A GUERRA EXPLODE (Parte III)
Pr. Lucas estava na frente da igreja, quando escutou:
"Precisamos das suas orações!"
-Tiago você falou algo? –Pergunta ao diácono.
-Não Pastor. Não abri a boca.
"Levante a igreja em oração!"
-Eles estão precisando de oração? – Fala Lucas.
-Quem? – Pergunta Tiago.
-Vá à casa do pessoal e os chame para continuar a vigília.- Interrompe Lucas sem responder ao Diácono.
"Precisamos de mais orações...
-O que está acontecendo?- pergunta Tiago.
-Homem, me obedeça. Vá busca o pessoal. – Fala Lucas olhando sério para Tiago.
-Aonde vamos nos reunir?- Pergunta Tiago.
-Tragam aqui para frente da igreja. Rápido.
Lucas sai da igreja e corre até o carro, sai na direção da Rede de Televisão Canaã que fica no caminho de Carpina. Ao dobrar a esquina, ver Amanda e pára.
-Amanda! Vamos nos reunir para orar. Há algo me incomodando e...
-Pastor deixe-me entrar. – Mostrando os caninos e a arma.
-M-mas, o que é você?
-Sua morte. – Responde Amanda. Ela tenta disparar, mas, a arma trava. Ela puxa outra e acontece a mesma coisa. Lucas acelera derrubando Amanda no chão. Ela começa a recitar palavras estranhas e seus olhos ficam negros e seus caninos crescem ainda mais.
Ela começa a correr atrás do carro de Lucas. Sua velocidade é impressionante. Lucas olha pelo retrovisor e vê aquela figura esguia correndo atrás do carro."Ela está me alcançando meu Pai me ajude. Cobre-me com teus anjos." – Ora Lucas.
Ao olhar para trás vê Amanda sendo arremessada como por uma mão invisível na lateral de um caminhão parado na rua. Pr. Lucas não perde tempo e acelera o máximo que pode. Dirige uns trinta minutos e pega a BR 202 no sentido o antigo terminal de passageiro.
XXX
-Apareça Anjo! –Fala Amanda
Você acha que estou sozinha? – Ela ri. Allende observa na sua invisibilidade três caídos se movendo pela parede do prédio.
-Apareça! Vamos! Mate-me!
-Vampira pare. Ele só obedece a um. Não desperdice seu Tempo. Allende sabemos que nos vê, e sabe que o Pastor não passará de hoje a noite. Somos muitos. – O Gigante negro se move cuidadosamente entre os carros.
Sua armadura é uma peça só. Sua espada está na mão esquerda e um machado na direita montado em seu cavalo...Allende voa deixando eles para trás."Eles querem me atrasar". Allende não quer uma batalha agora, a vida do Pastor estava em risco e não poderia se atrasar mais. Com sua velocidade angelical alcança o carro e acomoda-se no capô.
XXX
-Sabe General, chegarei ao inferno com suas asas na mão como um troféu. – Fala o demônio Hauri.
-É você tem um dom. – Fala Thell parado e olhando fixamente para eles.
-posso saber qual?Pergunta Hauri
-Falar muito e age pouco. – Antes de o demônio colocar a língua bifurcada para dentro, a Sopro Sagrado o corta no meio
e depois gira a espada e com a lamina invertida decepa a cabeça do gigante de armadura vermelha. Hauri cai sobre os joelhos e desaba E Thell voa para onde estava.
-O Próximo. Quem vai ser? – Pergunta Thell olhando para o teto que está repleto de "caído". Todos com as espadas desembainhadas. – É vai ser uma noite e tanta. – Pensa Thell.
-Celestial você acha que seremos tolos de atacá-los um por vez? Ao dizer isso uma onda de demônios avança contra Thell. Centenas de olhos em brasas se deslocam contra um ponto amarelo fogo.
-Ascender! – O corpo do General entra em combustão. Seu corpo é tomado por um fogo sagrado. A Sopro Sagrado está mais acesa que antes. As asas são cobertas instantaneamente com ouro celeste, e sua armadura de bronze, passa a ser de ouro. Ouro e fogo se misturando.
-Atacar!- Gritam os "caídos".
Thell se arma, coloca a espada à frente e firma um pé na frente do outro. Ele está se preparando para atacar com a espada e com as asas.
A notícia que há um general no telhado faz com que mais e mais "caídos" subam para o confronto. E o nome Thell era citado com uma raiva contida em plena ebulição pelos "caídos".
Thell bloqueia o ataque de um, se abaixa, abre as asas e roda sobre seu eixo, serrando uns três demônios ao meio. As carcaças tombam divididas. Eles hesitam um pouco, mas a diferença numérica os deixam otimistas.
Uma nova onda de caídos parte em direção furiosa contra um general. A Sopro Sagrado roda habilmente na mão de Thell de um lado para outro, fazendo um estrago. Ele permanece cercado de demônios. A espada em fogo aonde toca deixa o membro decepado.
Ele voa para o outro lado, mas é golpeado no peito e se choca nos outros caídos derrubando ele e os outros como se fosse um imenso boliche.
XXX
Allende percebe que estão sendo seguidos. Os Caídos estão mais pertos. Dois alcançam o carro e partem para cima de Allende que cria uma muralha de fogo, fazendo com que eles recuem. O terceiro voa por baixo do carro e vara motor acima fazendo o carro parar. Pastor Lucas sente o carro "engasgando".
"Meu Deus o que será agora?"- O carro vai parando, diminuindo a velocidade até chegar perto de um canavial. Um barulho no teto...
"Ela está no teto do carro!"
-Desista pastor. Era para o senhor ter morrido na sexta feira, mas, meus amigos falharam.
-Amanda, você não precisa fazer isso. Você não quer fazer isso!- Lucas consegue sair do carro e se dirige para a frente do veículo e olha para uma Amanda sem maquiagem, como de fato ela é...
Amanda ri maleficamente.-Você não sabe? Quando matamos um pastor subimos na Ordem e recebemos um pagamento generoso em dinheiro.
-Quem são vocês?
Ela anda sorrateiramente. Tentando cercar o Pastor. Ela está se preparando para atacar.
-Amanda, há esperança para você. Deus tem um propósito para sua vida.
-E por que você acha que quero mudar de vida? Sou uma vampira. Vou viver eternamente e comandar uma das milícias do inferno.
-Não seja tola, eles mentem para você. Os demônios nunca falam a verdade. – Fala Lucas.
Amanda ataca o Pr. Lucas e pula na sua direção com as mãos abertas deixando as unhas como garras à mostra.
XXX
Medeiros e Denise entram no elevador e apertam para o térreo. O elevador pàra no segundo andar e vão entrando dois homens e duas mulheres que estão conversando sobre assuntos diversos. Pais e filha não tiram os olhos dos dois homens. O Elevador pára no primeiro e as duas mulheres descem. Medeiros não dar tempo para os homens. A arma que estava sendo segurada pela mão direita escondida nas costa dela, aparece rapidamente cuspindo fogo. São dois tiros certeiros no peito.
O sangue jorra, mas, os homens pareciam que não foram baleados. Com uma rapidez felina, eles pulam para cima dos três. J.J cai no chão do elevador e recebe um chute na cara. Um dos homens parrudos tenta socar Denise que se desvia do murro, que atinge a parede do elevador.
Quando a porta se abre, as pessoas que estavam no térreo esperando subir não entendem o porquê dos cinco não saírem do elevador, que param de lutar, até por que J.J está no chão sem conseguir se levantar. A porta se fecha e novamente começa outra sessão pancadaria. O elevador sobe para o quarto andar. Ao abrir a porta os homens estão no chão e os três saem, quando são recebidos por nova saraivada de balas.
-Medeiros pela escada de incêndio. – Grita Denise.
-Não vamos conseguir. Como é que ninguém está escutando esse barulho todo? – responde Medeiros.
-Sei lá. Mas precisamos saí desta sala. Estamos vulneráveis aqui. – Rebate Denise.
Elas colocam J.J numa cadeira de roda e saem atirando. Uma para esquerda outra à direita e se jogam pela escada de incêndio a baixo. J.J bate com a cadeira de roda na parede e se choca violentamente. Medeiros se levanta e diz:
-Mamãe, se ficarmos juntos não vamos sobreviver.
-Não vou deixar você. – Diz Denise.
-A senhora prévia e sabe disso!– balas pegando na parede – sabe que estou certa. – fala Medeiros. As duas se abraçam.
-Mamãe vai!-Grita Medeiros.
Denise ajuda J.J a se levantar.
-O que perdi?- J.J pergunta tonto. Sua cabeça está explodindo de dor.
-Você pode andar?-pergunta Denise.
-Quer correr?- brinca J.J com os olhos semi cerrados.
Eles descem a escada com cuidado. Escutam a porta "corta fogo" bater.
"Eles estão subindo"- Pensa Denise.
Medeiros respira fundo e sai cuidadosamente. Procura não fazer barulho. Ela pula e rola pelo chão e entra no primeiro quarto que está aberto.
"ninguém!"
Troca o pente da pistola. Ainda tem mais dois pentes.
-Mulher, somos muitos. – Fala uma voz dissonante e grave
"Isso. Continue falando."
-O Mestre quer você viva! Ele quer usar você para um propósito maior...Apareça!-Ordena a voz.
"Onde você está?"-Pensa Medeiros.
Medeiros procura situar-se pela voz ou por uma sombra. Nada. Ela se abaixa e olha para os lados. Nada. Coloca a pistola na frente mirando qualquer coisa que se mova.
Há dois corpos perto das cadeiras da recepção. Ela chuta um resto de banco para o lado e entra de vez onde à recepcionista estava sentada logo cedo."Apareça... Sei que você está por aqui."-Comenta a voz rindo cinicamente.
Medeiros olha para trás e não há nada no corredor. Ela ao se virar se assusta com a visão do inferno que está a sua frente. Mais precisamente no teto.
XXX
Lucas se joga no chão, mas não evita que as garras da vampira rasguem seu ombro direito.
-Aaaargghhh!-Geme Lucas.
-Você não irá escapar. Sempre esperei por esse momento. E hoje vou te rasgar no meio. Quero saber onde está seu Deus?
Lucas corre para dentro do canavial que fica no caminho da cidade de Carpina. O ombro está rasgado e sangrando. Ele tropeça numa raiz e esparrama no chão.
-Meu Deus que dor. Pai me ajude. – Ora Lucas quase sem voz.
O cansaço e o medo estão presentes. A mulher continua falando. Sua voz está perto. Lucas vai se arrastando pela terra e olhando o canavial que se mexe de um lado para o outro com o vento noturno. Mais a frente Lucas ver uma pá que fora esquecida. Ele a pega e fica parado escutando a mulher que não parava de falar.
Amanda se mexe furtivamente pelo canavial. Suas garras estão prontas para atacar. A sede aumentou muito. Ela está desejosa e ansiosa para sorver o sangue do Pastor. Ela pára. Olha de um lado para o outro. O silêncio é absoluto. Mais adiante ela vê o Pr. Lucas correndo agachado. Ela o persegue. Ele se ergue e volta a correr empurrando o milharal abrindo passagem. Amanda usa a velocidade vampírica, mas, é como se algo a tivesse retardando. Ela sai pulando para frente e aumenta a velocidade."Espero encontrar a saída desse labirinto natural". – Lucas com dificuldade continua correndo.
-Lucas! Eu já te vejo! Você não vai escapar. Você não tem como escapar. Grita Amanda correndo mais rápida e sentindo que seu corpo está reagindo melhor e sua velocidade está aumentando. Lucas está há uns cem metros a sua frente. Oitenta metros. Cinqüenta metros.
-Pastorzinho está sentindo meu hálito no seu pescoço?-Ri maleficamente.
Vinte metros. Dez metros. Ela salta com as duas garras prontas para cravar-lhe nas costas. Quando...
XXX
Lucas olha para trás e nada. O silêncio Continua absoluto. Ele chega ao carro, coloca a mão no bolso e "Onde está a chave?"Procura nervosamente nos bolsos. Abaixa-se e a vê perto do pneu dianteiro. Ele entra no carro e sai em direção da emissora de TV. Dirige uns dez minutos e a todo o momento olha para trás. Seu sistema nervoso está atuante. Suas mãos tremem. Seu ombro continua sangrando.Havia sido horrível ver Amanda transformada. Parecia uma diaba. Um monstro. Lucas dirige uns quarenta minutos e pára no portão da emissora e se identifica.
-Boa noite. Sou o Pr. Lucas. – O Vigilante continua sem expressão. – Boa Noite! – Responde.
-Sou Pastor da Igreja que explodiram hoje à tarde. Desejaria falar com alguém da direção para uma entrevista.
O Telefone toca.
-Pr. Lucas boa noite. Aqui é Pr. Ezequiel da TV Canaã. Desejaríamos fazer uma entrevista com o senhor. A que horas podemos marcar?
-Pr. Ezequiel estou no portão da Emissora.
-No nosso portão?
-Sim. Preciso falar rápido com vocês.
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... Cai...Amanda está caindo...só tem tempo de observar o Pr. Lucas plainando no ar. Parado. Depois a sua visão são os rochedos se aproximando. Ela cai uns quarenta metros até encontrar uma rocha que a espatifa.
XXX
Allende consegue sair da mira da lança de Miitholes. Ele novamente investe contra o querubim que novamente se esquiva do golpe. Ele gira a lança sobre a cabeça e ataca procurando empalar o oponente. Com astúcia o querubim se esquivar para o lado e joga a asa que quebra a lança no meio.
Os outros dois Caídos arremetesse contra Allende que voa de costa e com a espada em punho. O primeiro ao se aproximar mais, recebe uma rajada de fogo que sai da espada, deixando seu corpo queimando. Miitholes aproveita o descuido e bate com o escudo nas costas do querubim que lamenta a dor.
Aproveitando o momento do desarme do guerreiro, Miitholes e seu subordinado partem para um ataque frontal. Allende percebe a manobra e sobe. Voa o mais rápido e veloz subindo.
-Mestre, o que ele está fazendo?- Pergunta o demônio menor.
-Não sei. Mas, não vamos dar espaço. – Grita Miitholes.
Allende para no alto e observa onde está Pr. Lucas. "Preciso me apressar. Vou usar o poder do fogo."
"Isso, cheguem mais perto". – Pensa Allende.
"Vou destruí-lo com um golpe só. De cima para baixo". – Pensa Miitholes.
Allende abre com sua espada um arco em fogo em volta do seu corpo e grita:
"Expandir!" – Imagine a explosão de um buraco negro.
Nem se compara a beleza do momento. As chamas são sugadas para dentro dele ocorrendo uma implosão e depois elas saem por uma explosão mil vezes mais quente e se expandindo na velocidade Querúbica.
-O que é isso?- Miitholes se arrepende em vão. O Fogo consome os dois instantaneamente,
varrendo-os da presença do querubim. Ao voltar ao seu estado angelical ele cai. Está cansado. Ele só tem condições de fazer isso uma única vez por cada macrociclo. As suas forças se esgotaram. Antes de passar pelo chão, ele voa na direção do Pr. Lucas.
Allende passa pelo canavial e pousa perto de Lucas. Há uns metros, Amanda se aproxima para o ataque. Ele avança mais a frente e se transforma em Lucas. "Consumi muito da minha energia cósmica. Preciso ser rápido."
Amanda corre atrás dele pensando que é Lucas. Ela não percebe que está indo para uma armadilha fatal até saber que os abutres irão comer suas entranhas pela manhã.
"Corra pastor! Precisamos de oração. Muita oração." Fala o Querubim.
XXX
— Meu Deus... — Fala Medeiros para si mesma sem acreditar no que vê. Apontando sua pistola, atira. O ser horrendo que está no teto, move-se para os lados como uma aranha que prepara-se para atacar sua presa. A detetive não sabe mais o que é a frente ou as costas da enfermeira. O pescoço faz um som de ossos se quebrando, enquanto a cabeça gira com um sorriso triunfante. A real aparência do demônio foi manifestada e o teto do hospital passou a ser um corredor demoníaco... e ela gargalha. Parece que não queria parar de sorrir. A sua gargalhada incomodava e perturbava Medeiros.
Com rapidez atira no extintor que explode jogando pó em todo local. A criatura se mexe de lado na direção da Investigadora. Ela corre e aproveitando o pó que ainda está no ar atira e acerta na boca da criatura que cai com todo o corpo no chão. A criatura está caída perto do quarto que Medeiros estava ao chegar no Hospital da Cidade. Medeiros descarrega a pistola a queima roupa. Ela dá as costa e sai andando com os sentidos alerta. Todos. Um suor escapa pela face esquerda até a boca.
Ela olha para trás e o corpo continua lá. "ufa". Medeiros vai até a porta "corta incêndio" e não escuta nenhum barulho vindo de baixo. Um estrondo no telhado. Ela sobe correndo.
A destruição do quarto andar foi devastadora. Marcas de bala por todo lado, UTI destruída, forro do telhado despencando. O corpo de Aluisio metade para dentro de um dos quarto. O corpo da enfermeira no chão. Sua cabeça para as costas. Parece que uma força girou-a a cento e oitenta graus. Ela está perto das cadeiras da recepção.
A mão direita se mexe. O braço começa a fazer o sentido contrário. O barulho dos ossos se adaptando a nova posição é doentio. Um sorriso cínico aparece.
Depois o outro braço. Ela se eleva do chão e caminha de quatro ao encontro de Medeiros.
Medeiros chega no teto. "Caramba tenho que malhar mais", pensa. Empurra cansada a porta de aço e vislumbra-se. Finalmente o plano espiritual lhe é mostrado. Como uma cortina que se abre.
"O gigante de uns três metros de altura que resplandecente como ouro está acima do telhado uns vinte metros. Seus cabelos são dourados, mas não é pelo resplendor do seu brilho ofuscante, é amarelo intenso e vivo. Seus cabelos descem reto até a altura da cintura e preso por um elmo com duas asas saindo para cima. O Elmo protege todo o rosto, deixando os apenas os olhos a mostra. E os olhos... não chega a mente nada parecido, mas é igual a imensas chamas amarelas e vivas.
O corpo é pura massa física bruta. Por dentro da sua pele, parecem raios se movendo e correndo pelo corpo e não é um grande desproporcional, é esguio e forte ao mesmo tempo. No seu peito há uma armadura que protege os ombro e todo o pescoço, o peitoral tem doze pedras com cores diferentes que emitem, cada uma um brilho partículas e em cada braço um bracelete grosso que protege do início do punho até a altura do cotovelo. Suas asas são semelhantes a várias navalhas juntas, que se fecham e abrem iguais a dois leques gigantes quando estão atacando ou se defendendo. Os pés e pernas são protegidos até os joelhos. E na cintura um alforje com uma trombeta do tamanho de uma punho de homem adulto fechado, e a fivela do cinturão é semelhante o "famoso cinto de utilidades" onde na frente está um pequeno escudo redondo com um número ou é uma letra sem sentido para mim. Será que estou sobre algum delírio psicótico? será que estou doida ou sobre pressão?" Medeiros quando criança sempre escutara histórias bíblicas, onde os anjos de Deus agiam no plano físico, e até pedira certa noite para ver um, detestou ter feito aquela oração. A imagem do ser celestial era diferente de tudo que pensara. Até os demônios são diferentes do que é mostrado pela mídia ou a crendice popular. Eles não são todos vermelhos, nem tem rabo com seta ou os olhos não são iguais a olhos de dragão. Agora são mais mortais e odeiam muito mais a raça humana que a crendice popular. Moloch e Legião estão na cobertura de um prédio na frente do Hospital da Cidade. Eles observam a luta de um guerreiro solitário contra uma legião de caídos. A luta se caminha para seu final.
Thell está sendo segurado pelas pernas e braços. A Sopro Sagrado não sai da sua mão direita, mesmo quando um dominador morde seu antebraço. Moloch e Legião vão andando pelo ar, até parece que estão caminhando por uma ponte invisível. O General observa os dois vindos calmamente. Eles param por sobre o corpo de Thell esticado. Sua asa direita decepa o pulso de um caído que está ao alcance da asa.
-General. Há quanto tempo?- Continua Moloch- Você é muito arrogante em vir nesse nosso covil e tentar invadi-lo. – Fala Legião se deitando no ar a uns três metros do corpo de Thell. Eles estão frente a frente. Cara a Cara. Thell ri...
-É General, gosto do seu espírito próprio. Na sua última hora você sorri. – Legião faz sua espada de duas vértices sair da bainha sem tocá-la. Moloch observa tudo. Thell começa a ri. Cai numa gargalhada que deixa os demônios sem entender nada. Moloch olha para os céus. Nada.
-Irmão termine logo com isso. –Ordena Moloch-
Legião segura a espada e faz três movimentos sincronizado com suas asas. Moloch olha em volta. "Há algo estranho"- pensa o General dos caídos.
-Aarrrrggghhhhh!- Grita Legião com uma flecha cravada no seu braço esquerdo. Uma flecha de fogo! Os demônios olham para cima e nada. Eles não entenderam a situação por que Legião voou para cima. Uma flecha na cabeça do que segurava a mão direita de Thell, outras três nos caídos que seguravam a perna esquerda. Eles agora sabem que as flechas de fogo não está chovendo de cima para baixo, mas de baixo para cima. Uma nuvem de flechas subindo por dentro do hospital. Parece um vulcão que emergiu do sono. Thell sai voando por entre a saraivada de flechas.
Medeiros vê os caídos voando ou correndo em chamas. Chamas vivas, forjadas em baixo do trono do Altíssimo. O cheiro de enxofre aumenta. As flechas param. Thell vai terminando o que as flechas Chamas Vivas ainda não concluíram. O general vai decepando um, empalando outro.
Quando um exército de arqueiros cruzam o teto do hospital. Passam por eles, sobem e fazem a volta pelo arranha-céu mais próximo.
Thell se vislumbra com a cena, embora seja um celestial e conheça o Exercito de arqueiros Chamas Vivas do Valente Aluriel, mas era sempre maravilhoso contar com essa ajuda.
Eles voltam em "V". Armam seus arcos.
Nova saraivada de flechas.
Moloch e Legião tocam sua trombetas. Os caídos parecem um bando de formigas afugentadas. Eles se abaixam e levantam seus escudos, mas as flechas dizimam um terço dos que estão no teto. Moloch voa com cuidado procurando Thell. Novos Anjos aparecem subindo pela parede e aparecendo no teto. A batalha começa a ser travada em grande escala. Thell luta bravamente e não ver Moloch se aproximando pela sua retaguarda, se preparando para cravar sua espada de bronze que tem a lâmina bifurcada igual a uma "Língua de Serpente".
Athos observa a investida e voa ficando na frente do arcanjo caído. Uma colisão sem igual é sentida no plano espiritual. Thell se vira e vê Athos sendo arremessado pelo impacto para fora da marquise do prédio. Athos fica atordoado e voa de volta. Moloch tem o dobro de seu tamanho e largura.
XXX
Medeiros sente uma mão gelada segura seu pé, que está no final da escada...esquecera que um morta-viva estava atrás dela...ao olhar para baixo a criatura está de volta, ainda mais perturbadora. A mulher arremessa a Agente contra a parede, que cai escada a baixo...ficando perto da escada próxima a marquise do prédio. Depois sem demorar a diaba, pega a investigadora e a joga quase para fora do prédio, onde Medeiros só tem tempo de rolar e proteger a cabeça. O impacto a deixa desnorteada. Sangue vem na sua boca. Com rapidez ela se mexe para ficar fora do alcance do pedaço de cano que a criatura arrancou da parede, deixando a água rolar fortemente pela parede do hospital, que está toda esfrangalhada. Inútil, o cano alcança seu destino, Medeiros sente a pancada na barriga e depois, subindo alcança o queixo da investigadora que cai de costa. Espalhando ainda mais a água, que não para de jorrar.
"Nunca apanhei tanto!" – Medeiros pensa vagamente e perto de perder a consciência. Está tonta. Ela procura a arma que está caída atrás da mulher. Elas se olham e Medeiros só vê o vazio nos olhos da criatura.
A investigadora endireita o corpo. Está todos dolorida, mas consegue ficar em pé. Alonga o pescoço para esquerda; E com a Direita ejeta o cartucho de sua arma, colocando-a para dentro logo em seguida. "Vamos sua vaca...tô pronta..."
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Thell ver Medeiros dispara a arma e cair...arremessada para fora do prédio. Ele voa na direção dela, mas três demônios seguram seu pé esquerdo. Ele volta na velocidade que estava indo e decepa o que está mais próximo e esmurra a cara do outro, quando mais demônios pulam para cima dele com suas garras. Ele os repele e invoca o poder da Sopro Sagrado. Uma implosão seguida de uma explosão de ar se propaga pelo teto fazendo os caídos serem arremessados para longe. As suas asas se estendem e outro gigante se coloca na sua frente. Legião.
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A sua mão direita está escorregando. Medeiros entende que nessa altura do campeonato não faz nenhuma diferença cair ou não cair. Se ela ficar pendurada na marquise do hospital a morta - viva lhe alcançará, se cair, será uma queda livre aproximadamente, sessenta metros. A criatura vem se arrastando como uma serpente.
Uma traiçoeira serpente do deserto. Ela vem rindo e sibilando. Chega bem perto de Medeiros e lambe-lhe sua face. Ela não pisca com raiva. A demônio ri.
-Você está preparada para morrer? Ou melhor, como preferes? – Fala a criatura olhando na cara de Medeiros. Ela ainda se segura com dificuldade e parecendo um morcego de cabeça para baixo, a demônio ri.
-Vocês sempre são presunçosos? – pergunta Medeiros.
-Nós somos muitos... – Medeiros não espera o inimigo completar a frase e com um último esforço coloca com a mão esquerda uma granada no buraco onde antes era uma boca
e com a direita puxa o pino, depois soltasse da marquise dando um tchau com a mão esquerda e com a direita imita uma atirando e sorrindo manda um beijo e fala com os lábios "Te peguei!". O corpo explode. Medeiros está caindo para a morte quando uma mão segura sua perna.
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-Pr. Ezequiel a paz! – Cumprimenta Lucas.
-Pr. Lucas a Paz seja contigo também. – Retribui Ezequiel.
-Que coincidência hem? – Pergunta Ezequiel.
-Não foi coincidência. Estamos no meio de uma Guerra, e não sei como te explicar isso, mas, o atentado hoje pela manhã contra a investigadora e a explosão da igreja não foi aleatório. Éramos os alvos.
-Como assim?- Pergunta Ezequiel atordoado com a revelação.
-Precisamos levantar as igrejas locais para orar. Precisamos avisá-las. O mal que vi hoje nunca pensara que existisse.
-Como assim?
-Pr. Ezequiel, a minha paroquiana transformou-se numa vampira na minha frente. Correu mais de sessenta quilômetros por hora e depois saltou no capô do meu carro e rasgou o teto como se fosse papel.
Pr. Ezequiel nada diz. Fica parado igual um estátua.
-Se há um dia alguém me falasse isso...
-Pr. Lucas conhecemos o senhor e sua história. Sei que o senhor não inventaria uma história dessas. Eles vão conversando e se dirigindo para o Studio. A vinheta da entrevista estava passando de hora em hora e o interesse pelos fatos aumentava a cada hora. As nove horas a entrevista começa e o índice de audiência já começa batendo recordes na emissora. As pessoas movidas pela emoção começam a se dirigir para frente das ruínas da congregação. Os diáconos começam a organizar o local e todos levam velas para a vigília.
A vigília começa. As pessoas começam entoando louvores tipo: "Príncipe da Paz"; "Faz chover"; E mais pessoas vão chegando. Na emissora também começam a vigília.
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