« Chapter Nineteen »

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FLASHBACK

- No que tanto pensa? - questionei Any, enquanto brinco com seus cachos. Ela suspira e encosta o queixo em meu peito.

- Tenho pensado em tudo o que estamos vivendo. Sendo sincera, tenho medo de perder você. - passei meu polegar por seu dorso. - Ninguém se importa comigo. Meus pais preferem qualquer coisa que não seja a filha imprestável, não tenho amigos verdadeiros. Tudo o que eu tenho é você! - finalizou.

- Você também é tudo o que eu tenho, meu amor. - beijei seus lábios com paixão e carinho. - É difícil nossa situação, mas se você estiver segurando minha mão assim, eu posso vencer qualquer um. Mas só com você.

- Eu odeio pensar desta maneira, nessa melancolia. - bufou frustrada. - Me faz parecer uma boba apaixonada.

- Você é uma boba apaixonada, assim como eu sou louco, estúpido e bobo por você. - ela revirou os olhos e deitou seu corpo nu sobre o meu, acendendo uma chama interna em nós dois.

- Eu não sou apaixonada por você, mas por isso... - ela segurou meu pau, o apertando levemente e me arrancando um gemido rouco.

- Você é uma safada, boba e apaixonada. - agarrei em seu cabelo devorando seus lábios com os meus. - Agora senta em mim como só você sabe fazer, gostosa. - sussurrei em seu ouvido e mordi o lóbulo de sua orelha.

FLASHBACK OFF

Meus olhos se abriram pesadamente e eu senti meu abdômen doer quando tentei me sentar na cama. O sonho que tive foi duas semanas antes de ser mandado para longe da minha Any.

Entro em alerta ao passar em minha mente detalhes do que acontecera na praia. Any... Cadê minha mulher?

Arranquei os fios presos ao meu corpo e não dei importância a dor que senti ao fazer tais coisas, mesmo tendo tomado um tiro. Antes que eu pudesse sair do cômodo a porta foi aberta e por ela passou Savannah.

Franzi o cenho automaticamente ao vê-la entrar com uma bandeja nas mãos e deixa-la sobre uma mesa de vidro.

- Era pra estar deitado, você tomou um tiro. - ela tentou me tocar, mas eu recuei a olhando em completa confusão.

- O que está acontecendo? - perguntei atordoado. - Ai. - senti meu interior queimar em uma dor agonizante.

- Você precisa voltar a se deitar. - ela insistiu fazendo a sonsa.

- O que você está fazendo aqui? Cadê Any? Cadê minha mulher? - perguntei alterado. Senti uma picada e vi ela injetar em meu braço um líquido transparente.

Senti meu corpo relaxar e amolecer mais a cada segundo passado.

- Ela vai ficar bem. - foi a última coisa que ouvi antes de apagar.

...

Despertei soltando um grito de susto ao observar um homem velho a minha frente, que me encara fixamente sem esboçar qualquer expressão. Ele se afasta de mim sem deixar de me olhar.

- Quem é você? - perguntei olhando com estranheza o homem.

- James Beauchamp. - falou e eu franzi o cenho. Esse nome não me é estranho. - Sou seu pai.

- Quê? - falei começando a rir em uma crise incessante. - Só pode estar louco. O que o senhor quer? Dinheiro? Só darei quando disser aonde está minha Any. - gritei encarando o homem seriamente.

- Não seja ignorante, só verá a garota quando eu quiser, então melhor me respeitar, ainda mais por ser seu pai. - pontuou.

- Que caralho. - resmunguei. - O que quer comigo e com Any, papai? - falei sarcástico e ele me olhou reprovador.

- Preciso de vocês para algo grande. - falou e a porta foi aberta, por ela entrou Savannah que segura Any pelos ombros.

- Joshua. - Any que até então xingava Savannah se soltou da mesma e correu até a cama onde eu repouso. - Você está bem? - se sentou ao meu lado me analisando por inteiro.

- Não sei. - respondi sincero.

- O que está acontecendo? - perguntou me olhando com medo e eu suspirei. - Por que a sav... - foi interrompida.

- Eles são irmãos. - o tal de James falou e eu arregalei os olhos. - Essa é Savannah Beauchamp, a sua meia-irmã Joshua.

- Pera, quê? - Any me olhou confusa e depois encarou Savannah que sorriu de lado.

- Por que estamos aqui? - perguntei irritado com tanta enrolação.

- Eu os trouxe até aqui para que me ajudem com uma missão única.

- Mas... - antes que Any falasse a interrompi.

- Nos conte tudo e do começo. - falei rude e o velho se sentou em uma poltrona.

- Quer que eu conte? - Savannah sussurrou para o pai e o mesmo negou.

- A trinta e cinco anos atrás duas famílias amigas se juntaram para fazer negócios, Soares e Beauchamp. Era uma parceria invejável, eram como uma só família, mas tudo foi destruído com uma traição.

- Isso eu já sei. - revirei os olhos.

- Você pediu do começo.

- Que se foda. - ele estreitou os olhos em minha direção.

- Como costumava dizer meu avô, até as mais belas famílias tem suas aversões, suas anormalidades e rixas. E foi exatamente assim que tudo aconteceu, a história do ataque ao Presidente ficou conhecida no mundo inteiro, assim como a separação da maior gang já conhecida anonimamente. Passou duas famílias a lutarem pelo poder "Qual Gang seria a melhor Poison ou Fierce?", mas antes disso vem a escolha do novo líder da Poison, o novo líder por ordem natural seria eu. Mas nunca é dá maneira que deve ser, assim como você, eu fui odiado pelo meu "pai" e Ron tomou meu lugar por ser o preferido.

- Aonde quer chegar com isso? - Any questionou a James que a encarou inexpressivo.

- Ron sempre foi o preferido por ser o pior de todos, meu pai gostava disso, ele era tão perverso quanto qualquer homem que possa conhecer, tão pior quanto Ron é. Aonde eu quero chegar? É na parte em que eu ajudo a vocês e em troca vocês me ajudam.

- No que exatamente? - perguntei e ele sorriu.

- Eu quero voltar a juntar as duas gangs, as duas famílias. Quero a paz novamente! Mas para isso precisaremos destituir seus pais. Eu sei que querem ficar juntos, mas os dois os proíbem pela rivalidade existente. Se me ajudarem poderão se vingar de todo mal que sofreram nas mãos deles e poderão ficar juntos. - falou convincente.

- E você fica com o poder total?! - ele afirmou com um balanço de cabeça. Olhei para Any e ela me olhou profundamente.

Aquele olhar me bastou para saber o que é preciso ser feito. Lutaremos por nós dois.

- Aceito, mas quero que me prove como sou teu filho, eu quero a história. - falei e ele sorriu abertamente.

- Eu me envolvi com Úrsula um dia antes do casamento oficial com Ron, era sua despedida de solteira e acabamos dormindo juntos e foi dessa forma que foi concebido.

- Simples assim? - franzi o cenho.

- É simples assim. - o olhei desconfiado. - Mostre a ele. - ele falou direcionado a Savannah que concordou e puxou a gaveta de uma cômoda e dela tirou um envelope. Ela caminhou até mim e entregou-me o envelope.

Com ajuda de Any abrimos o envelope e de dentro foi tirado o papel de um laboratório com um exame de DNA, que está escrito positivo para paternidade.

- E como posso saber que isso não é falso? - Any sorriu me olhando e eu também.

- Temos a mesma manchinha na nuca. - ele se virou mostrando. Any empurrou minha cabeça e depois voltou a me olhar.

- É verdade. - suspirei sem saber como reagir. São muitas informações em poucos minutos, meu cérebro mal consegue distinguir do que é verdade ou mentira, por isso guio-me pela minha intuição que eu espero com todas as forças para que esteja certa.

- Vamos deixa-los a sós agora. - os dois se retiraram e Any com cuidado me abraçou começando a chorar em meu ombro.

- Eu não sei o que pensar. - sussurrei segurando em sua cintura.

- Estou com medo, eu odeio isso. - grudou nossas testas e eu soprei em seu rosto chamando sua atenção.

- Eu também. - sussurrei. - Por que estamos sussurrando mesmo?

- Vai que eles nos ouçam. - ela sussurrou de volta e abriu um sorriso em meio as lágrima.

- Vai ficar tudo bem se estiver segurando a minha mão, lembra? - ela assentiu com os olhos marejados e beijou meus lábios. - Eu te amo, linda, estou aqui pra você.

To be continued???

Confiam em James? Olha eu não digo é nada...

E a Savannah?! Esperavam por essa?

Criem suas teorias e me contêm se tiverem dúvidas também que eu respondo.

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