Capítulo LXXII
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A maternidade tem um efeitomuito humanizador.
Tudo fica reduzido ao essencial.
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Inspiro o ar puro, sentindo o cheiro de orvalho e das árvores e fecho meus olhos. A casa de Bella estava cheia de vampiros e isso estava me matando, então resolvi tirar um tempo para mim no meio da floresta.
Sinto meu corpo tremer, a loba querendo vir e correr pela floresta, sentir o chão nas patas, mas ela se contém. Sabe que não posso, sabe que preciso cuidar do pequeno filhote em meu ventre. Involuntariamente, coloco as mãos na minha barriga, sentindo a pequena protuberância ali. Escondida, mas visíveis aos meus olhos.
— Preciso contar ao seu pai. — Sussurro para meu filho, a floresta guardando meu segredo. — Ele não me deixará lutar, e talvez esteja certo. Preciso te proteger. — Respiro fundo, os pensamentos agitados. — Já lutei muitas batalhas pelos outros. Agora é a vez de cuidar de mim. E de você, é claro. Principalmente de você.
Decido voltar. Os vampiros de olhos vermelhos estavam inquietos e mesmo prometendo caçar fora de Forks e região, havia alguns – amigos de Jasper, principalmente, que pareciam mortos de fome.
Me viro, pronta para voltar para a casa dos Cullen quando sinto olhos vermelhos sobre mim. O encaro, um rosnando saindo de minha boca enquanto meu corpo treme, mas o amigo de Carlisle apenas dá as costas e sai andando. Alistair. Havia algo nele que me deixava com uma pulga atrás da orelha.
Quando coloco meus pés na mansão, os olhos de Bella se encontram com os meus. Caminho até ela, parando ao seu lado enquanto observamos os convidados espalhados pela casa.
— Carlisle, meu amigo! — Uma voz chama nossa atenção, e vemos um vampiro de cabelos até os ombros e olhos vermelhos chegar acompanhado de Rosalie, Emmett e uma outra mulher, que tinha seus braços envoltos em uma adolescente. Sinto seu cheiro, o coração batendo e o rubor nas bochechas dizendo que claramente ela era humana.
O que uma humana estava fazendo com esses vampiros? Uma criança. Rosno, dando um passo à frente, e o olhar da mulher me penetra.
— Opa, calma aí, moça. Nós somos amigos! — O vampiro diz, e Carlisle vai até ele. — Que bela recepção, companheiro.
Carlisle o abraça, rapidamente, e o segura pelos ombros.
— Estamos todos nervosos, Garrett, nos desculpem. — Olhando para a mulher, ele começa as apresentações. — Eu sou Carlisle Cullen, e esta é minha família. Esme, minha esposa, Edward e Bella, meus filhos, assim como Rosalie e Emmett que vocês já conhecem. Aquela é Ada, irmã de Bella e...
Escondida atrás do pai, Renesmee dá um passo à frente, acostumada às apresentações. Depois de mostrar seu dom a todos esses vampiros, ela já tinha perdido um pouco da timidez.
— Eu sou a Nessie. — Ela diz, sua voz fofa ecoando pela sala e os recém-chegados arregalam os olhos.
— Por favor, peço a compreensão de vocês e que entendam que Nessie não é uma criança imortal. — Edward toma a frente, indo ao lado da filha e do pai. — Eu sou seu pai, assim como Bella é sua mãe. Ela foi gerada enquanto Bella ainda era humana.
— Impossível. — A vampira diz, olhando com receio para Edward e se pondo a frente de sua filha. — Você quer matar sua família e ainda nos trás para isso? Para o perigo?
— Você pode ver que ela claramente não é uma criança imortal. Por favor. Ouçam o coração dela batendo, vejam que há sangue em suas veias! — Carlisle diz, tentando convencer seus amigos.
— Eu posso mostrar pra vocês. — Nessie estende a mão, dando um passo à frente para os novos visitantes.
O homem, desconfiado, olha para Carlisle. A lealdade entre eles era forte, por que apenas com um assentir de cabeça, ele se pôs de joelhos para que Nessie alcançasse seu rosto. O dom de Nessie mais uma vez convenceu àqueles que não acreditavam, e maravilhado, o homem se levanta, um sorriso estranho em seus lábios.
— Eu sou Garrett, e estas são Lyra e sua filha, Amber. — O homem se apresenta e eu olho confusa para a criança.
— Ela é humana. — Comento, se. conseguir segurar minha língua e a mulher revira os olhos. Olhos dourados, assim como os dos Cullen.
— Eu nunca tinha percebido, acredita? — Rosno com o sarcasmo pingando de sua boca.
— O que há com você, hein? — Garrett diz, entrando na frente da mulher. — É humana, mas fede como um gambá e parece um pinscher com raiva.
— Vai se foder. — Dou um passo a frente, sentindo meu corpo tremer.
Carlisle intervém novamente, se pondo entre nós.
— Ada é uma transmorfa, faz parte da tribo Quileute que faz divisa com nosso território. São amigos, que estarão ao nosso lado quando os Volturi chegarem.
— Nos desculpem. Ada está estranhando tantos de nós juntos, vai contra sua natureza. Talvez seja melhor ir para casa, irmã. — Bella diz, seus olhos deixando transparecer muito mais do que havia dito. — Estaremos bem. Vá descansar, um pouco.
Assinto, derrotada. Fazia muito tempo que eu não perdia o controle assim. A gravidez estava fazendo algo comigo, deixando todos os meus sentidos em alerta. Me despeço de Nessie, dando um beijo em sua cabeça e prometo voltar amanhã.
Entro no carro e, dando uma última olhada para a casa, manobrou de volta para a reserva. Quando estacionou na frente de casa, Jacob está abrindo a porta. Ele estava em reunião com a matilha, acolhendo os novos lobos e quando ele me olha e seus ombros caem, sei que os novos garotos eram realmente novos.
Ele se senta no sofá e o sigo, me sentando ao lado dele e é constando a cabeça em seu ombro.
— Quantos anos?
— 12 e 10. Se transformaram hoje cedo. Chegou novos vampiros?
— Sim. Os que Rosalie e Emmett foram buscar.
— Ah. — Ele fica em silêncio por um tempo, sua mão fazendo carinho em meu ombro até que suspira, parecendo que tinha o peso do mundo nos ombros. — O mais novo, Kyle, estava no orfanato da reserva. Leah e Angela estão com ele em casa. Estão querendo adotar ele.
— Que legal. Angela gosta bastante de crianças, e Leah também. Vão formar uma família linda.
— Sim. Uma família.
— Banho?
Jake assente e nós levantamos, indo direto para o banheiro. Com o tempo, nos acostumamos a tomar banho juntos sempre que podíamos. Não tinha nada de sexual, era mais como... intimidade. Passo o shampoo na cabeça, esfregando os cachos para limpar bem o fedor de vampiro em mim, quando percebo seus olhos na minha barriga.
Olho para baixo, alarmada, mas não vejo nada preocupante. A barriga estava só um pouco diferente e podia-se dizer que eu apenas tinha ganhado um pouco de peso.
Termino meu banho, me seco e coloco o pijama, me enfiando debaixo só edredom.
— Você está cheirando diferente.
Olho para Jacob, a sobrancelha curva em confusão. Deito a cabeça no travesseiro, olhando ele se apoiar no batente da porta do banheiro e me olhar sério. Por um momento, sou distraída pelos braços cruzados e os músculos sobressaltados, mas ele desfaz a pose, querendo que eu preste atenção no que falou.
— Tá dizendo que eu tô fedendo? — Tento brincar, desconversando sobre o assunto enquanto reviro os olhos.
Ele desencosta do batente e vem até mim, subindo na cama até estar cara a cara comigo, seu corpo em cima do meu. Fecha os olhos e respira fundo, enchendo seus pulmões e depois solta o ar.
Quando seus olhos abrem, estão ainda mais escuros.
— Seu cheiro mudou. — Tremo, meu corpo se acovardando com a presença dele e sua voz rouca. — Quando você ia me dizer?
Ofego, desviando meu olhar do seu e tentando tirá-lo de cima de mim.
— Contar o que, Jake? Você tá doido.
Suas mãos agarram meus pulsos, trazendo-os para cima da minha cabeça. Jake está sério como nunca vi antes, mas seus sentimentos transbordam amor e devoção. Suspiro, derrotada.
— Eu não sou burro, meu amor. Te conheço com a palma da minha mão e me orgulho disso. Você acha que eu não notaria que seu comportamento está estranho? Que seu cheiro mudou? E que você está esperando um filho meu?
Talvez a idade tenha deixado Jacob mais sábio. Mais observador e menos impulsivo. Eu não estava tão acostumada com esse homem me observando e notando todas as minhas ações.
[ n o t a s ]
apareci! gente, juro que tentei postar antes, mas eu não estava conseguindo nem escrever uma única palavra.
hoje tive um surto de criatividade no trabalho, e consegui escrever esse capítulo, aos poucos, durante todo o dia.
finalizei ele não tem muito tempo, e revisei por cima. como escrevi pelo celular, peço desculpas pelos erros que tenho certeza que tem no capítulo.
não vou revisar outra vez, desculpa. ultimamente ando odiando tudo o que escrevo e esse capítulo, que até agora estou achando bom, com toda a certeza vou achar horrível se revisar.
no geral, peço desculpas. vocês não mereciam todo esse tempo sem postar.
amo vocês.
e por favor!
sem cobranças!
no capítulo anterior tem +100 comentários, e pelo menos 70% deles são perguntando se sumi ou pedindo continuação. vocês não falam sobre o capítulo em si, gente! como eu vou saber se está bom, se vocês apenas comentam "continua"? isso desanima um pouco. de verdade.
enfim. obrigada aos que ainda estão aqui e ainda não desistiram de mim. amo vocês, de verdade. e saibam que eu NUNCA vou desistir de Evanescent. eu vou dar um final pra essa história, pode apostar! Ada e Jake merecem.
até o próximo!
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