Dia 28/10 hora não definida. Local: Casa do Governador
O governador está parado. Olhando ceticamente para a Jovem que está o interrogando. Ele abre a gaveta à sua direita e tirar uma caixa com charutos cubanos, acende e dar um demorado trago. Depois oferece aos presentes. Todos recusam por educação. Ele olha mais uma vez para jovem.
-O que a faz pensar isso? Fala calmamente. Mas, com ênfase e detalhando cada frase.
-Desculpe-me governador, mas, já respondi essa pergunta.
"Petulante!"
"Ela está demais!"
"O que ela sabe?"
-Apenas acredito - Continua- que o senhor sabia que o Cleiton estava fazendo parte de algo, mas não acreditava que fosse perigoso e pensava que não colocaria a vida dele em jogo ou prejudicaria sua reputação. E como o senhor mesmo disse que é muito atarefado e de fato o é...não pensou que o envolvimento dele com uma seita, que acreditamos ser satânica, fosse terminar nesta tragédia. "Ele mordeu a isca" - pensa Medeiros.
-Você acha que aceitaria meu filho participar de uma aberração dessas? Sou católico. Tenho o apoio de todos os evangélicos. Como eu, aceitaria o fato de meu filho ser um satanista? Larsson ficou estarrecido com a revelação. "que ele sabia?"
-Não sou idiota,continua o governador, sabia sim que ele estava envolvido, mas, não sabia o quanto e nem com o que era.
-E nunca desejou saber?
-Muitos compromissos. Não posso nem adoecer. O tráfico, bandidagem, não dão trégua. Estou sem tempo até para a família. Se você observou, minha primeira esposa mora na minha outra casa na Zona Norte. Vou no segundo casamento.
-Quando foi a última vez que você e o Cleiton conversaram?
-Não me lembro.
-Seria importante fazer um esforço -Fossa Medeiros.
-Acredito que há uma semana. Fala o governador com os olhos perdidos no tempo que passou rápido demais -
- E sobre o quê?
-Não me lembro. -"Está nervoso vou mudar o assunto"analisa Medeiros...
-Governador, o senhor é uma das vítimas... E desejo pegar esse cara tanto quanto o senhor...Agora, para que isso aconteça precisamos saber o que aconteceu antes desta noite. Quais eram os amigos de Cleiton ? Ele havia comentado sobre novos amigos? São respostas que somente o senhor pode nos fornecer.
-Desculpe-me... O governador começa chorar. Medeiros para de falar e abaixa a cabeça sentindo a garganta dar um nó...
-Não fique receosa, você está tentando fazer seu trabalho, e muito bem. A tensão temporariamente desaparece. Os dois homens estão atônitos...Em menos de meia hora o caso avanço acelerado. O governador começa a contar...
-Ele estava diferente há uns seis meses... Nesta época, entrei no quarto dele e vi um livro que me deixou preocupado...Era todo negro, Capadura e com um pentagrama desenhado em alto relevo e dourado.
-O que pode nos dizer mais? - Pergunta Medeiros
-Acho que havia uma ficha de uma comunidade "que não sei o nome... "
-Puxa da memória...Pede Aloísio
-Acho...Que...Fraternidade de alguma coisa Sagrado... alguma coisa desse tipo não me lembro se era assim.
-Você ainda tem esse livro? -Continua Aloísio-
-Posso pedir para procurarem no quarto dele? O senhor lembra o que havia nele?
-Pareciam ensinos, histórias para encantamentos, bruxaria, feitiços... Foi tudo muito rápido e depois Cleiton entrou no quarto e brigamos porque eu estava mexendo nas coisas dele.
-O que ele falou? Pergunta Medeiros
-O que você falaria? Retrucou o governador -Medeiros se lembrou do seus pais e quão verdadeiro era essa pergunta... -Havia mais alguma coisa nas coisas dele? Pergunta Medeiros
-Uma Bíblia.
- Bíblia? Pergunta Larsson
- Sim...uma Bíblia dedicada a ele... Responde o governador...
- O que estava escrito? Se lembra? Pergunta Aloísio.
"Quem quiser viver, Tem que morrer." Assinado
Pastor Lucas
responde o governador, enquanto Larsson e Aloísio olha entre si.
-"Ele está dissimulando?"Pensa Medeiros.
-A sua esposa está chegando. Avisa Larsson ao receber a notícia pelo WhatsApp.
-Precisamos ir falar Aloísio.
-Entendo... Medeiros o que você acha? Pergunto o Governador quando Medeiros vai saindo.
-Sinceridade não sei o que dizer governador. Realmente não sei. Mas a nossa conversa foi muito esclarecedora. A propósito... Depois eu poderia conversar com sua esposa e filha? -Sim... Mas...Somente após o funeral! Exige o Governador.
-Claro. - O Governador Levantasse e aperta a mão de Medeiros e Aloísio. Depois deles saírem... Larsson proíbe os homens de entrarem.
-Celso, quando ia me contar que sabia no que Cleiton estava envolvido?
-Sem dramas! Sem drama! - Fala o Governador.
-Se você não observou estamos atrás de um psicopata assassino que pode ter ainda raptado, sua outra filha, Ana Caroline.
-Quieto. A Clara não sabe disso.
-O que você vai dizer? Pergunta Larsson
-não sei ainda... Não sei... Mas, vou contar hoje.
-Posso entrar? Pergunta a Clara.-Ela Entra correndo e abraço marido. Os dois choram. Um homem inconformado está em pé. Inconformado, porque ele queria aquele abraço. Um abraço de clara.
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