Não apronte nada

Miami Beach, 22h50

Point of View Georgia Banks

Só haviam se passado alguns minutos e ainda estávamos sentados no chão. Tonwsen estava deitada sobre meu colo tremendo, ainda apertava sua mão, tentando lhe passar ao menos segurança. Como isso poderia estar acontecendo aqui e logo agora? Respirei fundo, olhando em volta.

— Ge? — olhei pra baixo. — Estou com fome, será que posso comer? — seu olhar era tão fofo, que não tive como negar. Apenas lhe dei a sacola.

Olhei em volta vendo a situação bem... Calma. Parecia que eles sabiam onde se localizava tudo, e isso estava estranho demais. Claro que não queria algo absurdo ou que acontecesse algum tiroteio, nada disso. Mas, por um lado, como disse antes: calmo demais. Os bandidos saem com sacolas de dinheiro a todo vapor, e o segurança do local já se encontrava deitado no chão com suas mãos presas para trás. Ele nem teve a chance de acionar o alarme... Espera.

O alarme! É isso.

Acionando o alarme a polícia iria vir. Mas é claro! Agora resta saber onde ele se encontra. Olhando em volta novamente, percebo que a recepcionista olhava tudo aterrorizada, não era pra menos.

— Eu estou com medo... — olhei para minha garota, abraçando seu corpo delicado. Respirei fundo, beijando sua cabeça. Sinto meu peito tremer e dou um pulo. — O que foi isso? — ouço seu sussurro.

Abro um sorriso, tendo em mente uma ideia.

— Mete a mão no meu peito e pega o celular dele, depois você irá pedir para ir ao banheiro, porque você está naqueles dias. E tente ao máximo fazer uma careta de dor. — pedi, acariciando seu braço. Por alguns segundos, consigo sentir a aflição ao vê-la se arrepiar. Era algo suicida? Óbvio. Mas era o único jeito de chamar a polícia. E também, nenhum deles iria entrar no banheiro com ela, até porque, ela é uma mulher, e pelo que percebi todos o bandidos são homens.

Tonwsen colocou sua mão em meu peito e pegou o celular, pondo no seu. Levantou-se, tendo o olhar e todas as armas apontadas para ela. Engulo a seco, me sentindo arrependida por ter pedido algo assim para ela. Era muito arriscado.

— Levantou porque, gatinha? — um deles andou até ela, parando em sua frente com sua arma apontada para sua testa. Porra. Ela com toda certeza travou, suas mãos se fecharam assim que ele se aproximou. — Responda! — empurrou a arma em sua testa a fazendo dar um passo para trás.

— Quero ir ao banheiro... — riu nervosa. — Sabe, estou naqueles dias... — se agachou colocando as mãos na barriga.

— Uh, certo. Irei levar você até lá, e espero que não apronte. — a puxou pelo braço. — Caso, contrário... — destravou a arma.

Seja o que Deus quiser.

Pego a sacola, comendo um pouco de comida que restava ali. Ela realmente estava com fome. Dei mais uma olhada ao redor, e optei por fechar os olhos. O cansaço já me consumia, suspirei fraco. Queria que tudo desse certo, mas percebo que não será como imaginei.

Justin. Laila cachorra.

Eram pequenas coisas que me fazem ficar completamente irritada e nervosa. Laila principalmente, ela sim é uma pessoa que não me dou bem, mas tendo um pouco de noção sei que ela irá fazer algo logo, e não quero que nada aconteça com Tonwsen. Agora, Justin morando ao meu lado, sei que tudo mudará e não será pra melhor. Tentarei não entrar em seu caminho, mas é meio impossível...

Depois de algum tempo, ela voltou com um sorriso no rosto, me fazendo acreditar que algo tenha dado certo.

— Eles irão chegar em poucos minutos, mas pediu para nos protegermos. — franzi o cenho, mas dou de ombros. Deitei minha cabeça em seu ombro, logo sentindo seu carinho em meu couro cabeludo. — Eu os vi colocando sacolas grande perto do banheiro masculino, mas não sei o que eram exatamente.

Peguei em sua mão, entrelaçando elas.

— É só termos calma, eles estão pra chegar. — murmurei, tentando me acalmar. — Cadê o celular? — questiono, já que, não a vi falar nada sobre ele.

Sinto sua mão tremer.

— Acho que esqueci lá... — levantei-me no mesmo instante, vendo o mesmo homem andar em minha direção.

— Preciso ir ao banheiro, tomei muito suco hoje e, também não posso ficar segurando muito o... — o desgraçado me interrompe.

— Vamos logo, não preciso saber disso. — andamos rapidamente, e logo entrei no banheiro. Suspiro. Onde ela poderia ter esquecido o bendito celular? Por fim, começo a olhar em volta, principalmente no chão. Entrando e saindo das cabines, sinto minhas mãos suar de nervosismo, faltando a última cabine, fechei meus olhos por um segundo e entrei, logo olhando o chão e o achei perto da lixeira. Aproveitando e fiz minha necessidade lá, sai indo lavar as mãos.

Pulei de susto ao ver a porta abrir brutalmente. Sorte, mas foi sorte mesmo, pois antes de sair da cabine havia colocado o celular entre os seios novamente. Mas, por instinto coloquei a mão sob o peito sentindo ele acelerado.

— 'Tá demorando muito, hein. — entrou olhando em volta, e logo me puxou com certa força, tanto que quase bati a cara na parede. Bruto. Voltando para o mesmo lugar consigo ver as sacolas que ela havia dito. Jogando-me no chão, soltei uma risada ao ouvir o barulho de sirenes se aproximando. — Merda! — saiu correndo para a direção do banheiro.

Não tive tempo de raciocinar, apenas senti meu pulso ser puxado e olhei para frente vendo que Tonwsen me puxava em direção a saída. Mas, logo vou de encontro ao chão, já que ela caiu. Direcionei meu olhar para ela, a vendo resmungar algo e colocando sua mão na barriga, todos que se encontravam no chão fizeram a mesma coisa; saíram correndo. Vendo que mais ninguém está aqui dentro, cheguei mais perto dela, e vi sangue... Sangue!

Olha o que você fez sua burra! — Gritou meu subconsciente.

Consegui levantar ela e saímos do banco, indo diretamente para o meu carro. A polícia já estava aqui, mas não tinha nenhuma ambulância. Inacreditável. Após colocar ela dentro do carro, acelerei ele, suspirando forte.

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Perdoem-me pelo capítulo pequeno! Espero que tenham gostado dele. O que acharam desse capítulo? Digam nos comentários, irei amar! 

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