Capítulo 7

- Vão ficar fofocando ou vão trabalhar? - Antony pergunta com frieza.

- Desculpe senhor. - Gabriel pede sem graça.

Abaixo a cabeça sem graça com o olhar matador do Antony, enquanto ele pigarreia alto e sai da cozinha.

- Acho melhor deixarmos para fofocar depois do trabalho. - Digo baixinho.

- Você tem razão. - Ele concorda rindo.

Hoje é meu primeiro dia de trabalho e já fui flagrada bisbilhotando a vida do patrão.

Sou uma pessoa muito curiosa, e todo suspense que Antony fez e agora Gabriel, me deixou ainda mais curiosa para saber mais sobre o senhor Mitchell.

Ele deve ser um homem muito rude, caso contrário não iria ignorar seus empregados dessa forma.

Eu sei que ele é o patrão, mas não custa nada ser educado com as pessoas. Acha que pode pisar em alguém e maltratar apenas porque pagam seu salário? Isso é desumano e cruel.

Talvez ele seja apenas um pessoa introvertida, que não gosta de interagir com as pessoas, mas se ele fosse um homem tão tímido não teria uma empresa.

Ouvi Gabriel e Charles falando que a empresa do Senhor Mitchell está indo muito bem, e por causa disso tenho quase certeza que ele é apenas um homem mal educado.

Sei que não deveria estar dedusindo nada antes de conhecê-lo pessoalmante, mas eu não sei por qual motivo sinto ele meu chefe não será um homem tão fácil de lidar.

- Pronta para começar a trabalhar? - Gabriel pergunta.

- Sim. - Digo dando o último gole em meu suco.

Me levanto da cadeira e em seguida a coloco no lugar novamente, pego o copo sujo e coloco na pia.

- É melhor não fazer isso. - Gabriel fala quando estou prestes a lavar o copo.

- Por quê? - Pergunto.

- Clara odeia que alguém mexa em sua cozinha, então se sujar alguma coisa apenas coloque na pia que ela vai lavar.

- Que costume estranho. - Falo.

- Eu também acho. - Gabriel assume.

Eu ficaria era muito feliz se alguém me ajudasse com os meu afazeres domésticos, mas cada um tem os seus costumes por mais que alguns sejam estranhos.

Começo a seguir Gabriel pela casa, enquanto ele me mostra cada cômodo. A minha sorte é que terei a ajuda dele e do Charles, caso contrário eu estaria muito ferrado para cuidar de uma casa tão grande sozinha.

- Esse escritório não é permitido a nossa entrada. - Gabriel aponta para à porta a nossa frente.

- Quem limpa? - Questiono.

- Antony é o único que é permitido entrar tanto nesse escritório quanto no quarto do chefe. - Gabriel explica.

- Espero que ele não seja um maluco que mata seus empregados e esconde pela casa. - Brinco.

- Na verdade ele parece muito assustador.

- Sério? - Arregalo os olhos. - Agora estou com medo.

Olho em volta para ter certeza que Antony não está nos observando a espreita, pois se ele nos pegar fofocando sobre o chefe novamente, vai acabar brigando com nós.

- O senhor Mitchell é um homem frio e carrancudo, mas não acho que seja má pessoa. - Gabriel fala.

- Como tem tanta certeza se nunca conversou com ele?

- Apenas sinto isso. - Gabriel dá de ombros.

- Espero que tenha razão. - Suspiro alto.

Não quero trabalhar em um ambiente ruim, mas terei que fazer isso se necessário. Eu realmente espero que eu esteja apenas imaginando coisas, e que nosso chefe seja um homem bom.

- Esse é o quarto que é proibido a nossa entrada.

Gabriel aponta para a grande porta de madeira a nossa frente, e no mesmo instante sinto um gelo percorrer todo meu corpo.

- Não tem curiosidade para saber o que tem atrás dessa porta? - Pergunto.

- Na verdade eu tenho. - Gabriel assume. - Mas eu preciso desse emprego, então sigo todas as regras a risca.

- Eu também preciso, então é melhor eu me manter bem longe dessas portas proibidas para nós.

- Exatamente. - Gabriel concorda.

Espero que tenha eu tenha a sorte de não cruzar o caminho do chefe, ou estarei bem ferrada por ser tão curiosa.

É melhor eu me manter nas sombras se quiser continuar trabalhando por um bom tempo, ou então serei demitida antes de finalizar o meu mês de experiência.

Estou louca para saber o que tem atrás dessas portas, mas irei seguir as regras impostas por Antony antes que eu seja expulsa.

Não posso perder esse emprego, por isso farei tudo com muito cuidado e dedicação, só então terei um bom salário para cuidar melhor da minha irmã.

- Agora que eu já te mostrei tudo vamos começar a trabalhar. - Gabriel fala.

- Sim senhor. - Sorrio largo.

Nos encontramos com Charles com produtos de limpeza assim que descemos as escadarias.

- Bom dia Charles.

- Bom dia Joane. Dormiu bem? - Ele pergunta.

- Muito bem. - Sorrio abertamente.

- Ótimo. - Ele também sorri.

Charles me entrega os produtos de limpeza que vou precisar, e então caminho em direção as escadarias novamente, para começar a limpar os quartos que ficaram responsável para mim.

Eu acho que não teria necessidade de limpar uma casa tão grande todos os dias sendo que ela nem ao menos está suja, mas eu sou apenas a emprega e por isso não tenho que achar nada já que vou receber para isso.

Abro à porta do primeiro quarto e meu queixo cai de espanto. É enorme, mas está extremamente limpo e arrumado, por isso não terei muito trabalho. Será que todos os quartos são tão grandes como esse?

Precisaria de um exército de pessoas para cuidar dessa casa tão grande e não se cansar. Agora está explicado o porque Antony me contratou. Essa casa é grande demais para apenas dois homens que já estão maduros lidar sozinhos.

🌻

- Já terminei o meu serviço. - Falo para Charles. - Quer ajuda com alguma coisa?

- Não precisa querida. - Ele nega com a cabeça.

- Tem certeza? - Questiono.

- Tenho sim.

Depois do que parece séculos terminei de fazer todo o meu trabalho, mas Charles e Gabriel ainda não. Eles não querem a minha ajuda, por isso irei começar a cuidar do jardim, para ver se ele volta a florescer.

Como Antony havia dito ao Charles que eu iria cuidar do jardim, ele já deixou uma mangueira do lado de fora da casa.

A pego no chão e logo em seguida procuro por uma torneira, e quando a acho engato a mangueira nela.

Abro o registro da torneira, e então caminho para mais perto das flores secas e começo molhá-las. Algumas já estão mortas, mas outras ainda estão lutando pela vida.

- Que sol quente. - Me abano com a mão.

Viro a mangueira para o meu rosto, e então me refresco um pouco quando a água gelada se choca contra minha pele.

Paro ao escutar uma movimentação, e quando passo a mão por meu rosto para tirar o excesso de água e olho para o lado, e vejo um homem estranho me encarando.

Ele começa se aproximar de mim, enquanto eu começo a jogar água pelas gramas secas. Seria ele o meu chefe?

- Olá. - Ele diz ao chegar para mais perto de mim.

- Oi. - Digo apenas.

- Você é a nova empregada? - Ele pergunta com curiosidade.

- Sim. - Lhe respondo. 

- Andrew concordou em te contratar? - Ele continua fazendo perguntas.

- Antony não me disse nada sobre isso.

- Estou curioso para ver sua reação. - Ele sorri de canto.

Se ele está perguntando sobre o tal de Andrew concordar em me contratar não deve ser o chefe.

- Me chamo Zack, muito prazer. - Ele me cumprimenta.

- Sou a Joane. - Retribuo o cumprimento.

- Andrew já chegou em casa? - Zack pergunta.

- Não sei. - Digo. - Eu não o vi chegar.

Zack olha para baixo e eu faço o mesmo, e no mesmo instante abraço meu próprio corpo. Minha blusa branca está totalmente transparente, o que deixa meu busto a mostra.

- Me desculpe. - Ele pede sem graça.

Antes que eu diga alguma coisa um carro para em frente a casa, e um homem desce dele e de longe eu o reconheço, e então percebo que estou bem ferrada.

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