Coloque uma roupa
Galerinha, uns alertas antes de começarem ok?
1 — Pode conter algum tipo de "gatilho" então se forem um pouco frágeis a isso recomendo a pular;
2 — Não se trata especificamente de uma doença e talvez de um começo;
3 — Vocês são lindas do jeito que são e não precisam de mudanças!Galerinha, uns alertas antes de começarem ok?
****
Miami Beach, 10h00
Point Of View Georgia Banks
Bufei.
— Isso já vem acontecendo desde quando? — indaguei.
— Já faz alguns dias... Fique calma. — a olhei surpresa por me pedir calma.
Suspiro fraco.
Desde ontem que não saia do hospital, e a cada minuto que passa fico mais nervosa. Ninguém dá notícia. A questão é: Townsen passou mal no ensaio e teve que ser trazida às pressas para cá. Darcy já sabe o motivo, mas não quer me contar, e a raiva vem aumentando por esse motivo. Eu quero saber da minha garota, ninguém me diz o por quê dela estar passando mal.
Também não me disseram que isso vem acontecendo... E nem ela.
— Alguém pode me dizer o por quê dela ter passado mal?
Tobey olhou-me como se pedisse para calar a boca e então se levantou, puxando-me para longe, claro, a força.
— A imbecil da sua sogra descobriu que ela comeu cupcake na sua casa e desde aquele dia, Darcy a proibiu de comer qualquer coisa enquanto estiver perto dela...
— Por isso ela tem dormido na minha casa? — assentiu.
— Townsen me contou isso, mas pediu segredo.
Minha vontade é dar um tapa em sua cara por guardar isso.
— Por que? — pergunto.
— Ela sabe o quanto você acha ruim esse lance de parar de comer pra ficar mais magra... — respiro fundo, tentando me segurar.
— Foda-se! Townsen já é adulta, e deveria saber o que é certo ou errado. E agora ela está completamente errada, e você em vez de me dizer, prefere esconder que nem ela, não é mesmo? Eu esperava mais de você. — seguro o choro. — Tobey, todos que trabalham com ela sabe o quão difícil é manter um corpo e Townsen tem dificuldades com isso.
Ele tentou tocar meu ombro, mas afasto-me.
— Não. — olhei com decepção. — Se ela estiver com problemas maiores a culpa é dos dois.
Saí, voltando para meu lugar. O médico já estava ao lado de Darcy, que batia os pés. Até acharia que está preocupada, se ela não fosse a culpada também.
— Georgia, sua garota pediu para falar com você primeiro. — franzo o cenho.
— Como assim? Ela já está acordada? — mas é óbvio, sua burra.
— Sim, pode ir. — concordo, dando uma corridinha até seu quarto.
Parei em frente a porta, dando uma longa respirada antes de entrar e encontrar seu rosto ainda pálido e sem resquícios de maquiagem. Sorrio. Andei até a mesma, sentando-me na cama e a encaro. Não vou forçar, mas preciso de respostas.
— Ei, babe. Está tudo bem? — questiono, passando minha mão sobre seu rosto.
— Estou bem, foi apenas uma recaída... — interrompo-a.
— Recaída essa que tem a ver com você parar de comer? — fui direta, olhando seus olhos se arregalando e sua boca ficando entre-aberta.
— Ge, você precisa entender... — parou de falar ao perceber meu olhar.
— Preciso entender caralho nenhum! Você pode morrer com essa brincadeirinha idiota. Então, pode parando desde já, escutou? — exclamo, enfurecida. — E quando sair daqui você irá direto para minha casa e vai ficar lá. Já que, se for pra depender da praga da sua mãe, você morre de fome e ela ainda vai achar que está tudo uma maravilha. Porém, não está.
— Ge...
— Se a sua mãe está pronta pra te ver morta, eu não estou. Portanto, para. — fecho os olhos, engolindo o nó.
Escuto seu soluço e sua mão puxando meu braço, joguei-me sobre ela, abraçando-a fortemente. Choro como uma criança. Não quero perdê-la por bobagem, se for preciso tirá-la de sua casa, eu o farei. Levantei um pouco a cabeça e beijo sua testa, sentindo-a beijar meu queixo.
— Promete que vai parar de fazer isso consigo mesma? — murmuro baixo, por estar perto. Townsen esbarrou "acidentalmente" nossos lábios, abrindo um meio sorriso. — Podemos tentar juntas algo que te ajuda, tá?
— Sim. Desculpe. — sussurrou.
— Tudo bem, relaxe. — sorrio, dando-lhe um selinho.
Escuto a porta ser aberta e levanto-me da cama, ficando ereta ao ver o médico.
— Certo... Townsen você já pode se vestir. Sabe que isso que está fazendo é completamente errado e é prejudicial para sua saúde. — repreendeu-a com o olhar.
— Ela já sabe disso e não irá mais fazer isso, correto? — a belisco, rapidamente ela mexe sua cabeça concordando.
Depois de alguns minutos, ela já estava pronta para sair. Isso me deu um alívio tão grande.
(...)
15h09
Enrolei a toalha em meu corpo, saindo do banheiro e dando de cara com Townsen em pé. Desvio dela, mas sinto a desgraçada bater em minha bunda. E, propositalmente deixei a toalha cair, andando até o guarda-roupa, onde vesti uma calcinha, e uma blusinha branca de alça fina, com uma saia bege de botões.
Ouço uma bufada, soltei uma risada, virando-me a tempo de ver Townsen entrar no banheiro.
— Georgia? — escuto Beck me chamar.
Sinto meu nariz começar a arder, e solto um espirro.
— O que é? — pergunto sem abrir a porta e sento na cama.
— Não tem ninguém pelada, né? — soltei uma risada alta, escutando a sua de volta.
— Entre, praga. — vejo ela por apenas sua cabeça, averiguando, e por fim, entra por completo no quarto. — O que queres?
— Tem como você conversar com o Justin...
— Não! — quase grito, mas me seguro. — Por quê?
— Queria ficar com o Ryan. — mordeu o lábio, me olhando.
— Você quer ficar com um cara que deu em cima de mim, ainda mais na tua frente? Tem certeza? — arqueio minhas sobrancelhas. — Se valoriza, Beckett. Percebeu que ele não quer você? E mesmo assim, tu quer ficar com ele?
— Georgia! — me olha indignada.
— O cacete, merda! Sou sua amiga, e se você quisesse a porra de um conselho falso, era só pedir, eu daria! Mas, não, eu estou abrindo seus olhos e dizendo a verdade. — lambo meus lábios, sentindo-os secos. — Beckett, escuta... Ele não é isso que tu pensa dele. Ryan não é aquele homem maravilhoso. Além de ser ridículo, ele deu em cima e mim na sua frente!
— Por isso eu te amo. — sorriu triste.
— Aquele cara que você trouxe aqui em casa... por que não fica com ele? — questiono.
Sua boca abre e fecha, desviando o olhar.
— Será? — maneio a cabeça, dando de ombros. — 'Tá, já vou nessa.
E saiu rapidamente.
— Ge? Ela já foi? — olhei pra direção do banheiro, vendo sua cabeça para fora, e assinto.
Pego meu celular e vejo uma mensagem da minha mãe:
"Está tudo resolvido agora? Já sinto saudades." — Mamis.
Respondo-a imediatamente.
— Babe... — direciono meu olhar para o lado, logo abrindo a boca. Minha garota estava nua, na minha frente. Porra. Me arrumo na cama, lambendo meus lábios. Ela passa desfilando lentamente, rebolando ainda. — Geo?
— Vai colocar uma roupa! — esbravejo.
Percebo seu corpo mais magro, sua coxa mais fina que o normal. Como não percebi antes? Passo meu olhar pelo seu corpo o analisando de cima a baixo.
— Vamos brincar um pouco? — andou até mim, ficando parada a minha frente.
Neguei.
— Não. Anda logo e ponha uma roupa. — tentação, é isso.
— Mas, Geo!
— Pode ficar o tempo que quiser assim. Não vamos fazer nada, exatamente nada. — olhei em seus olhos amedrontados, pela minha reação.
— É porque estou gorda? — bufo.
Puxei seu corpo para ficar de frente pro espelho. E fiquei ao seu lado.
— Olha, mas olha bem pro espelho; o que você vê?
— Um eu gorda... — sua voz saiu trêmula.
— Townsen você é a mulher mais linda e bela que eu conheço. Você não está gorda e muito menos feia. Pelo contrário, seu corpo é lindo, você é linda por dentro e por fora. Entenda, mesmo que se minha garota fosse gorda, ainda iria te amar. Não estou contigo pelo seu corpo, estou pelo que você é por dentro. — sorrio fraco, tocando seu peito. — Eu amo tanto seu corpo como amo sua personalidade, pelo que você é. Só para de achar aquilo que te faz ficar triste.
— Eu amo tanto você. — abraçou-me, sinto-a ficar arrepiada por ainda estar pelada.
— Vá colocar um roupa, iremos sair. — selei seus lábios em um selinho rápido. Saí do quarto, indo para cozinha; abro a geladeira, pegando o resto de bolo que sobrou, Townsen tinha comido quase tudo de novo. Espero que isso ajude ela, não quero vê-la mal. Ela é tão importante para mim, que não sei o que faria... Não gosto nem de pensar nisso, dá até um arrepio.
Mordo meu lábio.
Darcy só pode estar completamente louca por ter deixado Townsen chegar nessa situação tão grave que está agora. É agravante pensar que sua própria mãe pôde ter feito isso. Não sei o que aconteceu para ela ficar assim. Apesar de ter um carinho enorme pela mesma, sei que não irei aguentar isso por tanto tempo. Existe possibilidade da sua mudança ser por minha causa?
Tomo um susto ao sentir uma mão molhada ser passada na minha cara.
— Agora sim você acordou. — arqueio uma sobrancelha, lambendo meus lábios tirando qualquer sobra de bolo neles.
— Pronta? — assentiu, entrelaçando nossas mãos. Saímos de casa, preferi caminhar mesmo, faz tempo que não andamos assim. Townsen usava um top azul que fazia um conjunto com sua calça fina. — Está tudo bem?
Me olhou, estranhando minha pergunta repentina.
— Nesse exato momento, estou. — suspira. — Percebi que quem me fazia mal era minha mãe e nunca percebi.
— Não vamos falar sobre isso. — digo rápido.
— E sua mãe? Como está em questão do seu pai?
— Ela não entrou mais nesse assunto e também nem quero. — parei de andar. — Que tal um sorvete agora?
Concordando, ela me beija, abrindo um sorriso.
Antes mesmo que entrássemos na sorveteria, dois carros pararam ao nosso lado, me assustando. Puxei Townsen assim que vi um deles sair com uma metralhadora. Estava pronta para correr, quando um musculoso apontou a porra da arma para ela, que ficou parada, apenas o olhando.
— Entrem no carro sem fazer sequer um barulho. — voz grossa a dele viu.
— Caso eu não entrar? — o desafio sorrindo com a ponta da língua entre os dentes, mesmo com o coração na mão.
Ainda estava claro, e todo o pessoal que se encontrava pelo local correu assim que os carros pararam. Merda.
— Eu mato você e sua namorada...
— Então você sabe quem somos nós, correto? — falo, sentindo a unha da garota ao meu lado arranhar meu pulso.
Morrer não vamos, acredito eu.
— Entrem logo no carro! — um babaca atirou para o alto.
— Olhem só, a platinada não está com medo. — o musculoso sorriu, mostrando todos seus dentes amarelados. Nojo.
— Já foi no dentista? — me olhou estranho.— 'Tá precisando, viu. — debocho.
Sinto minha boca doer assim que a mão dele entrou em contato com a mesma. Apenas rio.
— Georgia cala a boca. — escuto o sussurro de Townsen.
— Ouça sua garota, ela é mais sensata que você, platinada. — o cara da metralhadora disse.
— Eu tenho nome, seu bosta! — digo furiosa.
— Ui, afiada ela. — tentou me tocar, mas dei um tapa em sua cara. E como uma boa retardada, sou recebida com uma coronhada na testa. Infernos.
Cadê alguém quando se precisa?
— Agora que já estamos conversados, entrem nessa porra de carro!
Nos empurrou. Townsen entrou primeiro, mas quando foi a minha vez; um deles me empurrou de forma tão brusca que bati a cabeça no carro. Fico tonta, sinto-me ser puxada.
E a única coisa que percebo antes de fechar os olhos, foi a mão macia da minha garota em meu rosto.
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GENTEY!!! Espero que tenham gostado. Realmente, vocês são lindas do jeito que são; e qualquer coisa que precisarem é só mandar mensagem, ok?
Comentários são sempre bem-vindos!
Teaser:
https://youtu.be/J-Etitd_I_c
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