Capítulo 41
"Vingança é uma emoção que pode matar você"
Assassino a preço fixo
Eu não imaginava que tudo isso iria acontecer, mas infelizmente aconteceu. Mas era de se imaginar, estávamos na mira de todos...
Entrei no quarto junto com Kalebe. Já era possível perceber que estava totalmente bêbado. Isso só facilitaria as coisas para minha pessoa.
- Então é agora que realmente começa a festa, estava ansioso por isso. Você é linda de mais, garota! - ele diz meio desorientado.
- Tantas garotas lá em baixo, mas nenhuma teve a mesma atitude que você, e isso torna as coisas ainda mais interessantes - diz começando a desabotoar a blusa, andando cambaleando pelo cômodo.
- Que tal brincarmos um pouquinho? - digo indo em sua direção.
Ele tenta me beijar no mesmo instante, mas desvio.
- Vamos com calma, lindo - digo rindo.
- Não sabe o quanto estou esperando por isso - diz após jogá-lo na cama.
Subo por cima de seu corpo e tiro uma algema que estava escondida em meu vestido.
- Por que anda com uma algema? - ele diz.
- Gosto de brincar de policial as vezes - digo maliciosamente.
- Vamos deixar as coisas ainda mais interessantes - digo tirando sua gravata.
- Não gosto de ser vendado - diz sorrindo em minha direção.
- Ahh, por que não? Vai ser divertido - digo sorrindo.
- Pedindo dessa forma, eu aceito - ele diz.
Assim após o prender na cama o vendo com a gravata.
- Vamos fazer um jogo de perguntas? - digo.
- Que tipo de jogo? - pergunta.
- Você me responde algumas coisinhas para saber mais sobre você e dos seus gostos, se eu gostar da resposta eu te agrado de alguma forma - digo.
- Interessante. Eu te digo o que quiser, linda - ele diz e percebo o odor de bebida vindo de sua boca.
- Vamos começar com sua família. Possui irmãos?
- Apenas um - ele diz evitando dizer muito.
- Ahh, vamos você pode fazer melhor que isso...
- Não quero falar muito dele, se você tiver interesse em mafiosos pode o querer facilmente - ele diz - E quero você só para mim.
- Então ele é dono de uma máfia - digo passando as mãos em seus braços delicadamente.
- Sim, e não passa de um idiota por isso. Sempre se achando melhor do que eu por ser o mais velho.
- Ora não fale assim, tenho certeza de que é muito melhor do que ele - digo - Mas essa máfia deve ser alguma realmente importante por aqui.
- A Russkiy Demon é mesmo. Ela domina em muitos países - ele diz.
- E na Suíça? - sussurro em seu ouvido.
- Na Suíça não, gata - ele diz - Ele nunca faria negócios lá.
- E por que não, um lugar tão promissor? - pergunto.
- Ahhh, guerra de máfias - ele diz - Mas então, qual vai ser minha recompensa?
Não era possível, a máfia russa não agia na Suíça? Isso a tirava fora de suspeita. Isso era impossível de acreditar, nosso último suspeito havia sido descartado.
- Uma última perguntinha, seu irmão trabalha com tráfico de órgãos? - pergunto acariciando seu peito.
Percebo que ele estava ficando impaciente, mas diz:
- Antes trabalhava, hoje em dia eu não sei. Fiquei sabendo de problemas com algumas pessoas devido isso. Mas cansei de perguntas.
- Também cansei. Acho que não vai ter graça com você vendado. Vou pegar um drink para a gente se divertir agora.
Vou até uma pequena mesinha do quarto e coloco um calmante na bebida de Kalebe. Vou logo em seguida até a cama deitando ao seu lado.
- Aqui está, querido. Beba um pouco para relaxar - digo após soltar uma das algemas e a gravata.
Ele bebe enlouquecidamente e vem logo em minha direção.
- Finalmente a diversão vai começar - diz.
Ele começa a beijar meu pescoço, mas logo para se sentindo sonolento. Percebo que pisca seus olhos rapidamente, tentando manter seus olhos focados em mim.
- O que foi? Não está se sentindo bem? - digo segurando seu rosto.
- Você é perfeita demais - ele diz antes de adormecer.
Saio de perto de seu corpo e solto a outra algema. Deixo-o deitado ali mesmo na cama. Jogo a taça em uma lixeira antes de sair do quarto. Após arrumar meu vestido saio discretamente.
Minutos se passaram até que encontro Arthur e Lorenzo, um em cada lado do bar. Olham em minha direção, com a mesma pergunta no olhar, apenas aceno discretamente me retirando e indo para a saída da boate.
Não demora para que os dois cheguem ao carro.
- Como foi? Conseguiu o que precisávamos? - Lorenzo diz.
- Você está bem? Ele encostou em você? - Arthur pergunta.
- Vocês não viram as imagens? - pergunto.
- Eu evitei olhar muito - Lorenzo diz - Não acho muito agradável te ver daquele jeito com ele.
- Mas ela podia estar em perigo - Arthur diz - Você não preocupa com isso?
- Do que voce está falando? Você também não olhou - Lorenzo diz - E eu me preocupo sim, olhava de certa forma.
- Não interessa se eu olhei ou não - Arthur diz.
Estávamos na estrada em alta velocidade, Arthur estava a dirigir. Enquanto os dois brigavam eu apenas observava, mas confesso que aquilo estava começando a me irritar.
- Claro que interessa. Como pode me acusar de algo sendo que fez o mesmo?
Uma briga boba, principalmente por minha causa.
- Que eu saiba eu consegui fazer tudo, vocês olhando ou não - digo séria.
Eles olham em minha direção.
- Sim. Mas quer saber, estou cansado de trabalhar com esse Lorenzo - Arthur diz.
- Como se eu gostasse de trabalhar com você - o outro responde.
- Você nem da Cie é. Não devia estar aqui e sim sendo capacho do governo - Arthur diz irritado.
- Ah, por que trabalhar para Cie tem grande diferença, não é mesmo? - Lorenzo responde.
- Pelo menos eu não vivo a mercê de um bando de corruptos...
- Como pode ter tanta certeza que na CIE não acontece a mesma coisa? Faça um favor a todos nós e dirija de boca fechada, Arthur. Pare de falar sobre coisas que não sabe - Lorenzo diz.
- Quer saber dirige você - sinto o carro frear bruscamente.
Paramos próximo a uma pequena casa abandonada no meio da estrada, totalmente escura. Arthur sai do carro no mesmo instante que Lorenzo. Percebo que estão indo na mesma direção.
Quer saber, cansei!
Saio do carro batendo a porta do mesmo e vou em direção a eles rapidamente.
- O que vocês pensam que estão fazendo? Parem de agir como duas crianças.
- Luna, deixe que eu resolvo isso. É assunto nosso - Arthur diz.
- Cale a boca vocês dois! Quem resolveu tudo aqui fui eu e vocês só ficam brigando - grito - Estou cansada disso.
- Desculpa, Luna - os dois dizem ao mesmo tempo.
- Agora vem a desculpa? Vocês são dois idiotas, olha onde...
Antes que possa dizer mais alguma coisa vejo luzes se aproximando de onde estávamos.
Olho para trás e vejo quatro carros se aproximando. Logo posso ver de longe um homem com o corpo para fora do veículo com algo em sua mão.
Rapidamente abaixo-me com os meninos, ficando atrás do nosso carro.
Não demora para começarmos a escutar barulhos de tiros. Começamos a revidar evitando sermos atingidos, mas logo percebemos a chegada de mais um carro.
- O que iremos fazer? - Arthur diz.
- Temos que sair daqui! - digo.
- Não tem como entrar no carro - Lorenzo grita - E não temos munição suficiente para acabar com eles.
- A casa! - Arthur diz.
Começamos a correr em direção a casa que se encontrava vazia. Os tiros em nossa direção não param de ser disparados e passamos perto de ser atingidos.
Enfim entramos na residência.
Era uma casa pequena, de poucos cômodos.
Continuam a disparar na casa, formando diversos buracos na parede do lugar.
- Como eles nos descobriram? - Lorenzo diz.
- Não foi devido o Kalebe, com certeza. Eles têm contato demais aqui, devem ter descoberto - digo.
De repente os barulhos de tiros param e tudo fica em absoluto silêncio.
- Temos que arrumar uma forma de sair daqui, agora! - grito.
Começo a andar pelo o interior da casa, chegando ao fundo da mesma. De repente, escutamos uma aproximação. Um estrondo e uma forte explosão acontece na entrada da casa.
Com o impacto caio fortemente no chão. Sinto me zonza e não consigo me levantar, mas de repente tudo escurece e eu perco a consciência.
******
Eii, tudo bem?
O que mais gostaram deste capítulo? Será que Luna irá sobreviver?
Se gostou, deixe seu voto!
Agradecemos desde já
Bjs ❤
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