Uma história a contar - parte 1
Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Una Nueva Oportunidad" postada em 2014 no Potterfics por leona19.
Uma história a contar - parte 1.
Os garotos voltaram a trocar olhares, e então com um suspiro estremecido por parte da metamorfomaga assentiram ao mesmo tempo.
Sirius pigarreou e olhou nos olhos de James, pôde ver sua confusão e também que estava irritado. Então se atreveu a olhar para Remus e percebeu que saber da verdade dessa forma tinha sido muito chocante. Seu rosto continuava pálido, estava apoiado contra a parede e respirava com dificuldade.
Seus olhos não se afastavam de Tonks, e nele podia ver a confusão, o medo e a frustração em partes iguais.
Harry deu um passo adiante e olhando para Remus disse:
— Vamos contar tudo, mas precisamos da Lily.
— Ela sabia? — perguntou James, parecendo mais irritado.
— Não — respondeu rapidamente — Ela não sabe.
— Eu vou atrás dela — ofereceu-se Tonks, evitando olhar para Remus.
— Certo — concordou o moreno — Vamos te esperar no sétimo andar, na entrada da sala — instruiu, e logo lhe passou a capa — Usa.
Ela assentiu e rapidamente desapareceu por baixo da capa, saindo da cozinha.
— Como tem uma capa tão igual à minha? O que está acontecendo? — James estava mais confuso, se é que isso era possível.
— Só espere — pediu seu amigo.
Harry virou-se para Remus, que não afastava o olhar do lugar onde Tonks esteve há alguns minutos.
Abriu a boca para dizer algo, mas Sirius falou por ele.
— É melhor irmos ao sétimo andar — sussurrou.
Ele assentiu e foi até a porta.
— Onde? — começou a perguntar James, mas Harry só fez um gesto para que o seguissem.
Os quatro foram então até o sétimo andar, até a tapeçaria de Barnabas, o amalucado.
— O que é esse lugar? — perguntou James.
— A Sala Precisa — respondeu Sirius.
— Sério? Quando a encontrou? E por que não nos contou?
— Eu não encontrei... — o animago murmurou.
— James... Vamos responder todas as perguntas que tiverem, mas precisamos que a Lily esteja aqui também — Harry respondeu antes que seu padrinho pudesse falar mais.
Não tiveram que esperar muito até que Lily e Tonks chegassem.
— O que está acontecendo? — exigiu a ruiva ao ver a expressão de Remus.
— Vamos explicar lá dentro — sussurrou Harry, enquanto caminhava três vezes na frente da parede.
Assim que a porta apareceu, Sirius abriu, deixando que todos passassem, sendo o último a entrar.
Na sala tinha algumas poltronas, acomodadas ao redor da lareira que estava acesa, iluminando o lugar.
Todos sentaram-se e permaneceram em silêncio por um longo tempo.
— O que está acontecendo? — perguntou Lily.
— É... é verdade o que disseram? — perguntou James ao mesmo tempo.
Harry respirou fundo.
— Nós temos que contar uma coisa. É difícil e um pouco louco, mas é a verdade.
— Do que está falando, Mat? — Lily estava curiosa.
Remus soltou um resmungo estranho, e a ruiva voltou para olhá-lo. Ele olhava fixamente para Tonks, enquanto ela olhava fixamente para a parede.
— Nós na verdade não somos Mat Parker e Amy Watson — começou Harry.
— Não são os seus nomes? — sua mãe sussurrou.
— Não, mas precisávamos nos manter escondidos para o que temos que fazer.
— E não pensavam dizer? — Remus falou pela primeira vez em uma hora — Pensavam manter em segredo? — notava-se claramente a frustração que sentia.
— Sim — disse Harry, sem olhá-lo — Não é que não confiamos em vocês, mas...
— Eu confiei! — alfinetou, olhando-o desafiante — Eu confiei em vocês!
— Teria acreditado? — retrucou. Não tinha vontade de discutir com Remus, e sabia que não seria bom para Tonks.
Ele ficou em silêncio, avaliando suas palavras.
— Talvez não — admitiu finalmente.
— Ainda não entendi. Do que estão falando? — voltou a perguntar Lily.
— Estamos aqui porque temos uma missão para completar, e escondemos nossas identidades porque era mais fácil — começou a explicar Harry, olhando para sua mãe — Nós conseguimos um jeito de chegar aqui por um vira-tempo...
— Isso é impossível! Vira-tempos só podem retornar algumas horas — Lily o interrompeu.
— Não. Dumbledore, Hermione e Remus investigaram por muito tempo, até encontrarem a forma de usar uma ampulheta para nos trazer até esse momento. Parar impedir tudo antes que fosse tarde demais — explicou Tonks, suavemente.
— Remus? Esse Remus?
Ele a olhava fixamente, como se pudesse ler seus pensamentos, e Tonks podia sentir a intensidade desse olhar, porque o Remus do seu tempo a tinha olhado dessa forma, vendo mais do que se podia ver a um simples olhar.
— Quantos anos viajaram? — perguntou James.
— Somos de 1998 — respondeu Harry.
— Tanto tempo? — admirou-se Lily.
— Sim, era o único jeito.
— Único jeito de quê? — foi a vez de Remus.
— De salvar o futuro — murmurou Tonks.
— Não entendo. Por que Sirius sabia? — perguntou James.
— Foi um erro. Não queríamos contar, mas ele viu nossos nomes no mapa — voltou a responder Harry.
— Que mapa? — questionou Lily.
— O mapa do maroto — balbuciou Remus.
— É claro! — bufou James, dando um tapa na própria testa.
— Pontas, lembra da noite que te pedi a capa? — perguntou Sirius, recebendo uma concordância — Eu vi seus nomes naquela noite, e me chamou a atenção que não eram os que Dumbledore e eles tinham dito. Decidi segui-los e depois de escutá-los conversar, os enfrentei, e os obriguei a me contarem tudo. Não foi agradável — acrescentou com os olhos tristes.
— É tão ruim assim? — preocupou-se Lily.
— Aconteceram coisas boas, mas principalmente ruins. Nesses anos perdemos mais do que ganhamos, e queremos mudar isso — respondeu Tonks, olhando para a ruiva com pena.
— Voldemort está vivo? — James estava ansioso.
Tonks e Harry se olharam, nervosos.
— Ele não está mais vivo — começou Harry lentamente, mas antes que pudessem manifestar qualquer sinal de alívio ou alegria, levantou um pouco mais a voz —, mas foi a um preço muito alto.
— Vão nos contar a história? — James pediu.
— Sim — foi Tonks quem respondeu depois de olhar para Harry e Sirius — Mesmo que não quiséssemos isso.
— Só nos deixem falar, e fiquem calmos — sugeriu Harry, sem desviar o olhar de seu padrinho.
— Por que ficar calmos? O que vai acontecer? — seu pai tinha muitas perguntas.
— Acho que é melhor se apresentarem direito — aconselhou Sirius.
— Boa ideia — concordou o afilhado.
Lily e James estavam evidentemente curiosos, enquanto que o rosto de Remus adquiriu um leve tom rosado nas bochechas, e Sirius não pôde evitar gargalhar.
— Bom... É melhor começarmos logo — Harry suspirou — Ela não é, como dissemos, Amy Watson, seu nome é Nymphadora Tonks.
— Tonks? Onde já ouvi isso antes? — comentou Lily pensativa.
— Falamos sobre ela — disse Sirius.
— Nymphadora Tonks? A prima do Almofadinhas? — James arregalou os olhos.
— Infelizmente sim — ela respondeu sob o olhar indignado do Black.
— Então... Nymphadora? — começou Lily.
— Só Tonks, por favor. Esse nome horrível que a minha mãe me deu — resmungou diante da risada de Harry e seu primo.
— Chega vocês dois — repreendeu Lily, enquanto Remus tentava disfarçar um sorriso.
— Isso não mudou, pelo visto — ele murmurou, sendo escutado pela metamorfomaga.
— Nossa, isso é chocante — conseguiu dizer James — E pensar que outro dia te vimos com três anos brincando de princesas e dragões — acrescentou com um sorriso debochado, fazendo com que ela revirasse os olhos pelos deboches de Harry e Sirius.
— Chega — ela ordenou, seu cabelo mudando para vermelho.
— Esse é o sinal — sussurrou Harry, sabia que ela estava se estressando.
— Melhor continuarmos — disse Sirius rapidamente.
— Você também já é nascido? — perguntou Lily.
Todos ficaram em silêncio, esperando que Harry respondesse.
Ele voltou seu olhar para Tonks, e ela exibiu um leve sorriso para encorajá-lo. Depois de respirar fundo, animou-se a responder.
— Não. Na verdade, vou nascer em 1980. Meu nome é Harry. Harry James Evans Potter.
Lily, James e Remus ficaram em estado de choque. Os três olharam fixamente para o garoto sem palavras.
— Você... Você... É... É meu...? — James começou a gaguejar enquanto que pela primeira vez Lily estava sem reação.
— Mas o que... — sussurrou Remus, inspecionando as feições dele em busca de algum traço de seus amigos.
— Vamos facilitar as coisas — disse Tonks, levantando-se de seu lugar e indo até Harry.
Tirou a varinha do bolso e a apontou para ele.
James começou a perguntar o que estava fazendo quando ela desfez o feitiço de transfiguração que Harry usava.
— Merlin — murmurou Remus, ao ver uma cópia exata de James diante dele.
— Realmente... Realmente é meu filho — James olhava sem piscar.
— Tem... tem os meus olhos — sussurrou Lily, aproximando-se dele.
— É outro James — murmurou Remus.
— É nosso filho — Lily parou diante de Harry sem afastar o olhar dele.
Tonks olhou para Sirius enquanto seus olhos brilhavam com as lágrimas contidas, e pôde ver que ele sentia a mesma tristeza que ela. Não era justo, o futuro não era justo.
— Olá, Harry — disse em voz baixa, esticando sua mão para acariciar o rosto do garoto.
Ele fechou os olhos. Quantas vezes não tinha sonhado com isso, e agora estava finalmente acontecendo, sua mãe estava o acariciando. Todos olharam o momento mãe e filho em silêncio, não queriam atrapalhar.
Harry aproximou-se um pouco mais, desfrutando de seu calor e conforto. Como Mat Parker, tinha tido a oportunidade de estar perto, mas sem segredos nem mentiras no meio era mil vezes melhor.
— É tão lindo, Harry — disse sua mãe, fazendo carinho no seu cabelo — Uma cópia perfeita do seu pai.
— É meu filho — repetiu James, impactado — Isso significa... Significa que eu casei com a ruiva! — exclamou, abraçando os dois ao mesmo tempo.
E o mais novo teve que se conter para não chorar. Agarrou-se ao abraço como se sua vida dependesse disso, como se fosse sua tábua de salvação. Se mantiveram assim, por um longo tempo, Harry desfrutando do calor e do amor que emanava de seus pais.
— Nos casamos — repetiu Lily, tentando acreditar.
James a beijou apaixonadamente, sendo correspondida com a mesma veemência. Harry e Sirius fizeram uma careta de nojo, enquanto Remus e Tonks riam.
— Por Merlin! — exclamou o animago, ao ver que não se soltavam — Tem criança aqui!
Eles se separaram e James se desculpou:
— Desculpa, mas... Eu me casei com a ruivinha! — e dito isso correu para abraçar e comemorar com os amigos — Eu disse que eu ia casar com a ruiva, Almofadinhas, Aluado! Eu disse!
— Eu... Isso é incrível... e inesperado... — Lily continuava abraçada ao filho, observando como os três marotos faziam uma dancinha ridícula.
Tonks os olhava, sentada na poltrona. Seus olhos estavam em Remus, naquele jovem alegre e feliz, aquele jovem que não tinha passado por nada que o Remus do seu tempo teve que passar, seus olhos brilhavam com alegria, tinham luz própria. E teve medo do que poderia acontecer quando soubesse da verdade, teve medo da forma que a história poderia afetar aos três. Sabia que Sirius ia ajudá-los, mas ele mesmo sofreu muito quando descobriu toda a verdade. Como seria com eles?
— Tonks? — Lily a tirou de seus pensamentos, aproximando-se dela.
— Me desculpe, me distraí — respondeu percebendo que não era só a ruiva que a olhava.
— Tudo bem? — Harry ficou preocupado ao ver uma lágrima escorrer por sua bochecha.
Ela levantou o olhar e Remus remexeu-se inquieto, e parece que Harry notou a mesma coisa. Passando pela frente de Sirius e James, sentou-se ao seu lado na poltrona, pondo uma mão sobre seu ombro, enquanto que com a outra limpava seu rosto.
Os outros voltaram a se acomodar em seus lugares — James e Lily juntos — para escutar a história.
— Temos um ao outro, não está sozinha e nem eu — sussurrou o moreno.
— Eu sei — ela murmurou.
Os outros deram-lhe tempo porque Sirius sabia, assim como James, Lily e Remus suspeitavam, que o que viria a seguir não seria nada bom. Os olhares não eram falsos, e James e Remus não tinham se esquecido das palavras que tinham saído da boca de Tonks na cozinha.
"A merda do futuro que os espera".
Voltou o olhar até o resto e suspirou outra vez.
— Me desculpem — sussurrou — É melhor começarmos.
Harry suspirou e concordou.
Antes que pudessem falar, Remus criou coragem para quebrar o gelo.
Durante todo aquele tempo esteve tentando perguntar a Tonks se realmente tinham um filho, o que tinha acontecido com eles. Ela o amava? Ele queria pensar que sim, que tudo o que tinha sentido quando a tinha beijado era real, que senti-la próxima era familiar porque em parte seu coração a reconhecia, mas não podia saber a ciência certa.
Estava confuso... Como uma garota tão jovem, que tinha 13 anos de diferença poderia ter se apaixonado por ele?
Tinha muitas coisas na cabeça. Ele desde que tinha se transformado em lobisomem tinha descartado a ideia de poder formar uma família, mas aquela garota de cabelo rosa tinha lhe brindado essa oportunidade e isso era algo que o assustava e o encantava ao mesmo tempo. Mas tinha medo. E se seu filho tinha herdado sua maldição?
Respirou fundo e obrigou sua boca a dizer as palavras que precisava desesperadamente que saíssem:
— Tonks? Realmente temos um filho?
Ela o olhou boquiaberta. Se fosse sincera, não tinha pensado que Remus perguntaria tão cedo.
— Sim, nós temos — respondeu, enquanto tentava ignorar o nó que tinha formado na garganta quando pensou no seu pequeno.
— Um filho? — sussurrou Lily — Remus tem um filho?
— Edward Remus Lupin, tem 6 meses e é metamorfomago.
— Mas... como isso aconteceu? Eu... não...
— Ah vamos, Remus, você deve saber como que se fazem os bebês — retrucou Harry debochado.
— Tenho várias memórias que posso mostrar — murmurou Tonks, e os outros gargalharam quando o lobisomem adquiriu uma forte cor vermelha no rosto.
— Eu quero ver.
— Cala a boca, Almofadinhas — resmungou Remus, fuzilando o amigo com o olhar.
— E antes que pergunte, ele não é um lobisomem — informou Harry, olhando para ele de forma mordaz — A licantropia não é hereditária, não é transmitida de pai para filho — acrescentou.
Lily deu um gritinho de alegria e correu para abraçar seu amigo. Era maravilhoso. Não só tinha encontrado uma mulher que o amava abertamente, que tinha deixado de lado seus preconceitos, como também tinha dado o maior presente que um homem podia pedir: um filho, que não teria que passar pela dor das transformações, um filho que poderia ser feliz.
— Aluado, é um papa anjo — cantarolaram James e Sirius.
— Calem a boca — Lily repreendeu, mas estava sorrindo.
— Melhor pararem, não quero ouvir de novo esse bordão — pediu Tonks, fazendo Harry gargalhar.
— Do que está falando? — perguntou James, curioso.
— Ah, eu não me esqueci — Harry tinha um brilho malicioso no olhar — Muito velho, muito pobre e muito perigoso — enumerou em quase perfeita imitação da voz de Remus.
— Cala a boca, Harry — o cabelo dela ficou vermelho.
— Desculpa — ele bagunçou o seu cabelo, e ela mostrou a língua para ele.
— Muito madura, Nymphadora — debochou James.
— Ai não — gemeu Sirius, enquanto que o vermelho dela aumentava.
— Não me chame de Nymphadora! — exclamou — Não sabe o quão vingativa posso ser.
— Eu escutaria, se fosse você — aconselhou Harry — Tonks pode ser bem cruel.
— Estou te escutando, Potter.
Lily tinha muitas perguntas, e tinha certeza de que James e Remus também, mas tinha o tato e a inteligência suficientes para saber que tanto Harry quanto Tonks precisavam brincar e relaxar antes de começarem a falar.
— Vocês parecem se dar bem — indicou a ruiva com um leve sorriso.
— Harry/Tonks é como meu/minha irmão/irmã — responderam ao mesmo tempo.
— Não me copia, Potter — ela voltou a mudar o cabelo de cor.
— Estou ficando tonto com tantas cores — reclamou Sirius.
— Desculpa, tio.
James e Remus não puderam evitar rir.
— O que é engraçado? — perguntou seu amigo, franzindo o cenho.
— Que te chame de tio — respondeu James, sem deixar de rir.
— Tonks, posso te fazer uma pergunta?
— Diga.
— Como você chamava o Remus? Remi? Remusin? Lobinho?
Não pode continuar, já que duas almofadas saídas sabe-se lá de onde impactaram contra seu rosto. Uma jogada por Remus, e outra por Tonks, e ele apesar dos anos de experiência não conseguiu afastá-las a tempo.
— Isso não te interessa — respondeu, evitando a toda custa olhar para Remus. Sabia que estava corada, e tinha certeza de que ele também.
— Aha! Então você o chamava de alguma coisa — continuou provocando.
— Deixa quieto, Almofadinhas — aconselhou James ao ver que Tonks pegava a varinha.
Ela fez um gesto debochado na sua direção.
Quando todos se acalmaram, ficaram sérios e um a um entenderam que não podiam adiar mais a situação, que tinha chegado a hora de falar.
— Certo — suspirou Harry — A primeira coisa que queremos dizer, na verdade queremos pedir desculpas.
— Por quê? — perguntou James.
— Por mentir, pela forma com que descobriram e principalmente por não ter coragem de contar sobre tudo desde o começo — foi a vez de Tonks responder.
— É verdade que teria preferido que vocês tivessem contado, mas eu entendo — disse Lily, sorrindo.
— Eu sei o que aconteceu, sei o porquê fizeram isso, e tenho certeza de que Aluado e Pontas vão entender também — acrescentou Sirius.
Eles assentiram, mostrando-se de acordo com a explicação dele.
— Obrigado por entender.
— Ainda não consigo acreditar que é meu filho, nem que vou me casar com a ruiva — exclamou James — Não vejo a hora de contar ao Peter!
A reação foi instantânea.
Harry desfez o sorriso, o cabelo de Tonks ficou mais vermelho do que nunca e seus olhos arderam em fúria, e Sirius rosnou como um cachorro irritado, apertando os dentes e punhos com força, enquanto seus olhos tinham um brilho homicida que nunca tinham visto.
— Não — a voz de Harry era rude, enquanto se esforçava para manter a calma.
— Quê? Por que reagem assim? — perguntou Remus. A forma com que reagiram era estranha, e sentia um nó no estômago, junto com uma sensação horrível de pânico.
— Não podem contar nada a Peter — a voz de Tonks estava alarmada.
— O quê? Mas Peter é nosso amigo — replicou James, e Remus concordou.
Harry abriu a boca, provavelmente para dizer que ele era um traidor, mas Tonks apertou seu braço e negou com a cabeça.
— Vamos explicar tudo, certo? Mas por favor, mantenham isso entre nós — pediu com suavidade.
Resignados, eles concordaram, recebendo um sorriso tenso da metamorfomaga.
— Como sabem, Voldemort está rondando o mundo bruxo, e está acontecendo uma guerra — começou Harry — Eu sei que vocês vão se juntar a Ordem da Fênix quando se formarem.
Todos sem exceção assentiram.
— Em 1980, Dumbledore vai entrevistar uma candidata para ser professora de adivinhação, e no meio da conversa ela fará uma profecia.
James ia interromper, mas Harry levantou a mão para que ele não o fizesse.
— É muito importante porque vai mudar o destino do mundo bruxo — disse com a voz apagada.
Ele olhou para todos, detendo-se em seus pais.
Tonks pôs uma mão em seu ombro para mostrar o seu apoio.
Harry continuou com a voz um pouco mais estremecida, mas firme.
— "Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."
Um calafrio percorreu Remus, James, Lily e Sirius.
— H-Harry? — os olhos de Lily se encheram de lágrimas sem saber o porquê — Em que mês nasceu? — perguntou com a voz quebrada.
Ele virou-se para a metamorfomaga, suplicando com o olhar.
Não queria responder aquilo, não queria causar essa dor aos seus pais.
— Dois bebês nasceram em julho. Neville Longbottom e Harry Potter.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top