Capítulo 55

"Nossos livros de escola glorificam a guerra e escondem seus horrores. Eles incutem ódio nas veias das crianças. Eu preferiria ensinar paz do que guerra. Eu preferiria incutir amor do que ódio."
Albert Einstein

Não tinha o que dizer ao meu irmão, assim ele saiu pela porta sem dizer mais nenhuma palavra. Agora tenho que por fim em toda essa investigação, acabar com aquilo que sustenta Dom para assim o derrubar por completo. Aproveito a noite para analisar todas as informações que apresentava, tanto de Pietro quanto de Lorenzo.

A primeira operação será contra um dos mais crescentes negócios de Dom: O tráfico de pessoas. Neste o alvo principal eram mulheres, nas quais eram pegas e vendidas. Eram mandadas para casas de prostituição e até mesmo leilões. Além disso, seus bebês eram vendidos sem piedade alguma.

No dia seguinte me arrumo rapidamente e logo saio em direção a agência. Não demora muito para que chegue e iniciemos uma reunião. Era uma operação que apresentava muito risco devido um número alto de reféns e estes devem sair ilesos no final.

Passo todas as informações que havia obtido para eles, ocultando sobre a participação de Pietro na história. Após muito planejamento e pesquisa tudo havia sido resolvido. Além de mim, Arthur e mais 15 homens iriam para a missão.

Como Pietro havia descoberto ocorrerá uma entrega de pessoas para o representante de Dom nesse tipo de negociação. Essa entrega acontecerá no final da tarde em um lote vago em uma área distante da cidade. Após interceptar a entrega iremos até o cativeiro onde são mantidas, seguindo informações de Lorenzo se encontravam em uma casa não muito longe do lugar da negociação, as crianças e mulheres provavelmente estariam no sótão do local.

Após algumas horas todos estávamos prontos e devidamente armados. Alana já havia obtido informações do local pelo mapa, chegaríamos aproximadamente uma hora antes da negociação e nos manteríamos escondidos próximos ao local até o horário em que chegassem, para evitar qualquer imprevisto.

Minutos se passaram até que paro meu carro em uma rua próxima. Nos dividimos em locais estratégicos, eu juntamente com Arthur e mais cinco homens nos escondemos em uma casa abandonada. Todos nós estávamos com escutas, assim ao meu sinal invadiríamos o local a frente.

Passamos a próxima hora apenas observando, atentos a qualquer movimentação que ocorresse na rua. Não demora muito para que dois carros cheguem e parem no lote vago, provavelmente eram os capangas de Dom, estes permanecem no veículo.

- Temos que invadir, eles irão fugir - escuto um dos homens que estavam comigo dizer.

- Ainda não, nosso foco não é apenas pegar os culpados, mas também resgatar as vítimas - digo séria.

De repente um grande caminhão chega juntamente com um outro veículo. Logo os homens que estavam nos primeiros carros se retiram do mesmo.

- Atenção! Iremos invadir agora, cuidado - digo a todos - Lembrem-se, devemos manter a segurança dos reféns.

Rapidamente escuto um "entendido" de cada um de meus homens. Não demora muito para que saíssemos dos esconderijos evitando sermos vistos.

Os dois negociantes iniciam uma conversa séria, um deles com uma enorme maleta em mãos, provavelmente com o dinheiro necessário para a compra. Ao redor de cada um deles se encontravam homens armados, eram oito no total, seis deles com armas de grosso calibre. Logo atrás do caminhão estava um dos capangas iniciando a abertura da traseira do mesmo.

Ao invadirmos o local uma troca de tiros é iniciada. Arthur logo atira no homem impedindo que o mesmo abra o caminhão. Atiro no motorista do veículo, impedindo sua fuga. Continuamos atirando e logo quatro dos atiradores já estão no chão. De repente percebo que Bryan estava a fugir junto a um outro homem. Começo a correr em sua direção evitando ser atingida a todo momento, Arthur vem logo atrás de mim após o meu sinal.

Acabamos entrando em um matagal que se encontrava próximo. Logo nosso campo de visão é reduzido. Escutávamos os tiros ao longe, assim eu e Arthur continuamos com as armas apontadas, atentos a qualquer movimentação.

- Cuidado - digo - Bryan não estava sozinho.

De repente somos surpreendidos e um capanga me atinge no rosto fazendo com que deixe minha arma cair, rapidamente recobro o equilíbrio. O homem estava preparado para atirar até que lhe dou um chute no braço fazendo com que solte seu revólver. Não lhe dando tempo de se recuperar parto para cima do mesmo, dando lhe um golpe na costela fazendo com que caia no chão. Ele tenta alcançar sua arma, porém dou um chute forte em seu estômago pegando minha arma e atirando em seu peito logo em seguida.

Após perceber que o bandido havia morrido, percebo que Arthur não estava por perto. Começo a procurá-lo.

Não demora muito para que me depare com meu colega de trabalho a lutar com Bryan. O bandido que estava bem machucado começa a enforcar Arthur que estava desarmado, o mesmo começa a se desesperar. Pego minha arma rapidamente e atiro na direção de Bryan, acertando um tiro certeiro na cabeça do mesmo. Arthur cai ao chão tentando se recuperar.

- Você está bem? - pergunto preocupada.

- Es.. Estou, obrigado - diz se levantando - Temos que voltar e ajudar os outros.

Ao chegarmos encontramos diversos homens baleados pelo local. Por sorte apenas um dos nossos havia sido atingido. Pego a maleta de dinheiro e a levo comigo, era mais uma prova.
Rapidamente soltamos os reféns, todos seriam levados a um hospital já que se encontravam em péssimo estado.

Vamos até os carros e logo saímos em direção ao cativeiro.

- Alana, reféns serão levados. Primeira parte concluída - digo pela escuta.

- Certo. Tomarei as devidas providências - ela responde.

Já estava a noite e a escuridão poderia nos atrapalhar. O local aparentemente estava abandonado e sem dúvida não traria qualquer suspeita a quem passasse por ali. Paramos um pouco antes e corremos escondidos pela rua deserta. Rapidamente abatemos dois homens que estava a entrada da casa.

Entramos na moradia e tiros vem em nossa direção. Rapidamente acerto o homem que se encontrava escondido atrás do único móvel do cômodo. A primeira área da casa é abatida. Observamos uma escada logo a frente, assim nos direcionamos para o segundo andar. Estou a frente de todos, sendo a primeira a chegar. De repente sou atingida no rosto, mas logo atinjo o capanga com minha arma fazendo com que o mesmo perca a consciência.

- Levem-o - digo.

Assim um de meus homens o algema. Vasculhamos o local, mas não havia mais nenhum homem. Entro em um dos quartos e vejo um alçapão no teto, puxo a corda e as escadas do lugar descem.

- Fiquem metade aqui, para nossa proteção - digo - Venha comigo, Arthur!

Pego minha arma e logo começamos a subir as escadas, adentrando o local que estava em total escuridão. Não demora muito para que fossemos surpreendidos com um choro alto de bebê.

- Não chore, eles não gostam de barulho... Não quero perdê-lo também - uma mulher sussurrava.

Após me acostumar com a pouca iluminação, consigo acender uma lâmpada. Assim é possível ver totalmente o interior do lugar. Assusto-me com o número de reféns, mulheres de todas as idades e muitas com bebês no colo. Todos se encontravam completamente sujos e alguns machucados, era plausível que até mesmo fome passavam devido o estado de algumas crianças. Permanecem em silêncio, mas com total desesperado devido nossa presença.

- Viemos resgata-los, não precisam ficar assustados. Vamos ajudar vocês - Arthur diz calmamente.

Em seguida começa a soltar algumas delas que estavam acorrentadas, ajudo-o. De repente me deparo com uma mulher debruçada sobre um corpo chorando desesperadamente, vou até ela. Coloco a mão delicadamente em ti para tentar acalmá-la.

- Não precisa se assustar - digo calma - Venha, irei te ajudar.

Estendo a mão em sua direção. A mulher levanta um pouco a cabeça decidindo o que fazer, até que endireita o corpo e segura minha mão. É nesse momento que observo o corpo que ela abraçava: era de uma criança de aproximadamente três anos, esta estava com uma marca de tiro na garganta e em torno de seu corpo uma poça de sangue já havia se espalhado. Desvio a atenção da criança e ajudo a mulher a se levantar, essa ainda chorava e pela semelhança era fácil deduzir que era seu filho.

Rapidamente ajudamos cada uma das pessoas descerem do sótão.

- Você está bem? - Arthur pergunta assim que descemos.

- Ver aquela criança indefesa daquele jeito me trouxe um sentimento ruim - digo - Isso tem que acabar logo.

Todos os reféns haviam descido para o primeiro andar. Sou a última a descer até que percebo uma movimentação aos fundos daquele andar. Sigo sozinha até lá, passo para um cômodo vazio e logo encontro uma porta, a mesma se encontrava trancada. Pego minha arma, dou alguns passos para trás e arrombo a mesma sem segundos.

Assim que a porta cai no chão, um tiro é disparado em minha direção. Percebo a bala passando próximo ao meu corpo. Percebo um vulto tentando pular pela janela, atiro em direção ao mesmo. Acerto a perna do homem que logo cai para dentro do cômodo novamente.

O capanga tenta disparar novamente, mas em segundos já lhe acerto com um chute, fazendo com que solte o revólver no mesmo instante. O levanto com força e o mesmo tenta me atingir com a cabeça.

- Não banque o espertinho - digo.

- Isso não vai acabar aqui - ele diz sério.

Logo começo a torcer seu braço com toda força possível, não demora para que escute o barulho de seu osso se quebrando enquanto o mesmo grita de dor.

- Isso pela vida de todos que estavam ali - Sussurro em seu ouvido antes de apertar seu braço com ainda mais força - Agora apenas os culpados serão mortos e faço questão de ser a assassina.

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