Por proteção
"Eu sei, sou uma pessoa fria muitas vezes. Minha frieza é minha proteção."
Miami Beach, 06h23
Point Of View Anônimo
Depois de algum tempo, voltei para casa pensando em quem poderia ter feito aquilo na festa. Já pensava em alguém, mas precisava de provas, para fazer algo contra ele. Mas, caso realmente ter sido ele, vai pagar muito caro. De fato, estou gostando dela.
Estranho seria se não gostasse.
Ela tem que se afastar daquela garota o mais rápido possível, não aguentava mais vê-la perto da minha garota. Escuto meu celular tocar e o peguei em cima da cômoda ao meu lado. Uh, B:
— O que tu quer? — perguntei.
— Tenho mais informações. — suspirou.
— Diga logo, oras!
— Ele irá ir na casa da Laila, ficará até as seis. E, também, irá ir na casa da Geo.
Bufei.
— Georgia, já te falei isso! — mordo meu lábio.
— Certo, era apenas isso.
Desliguei o celular na cara dele. Entrei em meu escritório, já ligando meu computador, mando um e-mail para meu camarada. Feito.
Point of View Justin Bieber
Coloquei uma bermuda e sai do quarto. Estava um calor da porra, iria ficar sem camisa mesmo e, por estar muito cedo ainda, preferi ficar um pouco em casa. Mas, logo irei na casa de Laila, precisava bater um papo com essa garota. Ela iria vir às 09h30, espero que essa cachorra não se atrase. Resolvi não ir a casa dela.
Caminhei até a cozinha e vi Alfredo, olhando para o nada; aproveitei que ele está distraído, e peguei um pouco de sal e coloquei em seu café. Sentei-me, preparando algo para comer e logo Fredo bebe seu café, fazendo uma careta, que me fez rir.
— Sério, Justin? — dei de ombros, rindo fraco.
Peguei um bolo na geladeira, colocando-a no prato.
— 'Tá pensando em quê? — questionei.
— Nada que deva preocupar. — fala, arqueio uma sobrancelha. — Dei um aviso para Georgia ficar longe do Owen, mas ela me colocou pra fora.
Neguei levemente a cabeça. Típico dela.
— Ela apenas não gosta que se metam na vida dela. E mesmo que você tenha avisado sobre ele, Georgia nunca vai acreditar em tu, porque ela ao menos te conhece direito. — digo, tendo sua atenção. — Se quer dar um aviso, diga a Beck, já que é sua namorada.
Fredo arregala os olhos.
— Pensou que ninguém iria saber? — perguntei, risonho.
— Não era para ser um segredo... Mas, Beckett não queria que a Georgia soubesse de nós dois, não sei porque. — encolheu os ombros.
— Beck já se meteu em muita furada e, como quem ajuda ela é a Geo... É como se Banks fosse a mãe, ela irá te julgar. Elas são como irmãs. Não machuque Beckett, mesmo tendo me afastado dela, a considero muito, e Georgia não deixará isso barato, caso aconteça algo com ela. — falei, por fim, acabando meu bolo.
Saí da cozinha, indo para fora e assim que abro a porta dou de cara com Laila, trazendo seu típico sorriso malicioso. Cachorra.
— Em ponto, não? — reviro meus olhos. A puxei para dentro de casa, indo até meu escritório, trancado a porta, a fiz sentar na cadeira, de frente para mim. — O que eu fiz dessa vez?
— Preciso que você vá em um racha. — falo, sentando-me na cadeira de couro. — Especificamente de Noah Conrad.
Paro de falar ao vê-la rindo, cruzo meus braços, apenas observando-a.
— Logo o babaca do Noah? — cessou o riso ridículo. — É fácil roubar as coisas dele, não precisa de um plano tão elaborado.
— Eu perguntei se é fácil roubá-lo? Apenas quero você no racha dele e ponto final, Laila. — digo, sério. Vejo-a engolir a seco.
— Mas, o que você realmente quer lá? — cruzou as pernas.
— Preciso de informações, se achar que é necessário escutar tal assunto, escute. — franziu o cenho. — Te colocarei perto dele. Só ouça tudo o que ele disser.
— Acho que entendi. — olhou para o lado.
— Tenha certeza que entendeu, para que, nada de errado. — a olhei com superioridade. — Já pode se retirar.
Laila se levanta e vem em minha direção, com a intenção de sentar em meu colo.
— Vaza, coisa endiabrada! — ela riu, saindo da sala, não sem antes dar-me um selinho.
Cretina. Escuto alguém bater na porta e olhei para frente, já que olhava para a tela do computador apagada.
— Entra. — mando, logo vendo que Ryan entrou, branco feito papel. — Que merda aconteceu agora? — pergunto já estressado.
— Cara, tu ficou sabendo do tiroteio que teve na festa das modelos gostosas? E que a Georgia faz parte também? — sentou-se. — Ela levou um tiro, e pelo que parece a intenção realmente foi matá-la no local...
Dou um pulo na cadeira. Ryan fala numa tranquilidade.
— Como assim?
— E que ninguém sabe quem foi que fez isso com ela. Mas, já está tudo resolvido...
— Ryan, porra!
— Ela passou por uma cirurgia, foi bem rápida, já que foi no ombro. Mas, que também saiu bastante sangue... — dou um tapa em seu rosto, vendo a incredulidade e formar na mesma. — Qual foi, Justin?
— Tem como falar devagar? Georgia levou um tiro, tá. Ela tá bem? — pergunto preocupado.
Soltou um riso.
— Está, cacete. — respondeu.
— Com quem ela foi?
— Foi onde? — franziu o cenho, me fazendo fechar as mãos em punhos. — Aaa, sim, Owen Leroy e Townsen.
Porra!
— Irei ir ver se ela... — sou interrompido pelo imbecil.
— Georgia não pode receber visitas. — riu debochado, canalha.
— Eu sou Justin Bieber.
— Beleza. Mas, o Leroy colocou vários seguranças na cola dela. — se levantou e foi até a porta, e deixou apenas a cabeça para dentro. — Quero ver você entrar agora, otário!
E saiu gargalhando, quando taquei uma pasta na porta. Imbecil. Agora tudo é o Leroy! Ranço.
Agora, o motivo de ter-me afastado de Georgia é bem peculiar:
"Justin com quinze anos, 1º ano do Ensino Médio.
Suspirei, olhando para o lado, e fiz sinal para Fredo. E assim conseguimos sair da lojinha de doces. Pegamos nossas bicicletas e pedalamos o mais rápido possível; gargalhamos com a adrenalina. Era ótimo. Mesmo com 15 anos, já sentia-me livre de tudo. Paramos na esquina da casa de Chris, largando as bicicletas atrás da casa dele, entrando em casa. Sua mãe não estava, havia saído com algumas amigas.
Comecei a roubar a exatamente cinco meses, sozinho. Logo veio Ryan, Chris e Alfredo. Ambos precisávamos de dinheiro, e arrumamos um jeito de conseguir sem trabalhar ou algo do tipo. Dinheiro fácil. Era pouco, mas dava para comprar algumas bebidas, para passar um tempo falando bobagens, ou outras coisas.
— Muito bom, amigos! — sorri, fazendo um toque com as mãos entre eles.
— Tenho uma coisa para mostrar a vocês. — Chris saiu, indo até seu quarto, logo voltando com uma caixa quadrada vermelha. — Apreciem essa belezura. — abriu a mesma, revelando uma arma. — É uma Beretta 92FS. Linda, não? — sorriu estranho.
Porra, uma arma? Não mexíamos com isso; roubar era um crime elevado, mas estar carregando uma arma, ainda mais um dessas, é perigoso demais. Podemos bater de frente com algum policial ou até mesmo nossas mães.
— Onde você arrumou isso, Beadles? É totalmente errado, cara! — digo alvoroçado, andando de um lado para o outro.
— Qual é a diferença de roubar lojas? Afinal, dará mais emoção para nós. — riu sarcástico.
— Justin, cala a boca, porque seu pai vende drogas, mano. — Alfredo, toma frente, pegando na arma e apontando em minha direção, me fazendo ficar estático. Sem reação. — Isso nos fará ganhar mais grana. Pensa nisso.
Dou uma risada nervosa. Peguei minha sacola com dinheiro do chão, negando.
— Não vou tocar em uma arma. — sai da casa, pegando minha bicicleta correndo rapidamente até a minha.
Não poderia contar isso a ninguém. Apenas meu pai sabe que faço isso. Droga!
***
Um ano depois.
Justin com dezesseis anos, 2º ano do Ensino Médio.
Sinto mais um soco sendo distribuído em meu estômago. Resmunguei, mas não disse nada. Depois de ter sido pego correndo pelas redondezas, alguns homens pegaram-me por estar com uma arma. É, agora todos do grupo tínhamos uma arma, a minha é FN Five-Seven. Perfeita para tudo.
Volto a realidade, ao ser atingido por um tapa na cara. Maricas. Fredo e Ryan conseguiram fugir, e Chris tinha ido chamar meu pai, Jeremy, para ajudar-me nesse pequeno problema.
Escuto um barulho de passos, logo vendo uma sombra atrás dos galões. Sorrio, recebendo um olhar confuso de ambos imbecis. Cada um foi caindo aos poucos, e logo vejo meu pai com um olhar furioso. Jeremy me desamarrou, e de imediato massageio meus pulsos, que agora estavam doloridos.
— Escuta aqui moleque imbecil, da próxima vez que mandar alguém me chamar por um problema que você cometeu, irei dar um tiro na testa. — sorriu diabólico.
Gargalhei baixo, atraindo sua atenção.
— Não irá ter próxima, papai. — dou um passo à sua frente. — Vou embora daqui. Não aguento mais esconder as coisas de Pattie ou até mesmo da Georgia!
— Garoto tolo. — estalou a língua no céu da boca. — Acha mesmo que sua mãe não sabe de você e as merdas que faz? Se ela descobriu que eu vendia drogas, foi fácil pra ela saber do seu segredo, filho. — suspirou.
— Não importa. Agora mais do que nunca, quero manter isso em sigilo, ainda mais pela Georgia! — meus dedos tremem. — Nada vai acontecer com ela e isso será responsabilidade sua.
— E quem é você? — engrossou a voz.
— Eu sou Justin Bieber. A qualquer momento posso te colocar na cadeia por desvio de armas, drogas e assalto. — falo, sorrindo de lado. — E você não tem nada para me incriminar. Cuidado, a polícia já está atrás de você, não é?
— Inteligente. — cruzou os braços. — Como irá viajar sem dinheiro?
— Isso não importa. Apenas saberá que irei para Filadélfia, em Pensilvânia. Dê adeus a mamãe por mim, e diga que foi necessário. — me afastei depois de abraçar o velhote.
— Boa sorte.
***
Dois anos depois.
Justin com dezoito anos. Filadélfia, Pensilvânia.
— Justin, pega logo essa bolsa e corra, pentelho. — e foi o que eu fiz.
Em minutos, me encontrei com meus companheiros e sorrimos. Noah Conrad é dono do território de Filadélfia, mas ele queria dominar uma parte de Miami Beach. Basicamente eu tinha nos oferecido a ele para ajudá-lo, se ele nos ajudasse a crescer.
— Vamos, entrem. Logo iremos partir para Miami. — Noah chega com um carro."
Enfim, depois de tudo isso, consegui roubar alguns territórios de Conrad bem rápido. Decidi parar de atender as ligações de Pattie com o tempo. Fiquei conhecido em Miami Beach. E Noah nem se lembra de mim, e isso é ótimo. E mesmo assim, Georgia Banks nunca soube que agora sou um traficante procurado pela polícia.
De uns simples roubos a um grande traficante.
Meu desejo realmente é contar tudo a ela. Mas, uma parte de mim, teima em lembrar que ela se machuque bastante ao saber e se envolver comigo. Não quero que se liguem que ela é especial em minha vida. Mesmo que não fale mais com ela, Banks continuará sendo importante e é isso que importa.
Então, eu prefiro que ela não saiba agora e nem nunca sobre minha vida.
"Pouquíssima gente me desvenda. Mostro só o que quero. Não por maldade, mas por proteção."
AAAAAAA Espero que tenham gostado, digam o que acharam, ok?
Comentários são sempre bem-vindos.
Até logo <3
Teaser:
https://youtu.be/J-Etitd_I_c
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