C : 10
N/A: Como havia dito os capítulos além de estar sendo revisado, estão sendo reescritos para melhor encaixe, sei que pode estar diferente mas é para melhor. E nesse capítulo em questão, tirei o ato sexual, e dei um pouco mais de intensidade conforme o seguimento.
Espero que gostem dessa nova versão.
Desejo boa leitura e peço desculpas pela demora com as atualizações. Trabalho durante a semana e devido a isso tenho estado muito cansada.
Ótima noite a todas.
FUI !!!!
Oh! sê bem-vindo, punhal!
(Apodera-se do punhal de Romeu.)
Tua bainha é aqui. Repousa aí bem quieto e deixa-me morrer.
— Romeu e Julieta. Ato 5. Cena 3 —
William Shakespeare.
⁛
SEBASTIAN VELARK
⁛
Vê-la descendo do carro foi a certeza de que não precisaria tomar meios violentos, qual já tinha deixado planejado a qualquer mínimo ato de recusa, momentos antes de estar no aguardo de sua chegada observei-a pelas câmeras cada movimento, seu desinteresse sobre as ordens impostas, a calmaria por estar na área externa até o momento em que teve de ser carregada por um de meus subordinados, este momento em questão me deixou pouco incomodado, não o suficiente para que eu o puna — durante o voo, busquei manter-me o mais ocupado possível, de modo nada aconselhável, observo-a pela visão periférica, seu rosto estava encostado em um travesseiro, os olhos fechados, imersa em pesadelos, pois lágrimas escorrem por sua face adormecida, seu corpo tremia no assento reclinado, desvio o olhar, sirvo uma dose de conhaque, sinto o líquido queimar a garganta, sei que sou um maníaco, ter ciência de tal fato me torna ainda pior…me torna um monstro. Qualquer adjetivo que possa ser usado para retratar minha falta de empatia e caráter não me importa, tudo o que importa é o que eu quero e acabou.
Abro alguns emails, analisando com um sorriso maldito os cartazes com a foto dela, as letras garrafais escrito: DESAPARECIDA. Seria totalmente trágico, mas para mim era cômico; as horas avançam gradativamente, sinto-me mais relaxado depois de quase onze copos de bebida, observo o céu escuro, o sono não vinha, devido a isso sou novamente tragado pelas malditas lembranças da qual só irei me livrar quando estiver a sete palmos debaixo da terra.
FLASHBACK
— ISSO TUDO É CULPA SUA, SEBASTIAN. — Reneé grita, descontrolado, quebrando tudo ao seu redor, enquanto permaneço paralisado, encarando toda a cena com total raiva silenciosa. — DEVERIA TER IDO BUSCA-LA, VOCÊ É O IRMÃO MAIS VELHO, ERA SEU ÚNICO MALDITO DEVER, CARALHO.
Vejo minha mãe ajoelhada no chão, chorando, perdida em sua própria dor, enquanto meu pai gritava e me amaldiçoava repetidamente.
— NÃO DIRÁ NADA? NÃO SE JUSTIFICARÁ? — Desferiu um soco em meu rosto, a dor irradia por meu rosto, dou um passo para trás devido ao impacto, deixo que o sangue escorra e volto a minha posição, intragável e inabalável. — Devia ter sido você naquele maldito caixão, seu filho da puta. — Grunhiu, as lágrimas escorrem por sua face perturbada.
— Reneé, pare com isso, por favor! — A matriarca implora, tentando puxá-lo para longe de mim.
Dou um sorriso irônico, o mais velho parou para me encarar, trêmulo, pronto para me dar outro soco. — Esqueceu de um detalhe, pai. — Digo com nojo. — Eu a encontrei naquele asfalto. Esqueceu que foi para mim que ligaram para dar a notícia, esqueceu de que…EU QUEM FUI RECONHECER SEU CORPO. ME CULPA? ÓTIMO, FODA-SE NÃO LIGO. — Cerro as mãos em punho. — Sabe o que ela disse quando sugeri que ligasse para você? — Indago. — Ela disse que não iria nem tentar por que você não iria, que daria qualquer maldita desculpa para não sair. ELA SABIA O QUÃO DESGRAÇADO VOCÊ É. Por isso sempre estive em seus contatos de emergência, ela sempre vinha para cá por mim, não por você. SEU MALDITO NARCISISTA. —gritei próximo, recebendo outro soco.
— RENEÉ. PARE COM ISSO. — Amara grita novamente em tom de autoridade.
— Exijo respeito em minha casa, moleque.
Dou-lhe as costas e sigo para meu quarto, onde arrumo as malas e saiu antes mesmo de Amara tentar me impedir, sei que ela choraria e imploraria para que não fosse, ainda mais em uma situação como essa, ignoro as os pedidos dos funcionários de me ajudar, coloco tudo no porta malas e saiu rapidamente da mansão, odiando ainda mais minha existência, no entanto, neste momento tenho odiado ainda mais Reneé Velark.
FLASHBACK OFF
Desperto de meus devaneios, em minha destra o copo que antes segurava havia sido quebrado, os cacos perfuram minha pele, o sangue se mistura ao álcool, pingando no tapete, aperto os estilhaços, usando a dor para conter a raiva, para manter-me centrado, respiro fundo, me levanto e sigo para outro compartimento, tiro os pedaços de vidro, limpo a mão e a enfaixo, meu coração estava pouco acelerado, troco de roupa, me sento no sofá, encostando a cabeça, fecho meus olhos, esperando chegar logo e fazer o que preciso.
As seis da manhã acordo em um sobressalto, coço os olhos para afastar a sonolência e ressaca, faço minha higiene antes de chamar pela comissária, order que arrume o café da manhã, chegariamos dali a uma hora, portanto volto para meu assento, Jéssika ainda dormia, espero pacientemente que desperte sozinha, esta o fez às oito e meia, seus olhos pararam em mim, quieta, encontrando sua bolsa no assento ao lado, levantou e saiu sem dizer uma só palavra, o que agradeci internamente, não teria paciência alguma para aturar sua histeria.
No desembarque funcionários estavam a postos para nos levar ao hotel, ordenei silenciosamente que entrasse no jaguar, aguardo as malas sem postas no veículo antes de entrar e irmos mantendo o silêncio que aos poucos estava me incomodando — dificilmente viajava para espairecer, escolher a Grécia foi tão repentino quanto anunciar a porra de um noivado sem ter a mínima vontade de ter minha vida atreleada a outra pessoa, pela visão periférica a vejo admirada com a paisagem, fazia certo tempo que não via algo além do medo e dor que a proporciono; lunático ou não, até isso me deixou enraizado. Chegamos em Katikies Santorini, um dos hotéis cinco estrelas, contendo uma ótima vista das caldeiras.
Somos levados até a suíte, os tons brancos e azul e arquitetura parecem convidar Jéssika a relaxar e desfrutar de tudo que ali oferecia.
— Funcionárias virão amanhã às nove para arrumá-la, depois daqui, o céu não será mais o limite para que escape. — Ameaço, saindo sem esperar nada além do terror em sua feição.
Quando a noite se findou desliguei o notebook e sai do quarto, seguindo para a área externa, parei ao vê-la chorando diante a piscina, ordenei que estivéssemos sozinhos, fechei todo o hotel para que problemas não aconteçam, e ali nas sombras observei-a em prantos, a dor sendo emitida para os céus num pedido desesperado por ajuda — pensei em acabar com aquilo, porém algo invisível mantinha-me paralisado, fiquei minutos longos ouvindo seu lamento, seu choro até um alerta deixar meu coração pouco acelerado, franzi o cenho, frustrado por sentir algo que não conhecia; Jéssika entrou na piscina, o rosto corado e molhado, dei um passo e depois outro conforme ela ia para a parte funda e permitir que a água lhe cubra por completo, esperei que emergisse, no entanto isso não aconteceu…avancei para a borda e pulei, agarrando-a pelo braço, na superfície a seguro para olhar seu rosto.
— Caralho. — Pressiono seu corpo contra a borda. — Olhe para mim. — Seguro seu rosto com força.
Seus olhos se abrem e o desgosto marca as íris castanhas, e novamente as lágrimas voltam a escorrer.
— Acha mesmo que tentar morrer aqui seria uma boa ideia? — Busco conter a raiva.
— Se afaste de mim. — Implorou. — Por favor!
— Não. — Aperto sua mandíbula. — Falei que não se livrará a menos que eu queira, e isso acontece quando eu tomar sua vida. — Sinto seu corpo tremer colado ao meu, a água morna nos rodeava, levo minha destra até seu pescoço. — Quer morrer? — Aperto. — Diz para a morte o quanto quer ser levada, faça isso porra.
Nem uma palavra veio de seus lábios fartos e trêmulos, a adrenalina toma suas veias, o pavor e a sensação da morte esta ali, esperando um sinal para arrastar sua alma para o limbo.
— Diz. — A forço, sentindo seu pânico em busca de oxigênio, os arranhões em meu braço trazia dor que apenas me motiva q continuar. — Não consegue? Hum? — Debocho. — Está sentindo? O pânico por estar à beira do abismo? O desespero por não saber onde irá quando este corpo não ser nada além de lixo jogado na sarjeta? — Diminuo o aperto. — Isso mostra o quanto morrer não é nada quando o peso das consequências tomam sua mente.
Seguro sua cintura e a sento na borda, o corpo estava marcado no tecido branco encharcado que agora está transparente e vejo que não há nada por baixo.
— Vá para a porra do quarto e não saia até que eu permita. — Scarlett não se move. — Vá ou irei te foder aqui, sabemos que não deseja que isso aconteça, para a sua infelicidade o seu querer não me importa, então decida. Vá ou fique e será fodida agora e à vista de qualquer funcionário desse lugar.
Jessika arregala os olhos mantendo os dedos massageando o pescoço marcado, levantou cambaleando e correu.
— Merda! — Praguejo saindo da piscina.
Tiro a camisa molhada, me sento e pego um cigarro no maço deixado ali por ordens minhas junto a uma garrafa de conhaque, Jessika estava tão inerte que mal notou que logo eu viria — que mais uma vez impediria sua morte. Trago da fumaça, saber que ela não faz a mínima ideia do quanto a conheço tornava tudo ainda mais interessante.
Terei tempo para mostrar tudo o que seu interior tanto esconde, por trás daquela fragilidade e cara de boa moça escondia algo que só eu posso trazer à tona.
E eu farei.
Conforme o cigarro queima e bebidas eram ingeridas, entro no quarto, vendo o celular em cima da cama vibrar, deixo o copo no aparador e atendo rapidamente, ignoro, tomando um banho rápido, esperando pelo maldito amanhecer, onde Jéssika será minha e de ninguém mais.
[...]
Como pensei, Jéssika relutou ao máximo que pode, sem paciência alguma para aturar toda aquela merda, a puxo pelo braço, arrastando-a até o veículo — o surto começou antes mesmo de ser arrumada para o casamento, não me importei de entrar no quarto, de vê-la usando apenas um roupão, os cabelos negros e ondulados reluzindo junto a maquiagem marcando seu olhar que prometia me matar a qualquer instante e lábios marcados por batom vermelho, abro a porta do carro e a jogo no banco.
— Vamos futura esposa. — Ironizo, batendo a porta do carro, assumindo o volante.
Devido a velocidade chegamos em dez minutos, paro o caro no estacionamento e desço, contornando o veículo para puxá-la para fora.
— SEU DESGRAÇADO!!
Entramos no cartório sendo já recebidos pelo responsável pela papelada e cerimônia.
— Comece e corte o papo furado. — Ordeno impaciente.
— T-tudo bem. Senhorita por favor assine os papéis.
— Não.
Dou dois passos para direita e puxo a arma do cós da calça social, destravo e aponto para sua cabeça.
— Vamos meu amor, assine. — Rosno.
Temerosa seus dedos seguram a caneta, a assinatura saiu trêmula porém foi o suficiente, mantendo a arma em sua mira faço o mesmo e o homem nos olha assustado.
— Os d-declaro m-marido e m-mulher. — O velho gagueja.
Sorrindo a pego pelo pescoço e deposito um selar em seus lábios, sem mais nada, atiro na cabeça do homem e Jessika grita.
— Na doença e no inferno. Até que a morte nos separe. Amém. — Faço um sinal de cruz e a encaro. — Bem vinda ao inferno senhora Velark
No retorno sua raiva era sentida por mim, a arma prateada descansa em minha perna, guio o carro após deixar meus homens no cartório para se livrar do corpo — no hotel não foi preciso tirá-la a força, ela mesma desceu e foi na frente, tentando se afastar de mim, no quarto fecho a porta.
— Que merda você quer?
— Tenha respeito. — Jogo a arma na cama, tiro a aliança do bolso e pego sua mão, forçando o aperto. — Agora é uma esposa completa.
— Vá se foder. — Devolve tentando correr, pego-o pelo cabelo a jogando na cama.
— É o que pretendo, meu amor.
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