O GOVERNADOR
Sábado 28 de outubro às 4h00
Local: casa do Governador
O Agente Larsson estava parado na Sala de Reunião da casa do Governador. Ele foi avisado no início da madrugada pelo delegado Aloísio do acontecido, e como era o responsável pela guarda de segurança e também amigo de infância do governador, ficou com a difícil tarefa de informar a morte de um dos seus filhos.
O Governador tem três filhos. Duas mulheres e um homem.
Larson é alto , forte, normalmente bronzeado e com o rosto quadrado e aspecto rude. Gosta de correr nas horas de folga e jogar sudoku. Formou-se em matemática, porém descobriu na polícia sua vocação.
Com dois anos na polícia civil foi chamado para o GAAT (Grupo de Apoio Anti terrorismo). Quando o governador foi eleito, recebeu o convite da sua vida. Um excelente salário e chances reais para crescimento profissional.
Tornou-se chefe da segurança do político, conselheiro e confidente. Agora ele estava na casa do patrão e amigo para informar a tragédia, e o pior é que, não foi uma morte acidental, mas, o rapaz fora brutalmente assassinado.
-Conte o que aconteceu? Foi com o Cleiton? - O silêncio na sala de reunião da casa do governador, era aterrador. Cortante.
-Celso, não trago boas notícias.
-O que aconteceu Larsson?Fala logo!
-Vamos nos sentar.
-Deixa de demora homem, desembucha o que você tem para me dizer. Fale agora! - Larson observa o homem com quase dois metros de altura, olhos negros e redondos, coloca as mãos para trás e solta a verdade.
O gigante alvo que está na sua frente para, processa informação, e despenca no chão soltando um urro doído e terrível, agora, ajoelhado e com uma dor no peito dilacerante, parecendo que a terra o esta engolindo.
-Não! Meu filho não! - Urrava o governador que tremia e olhava para as mãos com os punhos cerrados.
-Celso, nós vamos achar os responsáveis!
-Vamos sim!
-Porque meu Deus? Por que?- Lamenta se o governador.
-Celso , levante-se, e me diga se você estava recebendo alguma ameaça e não havia contado ou se cleiton estava metido com drogas.
-Meu filho... Meu pobre filho. - O governador chora ainda mais. O pranto aumanta, ele senta no sofá e olha fixamente para cima.
No final da primeira meia hora, ele só consegue chamar pelo filho.
Larsson faz mais umas duas ligações para saber como anda a investigação e tem a resposta qua não há nada de novo... Nada que ele já não soubesse.
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