36 - Limbo;

"Não há maior dor do que a de nos recordarmos dos dias felizes quando estamos na miséria." Dante Alighieri.

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"Aqui não há sofrimento nem lamentação: apenas suspiros e desesperança. Este é o lugar das almas que, em vida, foram virtuosas, mas que tiveram o infortúnio de não serem batizadas. Os que viveram antes de Cristo também habitam o limbo."

O firmamento era simbólico. Jeon se mantinha em seu estado catatônico, Kim por outro lado se embriagava até o ápice, passando noites em claro para monitorar e supostamente conter o policial se preciso.

Havia se passado três dias desde o enterro sepulcral - A despeito de tais circunstâncias, Kim procurava meios mentais de uma saída ou um modo adequado de abordar Jungkook sem despertar a fúria que o engolia de forma muda e perigosa.

Os dedos longos abriram três botões da camisa social, revelando o peitoral firme, os luzeiros fixos na cidade, no mar de luzes que impediam a escuridão de se findar por completo. Silêncio, desta vez era confortável, estava sozinho, remoendo-se de culpa... agir devia ter sido um ato de glória, porém, nada mais é do que um ato de guerra que não tardará a chegar.

Soltando um longo suspiro, pegou novamente o copo, enchendo até a borda de conhaque com gelo, passos suaves pode ser ouvido, pela visão periférica notou a silhueta de Jeon. Era lastimável vê-lo sem rumo algum. O mais novo não se alimentava desde o ocorrido, estava mais magro, sua aparência outrora repleta de vida, agora era sombrio, faminto por um ser humano que não caminha mais pela Terra - Jamais o faria.

- Jeon?! Está me ouvindo? - Perguntou sereno, largando o copo.

Não houve resposta, o moreno montou no colo do mais velho, as coxas nuas, a camisa longa chegava até os joelhos... os fios escuros um pouco opacos e seus olhos? Deus! Estavam marcados por olheiras profundas, a pele alva possuía uma cor quase óssea.

O luto o devorava vivo.

- Jungkook.

- Me toca. - Sussurrou. - Ji. Me toque.

- Jeon. Sou eu. Taehyung. - Usara um tom firme, quase ríspido.

Um choro sofrido irrompeu, o corpo tremeu e de imediato, Kim sentiu aperto no coração que ele jurava não bater mais.

- Me desculpe, anjo. Ouça-me, por favor.

- Tae. Faz a dor parar, por favor! - Implorou, agarrando a camisa. - Me ajude. Não aguento essa dor. Tudo dói. Por favor.

- Não é certo. - Definitivamente não era, no entanto, Kim apenas procurava moldar a mente já tão enferma. Seria fácil.

- Só preciso que isto pare. - Os soluços fazia cada batida do coração alheio transbordar de ódio e rancor de suas próprias ações.

A evidência de seu erro seria levado por anos, ou até que Jeon continue enfermo.

- Taehyung. Me ajude! - Pediu, limpando as lágrimas, retirando a camisa, revelando a semi nudez.

- Estou tentando. Mas isso? Não posso. Não agora. É injusto. - Queria muito, só o Diabo sabe o quanto queria foder Jungkook até ele chorar de tesão, porém, até mesmo ele tinha seus limites e este era um deles.

O corpo do mais novo por pouco não desfaleceu em seu colo - Kim o segurou firme, segurando o rosto alheio para que não desmaiasse.

- Irei cuidar de ti meu anjo. Primeiro o farei comer. - Sussurrou.

- N-não quero.

- E se eu cozinhar? Hum?

- Tá bom. - O tom suave e manhoso foi melodia aos ouvidos do cão, que logo o envolveu com um roupão, ficando de pé com ele ainda nos braços.

Deitando o moreno na cama, ordenou através de um telefone breve de que a cozinha da casa onde viveu com sua babá fosse abastecida e cada cômodo extremamente limpo e fechado, não queria um feixe de luz desnecessária - Havia notado o desconforto que Jungkook passou a ter pela luz, pareceu ter criado certa aversão. Deixou-o dormindo, antes de sair para fazer o check out, ouviu o choro dele, os soluços altos e o tremor pelo corpo encolhido como uma bola debaixo do edredom.

Voltou à suíte presidencial em quinze minutos, Jungkook permanecia da mesma forma - As malas foram levadas, havia um carro à espera junto ao motorista, optou por não dirigir devido ao estado frágil do policial. Pegá-lo nos braços fora extremamente cuidadoso, Jeon envolveu sua cintura com as pernas, descansando o rosto na curvatura de seu rosto, chorando baixo pelo cheiro não ser de Jimin - Alguns hóspedes observaram o homem com outro nos braços, nada disseram, mas os olhares eram ácidos e cheio de preconceitos que Taehyung tratou de não se importar, apenas para não ter de matar e se livrar dos corpos o que causa um trabalho imenso e estressante.

No veículo, Jeon continuou nos braços do mais velho, os dedos longos fazia carinho em seus cabelos - Dentro do meu sonho azul / Quero conter você. Blue Side tocava baixinho, Kim suspirava em desagrado por seu interior estar tremendamente caótico... toda aquela situação, suas ações não eram costumeiras, sua gentileza não era fingimento.

Odiava assimilar isto à culpa e também saudade.

Matou Park Jimin para ter Jungkook apenas para si.

A culpa o devorava vivo, um efeito colateral de seus planos possessivos e infernais.

A casa pode ser vista assim que o veículo adentrou a rua que ele tanto quis esquecer, mas que seus pesadelos o faziam lembrar. A tinta branca da casa se mantinha vivida, por todos os anos, pagou para manterem tudo perfeito, como se de fato morasse alguém ali, entretanto, a casa colonial não recebia alguém a tempos demais.

- Jungkook? - Mexeu com cuidado pela face adormecida, a fim de despertá-lo, o que não obteve sucesso.

Pegando a coberta que deixou dentro do carro, envolveu-o para protegê-lo da luz, o motorista abriu a porta do passageiro para que Kim saísse. A porta já estava aberta e logo o mais velho foi atingido com diversas lembranças no primeiro andar para dentro do imóvel - O aroma suave de flores e produtos de limpeza evidenciaram a faxina feita a poucas horas.

- Boa tarde senhor. Tudo está como ordenado. - Foi avisado pela mulher responsável que surgiu no hall, estava o esperando um pouco nervosa, nunca o vira pessoalmente, recebia ordens apenas por telefone.

- Obrigado. Pode ir, cuidarei pelo tempo que ficarei. Saberá quando eu partir.

- Sim senhor.

Sozinhos. Kim subiu as escadas até o quarto novo que não possuía lembranças alguma, havia duas que manteria trancado, seu antigo quarto e o de sua babá. Jungkook foi levado para o anexo, a água forte foi ligada pelo registro.

- Lhe ajudarei com um banho e irei cozinhar. - Ditou, tirando as únicas peças que cobriam o corpo.

O banho foi rápido o suficiente para despertá-lo.

No andar superior, Jungkook se acomodou na banqueta alta, apoiando as mãos no mármore escuro do balcão, o roupão branco felpudo aquecia o corpo nu.

Taehyung arregaçou as mangas da camisa até os cotovelos, na geladeira bem abastecida, tirou uma tigela de vidro com morangos frescos já limpos, colocou diante de Jungkook, escolheu vinho tinto italiano, serviu numa taça de cristal e colocou ao lado da tigela, deixando explícito para que Jeon se servisse enquanto esperava o almoço tardio.

A carne foi colocada dentro de um recipiente e posto debaixo da água fervendo para descongelar - Os legumes separados, todos em tigelas, o tempo fechado trouxe chuva, o silêncio era quebrado pelos ruídos das gotas se chocando contra o vidro da janela, Taehyung cortava os legumes em cubos, a taça descansava próximo.

Jungkook não tocou nos morangos, muito menos no vinho, estava atônito, os olhos perdidos em pensamentos conforme observava Kim ocupado na cozinha bem equipada.

- Não comeu, não é? - O timbre rouco assustou Jeon. - Desculpe, não quis assustá-lo. - Aproximou devagar, tocando a mão deste, acariciando a pele fria e macia.

Pegando um dos morangos, Kim aproximou dos lábios pequenos, não eram rubros, sua boca estava roxa e ressecada.

- Coma. - A ordem arrepiou o corpo do mais novo, o olhar encarou-o, em silêncio abriu os lábios, mordendo a fruta e aquela visão trouxe o calor do inferno ao diabo.

Jungkook lambeu o lábio inferior um pouco ferido pela falta de hidratação, mordeu mais um pedacinho do morango, sem deixar o olhar desviar-se do mais velho.

- Jungkook! - O tom era de advertência.

Jeon não falava, no entanto, suas intenções e ações eram bem óbvias - Ficando de pé, desamarrou o laço, deixando o corpo nu à mostra, pegou a mão direita de Kim, levando até sua cintura estreita.

O luto desencadeia diversos tipos de fome para esquecer a dor.

E a de Jungkook era pelo prazer, pelo único que poderia fazer seu corpo, sua alma machucada sentir algum resquício de vida, pois seu corpo e alma sente estar morrendo, e para sobreviver faria qualquer coisa.

- Tae. - Sussurrou, colando seu corpo na do mais velho. - Me toca. Dói. Por favor!

- Jungkook. Não posso. - Seu interior gritava, seus demônios arranhavam sua carne com garras imensas e afiadas, levando-o a dor e desejo maldito e insano.

Jeon o empurrou para a banqueta que ocupava minutos antes, subindo em seu colo, sentindo o pau alheio duro marcando o tecido da calça social - O gemido sôfrego atiçou Kim ainda mais, estava perdendo o controle, perdendo a sanidade que quase não tinha.

- Você quer, não quer? - Provocou, levando os lábios até o pescoço, lambendo a carne febril e cheirosa. - Quer me sentir apertando seu caralho? Será minha primeira vez. - Dizia contra a pele molhada de saliva, rebolando em seu colo. - Será bonzinho para mim? Vai me comer gostoso? - Taehyung engoliu o gemido, baixando os olhos para o pau duro, o líquido transparente sendo expelido, umedecendo sua camisa.

- Pare. - Pediu. - Irá se arrepender disso Jungkook.

- Quero você.

As mãos grandes deslizaram involuntariamente pelo corpo alheio, descendo até a bunda, apertando com força, arrancando um suspiro aliviado do moreno que puxou os cabelos de Kim, o provocando, usando suas ações para que ele compreenda que poderia avançar sem receios.

- Quer? - Moveu o quadril para cima, simulando uma estocada bruta.

- Q-quero. P-por favor. Tae. N-não aguento. M-me faça gozar. - Implorou, as lágrimas escorrendo pela face fria.

Kim mandou a razão para o inferno, tomou os lábios dele com brutalidade, o ósculo quente, lascivo fez Jeon gemer abafado.

Kim o segurou, não parou o beijo, caminhou dessa forma até a sala de estar, deitando Jungkook no sofá - Quebrando o beijo, deslizou a língua pelo pescoço, percorrendo um caminho úmido de saliva até o ombro antes coberto pelo roupão, o pau duro era esmagado pelo peso do mais velho, a fricção disparava frios intensos e espasmos deliciosos.

- Assim. Continua. Taehyung preciso de você dentro de mim.

- Fique aqui. - Ordenou bruto, indo até a cozinha, voltando com a taça em mãos. - De joelhos.

Jungkook acatou a ordem ansioso, se livrando do roupão - Kim abriu a camisa, tirando-a rápido sem perder o contato visual com seu garoto, tomando um pouco do vinho, abriu um pouco mais as pernas.

- Tire minha calça.

Os dedos trêmulos desafivelou o cinto, em seguida o único botão, abrindo o zíper, abaixando a calça escura, teve a visão do pau duro marcando o tecido branco um pouco transparente pelo pré gozo - Salivando, Jeon lambeu a extensão ainda coberta antes de tirar a cueca e deixar a mostra o pau enorme, grosso, cheio de veias e úmido.

- Tome para si... seu filho da puta - Esbravejou, segurando o cacete, batendo no rosto alheio. - Abra a boca. - Rosnou.

Jungkook chupou a base com força, arrancando suspiros do mais velho... sorrindo como um demônio pelas reações gostosas do homem por quem estava de joelhos.

- Isso, deixa meu pau bem molhado para entrar gostoso em você. - A bebida era ingerida e o olhar perdido dolorosamente em Jungkook chupando, torturando-o.

Gemendo contra o membro, um fio grosso de saliva escorria pelo canto de sua boca, Kim gemeu grave, levando a canhota aos cabelos, metendo, sentindo a base chegando a garganta.

- Caralho! - Xingou.

Jeon engasgou, os olhos marejados e foi a deixa pra Kim tirar seu pau e o puxar com força para seu colo, tomando os lábios, sentindo seu gosto na língua quente. Taehyung mergulhou dois dedos no vinho, levando até a entrada apertada, metendo o indicador devagar, o gemido doloroso viera.

- Calma. - Beijou o maxilar, segurando a cintura, o prendendo contra si.

- Taehyung! - Fechou os olhos, mordendo o ombro do mais velho, dando a dor que o mais velho gosta de sentir.

- Vou colocar mais um. - Avisou, empurrando para dentro. - Tão apertado, será que aguenta o meu pau, meu bem? - Perguntou malicioso, metendo os dedos devagar.

- Para. Dói. - Chorou.

- Dói? Hum? - Tirou os dedos para meter com mais força. Jungkook gritou. - Gostoso. - Estapeou sua bunda para deixar marca. - Gosta de sentir dor, não gosta? Masoquista do caralho. - Tirou os dedos, metendo de novo, de novo e de novo, arrancando gemidos altos e lágrimas do mais novo que não demorou a gozar, expelindo a porra contra seu abdômen. - Filho da puta.

Manhoso, Jungkook o abraçou, Taehyung ignorou a fisgada em seu ventre, pegou o roupão que estava no chão, colocou em Jungkook.

- Vou terminar o almoço e irá comer. Tudo bem?

- Uhum. - Concordou, encolhendo o corpo e chorando, Taehyung sabia o motivo, apenas o deixou ali, adentrando no lavabo, batendo punheta, precisava aliviar o maldito desconforto. Quando terminou, se limpou, higienizou as mãos voltando à cozinha.

Por volta das quatro da tarde a mesa estava posta - Jeon havia tomado outro banho, os olhinhos inchados pelo choro que durou tempos. Taehyung o serviu, ficou ali a cada garfada, a cada mastigar, vê-lo comer pareceu o deixar menos incomodado.

De sobremesa, Kim lhe dera um pedaço generoso de torta de morango, o mesmo sorriu largo provando animado e nisto, Taehyung sorriu.

Quando a noite findou-se, Kim permanecia na sala de leitura, o moletom um pouco largo deixava exposto o elástico da cueca boxer preta - Os cabelos úmidos pelo recém banho, o tronco despido e olhar centrado na no livro apoiado no joelho. A porta foi deixada aberta para o caso de Jeon procurá-lo.

A bebida adormeceu o cansaço, faz certos cinco dias que não dormia - Sentia o corpo implorando por sono, e por isso bebia... o cigarro foi aceso depois da janela ser aberta para o ar noturno e frio adentrar o ambiente. Aquela casa despertava o pior do pior de si, lembrava sem ânimo por tudo que passou muito antes de conhecer a falecida esposa e até um pouco depois.

Buscando manter a mente ocupada, pegou um dos discos de vinil, havia uma vitrola ao lado do aparador com bebidas - O soneto acalmou o caos de sua mente, se aconchegando na poltrona de encosto alto, voltou a ler.

A noite foi o mais tortuoso.

O silêncio machucava.

Sua mente o destruía a cada segundo, minuto e hora.

As três da manhã ouviu passos no corredor, Jungkook pouco sonolento veio até si, os olhos inchados pelo sono e cabelos desgrenhados - O cheiro gostoso e suave invadiu o mais velho que logo abandonou o livro, apagou o cigarro, puxando para seu colo.

- Eu o vi. - Chorou escondendo o rosto contra o peito firme e nu. - Ele quer que eu vá junto. Preciso ir com ele.

- Ficará tudo bem, Jun. - Prometeu.

- Ele veio me buscar. Irei com ele. - Firmou em sua decisão, saindo do colo de Kim, correndo pelo corredor e Taehyung foi logo atrás.

Mesmo na penumbra, não impediu o mais novo de achar uma faca de lâmina afiada, estava prestes a cortar a jugular quando foi impedido - O grito chegou a doer os ouvidos, o choro alto e o pânico o tomou de novo.

- ME SOLTA! ELE NÃO PODE FICAR SOZINHO. ELE TEM MEDO DO ESCURO. ME SOLTA, POR FAVOR. Taehyung ME LARGA. - Gritou, se debatendo para pegar a faca que caiu no chão.

- JUNGKOOK! ACORDA. AGORA. - Ordenou, foi diante do surto que o mais velho percebeu que o policial ainda dormia. Não estava consciente.

- JIMIN-SSI. EU TO AQUI. - Chorou alto. - Eu vou com você. Eu tô indo. - Um soco foi desferido no estômago de Kim, que o soltou pela dor.

- Jung...- Tentou falar, ele já havia corrido abrindo a porta. Respirando fundo foi atrás.

Jeon corria pela rua vazia, Taehyung por pouco não voltou para pegar o carro, foi atrás e parecia não conseguir alcançá-lo.

O cemitério foi visto de longe, Kim parou de correr, soltou um xingamento à medida que procurava acalmar a respiração, o frio o fez tremer - Estava quase nu. Entrando no cemitério, rumou até a lápide de Park, encontrando Jeon de joelhos acariciando a pedra de mármore, chorando.

- Jungkook. Sou eu. Acorde. - Este ficou de pé, a luz que vinha estava longe, mas a da lua iluminou a face em extrema dor e adormecida, podia ver a pupila dilatada.

- Não vai me tirar dele. Eu vou com ele. - Rosnou em extremo ódio.

- Quero apenas que acorde. Não farei mal. Prometo que ficará tudo bem. Estou aqui. - O tremor pelo frio o fazia gaguejar.

- VOCÊ O TIROU DE MIM. O LEVOU DE MEUS BRAÇOS. - Gritou.

Taehyung paralisou.

- O que?! - O medo queimou na garganta pela primeira vez em anos. - Diga meu nome Jeon. - Pediu brando.

- Morte. Tirou-o de mim. Vou destruir você. VOU ARRANCAR SUA PELE COM MINHAS MÃOS. FILHO DA PUTA.

Taehyung pegou o celular, na tentativa de ligar para um dos meninos - Jeon não despertaria com ele.

- Jeon. Meu nome é Taehyung. Estamos no cemitério neste exato momento. Tente se lembrar.

O gargalhar sombrio assustou o mais velho.

Aquilo não era Jeon.

Tinha lido o laudo e não acreditado até ver.

Jungkook não estava ali.

Aquilo era a parte destrutiva de si.

Quando ele avançou contra Taehyung, a morte brilhou nos olhos dele.

- Merda! - Grunhiu segurando-o pelo pescoço, jogando-o no gramado molhado, em cima do túmulo.

Definitivamente seria a pior noite de sua maldita existência.

Jungkook tentou empurrá-lo, conseguiu evitar isso mas a cabeçada em seu nariz não foi prevista, Kim cambaleou e ele avançou de novo, tomando o celular, desligando a chamada que por pouco não foi atendida, arremessou o aparelho para longe. Montando em cima, desferiu um soco certeiro, cortando o lábio inferior, seu nariz já sangrava e ele tampouco se importou com o líquido rubro escorrendo pela face.

- Não quero te machucar Jungkook. - Avisou, segurando o punho antes de acertar de novo.

- Mas eu irei te machucar. - Ameaçou.

Jeon sorriu, segurando Kim pelo pescoço, tentando apertar, pela visão periférica, o guarda do cemitério correu, o policial soltou apenas para segurar o guarda.

Taehyung não conseguiu impedir.

Jungkook num ágil ataque, quebrou o pescoço do homem, quebrando a lanterna, a luz havia o deixado desorientado.

- Não vão me impedir de ficar com meu marido. - Rosnou gutural.

Taehyung tateou os bolsos, torcendo para a seringa não ter quebrado, para seu alívio estava intacta - Alcançando-o, acertou seu pescoço, injetando o sedativo, o corpo amoleceu e apagou em seus braços.

- PORRA!

Tinham que sair dali, com o moreno no colo, correu para fora do cemitério, não teria como chamar ninguém e para seu alívio sabia que as câmeras estavam quebradas, então teria de apagar apenas a das ruas por onde haviam passado - Em dez quarteirões chegaram a residência, Jeon foi deixado no sofá, Kim correu até o escritório, para cuidar do problema, quando amanhecer voltaria para pegar o celular. Livrando-se dos supostos problemas, aproveitou para comprar duas passagens para Itália.

Levaria Jeon para lá. Longe de todos.

Ficariam sozinhos e só assim conseguiria lidar com ele. Não importa os meios.

Precisaria moldar Jeon a seu bel prazer.

E o faria quando o primeiro vestígios do amanhecer despontar nos céus.

:)

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