176 Poesia Pagã
Ela escreve seus desejos na areia da praia
Logo então deixa o mar apagar o que escreveu
Será que o mar está levando embora
Ou encaminhando para interseção de Iemanjá?
O que ela deveria fazer é acender vela e rezar
Pedir para fazer a coisa certa e se perdoar
Cantando seus mantras, elevando sua alma
Perdoar rachaduras e selar antigas feridas
Reconstruir seu universo sem destruir o anterior
Eu sou a minha religião
Acredito no amor
Busco a felicidade
Luto pela igualdade
E me foco na minha fé
Contando pecados, talvez sejam necessários
Busque na voz e na escrita a sua liberdade
Falar e escrever trazem clareza a mente
É o melhor jeito de aliviar a carga dos ombros
Conte nem que seja para si mesmo
Por que poetas falam tanto de flores
Será que eles não leram Canteiro de Poemas?
Então vamos falar de amor e compreensão
Um pouco que seja, para atrair para nós
Há tantos nomes e rezas
Há tanto o que pedir e agradecer
Há tanto o que perguntar
Uma oração é suficiente
Uma conversa é bastante
Para aliviar sua alma
Existem tantos grupos e regras dos homens
Que ela sente não se encaixar em nada
Talvez o certo agora seja a fé, não religião
Vamos deixar de nos separar por instantes
De joelhou o deitado na cama
Feche seus olhos e deixe o coração dizer
Deixe sua alma se conectar com a magnitude
Que é sentir fazer parte do que acredita
Ouça o som de se libertar
Deuses gregos e romanos
Carl Sagan, budistas e indianos
Indígenas, cristãos e hebreus
Raiz africana, japonesa, chinesa ou coreana
Agnósticos, ateus e até quem já morreu
Lhes digo: amor, amor e busca de harmonia
(Data: 15 de Julho de 2017)
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top