Capítulo 50
"Não importa o quanto você mude. Ainda terá que pagar o preço pelas coisas que fez. Eu tenho um longo caminho...Mas eu sei que eu vou ver você de novo. Desse lado, ou do outro."
Atração Fatal - O Filme
Não irei permitir que me enganem mais uma vez e muito menos que Dom passe ileso. Essa vingança não é pelo que fez comigo e sim pela morte de minha mãe. Agora cada um dos culpados saberão quem é realmente a Luna Salvatore.
Após me soltar completamente vou até o corpo inconsciente de Dom. Amarro-o na cadeira em que me encontrava e coloca um pedaço de fita que estava na mesa em sua boca. Pela primeira vez tenho chances de analisar o local em que estava, era um cômodo enorme e imundo, nele havia apenas a cadeira e uma única mesa, esta apresentava apenas uma arma descarregada, algumas facas, além de cordas, um enorme saco preto e o copo com água. O cômodo possuía duas portas opostas, uma delas sem dúvida devia ser uma saída de emergência.
Não demora muito para que Dom acorde e se depare comigo logo a sua frente. O mesmo tenta falar, mas de sua boca sai apenas murmúrios indecifráveis. Começa a se debater tentando se soltar inutilmente, até desistir e me olhar sério.
- Você não sabe como é ótimo finalmente te ver assim - digo.
Minha perna ainda estava machucada, devido o corte que havia recebido, porém ignorava a dor, além de poucos hematomas que meu corpo apresentava.
- Está confortável, papai? - digo ironicamente.
Ele tenta dizer algo novamente, mas logo desiste.
- Felizmente você não poderá participar da conversa. Quem fala agora sou eu - digo indo em direção a mesa, saindo assim da visão de Dom.
- Você continua com as mesmas táticas - digo - Só está mais calculista. Finalmente começou a pensar por si mesmo, não me tinha mais, não é mesmo?
Pego o copo com água e começo a beber indo em direção ao homem.
- Você se lembra como a anos atrás me fez passar por tudo isso? Torturou-me sem piedade alguma. Aliás, isso é algo que podemos dizer que você nunca teve.
Bebo todo o conteúdo do copo e paro logo a sua frente.
- Ahh, minha bebida acabou. Que pena! - digo jogando o copo em seu rosto com desdém.
Ao atingir seu rosto o copo se quebra, fazendo pequenos cortes por sua face. Volto a andar sem lhe dar atenção.
- Como é ver sua criação fazendo o que aprendeu? - digo.
Aproximo-me da faca que ele havia utilizado, a mesma se encontrava no chão com meu sangue. Pego-a voltando para perto de Dom, o mesmo observa cada movimento meu, seu olhar parece transmitir ódio e ao mesmo tempo medo.
- Me esqueci que não pode falar. Então lhe respondo - digo rindo - É incrível, mas o melhor mesmo é ver sua criação fazendo tudo contra você.
Olho friamente em seus olhos e o mesmo logo desvia o olhar e abaixa a cabeça. Percebo que seu rosto está com alguns cortes devido o vidro e entre eles um enorme corte próximo aos olhos. Aproximo-me de ti e com a faca levanto seu rosto, sujando-o com meu sangue.
- Você se lembra da marca que me condenou a carregar para o resto de minha vida? A marca que sempre me faz lembrar de uma parte de minha vida que tento todos os dias esquecer? - digo - Tenho certeza que você irá amar carregar uma também, lembrar desse lindo dia.
- Vamos pensar em um local adequado para isso - digo o olhando nos olhos.
Aponto a faca para sua perna e ele olha com medo. Finco-a em sua perna fortemente e logo a puxo retirando-a totalmente ensanguentada de seu corpo. Dom se contorce de dor e sinto que estava a se desesperar.
- Nossa, me perdoe! Acho que fiz algo errado. Acabei colocando força demais, culpa dos treinamentos - digo rindo alto.
- Que tal aqui? - digo colocando a faca em seu ombro, enfiando a mesma lentamente em sua pele.
- Não! Aqui não.
Rapidamente tiro a mesma, percebendo o sangue jorrar de seu ombro. Dom continua a me olhar com pavor parecendo cada vez mais assustado.
- Eu acho que tem que ter todo um significado não é mesmo? - digo o olhando - Você não concorda?
Ele fico em silêncio e percebo que estava a tremer desesperadamente.
- Então ela será aqui! - digo colocando a faca em seu peito - Para você nunca se esquecer de seu amor por Luna Salvatore.
Dito isso começo a fazer a marca em seu peito, após abrir um pouco sua blusa.
- Uma bela homenagem para o meu pai - digo.
Seu sangue se espalha por toda sua roupa, escondendo de certa forma a marca que havia feito.
L.S.
- Agora todos os dias você poderá se lembrar de mim, pena que não terá muitos - digo com um sorriso no rosto.
Ele começa a dar arrepios de dor e percebo uma lágrima começando a escorrer.
- Como é bom o ver emocionado - digo rindo.
Saio de perto indo em direção a mesa, precisava pensar em meu próximo passo. De repente escuto sons altos de conversas próximo a uma das portas. Ele não estava sozinho ali, como imaginei. Precisava sair dali, estava ferida e seria impossível acabar com todos eles. Pego o pano preto e vou em direção a Dom.
- Teremos que terminar nossa conversa depois, mas não se preocupe, dessa vez vou acabar com todas a sua volta antes - digo.
Dou-lhe um forte soco no rosto fazendo com que o mesmo perca a consciência novamente e em instantes o tampo com o pano preto. Vou em direção a outra porta do cômodo saindo pela mesma, levando comigo duas facas.
Sigo pelo corredor tomando cuidado para não fazer barulho, parecia que estava em um labirinto e não sabia onde era a saída. Começo a andar por diversos corredores até que me deparo com um homem.
Assim que me vê o mesmo vem em minha direção tentando me acertar, porém desvio do golpe e logo o acerto. Realizo um novo golpe em seu peito antes que ele possa se recuperar, o homem é impulsionado para trás, mas antes que ele caia o pego pelo pescoço e começo a enforcá-lo.
O mesmo começa a se desesperar em busca de ar e antes que ele perca a consciência bato sua cabeça fortemente na parede do corredor. O capanga cai ao chão e ao olhar sua pulsação percebo que ainda estava fraco. Rapidamente pego uma das facas e enfio em sua garganta e uma poça de sangue se forma sob sua cabeça.
Escuto um barulho bem ao fundo vindo nessa direção, levanto-me e começo a correr. As vozes pareciam cada vez mais altas e em maior número. De repente me deparo com uma porta e entro na mesma, estou em uma sala em completa escuridão. O silêncio é interrompido apenas por um gemido de dor baixo. Meus olhos se acostumam com a escuridão e logo consigo acender a luz do local, deparo-me com algo que não imaginava.
Willian estava todo machucado e amarrado em uma cadeira localizada no centro da sala. Seu corpo estava com diversos hematomas e aparentava estar desacordado, toda sua roupa estava em péssimo estado, rasgadas e manchadas de sangue. Aproximo-me da cadeira e me abaixo ficando em sua altura. Logo percebo que sua blusa estava um pouco levantada e assim é possível ver um enorme corte em seu abdômen, além disso havia marcas em seu pescoço, provavelmente havia sofrido com enforcamento.
Levanto seu rosto para observar melhor as marcas, porém percebo que ele começa a se mexer.
-Willian!? Willian, acorde! - digo encostando levemente em seu braço.
Vejo seus olhos se abrindo com dificuldade, o mesmo me vê assustado e começa a dizer meu nome.
- Não fale nada, podem nos escutar!
- Como... Como me encontrou? - ele diz baixo.
- Isso não importa agora, temos que te tirar daqui - digo.
Começo a desamarra-lo o soltando totalmente. Willian tenta se levantar, porém logo cai sentado novamente. Aproximo-me e coloco um de seus braços sobre meu ombro o ajudando a se levantar. Saímos da sala e logo estamos andando pelos corredores, torcia para que ninguém aparecesse, não teria como ajudá-lo e lutar ao mesmo tempo.
Finalmente chegamos em uma área maior. Não havia ninguém ali, parece que estávamos nos fundos do local. Encontro uma pequena porta, ajudo Willian se apoiar na parede e arrombo a mesma por estar trancada. Saímos olhando por todos os lados, localizo alguns carros parados em frente ao lugar, não havia escolha era a única forma de sairmos dali.
Aproximo-me do carro e soco fortemente o vidro do mesmo, fazendo com que quebre-o.
- Você vai mesmo roubar ele? - Willian diz com dificuldade.
- Não há outra maneira - digo sem expressão.
Ajudo-o a entrar no carro. Quando estou próxima da porta do motorista começo a escutar gritos dentro do local em que estávamos, parecia que haviam encontrado Dom. Entro no carro rapidamente, faço uma ligação direta em poucos segundos ligando o mesmo logo em seguida. Acelero o veículo no mesmo segundo em que capangas saem pela porta. Os mesmos entram em seus carros iniciando uma perseguição, porém sou capaz de despistá-los.
- Eu não quero morrer, Luna - Willian diz parecendo assustado.
- Não vou permitir que você morra, Willian - digo.
Não demora para que eu perceba qual é a nossa localização.
- Vou te levar para um hospital, mas você tem que prometer não dizer nada sobre mim - digo o olhando séria.
- Não vou, você me salvou! - ele diz.
Apenas volto a olhar para a direção certa, partindo para o hospital. Minutos depois paramos um pouco próximo a entrada.
- Luna, obrigado. Eles teriam me matado se não tivesse me encontrado - ele diz.
Ajudo-o a sair do carro.
- Você ainda vai se surpreender com tudo isso, Willian - digo.
Entro com o mesmo no hospital o colocando em uma maca vazia no mesmo instante. Saio correndo do local, ninguém podia me ver ainda. A CIE não pode descobrir que estou de volta. Entro no carro novamente e sigo para meu apartamento. Minutos se passaram até que chegue em frente ao meu prédio.
Sr.Lycan abre o portão assim que me reconhece e parece um pouco assustado ao me ver.
- O senhor não pode falar com ninguém que cheguei aqui, absolutamente ninguém - digo séria.
- Certo, faço o que a senhorita mandar - ele diz com medo.
Em seguida ele me entrega uma chave reserva de meu apartamento, subo para o mesmo e entro indo para um lugar específico. Vou até meu quarto, no mesmo se encontrava um pequeno quadro, retiro-o com cuidado e um sensor de retina é mostrado exatamente ali. Logo um sinal é disparado e as portas se abrem. Ninguém além de mim sabia da existência do lugar.
Agora tenho contas a acertar e não deixarei que ninguém fique em meu caminho.
*****
Eii, tudo bem?
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Bjs ❤
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