03 - Cara de Anjo. Pensamentos Diabólicos;

"Eu cortei sua garganta (de um cisne). O sangue jorrou para o alto e o bebi sugando-o pelo corte". Peter Kurten

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O casal decidiu se juntar ao suposto vizinho que eu bebia sozinho, não haviam esquecido do moreno, muito pelo contrário, queriam conhecê-lo melhor. Assim como Taehyung também queria, entretanto, ambos possuem interesses opostos.

Aos poucos o pub ficando cheia, a música continuava explodindo, bebidas sendo entregues, apenas a área vip se mantinha neutra, a bebida de Taehyung estava perto do fim, o olhar intenso mudou drasticamente, como da água para o vinho, tornou-se leve, amigável e convidativo.

— Podemos acompanhá-lo? — Pergunta o loiro, analisando Taehyung descaradamente, o que o fez tomar uma nota mental, de que Park Jimin era o mais sociável.

— Claro, fique à vontade.

Os dois se acomodaram nas cadeiras de madeira, de frente para Taehyung, Jungkook parecia deslocado, claramente não é o tipo de lugar que curte frequentar, pensou o moreno bebericando a bebida que continha em seu copo.

— Vou buscar bebidas para nós. Volto já. — Avisa o loiro.

— Presumo que esse não seja seu tipo favorito de aproveitar a noite. — Kim o avaliava sabendo de cada resposta, a arte de ler expressões e ações corporais, sempre lhe serviram perfeitamente bem.

— Não mesmo. Prefiro lugares menos barulhentos.

— E porque veio?

— Fomos convidados pelo dono. — Responde Jeon.

— Compreendo.

Jungkook observou as vestimentas do homem à sua frente, distintas e elegantes, não se encaixava no ambiente, levando-o a imaginar o motivo pelo homem estar ali, desde que pedira o isqueiro emprestado, tem pensado no moreno, claramente não se forma indevida, amava muito seu namorado.

Mesmo não admitindo em voz alta, sentia curiosidade em conhecer Taehyung, quase como uma maldita obsessão. Ou uma sensação de reconhecimento, não sabia ao certo. Park chegou com as bebidas, falando mais do que Taehyung conseguia ouvir, portanto apenas assentiu, e tentava entender para se manter a par.

— Mora a muito tempo aqui Taehyung? — Pergunta Jimin.

— Sim.

— É casado?

O mais velho ouviu uma baixa repreensão de Jungkook a respeito das perguntas feitas por seu companheiro, o mesmo tampouco se importava em responder, visto que seu objetivo não era o loiro, e sim o homem ao seu lado.

— Não. — Diz automaticamente, e antes que mais perguntas viessem, já que claramente o loiro havia notado a aliança em seu anelar, completou. — Sou viúvo.

— Sinto muito... Me sinto desconfortável por ter iniciado o assunto, me desculpe.

— Está tudo bem. — Responde Taehyung, educadamente.

Jeon também pareceu incomodado então fez o mesmo que Park Jimin, deu as devidas condolências, mal eles sabiam que o homem com quem compartilham a mesa, não se importava com tais cordialidades.

— Irei buscar um pouco mais de bebida, presumo que queiram aproveitar o ambiente. Divirtam-se, foi um prazer vê-los. — Taehyung despediu-se com um aperto de mão, Jeon o encarou estranhamente ao sentir o contato da pele do maior, quente e convidativa, não apenas isso, mas Jungkook sentiu como se uma corrente elétrica houvesse atingido seu corpo, causando-lhe arrepios.

Kim desceu os lances de escadas para o andar inferior, devido a quantidade absurda de pessoas, pedia licença educadamente para que lhe dessem passagem até o bar. Se acomodou em um dos bancos colocando seu copo vazio na bancada e esperou pacientemente que alguém viesse atendê-lo.

A mulher que antes estava na entrada recepcionando os convidados, sorriu ao vê-lo e para que fosse respondida o moreno devolveu o gesto de modo malicioso.

Seu copo foi novamente cheio, a música foi trocada assim como as luzes que antes brancas, mudou para algo mais psicodélico, sua mente não trabalha em meio a barulhos, entretanto tomou algumas notas mentais sobre o casal, ainda mais sobre Jungkook, que quanto mais o via, mais interessado ficava.

Quase duas horas depois, Taehyung sentia-se farto do ambiente na qual está, a bebida já não lhe era atrativo, Jeon havia ido embora junto a Park Jimin, não sem andar novamente passar por ele e se despedir, trocando números de telefone para não perder contato.

O moreno pagou a conta e se dirigiu a saída, o ar gelado invadiu seus pulmões, trazendo alívio, visto que havia permanecido tempo demais em um local quase claustrofóbico, devido a música absurdamente alta, seus ouvidos zumbiam deixando-o um pouco atônito, caminhando pela calçada, pode notar a figura da mesma garota, encostada no poste de luz.

— Estava a sua procura. — Diz mordendo o lábio inferior, seu olhar denuncia suas intenções, deixando-as completamente expostas para o estranho.

— Interessante.

A voz grossa e rouca do maior a deixou arrepiada, sentia-se atraída por Taehyung, que descaradamente jogava todo seu charme, não que precisasse apelar, já que seu corpo e aparência fazia a maior parte do trabalho.

— Aceita tomar um vinho comigo em minha casa? — Convida, dando um sorriso cafajeste.

— Claro.

A garota o acompanhou até o carro, a porta do passageiro foi aberta por Kim, em gesto cavalheiro deixando a mulher ainda mais encantada, o moreno já mentalizava tudo o que faria está noite, e estava ansioso por isso.

Tomando o assento do motorista, o próprio colocou a chave na ignição a girando no mesmo segundo, o painel de led se acendeu, o motor do veículo roncou como uma fera antes adormecida, com os lumes fixos na rua, Taehyung saiu da vaga, dirigindo tranquilamente até sua casa.

Ser fabulosamente rico lhe dava vantagens, literalmente o homem possuía o mundo em suas mãos, não só o mundo como as pessoas que nele habitam. Através do painel pode ver o horário, passava um pouco das uma e meia da manhã, parando no sinal vermelho, tomou a liberdade de retirar seu casaco e dá-lo a garota que mantinha-se em silêncio, ajudou-a a vestir, o vestido um pouco apertado deixava seu corpo sensual, e totalmente apetitoso para Taehyung.

A casa na qual Taehyung se dirigia, era a última em um condomínio de luxo, em instantes parou na entrada da garagem, fazia meses que não vinha, era raro, porém, a noite precisava ser encerrada com chave de ouro.

Saindo do carro, o próprio deu a volta abrindo a porta do passageiro, ajudando sua convidada a sair como um verdadeiro cavalheiro. Mesmo não frequentando a mansão, tudo estava em perfeita ordem, limpo e brilhando, podia facilmente ver seu reflexo no piso pálido.

— Uau. Sua casa é incrível. — Comenta a convidada.

— Obrigado. Fique à vontade, irei buscar o vinho para nós.

A luz da adega foi acesa, Kim optou por um vinho tinto francês Château La Mission Haut Brion 210 750 ml, pegou duas taças e voltou para sua acompanhante. — Ambos apreciam o líquido delicioso, complexo, encorpado e intenso.

Taehyung sabia apreciar um bom vinho, possuía o paladar e o olfato apurado, o aroma do vinho invadiu-lhe, distinguia perfeitamente o cheiro de framboesas, amoras, charuto, cedro, café e alcaçuz, o gosto era ainda mais divino, levando-o a lembranças antes tão adormecidas.

Sua boca começou com uma sensação envolvente de suavidade. Então o vinho se expande e invade os sentidos. A partir desse momento, os taninos extremamente maduros assumem ilustrando a enorme concentração do vinho. Kim sempre foi metódico, agia com maestria, com suavidade e com um charme que jamais denuncia suas atrocidades.

Não queria prolongar ainda mais seus anseios, portanto convidou a mulher para subir até seu quarto, a garrafa de vinho os acompanharia, Taehyung estava focado em tudo, cada gesto da garota, sabia perfeitamente o quão ansiosa estava, o quanto o desejada, por isso, daria para ela a melhor noite de sua vida, não que se achasse, pelo contrário, Taehyung se garantia muito bem, e jamais deixou que pensassem o contrário. Até porque, não viviam para que isso acontecesse mesmo.

O quarto é absurdamente luxuoso, em tons negros em contraste a decoração branca e cinza chumbo, as enormes janelas estavam escondidas pelas cortinas negras, apenas a luz ambiente foi ligada, deixando o imenso cômodo um tanto intenso e sombrio.

Taehyung colocou sua taça na pequena mesa que ali havia próximo a janela, desabotoou lentamente a camisa social escura, ficando mais confortável, o moreno virou-se para sua convidada, a observando com atenção, pareceu sentir a tensão emanando da garota, a ansiedade, o desejo que sentia, era quase um dom, e Kim apreciava tudo com devoção.

— Qual seu nome? — Perguntou, pegando a garrafa de vinho, servindo-se novamente e fazendo o mesmo para jovem à sua frente.

— Morgan. — O timbre da jovem era baixo, gostoso de ouvir, e claramente estava um tanto envergonhada e deslocada. Compreensível, pensou o moreno.

— Parece nervosa... Não fique. Serei gentil, eu prometo. — Com a destra, Kim acariciou o rosto delicado da garota, a mesma tremeu ao sentir os dedos longos e frios mas não se atreveu a recusar o toque, por mais nervosa que estivesse, o queria.

O desejava dolorosamente.

Taehyung a puxou pela cintura, colando seus corpos, o cheiro doce da jovem invadiu seus sentidos, a pele parecia em chamas, o moreno gostava de intimidar, ainda mais quando sentia em suas mãos o tremor, o olhar de desejo misturado à ansiedade.

Sem cerimônia ou delicadeza, Kim selou seus lábios com os da mulher, um ósculo quente, repleto de luxúria, o gosto do vinho em ambas línguas dera um toque erótico ao gesto iniciado pelo homem.

Morgan o puxava para ainda mais perto, gemendo diante a possessividade, a dominância que Taehyung exergia, o próprio mordeu o lábio inferior da garota, puxando com os dentes com certa brutalidade, o gemido de dor misturado a prazer logo o deixou excitado, e nisso, se afastou, ainda mantendo os corpos unidos.

Kim olhava para os lábios de Morgan, um leve filete de sangue surgiu ali, Taehyung havia sentido o gosto metálico em sua língua, e mesmo com medo, Morgan não se moveu quando a língua quente e molhada do maior deslizou por seu queixo, subindo até os lábios onde o sangue havia escorrido.

— Tire o vestido e os saltos, querida. — Ordenou, a voz grossa e arrastada não deixou espaço para outras interpretações.

Taehyung sentou-se na poltrona, as pernas levemente abertas em uma postura um pouco largada, a camisa aberta revelava partes de seu peito e abdômen, forte e definido, os lumes escuros focados em Morgan, não queria deixar de presenciar absolutamente nada, cada detalhe era crucial para sua mente doentia e demoníaca.

Kim retirou o cinto de sua calça social após a mulher usar nada além de um conjunto de lingerie de renda preta, com um gesto feito com o indicador, Taehyung ordenou que Morgan se aproximasse de si, puxou-a pelo pulso para que se sentasse em seu colo de frente para si.

— Tão obediente. — Murmurou satisfeito, um sorriso surgiu em seu lábio.

Não era um sorriso amistoso, mas sim, maldoso e sedento por cada centímetro da mulher.

— Você é linda. — Elogiou sincero.

Pela primeira vez na noite, foi sincero.

Taehyung depositava selares delicados, molhados e quentes, fazendo uma trilha imaginária do ombro até o pescoço, parando em uma região sensível, e ali, mordeu com um pouco mais de força e chupou, a garota suspirou e se movia em seu colo, instigando-o ainda mais.

Com o cinto, o moreno fez uma espécie de coleira ao redor do pescoço pálido de Morgan, testou para verificar se estava folgada, não queria marcá-la com aquilo e muito menos deixá-la desconfortável, pois a brincadeira apenas começou.

As mãos de Kim apertavam as coxas nuas de Morgan, os lábios novamente unidos, a urgência e o desespero por toques vinham de ambos, porém, em níveis diferentes e objetivos ainda mais.

Taehyung levantou-se segurando Morgan firme, em alguns passos já estava perto da enorme cama, colocou a mulher sentada sob os lençóis negros de cetim, sem desviar os olhos dela, retirou a camisa, um gesto mínimo, mas que fez Morgan salivar e quase gemer pronta para implorar por ele.

— Fique de joelhos. — Ordenou friamente.

O próprio abriu o zíper da calça, retirando a penúltima peça de roupa, seu membro duro chegava a doer, e Taehyung estava louco para foder a boca de sua putinha. — Antes de ordenar novamente, pegou a parte solta do cinto, segurando com firmeza.

— Me chupa bem gostoso, cadela. — Taehyung puxara o cinto, fazendo Morgan vir mais para frente.

A mulher retirou sua boxer devagar, sorriu de modo promíscuo para o homem, não se preocupou em disfarçar o quanto ficou eufórica ao ver o pau grosso e grande expelindo pré-gozo, mesmo não o conhecendo, sentia uma vontade insaciável de agradá-lo, portanto, permitiu-se ser levada por esses impulsos, segurou o membro com a destra e lambeu toda a extensão até a cabecinha avermelhada, chupando a glande, babando o cacete.

Taehyung gemia baixo, o som grave e arrastado causava sensações quentes e arrepios por todo o corpo da mulher, quanto mais excitado ficava, mais a garota chupava e lambia o caralho, punhetando com vontade.

— Coloque as mãos para trás, vadia... Quero foder sua boca, bem gostoso.

Morgan o obedecia bem, Taehyung apreciava submissão, e vendo-a dessa forma, não deixou de pensar em como seria Jungkook desse mesmo jeito, totalmente a sua mercê, implorando para ser fodido fundo e forte como parece gostar. Tal imaginação o fez ofegar e morder o lábio com força.

Os cabelos da mulher foi agarrado, o pau invadiu sua boca, fazendo-a engasgar, Taehyung fodia imaginando Jungkook, gemia alto enquanto fodia aquela boca, os olhos azuis da garota estavam marejados, seu membro entrava e saia da boca da jovem, molhado pela saliva, não tardou para que gozasse forte, os jatos de porra preenchendo a boca deliciosa.

— Engula tudo, minha putinha. — Taehyung passou o polegar no lábio inferior da mesma, limpando sua porra, em seguida a fez chupar. — Deite na cama.

O vinho antes esquecido foi degustado pelo moreno, voltando a se acomodar na poltrona, Taehyung olhava Morgan, imaginando o que faria com ela depois de seus desejos carnais terem sido atendidos, entretanto, não seria egoísta, sentia-se benevolente essa noite, inspirado, e para homenagear tal sensação, faria questão de fazê-la gozar e gritar seu nome.

— Tire a lingerie, amor... Se masturbe para mim. — Pede de modo sensual e intenso.

O quarto foi repleto pela luxúria, Morgan acatava todas as ordens, seu corpo era realmente lindo, a pele pálida, os seios médios, tudo nela era excitante, até a maneira como o olhava enquanto metia os dedos em sua buceta molhada, Taehyung massageava seu pau enquanto bebia vinho, os gemidos manhosos da mulher era uma melodia viciante e até hipnotizante.

— Isso... Mete bem gostoso nessa buceta, putinha, imagine meu pau a fodendo com força, meu bem.

A taça vazia foi deixada junto a garrafa de vinho, em passos lentos, Kim sorriu ao puxá-la até a beirada da cama, abriu suas pernas, lambeu a intimidade da mesma, sentindo o gosto, o quão molhada estava, o quanto seu desejo escorria.

— Quer gozar? Uh?

Taehyung chupava e metia os dedos até atingir o ponto G, Morgan gemia, tremia quase gritando por ele, os espasmos vinham com força, o homem mantinha as pernas da mulher abertas, a língua quente fazia movimentos circulares no clitóris, instigando o orgasmo, que foi rapidamente alcançado quando Morgan gritou seu nome e se desmanchou em sua boca.

Os corpos estavam cobertos por uma camada grossa de suor, as respirações entrecortadas, o moreno sorria numa diversão contida, afastou-se apenas para pegar uma camisinha na gaveta que ficava num pequeno móvel ao lado da cama, a tatuagem brilhava devido ao suor, a mulher o observava como se ele fosse nada além de algum Deus no qual ela não tinha consciência da existência, o corpo tão bem marcado, lindo, era uma combinação de sensualidade e erotismo.

Voltando para cama, o mesmo ficou entre as pernas da mulher, retirou a camisinha da embalagem, seria esse o encerramento de uma noite incrível, pensou o homem.

Em passagens bíblicas é dito que Lúcifer permanece preso sob correntes no inferno, mas que sua influência maldita é facilmente recebida por aqueles que não tem o poder de pesar por si mesmos, porém, é ainda mais por aqueles que se dizem fiéis a Deus e cometem atrocidades hediondas.

Talvez, apenas talvez, algo esteja errado.

O Diabo pode estar preso. Porém fez questão de deixar seu semelhante vagar pela Terra. E esse alguém, não é muito difícil saber quem é.

Taehyung gemia enquanto fodia com força sua convidada da noite, marcas de unhas marcavam suas costas, a dor lhe incentivava a prosseguir.

O orgasmo viera para Morgan novamente, o calor fazia-os suor ainda mais, umedecendo os lençóis, o homem ainda não satisfeitos a colocou de quatro, segurou a parte solta do cinto e novamente a penetrou com brutalidade, tapas foram desferidos na bunda da mulher, que gemia sôfrego e incômodo pela sensibilidade.

Kim ajoelhou-se na cama, trazendo o corpo da mulher para si, as costas contra seu peito, a destra se fechou contra o pescoço de Morgan, deixando-a presa a si e sem chance alguma de escapar.

Ao chegar em seu ápice, o moreno não fez questão de soltá-la, com uma adaga e cabelo de couro e lâmina totalmente afiada, o homem cortou lentamente o pescoço alheio, o sangue escorreu cobrindo sua destra e escorrendo aos montes pelo corpo magro e pequeno de Morgan, entre espasmos de dor e tentativa de se soltar, Taehyung a segurou com mais força, sorrindo em satisfação, deliciando-se com a morte.

Mais uma para sua imensa conta.

O corpo foi deixado na cama, Taehyung pegou uma toalha enrolando na cintura, sua visão a respeito era diferente da visão de qualquer outra pessoa. Pois, ele, olhava como uma obra de arte que poderia valer milhões para um comprador que soubesse apreciar.

O mesmo franziu o cenho por ter um vago pensamento de que matara a mulher muito rápido, mas logo recuperou-se com um largo sorriso. Tanto faz, pensou. Já teve o que queria, e ela também, então a noite finalmente pode ser encerrada.

Após um longo banho, Taehyung vestiu roupas diferentes das que havia usado, porém, sempre dentro da elegância, e seu terno Armani era prova disso. Ele era um ser complexo, paciente, numa calmaria sem precedentes, seria cômico se não fosse totalmente trágico.

As roupas antes usadas foram postas em um saco preto, junto com as da mulher, não queria deixar vestígio algum, nunca deixou de ser cuidadoso com o que fazia, e era por isso, que a polícia jamais saberia de sua existência.

Com tudo perfeitamente limpo, restou o corpo, para não sujar o terno que custa uma fortuna, o moreno a pegou no colo junto ao lençol, levando-a sem dificuldades alguma até o subsolo, onde havia algo semelhante a um forno, porém ainda mais quente, como se o fogo infernal fosse todo concentrado naquele aço, e ali, Morgan foi posta.

Kim cruzou os braços fitando o fogo consumir o corpo, não demoraria para que tornar-se cinzas, portanto, o próprio voltou ao quarto, limpando o restante das coisas, incluindo digitais, roupas de cama, o plástico que impedia que o sangue manchasse o colchão, tudo ali iria desaparecer facilmente .

Quase próximo do amanhecer, Taehyung estava na sala da mansão, com a taça de vinho em mãos, o amanhecer surgia preguiçosamente, pequenos feixes luminosos surgiam em meio a imensidão escura.

Um novo dia.

Mais um dia em que precisa lidar consigo mesmo, lidar com toda sua maldita rotina. Ao menos tinha algo para fazer, tinha seu novo brinquedinho que cedo ou tarde estará em sua cama, e nada no céu e no inferno impedirá isso.

Terminando sua última taça de vinho, tomou nota mental de tudo para se certificar de que não esquecera nada, então, saiu de sua mansão, adentrando o carro que permaneceu na entrada da garagem e voltou para seu lar, o único lugar onde sentia-se vivo, as mãos pálidas agarravam o volante, os lumes fixos as ruas que aos poucos tornavam-se movimentadas, devido ao horário, Taehyung parou em uma cafeteria.

Entrando ali, sentiu o cheiro delicioso de café fresco e biscoitos de leite com chocolate, tomou a liberdade de fazer o seu pedido, através do reflexo do espelho que ficava um pouco acima do balcão, Kim viu Jeon adentrando o local, com a farda da polícia local, antes de seu pedido ser feito, Taehyung fez questão de colocar em sua conta o próximo pedido.

— É inacreditável a maneira como nos encontramos tão de repente. — Comenta Jeon, com um largo sorriso.

— Concordo... Penso que o destino seja culpado por isso.

Jungkook pediu café puro para viagem, ambos conversaram pouco, o moreno desviou o olhar rapidamente, vendo a viatura parada no meio fio. É burrice querer justamente um policial, pensou Taehyung.

O que seria da vida sem riscos não é? A vida, quando parada demais, se torna insuportavelmente sufocante, independentemente do que for, não deixaria que nada fosse fixo demais em sua vida, rotineiro demais. Então, arriscaria ter Jungkook para si. Apenas seria ainda mais cuidadoso, cuidando para que nada saia da linha ao ponto de Jungkook desconfiar e torná-lo um alvo.

— Preciso ir. Tenha um bom dia Taehyung.

— Desejo o mesmo a você oficial.

Um sorriso zombeteiro se fixou em seus lábios, ideias em cima de ideias se juntavam em sua mente.

Para ter Jeon Jungkook.

Precisaria se livrar de seu namorado. Park Jimin.

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