#33#

Não se aproxime de mim
Eu aviso a você
Não vale a pena o risco
Você tem muito a perder
Pareço uma boa pessoa?
Talvez pareça, não sei dizer
Mas se assim for, não se engane
Não há nada de bom em mim
Minha mente é puro caos
Não sou mais que um manequim
E a podridão de minha alma
Também te apodrecerá no fim
Passei minha vida tentando acreditar
Que havia algo bom aqui dentro
Algo que eu pudesse salvar
De todo esse ser bolorento
Mas me atingiu a verdade
Da qual fugi por tanto tempo
Não há nada mais que egoísmo
Preenchendo esse espaço
Transbordando cada poro
Apenas medo e fracasso
E mesmo que não admita
A raiva e a inveja estão em cada pedaço
Me diz como posso ser boa?
Se em toda parte o mal aflora?
Se meus pensamentos são cada vez mais escuros
E não posso ser generosa uma maldita hora
Sem que minha mente zombe mostrando
O egoísmo oculto em que essa ação se escora?
Há ainda a falsa dor, que insisto em priorizar
Como se fosse suficiente para justificar cada falha
Como se minhas finas cicatrizes
Fizessem de mim mais que uma tralha
Que obrigo outros a sustentar
Quando estes ainda tem cortes profundos
Que eu deveria costurar
Estou destinada a solidão, é fato
Estou destinada a estar perdida
As pessoas tendem a me deixar
Me acostumei a ser esquecida
Mas não se engane com o discurso inocente
Pois quando as pessoas ficam, é sempre minha a partida
Então novamente eu digo
Não se aproxime de mim
Você tem muito a perder
Esse é o conselho de um bom amigo
A amiga que nunca vou ser.

                                                

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