CAPÍTULO 1
(sem revisão)
7 anos antes
Eu poderia dizer que acordei de bom humor hoje, mas estaria mentindo, até por que odeio acordar com alguém me chamando, prefiro acordar sozinho depois de um belo sonho, mas o dever me chama.
No caso nesse momento é o meu pai mesmo me chamando, agora deu para me obrigar a ir trabalhar com ele, como se eu fosse um garotinho, mas se não for isso, o velho não vai mais bancar minhas regalias, palavras dele. O jeito foi eu fazer o que ele me obriga a fazer.
Meu pai é corretor de imóveis e eu? Sou seu secretário.
É, eu sei, estão rindo de mim, podem rir, mas saibam que não é nada engraçado, ter que acordar cedo para atender telefones, por que o meu querido chefe, vulgo meu pai, resolveu dispensar sua secretária, quer dizer, não foi bem ele quem dispensou, foi a mulher quem saiu, já estava na idade de se aposentar e meu pai ao invés de contratar uma secretária nova, simplesmente me obrigou a ocupar o lugar da senhora.
Eu reclamo, não é por que eu seja vagabundo, não goste de trabalhar, seja um riquinho, mimado e filhinho de papai, não, eu só queria poder ir para faculdade de engenharia civil e logo após ir para os locais que gosto de frequentar, sem se preocupar com o dia de amanhã.
Mas meu pai tinha que ser um estraga prazeres.
Diz ele que eu preciso ser mais responsável, por que quando eu tiver meus filhos, eu preciso dar exemplo para eles, tudo lorota.
Não quero ter filhos tão já, prefiro gastar dinheiro com baladas a ter que gastar com leite e fralda.
- Será que eu preciso ir aí te arrancar dessa cama Murilo? Eu tenho hora sabia? Tenho um monte de clientes para atender hoje, não me faça entrar nesse quarto, te arrancar da cama e leva-lo com a roupa do corpo. - Grita o meu pai, me fazendo despertar de uma só vez.
- Já estou indo... velho chato - falo a última parte mais baixo, mas não o impede de ouvir.
- Eu ouvi isso, não sou surdo e muito menos estou velho, ainda estou na flor da idade, agora chega de conversa e saí logo desse quarto ou derrubo essa porta.
Revirei os olhos e entro no banheiro, deixando seu Carlos falando sozinho.
Não sei como minha mãe aguenta esse homem, ele é meu pai, mas é um pé no saco. Alonso tem sorte de ter casado e formado sua família, pelo menos não passa o que eu passo com nosso pai, que por sinal nunca o vi encher o saco de Alonso para ir trabalhar.
Depois de pronto, saiu do quarto e vou até a cozinha, sentindo o cheiro de café da dona Marta, minha mãe.
Quando chego na cozinha, encontro a mesma passando o café, enquanto meu pai está sentado, lendo um jornal, coisa de velho, mas vai dizer isso para ele, logo ele vem com seu discurso de sempre, mas não vamos contrariar não é mesmo?!
Chego perto de minha mãe e dou-lhe um beijo estalado em seu rosto, fazendo a abrir um grande sorriso.
- Bom dia, meu amor. - Diz virando-se para mim.
- Bom dia, minha rainha. - Respondi fazendo charme.
- Bom dia, né Murilo, até por que não tem só sua mãe nessa cozinha, não é por que fui até seu quarto te acordar, que você tem que ser esse garoto sem educação e sem noção com seu pai.
Depois eu ainda estou errado em chama-lo de velho, senhor, me dê paciência, por que a calma eu já perdi no momento em que levantei daquela cama.
- Bom dia, Carlos. - Revirei meus olhos.
- Vocês dois podem ir acalmando os nervos hein, não quero ninguém brigando a essa hora da manhã. - Intervém minha mãe.
- Sente-se filho, já estou terminando de passar o café. - Pediu-me ela.
Quando já estou sentado, meu pai levanta os olhos do jornal para me encarar, olho para todos os lados da cozinha, só para não ter que encará-lo.
Eu e meu pai, não fomos sempre assim, quando mais novo, lembro-me de sermos bem grudados, mas o tempo foi passando e de repente ele já estava implicando com tudo o que eu ia fazer. Se não fosse pela minha mãe, nesse momento eu estaria dentro de uma igreja sendo um padre, por que é isso que ele deseja, não duvidem disso.
Meu pai acha que só por que meu avô fazia ele trabalhar e ser responsável desde cedo, sem poder ir a festas, boates e barzinhos ele tem que fazer o mesmo comigo, mas é aí que ele se engana, hoje os tempos são outros e se depender de mim, a única coisa que ele vai me obrigar a fazer é trabalhar junto com ele, mas isso não vai durar muito, é só até eu me formar na área que eu sempre quis e as vontades dele não serão mais feitas.
Farei o que eu quiser, vou sair o quanto eu quiser, vai ser com o meu dinheiro, então ele não vai mais fazer chantagem alguma.
Alguns minutos depois, minha mãe termina o café e coloca sobre a mesa, sentando em seguida e servindo-nos.
Até hoje eu não entendo o porquê ela não quer uma emprega, condições nós temos, mas ela é teimosa, diz que ninguém vai mexer em sua casa, prefere ela mesma limpar suas coisas, por que só ela sabe como deixar cada coisa em seu canto e ninguém fara igual ela.
Já tentei várias vezes colocar em sua cabeça que ela já trabalhou muito, que precisa de um descanso, mas entra por um ouvido e saí por outro.
Faz alguns anos que ela deixou de trabalhar, para cuidar somente da nossa casa e dos homens de sua vida, palavras dela.
Depois de tomar café, meu pai se levanta da cadeira, se despedindo de minha mãe, com um beijo estalado em sua boca, uma cena desagradável de se ver. Mas tolo seria eu em pensar que os dois não tivesse mais uma vida sexualmente ativa.
Até por que já acordei pela madrugada a fim de tomar água e no meio do corredor, escutei barulhos vindo do quarto dos dois, já quis estourar meus tímpanos só por não querer ter ouvido os sons, mas quem sou eu para impedir os dois de fazer a melhor coisa do mundo, sexo.
Antes mesmo de deixar minha mente viajar nas mulheres com quem dormi ultimamente, volto meu foco em se despedir de minha mãe, deixando um beijo em sua testa e seguindo meu pai que saiu da cozinha feito um jato.
Não sei para que essa pressa toda, seu escritório nem é tão longe de casa, fora que vamos de carro, não levamos nem 20 minutos até lá, depois que eu digo, estou sendo um adolescente implicante.
- Só espero que quando chegarmos no escritório, você tenha tudo anotado na agenda todos os clientes de hoje. - Vociferou.
Fingi que nada tinha sido dito, quem vê pensa que ele não atormenta minha mente todos os dias para anotar tudo com antecedência, tem horas que eu acho que meu pai está somente fazendo uma provocação contra minha pessoa e vou te contar, estou a ponto de explodir, por mim mandava ele ir a merda, mas se fizer isso, é capaz de ser expulso não só desse "grande" trabalho, como de casa, não duvido de mais nada que meu pai faria só para me ter em suas mãos como um boneco de fantoche.
- Estou falando com você Murilo, por algum acaso ficou surdo e não estou sabendo? - Perguntou irritado.
- E eu ouvi, não estou nem sou surdo. - Respondi seco.
- Pois trate de me responder quando eu falar com você, sou seu pai não seus amiguinhos, exijo respeito. Não me faça me estressar logo cedo com essa sua criancice.
Bufei irritado, minha vontade é colocar um fone de ouvido e larga-lo falando sozinho, mas seria algo inútil já que estamos quase chegando ao nosso destino.
Depois de mais alguns minutos, estou sentado em frente ao computador, organizando algumas coisas e graças ao bom Deus, meu pai não está, saiu para encontrar com um cliente, mas sei que essa minha alegria só vai durar pouco, talvez umas duas horas, quem sabe. Mas é um tempo maravilhoso, assim não preciso ver sua cara e nem ouvir sua voz mandando fazer algo.
Passando-se algumas horas, duas mulheres entram no escritório, ambas com vestimentas elegantes. Creio que seja mãe e filha, por serem quase idênticas, são loiras, olhos claros, a mais velha tem cabelos longos já o da mais nova são curtos e bem maquiadas.
Mas é claro que a filha é quem me chama mais atenção, linda, aparentemente mais nova do que eu, mas isso não me importa, transaria com ela mesmo assim.
Quase sorrio com meu pensamento libertino, mas me contenho em prestar a atenção na senhora que está em minha frente.
- Olá, bom dia! Tenho hora marcada com o senhor Carlos, ele se encontra? - Pergunta de forma educada. Gosto assim, pessoas ricas, que não desmerecem um funcionário simplesmente por estar "abaixo" delas.
- Olá senhora...- espero que diga seu nome para continuar.
- Eleonor. - Diz sorrindo.
- Eleonor. - sorrindo, completo. - Senhor Carlos precisou atender um cliente antes da senhora, mas creio que já esteja chegando, se a senhora não se importar em esperá-lo.
- Tudo bem, sem problemas, espero o tempo que for preciso. - Diz.
- Fiquem à vontade, querem um café, suco ou uma água? - Perguntei.
- Uma água está de bom tamanho. - Respondeu e logo em seguida olhou para a filha perguntando.
- Você quer algo Irina?
A garota me olha mordendo seus lábios, sem nenhum pudor, mas é claro que sua mãe nem ao menos repara. Se pudesse nesse momento quem estaria com esses lábios entre os dentes seria eu.
- Quero uma água também, de repente me deu uma sede. - A voz doce da garota, que agora sei que se chama Irina, entrou em meus ouvidos como uma bela melodia, mas não pude deixar de perceber uma leve malícia em suas palavras e isso faz com que meu membro fique duro imediatamente só de imaginar cenas eróticas em minha mente.
Tento me controlar ou então as duas perceberam meu membro criando vinda entre minhas pernas.
- Só um minuto. - Respondi e levantei-me imediatamente.
Peguei dois copos de vidro e coloquei água em ambos, levando em seguida para as duas.
- Aqui está. - Disse no exato momento em que meu pai entra no escritório.
- Bom dia, dona Eleonor, como está? - Perguntou meu pai assim que se aproximou.
Quem vê ele assim, nem imagina que é um velho pé no saco que obriga o filho a trabalhar, só para não passar a semana inteira na farra.
Os dois entram em uma conversa sobre as casas, enquanto estou parado esperando Irina me devolver seu copo.
O que leva alguns minutos, estou com os olhos fixos em sua boca no copo. Irina termina sua água, deixando propositalmente com que escorra um pouco no canto de sua boca.
Essa garota está me tentando, isso não foi nem o pior, ela fez questão de limpar com o dedo indicador e chupá-lo. Sorrindo com a cara mais safada em seguida.
- Precisamos ir, filha. - Disse dona Eleonor voltando sua atenção para a filha.
- Já estou indo mãe. - Respondeu ainda me encarando.
Logo em seguida entregou-me o copo e com ele um papel com um número, que provavelmente é o seu. Não faço a mínima ideia em qual momento ela escreveu.
Caminhou até a saída junto com sua mãe e meu pai e me deixou ali na vontade de agarra-la, mas se depender de mim, essa vontade será saciada em breve.
Sem perder tempo, levo os copos até a cozinha, depois a moça da limpeza se virava com aquilo, só precisava saber se era mesmo o número da garota.
Volto para minha cadeira, pegando meu celular e adicionando o número em meus contatos para logo em seguida mandar uma mensagem.
Vejo sua foto no perfil e quase babo na tela do celular, puta merda, que deliciosa.
"Espero nos vermos muito em breve, não pude deixar de notar o quanto você é linda e principalmente gostosa e o quanto mexeu comigo. "
Mando somente isso e espero por uma resposta, não tão rápida, por que provavelmente não virá.
" Quando você quiser, gatinho. ;)"
Meu celular apita uma nova mensagem, me surpreendendo com a rapidez em que Irina respondeu minha mensagem.
Digito em seguida que se não tiver problema, podemos nos ver no dia seguinte, até por que é sábado e não vou ter meu pai me enchendo o saco.
Combinamos o local onde nos encontraríamos e logo em seguida, deixo meu celular de lado, voltando ao meu trabalho, que dali a poucas horas se encerraria, até por que hoje eu ainda pretendia ir para a faculdade.
Olá amores, como vocês estão? Espero que bem 😍.
Estou aqui com o capítulo 1, espero que vocês gostem. Votem e comentem bastante sobre o que acharam.
Beijos da Juh e até sexta-feira que vem. 🥰💜😘
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