira.

- está bem, obrigada senhor Baker.

Sorriu e seguiu em direção a porta abrindo a mesma para sair, Kallebe olhou a e seguiu em passos leves atrás, queria ver ela ir embora, o motivo ao qual ele não entendia. Assim que viu a mesma pegar sua pequena filha ficou em alguns segundos em transe, doce e pequena, mesmo que nem se quer tinha reparado em si a pequena era simplesmente a coisa mais linda e fofa daquele mundo. Assim como Saory Catter fora para si.

- senhor Kallebe? Senhor Kallebe! Jovem mestre!!

Kallebe voltou a seu mundo, e virou os olhos para o homem de estrutura um pouco mais baixa que a sua vendo seu olhar extremamente intrigado para si. Na realidade não era só o olhar que estava a entregar o jovem Baker, e sim o seu jeito que estava a cuidar. Os olhos desviaram de Vicenth e voltaram a olhar Saory, que ainda estava a espera do elevador, o sorriso da jovem para si era como a brisa de um vento suave que lhe trazia uma certa necessidade de sentir. O elevador assim que chegou se abriu, a ruiva entrou no mesmo e antes que as portas se fechassem por completo ela sorriu de leve e se curvou com a menina no colo desaparecendo por completo de sua vista.

- o que está acontecendo aqui?

Novamente Kallebe virou os olhos para Vicenth, e revirou assim que seus olhar mostrou estar desconfiado de si.

- não crie cenas de filmes clichês em sua mente meu querido. Não há nada de especial.

- mas eu nem disse nada.

- seus olhos te condenam por completo Vicenth. Além do mais, não há como rolar nada. Então nem sonhe.

- ah Kallebe engane outro não a mim, sou bem mais velho que você meu rapaz, e seu muito bem que esse seu olhar foi de amor a primeira vista.

- então o senhor "velho" trate de se tratar com um médico. Começou a ficar louco.

Vicenth gargalhou alto, sabendo bem que a metade de suas falas eram desculpas para abafar o que realmente estava acontecendo sobre sua cabeça.

- eu estou prestes a assistir de camarote tudo isso. E assim veremos senhor Kallebe quem vai ser o louco da história.

Kallebe olhou para si resmungando palavras imorais para si, e respirou fundo.

- contrate ela. Mande a mensagem assim que tiver tido pronto e diga para ela começar amanhã mesmo. Não posso perder mais nenhum pingo de tempo. E avise também que quero o João me busque amanhã.

Vicenth concordou com sigo anotando em seu tablet tudo que Kallebe havia lhe pedido.

- está bem senhor. Mais alguma coisa, pombinho apaixonado.

- Vicenth eu ainda te pago meu querido.

- desculpa.

- não, eu só quero descansar agora. Minha cabeça está girando e eu nem fiz nada do que devia fazer hoje.

Resmungou voltando a mesa.

- não, espere. Mande me trazerem um café preto gelado e algumas rosquinhas doces.

O moreno concordou se despedindo de Kallebe e saindo da sala, seguindo ao guichê e fazendo o pedido do jovem Baker, e dando um sorriso sabendo que o jovem estava começando a se libertar do que o aprisionada em um mundo completamente sem nenhuma cor. Torcendo eternamente que Kallebe mudasse e tivesse uma nova vida com novos sentimentos e com um novo amor.

Saory, porém estava tão atordoada dentro daquele objeto que parecia nunca chegar no andar que pedirá, sua filha vendo que a mãe parecia perdida em outro mundo tocou seus dedinhos pequenos sobre o rosto da mesma.

- mamãe está voando?

- o que?

Voltou a doce realidade e acabou por rir.

- oh, não minha linda. Mamãe estava apenas pensando.

- ah, mamãe pensava no homem de terno bonito?

Saory corou olhando assustada para sua filha, vendo também que o elevador havia se abrido.

- o que? Não filha. Mamãe estava pensando em outras coisas. Não tem nada haver com o senhor Baker.

- ah, está bem mamãe.

Saory deu uma risada completamnete sem jeito, por que a filha estava certa, ela não conseguia tira Kallebe Baker de sua mente e nem se quer esquecer como aquele olhar lhe olhava com tanta admiração. Mas logo em seguida balançou sua cabeça de um lado ao outro. " Não posso pensar nisso, ele é meu patrão. Meu patrão", logo suspirou "quem estou querendo enganar? Ele nem se quer contratou, devo parar de me iludir".

Suspirou e saiu da empresa, assim seguindo em passos rápidos para a parada antes que o céu caísse sobre si, nem tanto estava fechado para chover.
Lá de cima Kallebe seguiu com seu olhar, admirando a mulher que chamara sua atenção, na sua mente estava uma tremenda confusão, em menos de segundos seu lado frio estava agora em guerra, ele sentirá algo por a mesma, um sentimento em que ele achou ter enterrado no mais fundo de seu peito, porém agora estava ali querendo dar sinal de vida.

- eu prometi que nunca mais eu amaria, e nunca mais me entregaria a esse sentimento. Não vou mais me ferir.

Sussurrou para si mesmo e assim se afastou quando viu a mesma pegar o ônibus e entrar dentro do veículo sumindo completamente de sua vista. Seguiu a sua mesa já começando a trabalhar no que ainda tinha que fazer durante aquele dia.

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