Socorro, eu estou no inferno?! parte ll

No capítulo anterior...

- Desculpa... - Seth disse afastando a mão olhando para o professor mas não entendia a matéria então durante toda a aula ele pensando nas coisas malucas que aconteceram com ele nos últimos dias.

No capítulo de hoje...

{Narrador narrando}

Seth antes de ir para o inferno era apenas mais um garoto comum que ia a escola pela manhã voltava a tarde, limpava a casa para sua mãe e fazia as tarefas que seus irmãos mais novos empurravam para ele fazer, afinal Seth queria ser aceito na família... Já que sua situação com sua mãe não era as melhores, Seth sempre notou que Cléo, sua mãe, o tratava de maneira muito diferente de como tratava seus irmãos mais velho e mais novo Malioh e Mahlik, e ele nunca soube o porquê disso, talvez porquê seu pai tinha feito alguma coisa ruim para ela antes do nascimento dele? Ele realmente não sabia e se submetia a várias coisas para tentar agradar a mãe, que nunca estava satisfeita com nada do que ele fazia e seus irmãos também não o tratavam melhor do que ela, eles eram até piores mas, ele aguentava afinal ingenuamente acreditava que isso mudaria em algum momento.

- Seth, eu vou sair com seus irmãos, arrume a casa! Se eu voltar e se eu encontrar ela desarrumada, você estará de castigo por muito tempo. - Cléo falou da porta do quarto do filho, que era minúsculo comparado ao dos irmãos, aquilo nem era para ser um quarto era o sótão da casa que Seth reformou para ser seu quarto, afinal se cansou de dividir o quarto com seus irmãos babacas. - Lave a louça também, não estou com vontade de lavar e também eu pintei minhas unhas e não quero arruinar elas. - Depois de ter falado tudo ela estava pronta para ir mas Seth a chamou - O que foi? - falou um tanto impaciente.

- Mãe.... eu posso ir com vocês? - Seth perguntou com espectativa, não se lembrava a última vez que saiu com sua família. - Eu faço tudo isso quando voltarmos e....

- Não, você não pode. - Cléo falou friamente olhando para o frio como se aquela pergunta fosse o pior absurdo que já ouviu em toda sua vida. - Você tem muitas tarefas para fazer e pouquíssimo tempo Seth, e é um evento de famílias de classe, você não pode participar você não tem um único pingo de classe em você, sinceramente onde eu errei quando criei você? Deveria tentar ser como seus irmãos.- Ela se vira para sair do quarto do filho que ficou extremamente deprimido ao ouvir as palavras duras de sua mãe.

- Mas mãe eu sou seu....- Seth ouve somente a porta se fechar em um baque- filho...- ele ficou quieto por um momento - o que há de tão bom nos meus irmãos que você ama mais eles do que a mim? - Seth limpou as lágrimas de seu rosto e engoliu o choro e voltou a fazer seu dever de casa, para tentar esquecer o que acabou de ouvir, não era a primeira vez que ela o tratava assim, sua mãe falava palavras duas, ela era assim mesmo.

Quando ele ouviu o som da porta se abrir ele se animou, talvez fosse sua mãe voltando para se desculpar, ele olhou para a porta e se decepcionou ao ver seu irmão mais velho Malioh, que caminhou até ele e colocou alguns papéis em sua mesa de estudos.

- O que é isso irmão? - Seth perguntou olhando para a pequena pilha de papéis em cima de sua mesa confuso.

- Não me chame de irmão, é o meu dever de casa, tem umas coisas para amanhã então faça tudo rapidamente e imite a minha letra o professor começou a desconfiar que não sou eu que estou fazendo os meus trabalhos, sério imbecil, você tem que parar de escrever os meus trabalhos com os garranchos que você chama de letra.- Malioh falou e olhou para o irmão mais novo que olhou para os papéis.

- Mas... Eu não vou conseguir terminar tudo isso, eu também tenho coisas da escola pra fazer irmão e a mamãe falou pra mim arrumar a casa.... Não vai dar tempo.- Seth falou entregando os papéis de volta ao irmão - Porquê você não faz seu dever de casa como todo mundo?

- Porque eu tenho você para fazê-los por mim, e vamos você tem notas perfeitas demais, você deixar de fazer um trabalho aqui e outro ali não vai fazer diferença nenhuma pra você Nerd. - Malioh colocou os papéis de volta na mesa do irmão- e quem disse que eu ligo? Arranje tempo. - Saiu do quarto do irmão deixando ele ali sozinho com uma pequena pilha de atividades para fazer.

[...]

A família feliz de três pessoas já havia saído a algum tempo deixando ele sozinho em casa, Seth como não queria decepcionar sua mãe arrumou toda a casa sozinho, fazendo cada tarefa que tinha que fazer com perfeição até tudo estar um brinco, talvez ganhasse um elogio de sua mãe, pelo menos era isso que ele esperava ganhar por ter feito um ótimo trabalho como sempre fazia.

Seth voltou para o quarto e começou a fazer os trabalhos de seu irmão mais velho, ele era um mala mas Seth não queria que ele ficasse bravo consigo.

Enquanto fazia os deveres de casa de seu irmão, as luzes começaram a piscar descontroladamente, ouve barulhos estranhos no quarto o que deixou o adolescente com medo.

- O que tá acontecendo? - Seth se perguntou se levantando, foi até o interruptor do quarto para apagar a luz mas ela não queria apagar e em algum momento a lâmpada explodiu assustando o garoto que agora estava no escuro- Mas que porr.... - Havia uma luz avermelhada brilhando em seu armário, ele se afastou do móvel assustado e tentou abrir a porta mas estava trancada o que o deixou ainda mais desesperado, ele notou que a luz vermelha aumentou iluminando todo seu quarto e ele pode ver com clareza que seus móveis estavam levitando, algo que desafiava as leis da física .- MALIOH EU SEI QUE É VOCÊ POR FAVOR PARA! MALIK! PAREM. - Gritou desesperado, batendo forte na porta de madeira, ele achou que fosse mais uma pegadinha de seus irmãos mas eles não iriam elaborar algo tão complicado como aquilo.

As portas de seu armário se abriram inesperadamente, dentro ele podia ver um portal de chamas negras avermelhadas e dele saiu um homem um pouco semelhante a si só que diferente dele, o homem possuía chifres e uma calda com uma ponta afida, vestia roupas que pareciam ser extremamente caras com adornos de ouro e outras jóias.

- ¢=÷|^^€π¢^=¢{¢§€°|[¥{=¥[¥×®[^÷•§€§¢π¢°¢^√¢^¢^¢π°'|π¥×¥÷¥×€°¢×€✓|°€=™©€÷✓€€°=€]€( Finalmente consegui abrir o portal para o mundo humano, é ótimo estar mais uma vez aqui.... Será que vim parar no lugar certo?) - O homem falou em uma língua totalmente estranha, sua voz era grossa e parecia com a voz de alguem falando em um rádio velho, com chiados e tudo, o homem olhou ao redor e logo olhou para Seth e abriu um sorriso de orelha a orelha, parecia muito feliz ao vê-lo.
   
Seth estava totalmente paralisado olhando para aquele homem estranho que de alguma maneira extremamente bizarra invadiu seu quarto, ele tentou se aproximar dele o que o fez se afastar até bater as costas na parede e pegou uma das canetas e ameaçou aquele homem com ela, o que fez o homem ficar um pouco triste.

- Q-Uem é você?! Como... Entrou aqui, eu tenho uma... Uma.... caneta e não tenho medo de usá-la! - Seth falou com medo, ele estava gaguejando muito.

- €¥§¢$  £×¢ §€¢£¢ §€¥¢ §§  ¥π€ ( Filho... Não tenha medo de mim.) - O homem se aproximou e segurou a mão do filho, Seth sentia que iria desmaiar de medo e fechou os olhos, com certeza iria morrer e se surpreendeu ao receber um abraço daquele homem, se é que podia chamar aquilo de homem, Seth abriu os olhos ainda assustado e o homem se afastou dele e uma de suas mãos começou a brilhar um brilho violeta e tocou em sua testa- Filho, consegue me entender agora? - Seth muito confuso e ainda assustado não reagiu por um momento, depois que entendeu o significado da pergunta assentiu.

- Filho....? - Seth perguntou olhando para ele, realmente eles se pareciam muito, mas ouviu clareamente sua mãe dizer que seu pai havia sumiu - não você não é meu pai, ele sumiu...deve estar morto a essa altura.

- Foi isso que sua mãe disse a você filho? Realmente não está errado, eu tive que voltar com pressa, eu quase que fiquei preso no mundo humano e nenhum domínio consegue viver muito tempo no mundo humano ... Eu sabia que ela estava grávida, eu ouvi seu batimento cardíaco antes mesmo dela saber da sua existência. - O homem falou dando um sorriso amoroso e nostálgico ao olhar para Seth - mas mesmo assim tive que ir embora... Visitar o mundo humano é um crime, estou realmente me arriscando demais vindo até aqui novamente... Mas eu queria realmente ver como o meu filho era, eu sempre imaginei como você seria acredita? Eu sempre estive curioso... Afinal você é o único filho que eu tive, e ainda te abandonei antes mesmo de você nascer me desculpe.... Eu não fui um bom pai pra você meu filho. - Seth ouviu a explicação confuso, ele conseguia entender o homem mas ao mesmo tempo não conseguia o entender, ele começou a chorar... Aquele homem era realmente seu pai? Ele não sabia, mas ele tinha sido a primeira pessoa o tratar com carinho, talvez pudesse confiar nele.

- Eu sou seu filho....? Como tem tanta certeza? Você não errou? - O demônio pegou a mão dele e puxou para frente do espelho e apontou para a semelhança entre ambos, e mostrou a Seth as memórias que tinha com sua mãe, ele era realmente seu pai.

- Filho.... Qual o seu nome? Eu me chamo #&§€¥€¢(nome dele na língua nativa de Dulce, que Seth não conseguiu entender), mas meu nome humano é Dulce. - Seth olhou para o pai, um demônio, era por isso que sua mãe o odiava tanto?

- Seth...- Falou e olhou o chão - Dulce... - falou o nome estranho.

Dulce se sentou em sua cama e começou a perguntar como tinha sido a vida de seu filho por todo esse tempo em que esteve longe dele, Seth resumiu tudo, o papo durou até altas horas mas estava bom.

- Eu tenho que ir filho... - Dulce o abraçou bem forte e a caminhou até o portal e Seth segurou o braço dele- O que foi filho? - Dulce o olhou preocupado.

- Eu quero ir com você! - Seth falou determinado, ele o tratou bem melhor em algumas horas do que sua mãe o tratou sua vida inteira e também ele estava cansado de mendigar por afeto.

- Filho.... você não pode ir comigo é perigoso para humanos, você pode ter um pingo de sangue demônio mas seu sangue humano é predominante... Você sabe qual é o alimento preferido dos demônios? Humanos fracos! Eu não quero que você morra, melhor você ficar aqui está mais seguro.- Dulce falou suavemente arrumando os cabelos do filho.

- Pai... Você vai me proteger eu sei disso, então me deixe ir com você.... Por favor.- Seth falou quase chorando, o que assustou Dulce que concordou imediatamente em levar ele consigo.

- Tem algo que você queira levar com você? - Seth pegou algumas coisas no quarto e foi obedientemente até o pai, que junto dele passou pelo portal de onde venho.

Quando ambos passaram pelo portal ele sumiu e o quarto de Seth voltou completamente ao normal, sem nada da estranho como se nada tivesse acontecido.

Seth olhou para a sala luxuosa que se encontrava, parecia a sala de algum castelo medieval assustador, mas ao mesmo tempo Seth sentia que aquele lugar era aconchegante.

- Senhor ainda bem que voltou, temia que se tivesse demorado um pouco mais... Eles teriam rastreado o portal e te prendido! Senhor, você sabe que é um crime ir para o mundo humano, um crime com pena de morte!- Santiago, um empregado leal de lorde Dulce falou e olhou para o jovem estranho que acompanhava o duque olhando tudo curioso.- senhor quem é ele? - Sente um cheiro delicioso no ar, um cheiro de presa, ele já havia sentido esse cheiro antes- SENHOR ISSO É UM HUMANO? ESTÁ MALUCO? SE DESCOBREM ISSO, POR LÚCIFER....- Santiago gritou assustado olhando para o humano.

- Santiago se acalme, não grite, não queremos que alguém descubra que eu trouxe um humano para cá não é? - Dulce falou se sentando elegantemente no sofá, fazendo um sinal para o filho se sentar também - Ele é meu filho, vai viver conosco partir de agora... Lembra que eu disse uma vez que namorei uma humano por um tempo e ela estava grávida? Então, ele é o fruto desse relacionamento... o meu filho não é lindo? - Santiago olhou espantado para Seth.

- Uou, muito prazer... Sou Santiago empregado do senhor Dulce. - Garoto de aparência humana, com uma parte do rosto faltando que dava para ver os músculos e ossos falou respeitosamente para ele.- Sim senhor, ele é muito bonito.... Parece o senhor meu Lord.

- Santiago, quero que faça algumas compras para mim... Compre algumas roupas para o Seth, as mais belas e confortáveis que tiverem na loja, algo para disfarçar o cheiro dele e um colar de armazenamento de poder e brincos mágicos para proteção. - Dulce pediu e olhou para o filho que olhou ele envergonhado, estava fazendo seu pai gastar muito.- Pense nesses presentes filho como uma compensação por cada aniversário seu que eu perdi. - Santiago anotou tudo e saiu dali depressa para comprar tudo o que seu chefe havia pedido.

- Mas pai....- Seth tentou falar algo sobre mas foi interrompido.

- Eu quero te mimar filho, afinal eu perdi muito tempo.... Deixe-me ser seu pai. - Dulce sorriu e Seth retribuiu o sorriso.

Horas depois Santiago voltou com tudo que Dulce tinha pedido e encontrou pai e filho conversando, Dulce estava falando sobre coisas que Seth precisava saber sobre o mundo inferior.

- Oh, você finalmente chegou! - Dulce se levantou e pegou as coisas que Santiago havia comprado a seu pedido, ele foi até o filho e abriu o frasco de perfume e despejou ele inteiro no filho- Santiago cheire, ainda sente cheiro de humano?

Santiago fechou os olhos e respirou profundamente, sentindo cheiro de demônios e uma leve fragrância tentadora mas era tão leve que era quase imperceptível.

- Não o há mais cheiro de humano senhor.- Santiago falou antes de se retirar para a cozinha.

- Esse colar é um colar para guardar poder mágico, a cada um mês colocarei um pouco de meu poder mágico aqui... Assim você poderá usar magia, mas use com responsabilidade filho... Ainda bem que o Santiago comprou um bem pequeno, você deve o esconder debaixo da sua roupa, se alguém ver esse colar vão achar que você é um demônio fraco, e os fracos não sobrevivem muito tempo nesse lugar. - Fala colocando o colar no filho que assentiu entendendo a explicação.- E os brincos são para sua proteção, ele vão fortalecer o seu corpo e tem uma magia de proteção.- Seth colocou os brincos negros minúsculos que mal podiam ser vistos.- não se preocupe sobre o assunto de cauda, chifres e asas geralmente ficamos numa forma mais parecida possível com humanos, sem chifre e todo o resto é costume dos demônios mostrar seus chifres e cauda somente em família ou quando se sentem muito seguros com as pessoas ao seu redor, ou então quando há brigas mas é bem raro.

[...]

   Seth demorou quase um mês para Seth se acostumar ao mundo inferior, seu pai fazia de tudo para que ele se sentisse mais confortável e ensinava tudo o que podia, depois de se acostumar com alguns costumes dos demônios, sua culinária bizarra mas gostosa e história seu pai insistiu em o colocar em uma escola, afinal queria que seu filho tivesse uma vida normal como ele tinha no mundo humano.

[...]

Seth olhou para o quadro negro tentando entender o que o professor estava explicando mas era quase impossível, era extremamente complicado.

- Que diabos.... - Sussurrou baixinho sem entender nada, Seth sentiu que não seria mais o aluno nota dez que era quando estava entre os humanos.

Discórdia olhou para o seu colega de mesa que teve o atrevimento de tentar troca-lo, ele constatou que ele era um novato.

- Chato....- Discórdia falou não se importando que seu tio ouvisse, já tinha aprendido tudo isso em casa, era extremamente simples.

- Discórdia, eu sei que você é mais avançado mas por favor deixe seus colegas tentarem aprender. - Meteros falou voltando a explicar de modo divertido, chamando a atenção dos alunos.

Não demorou muito para o sinal do recreio bater, o sinal era um grito de dor agoniante extremamente alto.

- Podem sair para o intervalo, a próxima aula quem dará é o professor Thoth. - Meteros fala e todos os alunos resmungam e saiem da sala.

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