Suspeitas e planos

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a JK Rowling. Esta fanfic é uma tradução autorizada de "Una Nueva Oportunidad" postada em 2014 no Potterfics por leona19.

Suspeitas e planos.

A suave risada de Tonks era música para os ouvidos de Remus.

Estavam desfrutando de sua mútua companhia, na noite que ele tão orgulhosamente tinha preparado para ambos. Tinham comido debaixo das estrelas, rodeados por uma cascata, falando de tudo e de nada ao mesmo tempo, conhecendo-se um pouco mais. Mas, sem dúvida alguma, o ponto da noite mais emocionante para Remus tinha sido de longe ver pela primeira vez uma foto de seu filho.

Se tivesse que encontrar uma palavra para descrever seria: incrível.

No momento em que viu essa imagem, uma enchente de emoções passou por ele. Alegria, ternura, felicidade, orgulho, e principalmente amor. Amor: uma palavra que apenas podia começar a descrever o que sentiu ao ver seu pequeno filho, como acontecia cada vez que via Tonks. Sabia que era o mais puro amor que podia existir sobre a terra.

Saber que ele, um lobisomem, podia ter sido parte da criação de ser um ser tão inocente, tão cheio de amor, tão puro, era algo que o fazia se sentir especial, algo que fazia que tudo o que Remus tinha sofrido na vida valesse a pena, algo que podia fazê-lo acreditar que ele não era um monstro, que podia ser uma pessoa normal, que podia ser feliz.

— Um nuque por seus pensamentos? — sugeriu Tonks.

Remus sorriu enquanto a abraçava, dando um beijo em seu brilhante cabelo rosa.

Abaixou a cabeça para poder conectar seus olhos verdes nos olhos dela, em um olhar profundo e cheio do mais puro amor que podia oferecer.

— Pensava no quanto incrível pode ser o futuro — confessou, esfregando as suas costas em círculos.

Tonks sorriu de volta, acomodando a cabeça sobre seu ombro.

— Eu sei — respondeu — Sei que talvez não seja fácil acreditar nisso, mas é verdade.

— Eu acredito — disse, pondo uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e acariciando sua bochecha — E como disse antes, quero que seja parte do meu futuro, e quero Teddy.

Tonks suspirou feliz.

— Eu amo escutar isso — murmurou, passando um braço ao seu redor.

Remus voltou a sorrir, aproximou-a mais de si, e a beijou de novo.

Não podia deixar de se encantar com todas as sensações que sentia cada vez que seus lábios se encostavam, cada vez que suas línguas se encontravam. Interromperam o beijo, olhando-se com intensidade.

— Te amo — essa palavra foi dita ao mesmo tempo por eles.

Voltaram a se beijar, desfrutando de cada momento, e aos poucos os beijos foram ficando mais intensos, mais profundos, e suas mãos começaram a fazer seus próprios caminhos no corpo do outro.

As mãos de Tonks estavam no peitoral de Remus, explorando sua força.

As mãos de Remus tinham se esgueirado por debaixo da blusa da metamorfomaga, e acariciavam suas costas em suaves círculos.

A falta de ar foi ganhando terreno, e tiveram que se separar, relutantes. Quando voltaram aos seus sentidos, perceberam a situação em que estavam. Tonks se surpreendeu ao sentir as mãos de Remus sob sua blusa, mas não podia negar que sentia falta da sensação de suas mãos em sua pele e de tocá-lo.

O lobisomem corou fortemente, ao perceber o que estava fazendo.

— Desculpa — disse, tirando as mãos rapidamente.

Tonks suspirou quando ele se afastou.

— Não se preocupe — respondeu rapidamente — É normal.

Ele só assentiu, abraçando-a de novo, inalando o seu perfume.

— É linda — sussurrou em seu ouvido, conseguindo um estremecimento como resposta.

— Você também — foi sua resposta, seguida por um beijo.

Separaram-se com dificuldade, em busca de ar, depois de alguns minutos.

— É melhor voltarmos ao Salão Comunal — murmurou com a testa encostada na dela.

Tonks concordou, enquanto recuperava o ar.

Ambos sentiam-se totalmente enrubescidos, seus lábios estavam inchados, e suas respirações estavam desreguladas.

Ela sabia o que Remus pensava, e sabia que ele não queria passar dos limites, não assim, e não aquela noite. Supôs que mesmo que ele soubesse que ela conhecia a fundo tudo sobre ele, queria conhecê-la, e ela concordava com isso.

Embora ter esse trato implícito não impediu que seus hormônios se elevassem com os beijos que tinham compartilhado. E como impedir quando seus lábios eram a faísca de seu fogo? Era muito consciente de tudo o que essa boca (e mãos) provocavam em seu corpo, sabia que podia despertar cada sentimento enterrado nela, e sabia perfeitamente que se ficassem na sala por mais tempo, tinha uma grande chance de arruinar tudo, e não queria que isso acontecesse.

Remus olhou para a bruxa de cabelo rosa que tinha à frente e não pôde deixar de se surpreender com o quão linda ela era.

Seu doce rosto em forma de coração, seu sorriso amplo e afetuoso, seus olhos brilhantes que transbordavam amabilidade, bondade, amor e doçura, seu cabelo com todas as vibrantes cores que podia mudar, sua voz, suas mãos, seu corpo... E seus lábios, aqueles quentes lábios que eram a coisa mais doce que Remus tinha provado. Aqueles lábios entreabertos, inchados e vermelhos por causa de seus beijos, aqueles beijos que tinham compartilhado.

Ele não era indiferente às sensações de seus corpos ao se beijarem ou se tocarem, e também sentia a reação das suas mãos ao tato da pele de Tonks, e era consciente de que seu eu mais velho tinha estado com ela em um contato muito mais íntimo, mas não queria que fosse dessa forma.

Não queria que os hormônios mandassem no momento, naquele momento que para ele seria tão especial porque nunca antes esteve com alguém. Além do mais, queria que para ela também fosse, e para isso precisava conhecê-la um pouco mais, embora precisava admitir que podia entender com muita clareza o que ele tinha visto nela no futuro para se apaixonar por alguém tão diferente dele, tudo o que lhe chamou a atenção.

Era totalmente seu oposto na vida, mas sabia que gostava disso. Certamente tinha preenchido seu mundo com cor, risadas, doçura e principalmente amor. Saber que podia amá-lo, apesar de sua licantropia, e lhe dar esperanças para um futuro, um futuro com ela e seu filho, era mil vezes melhor do que qualquer coisa que pudesse pedir.

Suspirou, sem poder evitar o sorriso que surgiu em seu rosto, e afastou-se dela, estendendo a mão.

— Obrigada pela noite — a voz dela era um sussurro, mas conseguiu escutar sem dificuldades.

— Não me agradeça — respondeu, segurando sua mão com firmeza — Eu fiz por você, e amei poder passar essa noite contigo.

A última parte foi dita em voz baixa, mas Tonks pôde ver a sinceridade em seus olhos.

Ela sorriu, passando seu braço ao redor de seu dorso e começando a caminhar. Percorreram os corredores do castelo abraçados, conversando em sussurros, compartilhando algum e outro beijo no caminho.

Chegaram ao retrato da Mulher Gorda, e depois de dizer a senha, entraram no Salão Comunal, que estava vazio.

— Está entregue — murmurou o castanho, afastando-se dela lentamente, mantendo uma mão em seu braço.

— Foi uma noite incrível — suspirou.

Remus sorriu e a abraçou, pensando que poderia se acostumar com isso facilmente.

— Eu te amo — sussurrou.

— Eu também te amo, Remus. Sempre e para sempre.

Inclinou a cabeça e o beijou como tinha feito durante a noite, desfrutando o momento, sentindo como ele mordia seu lábio inferior com suavidade. Abriu um pouco mais a boca, e a língua dele se encontrou explorando de novo cada espaço que podia, enquanto seus braços moviam-se no corpo do outro.

Separaram-se com a respiração agitada e corados ao máximo.

— É melhor... É melhor irmos dormir — murmurou Tonks, tentando se acalmar.

— Também acho — disse Remus, respirando profundamente.

— Boa noite — disse, subindo as escadas para o dormitório feminino.

— Boa noite, Dora — foi sua resposta, enquanto ia na direção do dormitório masculino.

•••

— Bom dia! O sol já nasceu lá na fazendinha!

Foi assim que Remus acordou no dia seguinte, por um risonho e bagunceiro Sirius pulando na sua cama.

— Almofadinhas — rosnou, os olhos estreitos para o amigo.

— Vamos, Aluado, como foi a noite?

— Me acordou só para isso? — estava incrédulo.

— Sim! — declarou alegremente — Desonraram muito a sala? — perguntou, gargalhando logo em seguida.

Remus empurrou-o para fora da cama, o que o fez cair direto no chão.

— Ai! Isso doeu! — protestou.

— Merece por ter me acordado desse jeito — respondeu em um resmungo — e por ser um pervertido — acrescentou, sem evitar pensar no quão próximo esteve de perder o controle.

Em seguida, puxou as cortinas do dossel, e voltou a se enfiar debaixo das cobertas, enterrando a cabeça no travesseiro, amaldiçoando o cachorro por sua estupidez.

— É cruel, Aluado! — reclamou o animago do chão, esfregando a sua parte traseira — Machucou a minha bunda. O que vão dizer as garotas?

A risada de James e Harry fez eco, evidentemente divertidos pela situação.

— Cala a boca, cachorro — exclamou Harry do outro lado do quarto — As pessoas normais querem dormir!

— É cruel, todos vocês são — começou a cantarolar.

— Estou te avisando... Vou te amaldiçoar até o século seguinte, se não calar a boca — chegou a voz de Remus, abafada pelo travesseiro.

— Levantem-se, Remus tem que nos contar como foi a sua noite — voltou a insistir.

— Porra, Sirius Black! — foi a exclamação de um James Potter realmente irritado, seguido de uma almofadada certeira no seu objetivo.

— James! Devia estar do meu lado! — protestou, esfregando a cabeça — Temos que saber como foi o nosso Aluado! Sabe o que ela podia fazer com aquele poder?

— Sirius Black, é um pervertido! — gritou Harry.

— Que coisa horrível de se dizer — reclamou Remus da sua cama.

— Verdade, verdade, vacilei, foi mal — reconheceu diante do olhar penetrante de James — Desculpa, Aluado.

— Tá bom.

— Já que já foi tudo esclarecido, podem calar a boca? Eu só quero dormir — disse Harry, fracamente.

— Somos dois — apoiou Remus.

— Não sei como Peter pode continuar dormindo — comentou Sirius.

— Peter? Ele não está — disse James, levantando-se e olhando na direção da cama do amigo.

— Onde ele foi? — perguntou o lobisomem.

Harry rosnou.

— Que estranho... Ele não é de acordar cedo... A menos que... Maldição! — exclamou Remus, pulando da cama.

— Quê? — perguntou Sirius, sem entender, enquanto levantava-se do chão.

— E se ele já é um Comensal? — questionou James, seguindo a linha de pensamento do castanho.

— Temos que investigar. Não podemos fazer nada sem provas — aconselhou Harry.

— Se ele for... — Remus rosnou ameaçador.

— Calma, já vamos descobrir — James tentou apaziguar a situação — Talvez seja o melhor, para poder afastar-nos dele sem ter que dar desculpas. Eu não quero pôr em risco a missão de Harry e Tonks.

Os outros concordaram.

— Own, Pontas está amadurecendo — debochou o outro animago, ganhando mais uma almofadada vinda dele, e nem Harry nem Remus conseguiram conter a risada.

Todos levantaram-se, preparando-se para uma manhã de domingo.

Desceram ao Salão Comunal, encontrando-se com Lily.

— Oi, Lils — cumprimentou James alegremente, seguido de um beijo nada casto.

— Vão para o quarto! — exclamou Sirius, enquanto Harry cobria os olhos, dramaticamente.

— Estraga prazeres — resmungou o animago, sem deixar de abraçar a ruiva, que sorria corada.

Um tempo depois, foi a vez de Tonks aparecer pelas escadas.

— E aí? — foi o seu cumprimento.

— Bom dia! — foi a resposta entusiasta de Sirius, que se encaminhou rapidamente até ela com um sorriso predador no rosto.

Remus xingou por baixo da respiração, enquanto James, Lily e Harry pareciam divertidos.

— Diga-me, garota arco-íris, como foi a noite?

Tonks revirou os olhos, mas não pôde evitar sorrir, que nem Remus.

— Coitados — lamentou-se Lily, olhando para o castanho, que já estava com as bochechas coradas.

— Dormi bem, obrigada — respondeu com a maior indiferença que pôde reunir.

— Não foi o que eu quis dizer — protestou, irritado que tanto ela quanto Remus desviaram o assunto.

— Ah não? Bom, foi o que eu entendi.

A risada dos outros não demorou muito.

— Ponto para as garotas! — declarou Lily, como se estivesse narrando uma rodada de boxe.

— Todos vocês são maus — resmungou Sirius, como se fosse uma criança.

— Oh, tadinho, tadinho do saco de pulgas — debochou Remus, ganhando um olhar atravessado de seu amigo.

— Vamos comer? — sugeriu Lily, depois que se acalmaram.

Um a um foram sair do retrato, ficando Remus e Tonks para trás.

Tonks envolveu seus braços ao redor do pescoço dele, puxando-o para um doce e profundo beijo, que ele não demorou para corresponder.

— Bom dia — disse depois de se separarem.

— Com uma saudação assim, como não vai ser um bom dia? — retrucou, sorrindo.

— Bom, você mereceu. Não esqueço da noite especial que preparou, e nem de ter envergonhado o Sirius agora há pouco — garantiu.

Remus riu, isso foi o que Tonks precisava para fazer seu coração bater mais forte.

— Ele mereceu, estava sendo incômodo desde que acordou.

— E não é sempre? — perguntou inocentemente, enquanto iam até o retrato.

Remus concordou com uma risada, e Tonks ganhou outro beijo por parte de seu namorado.

Naquele momento, Harry apressou-se através do retrato, encontrando uma imagem bastante familiar: Remus e Tonks se agarrando, como naquela noite n'A Toca. Não pôde evitar sorrir porque sabia que ninguém mais que eles mereciam toda a felicidade que pudessem ter, mas antes que o beijo passasse dos limites, decidiu falar.

— Por Merlin, garotos. Estamos esperando vocês e vocês aqui se agarrando. Que droga, devo 10 galeões ao Sirius — resmungou, fazendo-os corar.

— E por que continua apostando? — debochou a metamorfomaga, puxando o namorado pela mão até a saída.

— Calada, respeita os mais velhos — resmungou.

— Você bem que queria! — retrucou indignada — Se não se lembra, eu sou mais velha que você — mostrou a língua.

Os três foram até o Salão Principal, com Harry e Tonks no meio de uma discussão sem sentido.

Assim que sentaram-se à mesa, enquanto ambos expunham pela trigésima nona vez o argumento do porquê um era mais velho que o outro, e que Remus revirasse os olhos pela mesma quantidade de vezes, decidiu interromper a discussão.

— Por Merlin, vocês dois, dá pra parar com isso? — pediu, exasperado.

Como nenhum dos dois lhe prestou atenção, decidiu a única coisa que podia frear a discussão infantil. Puxou Tonks para perto dele, e a beijou, cortando pela raiz o seu argumento. Foi correspondido rapidamente, esquecendo completamente da discussão, e sem se importar que os grifinórios estivessem olhando.

Quando interromperam o beijo, Tonks o olhou com os olhos arregalados.

— Uau — pronunciou atordoada.

— Boa forma de terminar uma discussão — opinou James.

Remus corou fortemente, voltando-se na direção de seu café da manhã.

— Ruiva, quer discutir para nos beijarmos? — perguntou Sirius, movendo as sobrancelhas de forma sugestiva, enquanto fazia biquinho.

James lhe deu um tapa na nuca, junto com um olhar fuzilante, enquanto Harry, Remus, Tonks e Lily riam.

Assim que terminaram, dispersaram-se até o Salão Comunal. James queria conferir o mapa, para poder localizar Peter.

— Juro solenemente não fazer nada de bom.

Os nomes começaram a aparecer no mapa, e os olhos de James arregalaram-se de espanto depois de um tempo de busca.

O nome de Peter aparecia acompanhado de outros conhecidos Comensais como Mulciber, Nott e Goyle.

— Droga — murmurou, dando um soco na mesa.

— O que houve? — perguntou Lily, acariciando o seu cabelo para acalmá-lo.

Em resposta, lhe deu o mapa, mostrando aos outros o que viu.

— Bom, está confirmado — suspirou Remus, derrotado.

Tonks apertou a sua mão para confortá-lo.

— E agora? — foi a pergunta que todos se fizeram.

— Garotos, tenho um plano — avisou Tonks depois de alguns minutos.

A hora do almoço chegou, e os marotos, Tonks e Lily foram ao Salão Principal com um plano para executar.

— Garotos!

A voz histérica de Peter chegou a eles, ao aproximarem-se da mesa da Gryffindor.

— Rabicho — cumprimentou James, usando todo o seu autocontrole para não agredi-lo.

— Onde estava de manhã? — perguntou Remus, sentando-se junto de Tonks e servindo-se carne e batatas.

— Eu... Eu... Tive um encontro — apressou-se a dizer, hesitando.

Lily, que estava sentada entre James e Sirius, apertou as mãos deles por baixo da mesa para que continuassem sob controle.

— Ei, amigo, como não nos contou? — perguntou o Black, enquanto suas mãos estavam em punhos.

— Bom, queria manter em segredo... — sussurrou.

— Mas por quê? Digo, é bom ter um encontro, ainda mais se ela virar sua namorada — disse Harry com aparente tranquilidade.

— Isso, isso! — Sirius seguiu o seu raciocínio — Aqui, Pontas e Aluado nos contaram sobre suas garotas.

— Bom, eu só queria esperar — disse, mas ninguém engoliu a desculpa.

— Agora que penso nisso, Sirius é o único maroto solteiro — debochou Lily.

— É verdade — acrescentou Tonks, servindo-se de suco de laranja.

— Como deve ser — disse com arrogância — Aluado e Pontas são os únicos traidores aqui, e vocês duas são ladras de amigos — resmungou com uma falsa irritação.

As garotas riram, enquanto os mencionados empurraram o amigo.

— Fico feliz de ter sido roubado — disse Remus com honestidade, dando um beijo na bochecha da metamorfomaga.

— Digo o mesmo — James o repetiu.

— Que adoráveis — exclamou Sirius, suspirando como uma adolescente apaixonada.

— Não tenho que ver isso — retrucou Harry, pondo uma expressão enojada no rosto.

— Invejoso — retrucou Tonks.

— Estava pensando numa coisa — disse Sirius de repente.

— Você pensa? — Remus fingiu inocência.

— Cala a boca — foi a resposta inteligente.

— Continua, Almofadinhas — James pediu, enviando um olhar dissimulado na direção de Peter.

— Obrigado, Pontas. Como ia dizendo, acho que devíamos dar uma festa — expôs com entusiasmo.

— Uma festa? Sério, Sirius? — interrompeu Lily, irritada.

— Ótima ideia — apoiou James.

— É claro. Você e uma festa são almas gêmeas — a ruiva suspirou, revirando os olhos.

— Mas por quê? — perguntou Harry, confuso.

— Por Merlin, precisa de desculpa para fazer uma festa? — respondeu seu padrinho com uma sobrancelha erguida.

— Claro que não, mas não entendi o porquê disso tão repentinamente.

Tonks revirou os olhos, incrédula. Remus, ao seu lado, teve que fazer grandes esforços para não começar a rir.

— Que seja — interrompeu James, impaciente — Ideia genial, Almofadinhas, todos merecemos um descanso.

— Apoiado — acrescentou Remus, seu sorriso maroto exposto em suas feições.

Peter assentiu, aparentando estar satisfeito. O resto trocou um rápido olhar triunfante.

— E nós seríamos parte disso? — perguntou Lily, fingindo inquietação.

— Claro que sim, Lils. Tanto você quanto Amy e a futura namorada o Peter estão convidadas — respondeu Sirius.

— Que fofo.

— Eu... não quero levar ninguém — disse Peter, nervoso.

— Por quê? — perguntou Tonks, curiosa.

— Porque não — foi sua resposta evasiva.

— Vamos, Peter — insistiu James — Ia ser bom conhecê-la — acrescentou e o resto dos marotos concordou.

— É sério, garotos. Prefiro manter isso — era notável o quão incomodado estava.

— Estraga prazeres — reclamou Sirius.

— Quê? — perguntou Lily, erguendo uma sobrancelha.

— Eu não vou poder encher o saco do Peter! Não é justo! Aluado e a garota arco-íris não me dão atenção quando tento encher o saco, e James não me deixa zoar a ruiva.

— Claro que não! — exclamou o moreno indignado.

— Garota arco-íris? Para de me chamar assim! — reclamou Tonks, mas seu sorriso dizia o oposto.

— Foi mal, garota arco-íris.

Tonks resmungou, e Remus passou um braço por seus ombros, enquanto Harry, James, Lily e Peter riam.

— Deixando de lado o fato que Almofadinhas só quer incomodar... — começou James — Temos que dividir o que cada um vai fazer para que a festa seja perfeita.

O resto murmurou de acordo.

— Acho que Amy e Lily podia se encarregar da comida, e James, Sirius, Peter e eu das bebidas, e Mat do lugar — opinou Remus.

— Acho que o quarto dos garotos seria uma boa ideia — disse Lily em um murmúrio.

— Concordo com ela — acrescentou James, e os outros voltaram a assentir.

Todos mostraram sorrisos em seus rostos, embora da maioria fosse satisfação, já que a primeira parte do plano tinha saído à perfeição.

Se tudo corresse bem, algo que tinham certeza, Peter logo seria desmascarado.

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