LEMBRANÇAS

« eun soora »

Hoje completam cinco anos desde que inauguramos o nosso restaurante, desde esse dia muita coisa mudou em nossa família, vivemos do jeito que meu pai sonhou lá em dois mil e quinze. Nosso restaurante ganhou algumas extensões de espaço, ganhou também um quadro de funcionários e recebemos diversos clientes diariamente.

No andar de cima, finalmente finalizamos o tão sonhado escritório, ele estava todo decorado para comemorarmos o aniversário do nosso JalMeogda. Enquanto comíamos os petiscos encomendados, meu pai insistia em falar.

- Vocês já estão cansados de me ouvir agradecer, mas eu realmente estou muito grato por ter vocês aqui conosco. Por causa de cada um de vocês, estamos onde estamos agora. - Appa dizia todo orgulhoso olhando para sua equipe.

- O Senhor merece tudo isso e muito mais. - Hae In, meu melhor amigo e Chef de Partida da cozinha, tocou o ombro de meu pai com um sorriso enorme.

- Meu filho, estou muito feliz por você nos ajudar e ser gentil com nossa filha.

Jung Hae In voltou para o meu lado, toda equipe passou os últimos minutos antes do restaurante abrir ali confraternizando e rindo de piadas internas.

As onze da manhã as atividades do estabelecimento se iniciavam, todos em suas devidas posições, exceto meu amigo que permaneceu no escritório comigo.

- Bom, aqui está a requisição dos itens que estão prestes acabar e que você vem me cobrando tanto. - Me entregou um papel com a lista.

- Finalmente!

Ele ria de mim. Eu detestava fazer cobranças a ele, porque ele sempre foi ótimo na cozinha. Mas eu odiava também ter algum prato do cardápio em falta, porque deixamos de comprar seu ingrediente, é frustante para o cliente que vai em busca da sua comida preferida. Hae In sempre entendeu o meu lado, e mesmo estando atarefado, conseguia tempo para minha solicitações.

- Oppa? - O chamei, antes dele sair pela porta e ele se virou respondendo um "sim". - O que acha de uma cerveja hoje a noite? - Perguntei animada.

- Hm, hoje não vai dar, eu já marquei com... - Disse coçando a cabeça e eu fiz de questão de cortá-lo.

- A Lee Bo Young. Certo, está bem. Divirta-se.

- Ei? - Ele riu. - Está com ciumes? - Cruzou os braços.

- Não. - Mantive meu olhar na tela do computador, enquanto digitava a lista que ele havia entregue.

- E por que não vai com a gente? Nós vamos assistir uma partida de basquete lá na quadra da faculdade.

- Ah claro, ela vai adorar me ver por lá. - Revirei os olhos.

- Não sei o porquê de você não gosta dela. - Veio até mim.

- Ela quem não gosta de mim. - Forcei um sorriso.

- De qualquer forma, o convite ainda está em aberto. - Beijou o topo da minha cabeça. - Tenha um bom trabalho.

Eu não tinha cogitado ir assistir a partida, mas olhando por um outro angulo não seria uma má ideia. Assistir os maravilhosos jogadores e de quebra provocar a Bo Young só para deixar Hae In oppa tímido. Ri só de imaginar.

Depois de um dia inteiro de trabalho, me despedi dos meus pais, eu tinha boas noticias para dar a eles, mas isso ficaria para um momento certo, momento qual eu estava organizando com a ajuda de Hae In. Mais cedo por mensagem chamei Jisoo para me acompanhar, por sorte ela topou.

Depois de uma passada rápida em casa para me trocar, fui até a faculdade que aconteceria o jogo de táxi. Na entrada minha amiga já me esperava, nos cumprimentamos com um rápido abraço, compramos nossos bilhetes e caminhamos até a quadra.

A partida havia começamos há poucos minutos, assim que avistamos meu amigo, corremos para sentar ao lado dele.

- Você por aqui? - Hae In olhou desconfiado, em seguida acenou para Jisoo. Sorri aberto e me sentei ao lado dele, minha amiga também se sentou.

- Annyeong Bo Young. - Sorri para ela. Pude ouvir ela suspirar depois de forçar um sorriso, não pude conter minha risada.

- Oppa, já experimentou esse chá? - Perguntei oferecendo a ele. Hae In bebeu da minha bebida, na mesma hora Bo Young cruzou os braços. - Bom, não é?

- É diferente, mas é bom sim. - Sugou o canudo mais uma vez. Sorri para ele.

- Está com frio? - Olhei para a menina que ainda estava de braços cruzados. Ela assentiu tentando disfarçar o incomodo que eu causava nela.

Hae In a cobriu com sua jaqueta e todos nós voltamos a prestar atenção no jogo.

Provocar Bo Young era divertido para mim, nunca pensei em fazer qualquer tipo de maldade contra ela, todas as minhas brincadeiras eram leves. Era minha forma de responder toda discriminação dela a mim nos tempos de colegial, ela implicava com minha aparência anos atrás. Certamente nunca imaginou que me encontraria no futuro, sendo a melhor amiga do carinha que ela gosta.

Na quadra pude reconhecer alguns rostos, todos eram amigos de Hae In, que acabaram se tornando meus também. O time deles vencia, o ultimo ponto da partida foi feito por Choi Youngjae, que correu até nós para comemorar. Eu desci os poucos degraus da arquibancada para comemorar junto a ele, que de surpresa me pegou no colo e me girou, eu ria de nervoso.

- Seu louco! - Tapeei o braço dele leve assim que me soltou. Ele ria.

- Avise a eles que estamos indo beber. - Youngjae disse antes de ir para o vestiário.

- Quanta intimidade, não? - Hae In comentou enquanto caminhávamos para a saída.

- Que fofo, ele é ciumento. - Jisoo disse apertando a bochecha dele. Bo Young o segurou pelo braço e até o bar caminharam assim. Eu só conseguia rir da situação.

Fomos os primeiros a chegar, mas o restante não demorou. Enquanto Hae In colocava costelas para grelhar, Jaebum distribuía as cervejas. Agradeci quando recebi a minha, brindamos e demos inicio a uma longa de noite de álcool.

Por último chegaram dois homens, que também faziam parte do time, soube disso pela forma que se cumprimentaram com o restante da mesa. Nunca tinha os visto antes em quadra.

Um deles me trazia uma lembrança constrangedora.

Acordei com a luz que vinha da varanda escancarada, por conta das cortinas abertas. Olhei em minha volta e me dei conta que acordei ao lado de um desconhecido, em seguida percebi que eu estava nua embaixo dos lençóis.
Me vesti cautelosamente e guardei minhas coisas com cuidado na bolsa. O observei, ele dormia lindamente, parecia um anjo inocente. Saí do quarto e fechei a porta, antes que ele me notasse ali.
Me sentia imprudente por ter me deitado com alguém que eu não conhecia, ainda por ter sido minha primeira vez, deveria ter sido alguém especial.
Busquei o número de Jisoo, ela ouviria um bom sermão por ter me deixado.
- Alô?! É assim que você me atende? Enlouqueceu ou quê? - Disse brava, assim que ela me atendeu.
- Woah, bom dia para você também amiga, um feliz ano novo... - Respondeu cínica.
- Como você pôde me deixar sair sozinha com aquele cara? - Perguntei. Eu já estava no lado de fora do hotel. - Ai que vergonha, sair daqui assim... - Escondia meu rosto.
- Eu também não fui para casa
- Riu no outro lado da linha. - Isso te conforta?
- Não!!! Meu Deus você é louca.
Jisoo me surpreendeu na falta de juízo, que eu já sabia que ela não tinha.
Fiz sinal para o táxi e fui até chegar em casa pensando em uma desculpa por estar chegando tão tarde em casa.

Hae In empurrou meu braço, me assustando. Me perdi em minhas lembranças que não me dei conta de quanto tempo estive paralisada.

- Ficou encarando ele sem nem disfarçar... - Oppa comentou, rindo.

Me senti envergonhada, torcendo para que o carinha não tivesse reparado. Seu rosto me lembrava demais ao do homem que eu deitei no réveillon de dois mil e dezesseis, só era mais sério. Meu coração batia em disparado que chegava doer.

oioi leitores ❣
muito obrigada por darem uma chance a minha história,
peço que continuem votando e comentando, porque amo ler seus comentários.

bom, apresento a vocês um dos personagens, Jung Hae In:

❣❣❣