Capítulo 1

PO V- Nathalia

Eles formavam um lindo casal, donos de uma beleza estonteante, sufocante, tão perfeitos, tão ricos, tão talentosos, tão tudo o que vocês possam imaginar. Seus amigos são os melhores, é uma amizade que se mantem há muitos anos.

Sua casa está localizada em um condomínio no bairro mais nobre de Seoul, é a casa mais linda, enorme, moderna, extremamente branca com suas janelas que tomam conta de toda a parede. Seu jardim possui as mais lindas flores que já pude ver ou tocar. Eles amam seu jardim, são apaixonados por sua casa, por sua vida, eles se amam intensamente. É lindo vê-los juntos, o carinho que ambos nutrem um pelo o outro é invejável. Eu invejo aquele que é o dono do coração do homem a quem amo.

Quem os conhece, sabe que falta algo, sabe o que eles mais querem, sabe que eles querem filhos. Eles querem ampliar o seu amor, querem fazer daquela casa um lar, um verdadeiro lar com crianças correndo por todos os lados. Eles apenas querem que seu amor se expanda entre laços, fitas, vestidinhos, bolas e carrinhos.

Por vezes eles tentaram adotar, mas não conseguiram, haviam barreiras. A principal dificuldade era por serem um casal homossexual, um casal que para os padrões da sociedade e da sua cultura, não se encaixavam para futuros pais.

O mais novo deles passava alguns de seus dias e noites triste, chorando por causa do preconceito que sofriam em relação a adoção, pois mesmo sendo ricos, estáveis e podendo manter quantas crianças quisessem, dando tudo o que precisavam efetivamente e materialmente, ainda assim, o Não sempre era o que recebiam.

Você deve estar se perguntando: "quem são eles?" Esqueci de mencionar, me desculpem. Eu estou falando do casal Kim, o meu casal, o meu mundo, os donos do meu amor, Kim Namjoon e Kim SeokJin.

Namjoon está no auge de seus 33 anos, é alto, loiro, corpo gostoso, peito e ombros largos, braços fortes, dono das pernas mais lindas que já vi. Ele não tem nada exagerado em sua musculatura, mas ele tem a indecência naquele olhar sensual e profundo que me faz tremer e me aquecer ao mesmo tempo. Ele desperta em mim os desejos mais pecaminosos, mais carnais, mais obscenos, me fazendo ruborescer apenas com seu olhar, fazendo com que seu sorriso de covinhas atinja o alvo com satisfação. Eu sou o seu alvo e ele é o homem que me leva a loucura.

Engana-se quem pensa que seu esposo fica atrás. SeokJin não fica nem um pouco longe disso, eu já disse, eles são perfeitos juntos. Jin é o homem mais sortudo que conheço, tem 32 anos, é casado com Namjoon há 06 anos, é sócio na Style Fashion com seu amigo TaeHyung, meu também chefe, que hoje vive exclusivamente para a Instituição TaeSeok, junto de seus maridos Yoongi e Jung Hoseok, que são sócios nos empreendimentos imobiliários e na construtora.

Falar do Jin não é fácil, ele é o pecado em pessoa, seus cabelos são negros como o ébano, seus olhos são de um castanho tão profundo que me julgam e me acolhem ao mesmo tempo. Seu corpo é definido, seus braços são fortes, seus ombros são largos, seu abdômen é todo trabalhado em lindos gominhos, acredite eu sei que são. Suas pernas são bem desenhadas, sua pele parece porcelana da mais sofisticada, seus lábios são carnudos e desejosos, e as mãos...aquelas mãos são grandes e fortes, a sua pegada, nem tenho palavras para definir quando estão percorrendo todo o meu corpo. Só de lembrar meus pelinhos ficam todos ouriçados. Jin é perfeito, esse casal me enlouquece.

Jin está presente na minha vida desde que eu era apenas sua secretária e de TaeHyung. Ele me promoveu há um ano e nove meses. Eu já trabalho para eles há uns três anos, e com o passar do tempo acabei me apaixonando por Jin, a convivência, a amizade e minha fragilidade emocional nos aproximou.

Eu passei por algumas dificuldades no início, não é fácil ser estrangeira e estar sozinha na Coreia depois de ter sido enganada e abandonada, por meu namorado coreano, mas Jin... ele estava lá e me ajudou muito.

Quando seu sócio casou acabou vendendo seu apartamento para Namjoon, que queria investir em imóveis, Jin imediatamente me forneceu abrigo, me colocou para morar nesse apartamento, nunca me cobrou nada, minhas despesas eram apenas as básicas. No início Jin e Tae me ajudaram muito com alimentação, com apoio emocional, eles se tornaram o ombro em que eu chorava quando a angustia tomava conta. Eles eram e são muito especiais para mim.

Em meio a toda essa situação Jin me promoveu a Relações Públicas na empresa, aumentou meu salário para que eu tivesse a dignidade da independência e não me sentisse menor por eles estarem me ajudando. Eu faço parte da vida de Jin e Namjoon, e sim, eles cuidam de mim.

Quando eu comecei a trabalhar na Style Fashion eu tinha contato com Jin e Tae e esporadicamente eu tinha contato com Namjoon. Naquela época eu já estava com muitos problemas, mas não deixava ninguém saber, eu precisava do emprego e tinha medo de ser mandada embora, e para ajudar, eu estava apaixonada por Namjoon.

Cada vez que ele buscava seu marido para almoçar, que se beijavam, se tocavam, eu me imaginava no lugar de Jin. Não era inveja, era apenas carência, um desejo muito grande por seu marido. Eu sempre respeitei seu casamento, nunca dei em cima de nenhum dos dois.

O tempo foi passando e a cada dia eu me apaixonava mais por ele. Eu estava amando Namjoon e era muito atraída por Jin, mas eu sabia o meu lugar e na vida deles eu não tinha espaço. Eu era apenas Nathália Elizabeth Ribeiro, a garota fodida que eles ajudaram há algum tempo atrás e que ensinaram a ser a mulher que sou e ajudaram a crescer profissionalmente. Pelo menos é o que eu imaginava até o dia da inauguração da Instituição TaeSeok para crianças.

Como o tempo passa...a inauguração foi há um ano, já têm muitas crianças, Tae está realizado e Jin está muito feliz por seu amigo. Nós sempre vamos lá ver as crianças, brincar com elas, contar histórias, levamos presentes. Jin se sente realizado, isso o conforta por não ter conseguido adotar nenhuma.

Você deve estar pensando "por que ele não adota da instituição do seu amigo", simples, aqui é um lar para crianças, eles têm aulas, assistência médica, eles moram aqui até completarem a maior idade, quando já estarão encaminhados para o mercado de trabalho e podem seguir em frente com suas vidas. Elas não estão ali para serem adotadas, ali é o lar delas.

-Ei, leitor! Vamos voltar no tempo? Vamos voltar no dia da inauguração da Instituição? É lá que tudo começa, é lá que nasce a nossa história de fato.


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