Coração acelerado
TEM HOT!
Miami Beach, 14h10
Point of View Georgia Banks
Haviam se passado oito dias após o acidente no banco. Townsen ainda está um pouco abalada, bem óbvio, mas como agora ela está bastante ocupada com alguns desfiles, isso a faz parar de pensar no acidente. Olhava no espelho a alguns minutos... Mudei? Nem tanto, apenas o cabelo, mas isso é irrelevante.
Escuto meu celular tocar, e bufo baixo. Ando até a cama, onde ele se encontrava no meio de várias almofadas. Peguei-o vendo que era minha mãe, franzi o cenho.
— Mãe? — indaguei.
— Filha, está tudo bem aí? — sua respiração estava um pouco ofegante, o que me fez entrar em alerta.
— Sim. E aí, tudo certo? Porque está ofegante?
— Mais ou menos. O traste do seu pai veio aqui de novo e disse que viu Beck andando pelas ruas de Miami. Não sei como, mas a viu, tem até foto dela. Mas não sei de quando é a foto. — resmunga.
— Mas o quê? Mãe, que tal vir morar aqui?! Eu compro uma casa pra ti e tudo vai ficar bem.
— Não precisa... Estou bem, o novo vizinho ouviu a gritaria e me ajudou a expulsá-lo daqui. — riu baixo.
— Vizinho, né? Sei.
— Preciso desligar. — e desligou na minha cara.
Fico olhando que nem uma tonta a tela do celular, e por fim o coloquei pra carregar, e sai do quarto. Andei até a cozinha e vi Beck comendo.
— Andou sumida hein. — digo, pegando a batata-frita em seu prato. — Por onde esteve?
— Apenas dei um espaço para você e sua garota, só. Agora irei ficar mais aqui, perturbando você. — sorriu irônica e retribui. — Estive na casa de um carinha, muito gato por sinal.
Dou de ombros.
— Meu pai foi lá na casa da minha mãe, disse que viu você por aqui e que tem até uma foto. — me olhou espantada pela minha calmaria. — Ela só não sabe se é de agora. Beck, pelo amor, toma cuidado com quem tu anda. Falo isso porque não sei o que aquele traste é capaz de fazer.
Assentiu. Ouvi a porta abrir e logo Townsen apareceu na cozinha; cabelos presos e um vestido branco. Ela veio até mim, selando-me demoradamente. Olhei em seus olhos e percebi que ela queria dizer algo. Faço carinho em seus cabelos, os soltando, e pondo sua cabeça em meu ombro.
— Está tudo bem? — sussurro, ela concordou suspirando forte.
— Irei tomar banho e tentar dormir. Até logo. — me deu um selinho e beijou a bochecha de Beck que estranhou o ato.
— Acho melhor você falar com ela. — mordo meu lábio, assentindo e saindo da cozinha rapidamente. Entrei no quarto no exato momento em que ela começou tirar a roupa, deitei-me na cama. Entrou no banheiro fechando a porta. Certo. Ela realmente está estranha, ela não é de fechar a porta do banheiro.
Respirei fundo, olhando pro teto. Houve algo de errado.
Em poucos minutos ela sai com a toalha enrolada em seu corpo, e me olhou estranho. Franzo o cenho, sentando-me na cama a sua espera. Ela volta apenas com uma blusa pequena e calcinha, deita-se ao meu lado.
— O que houve, amor? Estou começando a ficar preocupada... — a puxei.
— Não aconteceu nada... Só estou cansada.
— Aconteceu sim, pode me contando. O que está acontecendo? Me conta, sou sua namorada. — a olho. — Não confia em mim?
— Eu só não quero contar, por favor, não insista. — decido atender seu pedido e saio do quarto batendo a porta com força. Bufo alto, voltando pra cozinha.
— Ela não quer me contar. — puxo meu cabelo.
— Para com isso. — me deu um tapa. — Se ela não quer contar, respeite o tempo dela. No momento dela, ela irá te contar, apenas a deixe por um tempo. — assinto.
Ouço a campainha tocar e a olhei confusa. Beckett levantou-se e foi atender. Procuro algo na geladeira até achar um bolo pequeno, o pego e corto em vários pedaços e coloco dois no meu prato. Vou até a sala vendo quem eu não queria ver.
— O que faz aqui? — questiono.
— Vamos conversar... — deu um passo em minha direção, apenas nego levemente a cabeça.
— Não, não mesmo. Você acha que é assim? Que num estalar de dedos tudo irá voltar ao normal só porque você é meu vizinho? — dou uma risada debochada. — Achou errado. Vaza!
— Não vou até você me escutar. — nesse momento Beck já tinha saído e pegando o prato da minha mão, com toda certeza ela sabia que a qualquer minuto iria jogar na cara dele. — Senta.
Cruzo meus braços, o olhando.
— Você 'tá na minha casa, acho bom ter respeito, ou eu ligo pra polícia. O que acha disso? — por um momento o vejo vacilar. Andei até o sofá sentando-me bem longe dele. — Tem três minutos.
— Tive que vir embora por motivos pessoais...
— Sai da minha casa!
— Não, espera. — tentou me tocar.
— Não me toca, merda!
— Realmente foi por motivos pessoais pra mim. Minha mãe nem sabia disso tudo, EU tive meus motivos para ir embora sem te dizer nada. — suspirou. — Eu precisava ir sem ninguém saber... Ge...
— Georgia pra você. — o cortei.
— Certo, Georgia. Naquele momento só pensei em proteger quem eu amo; você minha mãe, meus irmãos, e até a barata da Beck.
— Eu ouvi, tá! — ela grita de sei lá onde.
— Foda-se. Eu era sua melhor amiga, poderia ter me contado. Mas não, você preferiu ir embora me deixando devastada, seu filho da puta! Eu nunca irei perdoar você, escutou? Mesmo que você tente fazer algo, nunca! Eu fui na sua casa milhares de vezes, eu esperei por você... E por um momento pensei que você só quisesse um pouco de espaço. — ri amarga. — Você me largou no momento em que eu mais precisei de ti...
— Agora estou aqui, Ge... Quer dizer, Georgia. — se levantou.
— Agora, merda! Mas eu precisava antes. Eu tinha tantas coisa pra te contar. — não vou chorar, não vou chorar...
— Foi pra te proteger! Pelo amor de Deus, entende isso. — explodiu.
— Proteger de quê? Me diz. Ou você vai fugir também? — debochei, encarando seus olhos que estavam vermelhos.
— Você não iria entender...
— Tenta, só tenta. — falo.
— E-eu não posso, desculpa. Só não quero perder você... Por favor, tenta entender.
Neguei com a cabeça, deixando apenas uma lágrima cair e não fiz questão de limpar.
— Você me perdeu no exato momento em que foi embora sem dar notícias. — disse grossa. — Agora, por favor, vai embora.
— Georgia, por favor... — suplicou, seu rosto se encontrava vermelho, ele estava segurando o choro assim como eu.
— Justin, sai! — essa foi a última coisa que disse e foi o tempo de ver uma lágrima descer pelo seu rosto, e logo ele saiu fechando a porta.
Por que comigo, Deus?
Joguei-me no sofá, abraçando um travesseiro o apertando. E já não aguentando mais, liberto minhas lágrimas. Por que logo agora? Estava tudo tão bem e ele vem pra acabar comigo ainda mais. Não sei como consegui segurar o choro por tanto tempo, foi um recorde. Sinto um corpo se jogando em cima do meu, abro apenas um olho, vendo Townsen me olhar.
— Vai ficar tudo bem... — neguei fechando meus olhos.
(...)
Miami, 17h09
Abro meus olhos, sentindo um corpo sobre o meu; Townsen. Nem percebi que havia dormido no sofá. Suspirei fraco, me levantando. Andei até o quarto, tiro minhas roupas a caminho do banheiro e entro no mesmo. Sinto a água quente em minha pele e solto um suspiro de alívio. Eu precisava disso. Decido molhar meu cabelo, o soltei jogando a cabeça pra trás. Pego o sabonete líquido e começo a me ensaboar, ele tem um cheiro tão bom.
Após ficar mais alguns minutos no banho, desliguei o chuveiro, enrolando-me na toalha e saí do banheiro; seco-me e visto apenas calcinha e uma blusinha fina, ainda iria secar meu cabelo, então não via necessidade de me arrumar toda. Colocando a toalha de volta no banheiro, ligo o secador no quarto e me sento na cama. Começo a secar o cabelo, bem lentamente mesmo, já que a preguiça me pegou.
A porta se abre e vejo Townsen entrar e pegar o secador de minhas mãos, começando a secá-los sem dizer nada. Dou de ombros.
— Laila foi hoje no meu trabalho... — fecho meus olhos. — ... me questionar o por quê de ter parado de falar com ela. Novamente, ela tentou me beijar. — mordo meu lábio. — Um amigo do trabalho viu que estava ficando desconfortável e a expulsou, mas quando chegou a hora da saída ela estava me esperando. E esse mesmo cara do trabalho, me ajudou, trazendo-me para casa.
— Só isso? — puxou meu cabelo com força.
— Sim, não aconteceu mais nada depois.
— 'Tá ok. — suspirei, olhando pra frente. — Mais alguma coisa que eu deveria saber?
— Não. Realmente, ela não quer ser apenas uma amiga.
— Bem que eu te avisei, não é? Mas, agora chega desse assunto, nem fale o nome dessa cachorra aqui dentro de casa. — falo.
— Sim, Ge... — desligou o secador. — Se resolveu com seu amigo?
— Amigo de cu é rola, mas no meu caso é buceta. — virei-me sorrindo, vendo que seu rosto estava vermelho. — Que foi? — soltei uma risada fraca.
— Vamos deitar um pouco, que tal? — olhei para seu corpo e ela ainda está com a mesma coisa de antes, mordo meu lábio.
— Certeza? — chego perto de seu rosto, sentindo sua respiração falhar, dou leve selinho em seus lábios, logo me afastando. — Certeza, babe? — repito a pergunta, passando minha mão sobre suas coxas desnudas, e a vejo esfregar ambas pernas, sorrio. Continuo passando minha mão, agora, em seu colo, sentindo ela se arrepiar, beijo seu pescoço passando a língua lentamente por ele. Sua mão para em meus ombros, puxando meu rosto em direção ao seu. — Certeza...
— Cala a boca. — selou-me apressadamente. Sento em seu colo, dando uma rebolada, sentindo sua mão em minha bunda, puxando minha calcinha. Mordo seu lábio com força sentindo o gosto de sangue logo depois. Adentro minha língua em sua boca, sentindo uma quentura em minha intimidade, gemi em seus lábios. Ponho minha mão em seu peito, o apertando fortemente, a ouvindo gemer.
Puxei sua blusa para cima, tendo meus olhos em seus seios pequenos. Não perco tempo e coloco minha boca em seu seio direito enquanto minha mão vai de encontro ao esquerdo. Sua mão, que estava em minha bunda, agora está em minha intimidade, a alisando lentamente. Gemo fraco ao sentir seu dedo entrar em mim; puxei o bico de seu seio com força, e Townsen põe mais dois dedos em mim. Jogo a cabeça pra trás.
— Amor... — gemo alto. Seus dedos entravam e saiam com facilidade, já que me encontrava mais molhada que o normal. Essa mulher me dá um tesão da porra. Rebolo rapidamente, a olhando. Seus olhos estavam mais escuros que o normal. Ela aumenta a velocidade, e a puxo para um beijo, sentindo que já irei chegar ao meu limite. Dito e feito. Townsen retira seus dedos totalmente melados e os chupa, ainda me encarando.
Desço de imediato e puxo a calcinha de seu corpo, lançando um sorriso em sua direção, que foi retribuído da mesma forma. Beijo seu lábios vaginais rapidamente, sentindo-a se arrepiar com meu toque, dou uma lambida sentindo seu gosto delicioso. Escuto-a arfar pedindo por mais, então deslizo dois de meus dedos dentro da sua intimidade visivelmente molhada. Como a amo. Sinto sua mão em meu cabelo, incentivando-me a fazer meu trabalho, e assim faço. Dando lambidas de baixo pra cima, e continuo fazendo isso até sentir que ela está quase lá. Mas paro.
— Mas... O que você pensa que está fazend... — a cortei, fazendo uma mudança repentina, a colocando de bruços e prontamente ela empinou a sua bunda em minha direção. É claro que não resisti em dar um belo e forte tapa na mesma, a ouvindo gemer de dor e de prazer. Após ter aproveitado um pouco de sua bunda voltei à parte que mais me atraía, enfiando três dedos; sabia que ela era gulosa, quando estava perto de seu ápice, não demorei muito para reiniciar os movimentos contínuos de entrar e sair de sua intimidade, e juntamente a esse ato os gemidos voltaram com maior intensidade e logo senti seu líquido quente em meus dedo. Quando ela finalmente havia gozado tirei meus dedos de sua vagina, ouvindo gemidos de negação de sua parte e ofereci os mesmos que antes estavam dentro dela e ela prontamente os colocou na boca chupando cada um lentamente. Virando-a novamente, vejo que ela queria ainda mais.
Comecei a chupá-la rapidamente, ouvindo seu grito. Soprei ali, voltando a fazer o que ela mais ama. Ser chupada. Escuto-a arfar pedindo por mais, então deslizo dois de meus dedos dentro da sua intimidade visivelmente molhada. Céus! Estar ali chupando-a é algo maravilhoso, ainda mais ouvir seu gemido que me deixa louca. Pousei minha mão sobre sua coxa, apertando-a com firmeza. Aumentei a velocidade de meus dedos, e por fim, senti seu líquido quente sair e a chupo mais rápido, e percebo que seu líquido continua saindo mais ainda. Uau. Terminei de limpá-la, e subo meu corpo em direção ao seu, que parece estar morta, mas com um sorriso na boca.
— Nossa... — sua respiração estava falha, gargalhei baixo, beijo sua boca delicadamente, logo me deitando ao seu lado.
— Estava com saudade desses momentos. — peguei em sua mão, entrelaçando com a minha, e selei o dorso, fazendo um carinho.
— Eu também, precisamos fazer mais vezes. — olhei em seu rosto que agora estava vermelho. — Sabe que fizemos isso... De porta aberta, né?
Arqueio uma sobrancelha.
— Não ligo, estou na minha casa. Além do mais, Beck está saindo com um cara e nem fica muito aqui. — dou de ombros, a vendo assentir. — Convidou alguém para vir aqui?
— Não. E como você disse: estou na minha casa.— sorriu fraco, ela boceja, logo se ajeitando na cama. — Irei dormir um pouco...
— Não vai tomar banho? — questiono, já sabendo o que irá dizer.
— Claro que não, está tão bom aqui, sabe? — foi a última coisa que ouvi, me debruço sobre seu corpo, vendo-a dormir, puxo o fino lençol para cobrir seu corpo, e saio da cama. Indo para o banheiro.
Depois que termino o banho, sem molhar o cabelo, coloco uma roupa leve; saia e uma blusa, ambas amarelas. Saí do quarto, fechando a porta, andei até a sala, tendo a visão de algumas pessoas no sofá. Cruzo meus braços e continuo a andar até lá, parei ao lado do sofá e Darcy olhou com cara de nojo.
— Como entraram? — pergunto grossa mesmo, ninguém mandou entrar assim.
— Percebo que se divertiu lá... — abro um sorriso malicioso só para provocar a sua audácia.
Não era apenas ela que estava aqui e sim Tobey, Justin, Alfredo e Ryan. Não sei o porquê do testudo estar aqui, sendo que Beck não quer nada com ele.
— Como assim "se divertiu?" — ouvi Justin perguntar.
— Ela estava transando. — Darcy responde.
— E qual o problema? — a olhou com o cenho franzido.
— Você não sabe? — negou. — Ela é lésbica. — em segundo ele voltou seu olhar em mim.
— O quê?
— É, e namorar sua filha é maravilhoso. — retruquei com deboche. — O que fazem dentro da minha casa? E quem os deixou entrar?
Vejo em seu olhar que ficou com raiva. Só lamento.
— Apenas queria ver minha filha, mas vejo que ela está muito ocupada, não é mesmo? — levantou-se, respiro fundo.
Respira fundo mesmo, ela é mãe da sua namorada e foi ela que ajudou você a virar modelo. — Gritou meu subconsciente.
— Sinceramente, Darcy, não esperava isso de você. Ainda mais me olhando com nojo, logo você que é a que mais nos apoia. Foi com você que virei uma modelo. — a olhei com superioridade. — Não irei lhe tratar mal, até porque, você é mãe da minha garota. Só peço que se retire. Quando Townsen acordar, avisarei que você veio até aqui, sem problema.
Darcy vacilou sim, mas logo se retirou.
— Não sei o que vocês fazem aqui. — disse, confusa. — Você mais ainda, Justin Bieber.
— Queria conversar mais... Mas, irei embora. — saiu sem me olhar.
— Você é lésbica mesmo? — Ryan testudo pergunta como se estivesse inconformado.
— Sim, algum problema? — negou, saindo também. Parecia frustrado. Alfredo levantou-se e andou até mim:
— Georgia, só vim mesmo perguntar se queria sair... Porém, vejo que não está em um momento bom. — concordo, ele selou minha testa e saiu, fechando porta.
Ando até o quarto, abro a porta e a vejo dormir tranquilamente; fechei novamente e sai de casa. Já começava a ficar escuro e, por incrível que pareça, tem bastante gente na rua. Olhava tudo em volta, ainda mais como ficava lindo de noite. Olhei para o lado e vejo um banco, caminho até ele, sentando-me. Suspiro fraco, olhando pra frente. Arrepio-me com o ar gelado que passou, e cruzo os braços. Fecho meus olhos por um segundo.
Sinto a presença de alguém ao meu lado, mas recuso-me a olhar.
— Não deveria ficar sozinha numa praça quase deserta e a noite. — a pessoa diz.
— E você deveria calar a boca e parar de me encher o saco. — abro os olhos de imediato.
— Bem direta, hein. — seu riso seco ecoou, me fazendo olhar em sua direção.
— Concordo. — pego em meu celular e me assusto com a hora. Dou um pulo, dando um passo para frente, mas o indivíduo segura meu braço. — Solta agora!
— Desculpe, parecer um maluco... Mas, poderia me dizer para que lado fica a rua Champ Soft? — suspiro, ainda sentindo meu coração acelerado.
— Você está bem longe, né? — assentiu. — Enfim, segue reto e vire à direita, e depois é só continuar reto de novo, por fim, vire a esquerda.
— Obrigado.
Por fim, vou embora.
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Espero que tenham gostado! Comentários são sempre bem-vindos..
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