ღ Dia em Família

Noah

— Então você terminou com ele pra valer agora porque ele voltou pro México?– pergunto a Sabina no telefone.

— sim! não tem mais volta.

— ainda desconfio disso.

— vá se foder– rio.

— tá bom senhora ex González, vou sair agora.

— pra onde você vai?– pergunta curiosa.

— buscar Liv na casa de Sina, a gente vai ao píer.– respondo.

— você e Liv?

— e Sina.– escuto o que parece ser um palavrão.– tudo bem aí?

— acabei de bater o dedinho na cadeira.

— hoje não é mesmo seu dia, vai cuidar do seu dedinho, eu vou pegar as minhas garotas.

[...]

Quando chego ao apartamento, Savannah abre a porta pra mim sorridente, ela me leva até a cozinha alegando que as meninas ainda estão se arrumando.

— Ela arrumou as malas– solta e eu quase engasgo com a água.

— o que? – pergunto depois que me recupero.

— Sina vai aceitar ir morar com você– um sorriso amplo toma os meus lábios– eu só peço que cuide dela, ela está tendo sonhos estranhos e sinto que está escondendo algo, Sina é importante pra mim.

— vou cuidar dela, obrigado pela preocupação– ela assente com um sorriso.

— ela tem uma surpresa pra você.

– ergo as sobrancelhas— supresa?

— sim – a voz de Sina ecoa e quando eu viro e a vejo tenho quase certeza que babei.

Ela tinha cortado o cabelo e clareado duas mechas na frente, ela estava perfeita.

— você vai acabar babando papai– a voz doce de Liv me tira do transe me fazendo olhar para a pequena que estava com uma roupa fofa e uma bolsa que presumo ser de Sina já que pendurada sobre seu ombro chega a bater no chão.

— Vocês estão lindas– me recomponho.

— obrigada – Sina diz.

Depois de um beijo de Savannah em Liv nós saimos.

— quero ir em vários brinquedos!– Liv diz quando eu a coloco na cadeirinha no carro– e comer algodão doce.

Sina rir da animação da nossa filha do banco da frente.

— você gosta de algodão doce né mãe?– já sentado no meu lugar olho pra Sina, seus olhos lagrimejam toda vez que o nome "mãe" soa dos lábios de Liv.

— eu acho que sim, eu gostava Noah?

busco em meus pensamentos, Sina adorava, compravamos toda vez que íamos ao parque e o utilizamos em outras aventuras também...

— an... Sim– afasto essas memórias– você gostava tanto quando Liv.

[...]

Assim que chegamos ao píer começamos a ir em diversos brinquedos juntos com Liv, era gratificante ver os sorrisos em seus rostos quando saimos dos brinquedos, as risadas quando estavamos gritando e girando.

Elas eram a minhas âncoras e eu estava presa a elas eternamente.

— acho que quero um sorvete– Liv diz.

— vem eu compro pra você– Sina a pega no colo e elas vão até a sorveteria, eu fico ali sentado no banco olhando as duas com um sorriso bobo.

Liv passa o dedo do sorvete e faz um traço no nariz de Sina que rir.

— Noah? – me viro pro lado e Diarra está parada me olhando.

Diarra é uma grande cantora em acessão e eu já gravei algumas de suas músicas no estúdio.

— Oii

— não sabia que você curtia vir ao píer– ela diz com um sorriso se sengando ao meu lado.

– dou de ombros— o que um homem não faz pelas suas garotas.

Aponto pra sorveteria e ela olha pra Sina e Liv.

— elas são mesmo especiais pra você né.

— sim, muito.

— fico feliz que ela tenha voltado Noah– diz, sinto que não está sendo 100 por cento sincera mas ingnoro e sorrio e então ela vai embora.

Segundos depois Sina e Liv voltam.

— quem era aquela?– Sina pergunta.

— Diarra, uma amiga– respondo– porque?

— ela me parece famíliar.

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