(CAPÍTULO NÃO REVISADO)

Balanço minhas pernas enquanto estou sentada sobre a ilha da cozinha da casa do Gael, ele se virá e me entrega mais uma torrada com recheio diferente das tantas outras que eu fui obrigada a provar.

_Não gostei_Faço uma careta quando o gosto azedo toma conta do meu paladar_É muito azedo.

_Esse foi o melhor_Se coloca entre minhas pernas e nego_Você é fresca, odiou os melhores.

_Chocolate amargo e banana com caramelo, isso é um pecado, eu gostei mais dá de recheio de geleia de uva e chocolate com maracujá_Pego o copo com água tomando um gole.

_Não acredito Olívia, esses eu comprei_Seguro o riso quando me olha com indignação_Você me odeia.

_Pinscher ficaram ótimos é que eu não gosto de coisas azedas, ainda mais com torrada_Apoio minhas mãos sobre a ilha e ouço um barulho vindo de fora da cozinha, desço da ilha e olho para o Gael que dá de ombros.

Saímos da cozinha e andamos até a sala de estar, não vejo ninguém, Gael sobe as escadas e vou até o hall, dou alguns passos para trás vendo a parede completamente coberta por sangue, o espelho coberto de sangue e fotos minhas coladas por cima do sangue.

_Não olha_Gael me virá para ele, sinto minhas mãos tremerem_Olívia, está tudo bem, vou ligar para a polícia, venha.

Me sento sobre o sofá, passo minhas mãos por meu rosto e as imagens passam novamente pela minha mente, me lembrando, aquele sangue, o cheiro, minhas fotos, merda eu fui ameaçada e já sei quem foi.

_Foi o Gonçalo_Gael abaixa o celular se virando para mim.

_Obrigado_Desliga a chamada e se ajoelha a minha frente_Essa possibilidade passou em minha mente também, mas o Gonçalo ele não sabe fazer essas coisas, eu sei que nada justifica isso, mas ele é meio burrinho.

_Pode ter sido a Francesca, eu disse que não iria atrás de respostas, mas eu fui_Erguo minhas mãos e ele franze o cenho.

_Eu não acredito, Olívia tem noção do que você fez?_Pergunta se levantando e passando a mão por seu cabelo_Oque você fez?

_Fiz algumas perguntas, e pedir ajuda a um amigo que conseguiu algumas respostas sobre o atual estado financeiro do senhor Howard_Parece surpreso quando digo o sobrenome do senhor de idade que está "ajudando" a Francesca.

_Para Olívia, você sabe muita coisa, estão atrás de você por isso, meu Deus, eles vão machucar você Olívia_Gesticula com as mãos, seu tom de voz fica trêmulo.

_Não vão, estou a um passo de conseguir as provas Gael, eu vou ajudar você a se livrar deles_Nega se levantando_Oque foi?

_Olívia, eles entraram dentro da minha casa sem nós ao menos perceber, tiraram fotos suas enquanto andava pela cidade, pelo amor de Deus você precisa parar_Me levanto parando a sua frente, eles não vão fazer nada, pois eu vou conseguir as provas primeiro.

_Eu não posso Gael, eles estão destruindo você, acabaram com sua festa de lançamento colocando aquele vídeo no telão_Passo a mão por meu cabelo me lembrando daquela noite ridícula_Francesca e Gonçalo fizeram da sua vida um inferno, me deixa ajudar você.

_NÃO_Me assusto quando grita_Você vai acabar se matando, você não pode me ajudar estando morta, eu não vou perder você Olívia, então apenas pare, eu vou resolver isso.

_Tabom_Concordo e ele apoia suas mãos em meus ombros.

_Você já me ajudou muito, descobriu a mentira da Francesca, encontrou minha mãe, foi até outro país apenas para confirmar toda a história, não se preocupe mais, você fez tudo por mim_O abraço e me condeno por está mentindo, mas eu estou quase conseguindo, estou perto de saber o porque esse senhor Howard está ajudando a Francesca nessa história, não pode ser apenas por concorrência de empressas_Promete para mim que você irá ficar longe disso tudo.

_Eu.._O barulho do elevador preenche o lugar, Delphine entra na sala de estar e solta um suspiro de alívio.

_Tudo bem?_Pergunta e o Gael vai até ela_Ouvir as vozes de vocês, porque o hall está todo sujo de sangue, oque está acontecendo?

_Alguem entrou aqui, foi uma ameaça direta a Olívia_Delphine puxa uma respiração longa e vem até mim.

_Chamaram a polícia?_Pergunta me abraçando de lado_O porteiro, perguntaram para ele?

_Não, estamos esperando a polícia chegar_Droga, eu tenho certeza que foi a Francesca e o Gonçalo que fizeram isso, as gravações vão ser confiscadas pela polícia, ficarei cega no meio da investigação.

_Tudo bem Olívia?_Delphine pergunta passando as pontas dos seus dedos por minha bochecha.

_Sim_Onde eles podem ter conseguido tanto sangue assim, sem contar as fotos que tiraram minhas enquanto eu andava pela cidade, preciso voltar nesses lugares e analisar onde possa ter uma câmera de segurança, assim poderei ver quem foi que tirou as fotos, desse modo terei uma pequena prova de quem está por trás disso.

_Esta pensativa_Nego dando alguns passos para o lado me sentando no sofá.

_Não estou não, apenas pensando nessa barbaridade_Aponto na direção do hall_Acho que chegaram.

Policiais invadiram o apartamento, Edmundo estava e nos acalmou dizendo que achariam o responsável, e eles começaram uma bisca por pistas, como por exemplo digitais, pegadas ou fios de cabelos.

_Vocês não tem inimigos, pessoas com que não tem boa relação?_Edmundo pergunta olhando em volta.

_Sim, Francesca Safra, inclusive eu já fiz um boletim de ocorrência contra ela, e a denunciei por sequestro de incapaz a muitos anos atrás, inclusive o Gael foi sequestrado por ela quando nasceu, sua verdadeira mãe é a Delphine_Puxo a Delphine para o meu lado, Edmundo franze o cenho e logo arqueia as sobrancelhas.

_Sinto muito Olívia, mas o seu boletim e a sua denuncia não chegaram até mim_Apoio minhas mãos na cintura olhando para o homem a minha frente.

_Como assim, eu fui na delegacia, falei com o delegado do turno noturno, ele me garantiu que em menos de um dia estaria tudo nas mãos de um juiz_Cruzo os meus braços olhando para o Edmundo que respira fundo.

_Fique tranquila, talvez tenha sido apenas uma confusão, vou checar e entrar em contato com vocês_Assinto e o Gael me olha com os olhos semicerrados_Precisam sair do apartamento, esse local é nosso lugar de investigação, e como a cena do crime está coberta de sangue acho melhor ficarem longe.

_Claro_Gael assente e o Edmundo sorrir brevemente antes de se virar indo em direção aos seus colegas de trabalho_Meu Deus Olívia você passou dos limites.

Passa por mim certamente indo arrumar suas coisas, poxa, eu não consigo me segurar quando se trata desse assunto que envolve tantas pessoas e nunca chega ao fim, ainda mais com ele no meio disso tudo, eu estou puxando ele para fora de um tornado, mas mesmo assim ele não consegue enxergar isso, eu não vou morrer e muito menos me arrepender por está o ajudando.

_Eu vou fazer algumas perguntas ao delegado, diga ao Gael que ele é muito bem vindo para ficar na minha casa_Assinto e Delphine passa por mim indo até onde alguns polícias discutem sobre o crime.

Abro a porta do quarto e ouço os ruidos vindo do closet, fecho a porta e dou passos cautelosos até o lugar, ouço os vários resmungos do Gael e seguro o riso, me apoio no portal de entrada do closet e ele desvia o olhar até mim.

_Tudo bem?_Pergunto e ele me ignora voltando sua atenção para a sua mala, respiro fundo indo até ele_Você não percebe que eu estou tentando tirar você do meio de um tsunâmi de mentiras, não precisa se sentir culpado, não foi você que me obrigou a ir atrás de respostas.

_Você está me tirando do "tsunâmi" e está se jogando dentro dele, você vai acabar se afogando e no final não vai ter adiantado o seu sacrifício_Acerta um leve soco no compartimento do closet_Você não vai se sacrificar por mim, não mais.

_Eu já fiz isso, me desculpa, mas eu não podia ficar quieta Gael_Gesticulo com as mãos e ele cruza os braços se virando para mim_Estamos juntos não é? Isso significa para qualquer coisa que vier.

_Tabom Medusa, mas por favor não faça mais isso, eu estou tentando resolver tudo isso o mais rápido possível_Me estende a mão e a pego parando a sua frente.

_Delphine mandou avisar aue você é muito bem vindo no apartamento dela, mas você também é bem vindo no meu humilde apartamento, não é enorme como o de vocês, mas é confortável_Dou de ombros e ele sorrir.

_Tem certeza?_Pergunta e assinto_É claro que eu vou_Erguo os braços em comemoração e ele faz o mesmo.

_Precisa falar com a sua mãe_Aponto para ele e dou alguns passos para trás, arrumo minhas coisas e me troco.

Descemos a escada e o Edmundo já havia ido para a delegacia começar as buscas por Francesca e Gonçalo.

_Juizo vocês dois_Delphine aponta para nós e erguo minhas mãos em forma de rendição_Me liguem se algo acontecer.

_Fica calma, eu sou muito responsável_Gael pisca algumas vezes e Delphine franze o cenho_Talvez não tanto, mas eu sou um pouco.

_Prefiro confiar na Olívia_Dou uma risada abafada e as portas do elevador se abrem, nos despedimos da Delphine e entramos na caixa de metal.

_Eu ligo caso ele apronte alguma coisa_Aponto para a Delphine que assente e acena para nós antes das portas se fecharem.

_Não acredito que me chamaram de inrresponsável_Diz frustado e dou de ombros olhando para ele.

_Pois acredite pinscher_Desvio meu olhar para o painel vendo os andares passarem, o elevador para no térreo e as portas se abrem.

Passamos pelo porteiro que acena para nós e faço o mesmo, vamos até a garagem descemos pela escada já que o elevador não está indo até o estacionamento privado.

_Com essa chuva eu sugiro uma tarde repleta de filmes_Gael segura em minha mão e assinto dou alguns pulinhos me lembrando dos filmes de ação que tanto amo.

_Ação_Aponto para ele que joga a cabeça para trás_Estou cansada de assistir comédia romântica Gael.

_Eles são os melhores, ação é uma coisa muito brutal_Tento nega e ele começa a cantar alto para não me escutar.

_Brutal é ouvir você cantando_Digo com ar de riso e paramos a frente de um dos seus vários carros_Vamos logo, ou a chuva irá se intensificar e ficaremos presos novamente.

_Eu não acho nada mal_Tampo meus ouvidos indo até a porta do carro_Oque eu não te escuto_Abro a porta do carro me sentando no banco macio do passageiro.

Coloca sua mala no banco de trás e fecha a porta, entra no carro e passo o cinto, essa história do boletim não ter chegado ao Edmundo é algo estranho, mas primeiro saber o porquê do senhor Howard está ajudando a Francesca, e preciso ir em todos os lugares que foram tiradas as fotos minhas.

_Oque foi? Tudo bem?_Desvio meu olhar até o Gael que apoia uma das suas mãos em minha perna, enquanto a outra guia o volante do carro_Está muito pensativa.

_Imprenssão sua_Sorrio amarelo paea ele e volto minha atenção para a rua que está molhada pela chuva_Você precisa ir até a delegacia fazer o boletim contra a Francesca e o Gonçalo, talvez oque eu fiz não dê em nada, afinal eu não fui a vítima.

_Amanhã pela manhã irei até a delegacia, oque acha de ir comigo?_Irei começar minhas investigações amanhã, mas não posso deixa-lo ir sozinho, pensando bem a Delphine com certeza irá também.

_Claro, a Delphine precisa está presente_Assente, pego meu celular vendo uma mensagem do Alden confirmando que irá me ajudar com a procura das imagens dos locais.

Francesca não perde por esperar, estou logo atrás dela, seguindo todos os seus rastros, e colecionando todos os seus erros, eu sei que tem algo por trás dessa cumplicidade dela com o senhor Howard, e eu vou descobrir, assim como vou conseguir todas as provas dos seus crimes, ela e o Gonçalo vão pagar por tudo.

Desço do carro quando o Gael adentra com o carro no estacionamento do prédio onde moro, fecho a porta e paro ao seu lado, caminhamos em direção a portaria.

_Boa tarde_O porteiro nos cumprimenta e franze o cenho vendo o Gael_Que surpresa senhor Safra.

_Espero que boa_Aponta para o homem que ergue as mãos_Que isso, não parece que eu te paguei para ficar de olho na Olívia para mim.

_Oque?_Pergunto e o homem arregala os olhos, Gael sorrir para mim e o porteiro apenas se abaixa atrás da sua bancada_Não acredito que fez isso.

_Você estava sozinha Medusa, eu não podia ficar sem notícias sua_Segura em minha cintura me puxando em direção ao elevador.

_Eu estou de olho em você_Aponto para o porteiro que apenas sorrir_Você vive me puxando.

_Não consigo evitar_As portas se fecham, para a minha frente e semicerro meus olhos em sua direção_É mais forte que eu Medusa.

_Tabom_Beijo sua bochecha e o empurro delicadamente_Eu estava pensando em uma coisa.

_Pois diga, e você pensa muito_Aponta para mim e dou de ombros.

_Acho que vou precisar ameaçar o médico Itáliano, para ele testemunhar ao seu favor_Entre abre os lábios e pisca algumas vezes.

_Você é louca?_Pergunta e nego, apoia as mãos na cintura e me olha com desconfiança_Você está enlouquecendo com tudo isso.

_Oque? Claro que não paixão_As portas do elevador se abrem e saio a sua frente_Mas precisamos do testemunho dele.

_Vou conseguir isso com apenas um telefone_O olho por cima dos ombros e pego minha chave em minha bolsa_Não será preciso ameaçar ninguém.

_Acredite ou não, é a melhor parte_Abro a porta do meu apartamento e dou espaço para que ele passe a minha frente.

_Você está me assustando_Se virá para mim e entro em meu apartamento_Parece uma psicótica falando em ameaças.

_Relaxa, estou brincando_Fecho a porta com o pé e dou uma risada abafada quando passa suas mãos por minha cintura me puxando para si_Ou não.

_Olívia_Me repreende e erguo minhas mãos em forma de rendição, sobe suas mão segurando entre meu cabelo_Vamos assistir_Dá uma risada se afastando.

_Claro pinscher_Dou uma gargalhada quando imita um latido_Eu preciso contar isso para o Caio.

_Não vai mesmo_Aponta para mim e retiro meu celular da minha bolsa o erguendo no ar_Medusa.

_Não adianta_Dou a volta no sofá enquanto ele corre atrás de mim, desbloqueio meu celular e entro na conversa com o Caio, tento digitar enquanto corro, mas falho_GAEL.

_Peguei você_Caimos no sofá com o Gael entre minhas pernas_Perdeu Medusa.

_Eu conto quando eu o ver_Nego quando mexe os dedos e começa a fazer cosquinhas em mim.

_Ainda vai contar para ele?_Pergunta e dou um gritinho fino quando minha risada se torna risadas de desespero_Vai contar Medusa?

_Na..não_Tento recuperar o fôlego e ele para dando risada_Eu não gosto de cosquinhas pinscher.

_Gosta sim_Distribui beijos por minhas bochechas_Precisava ver como você entrou em desespero.

_Quase morro_Faz uma careta e sua cabeça se encosta em meu peito.

_Oque vamos assistir?_Pergunta e pega o controle que foi parar no chão_Comédia ou terror? Você decide.

_Traidor, assim não vale_Passo minha mão por seu cabelo e ele liga a televisão_Comédia, você sabe que odeio filme de terror.

_Seí, por isso sempre deixo essas duas opções_Puxo seu cabelo levemente e ele solta um resmungo_Maratona_Ergue as mãos para que eu pegue, entre laça nossos dedos e desvio minha atenção para o filme.

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