Um
(Quando o TXT estreou em 2019, eu sempre pensava em criar esse tipo de história, uma interação dramática com o BTS e os meninos. E depois de quase 2 anos de grupo e sendo MOA todo esse tempo, eu finalmente decidi colocar minha cabeça para funcionar e escrever isso. Também pensei em colocar os meninos do ENHYPEN na história, acompanho o crescimento deles dês do I-LAND e queria muito fazer isso, então, espero que vocês gostem e dêem apoio…!)
⚠️ATENÇÃO⚠️ Haverá conteúdo 18+ ao decorrer da história, então, por favor, peço que não leia ou comente sobre caso não goste! Lembre-se, NADA descrito aqui é real, entenda que tudo é apenas uma FICÇÃO!
––––—––
O aroma do café da manhã recém preparado se espalhava por todos os cômodos da casa, até mesmo no andar superior. Jimin com certeza sabia como ninguém preparar as mais deliciosas refeições para seu marido Taehyung. Se bem que ele preferia mil vezes, estar na cama ao lado de Taehyung com seu corpo alto e esguio o abraçando confortavelmente.
Eles eram adultos de 26 anos, trabalhadores e esforçados. Precisavam tirar férias de seus trabalhos ou simplesmente ficarem uns dias de folga, Jimin sabia disso mais do que ninguém, já que tem notado ultimamente o quão exaustos e estressados chegam em casa.
Um banho rápido e uma simples refeição para o jantar, e logo ambos estavam estirados no acolchoado da cama abraçado um no outro em busca de conforto e um local onde se esquentarem.
Ambos mal tinham tempo para eles mesmos. E por conta do trabalho de Taehyung, muitas vezes Jimin viu seu marido saindo bem mais cedo de casa do que ele, e a espera de seu retorno também dependia muito por não ser um horário fixo como o do trabalho de Jimin.
– Oh! Vejamos o que temos aqui. – Jimin já estava familiarizado com as ações do marido logo pela manhã. Mas aquela respiração quente em seu pescoço e sua voz dez vezes mais rouca e profunda do que o normal ao pé de seu ouvido nunca deixou de o arrepiar dos pés a cabeça, isso tudo causavam efeitos inexplicáveis em Jimin. Mesmo depois de tantos anos juntos Taehyung ainda conseguia o deixar completamente enlouquecido e zonzo por ele. Por isso, Jimin precisava se controlar e ignorar aquela tensão sexual toda vez com um "Vamos parar por aqui", para não atacar seu marido ali mesmo. – Hmm, para um delicioso café da manhã, deliciosas panquecas feitas por meu amado esposo. – Passou seus braços ao redor da cintura do pequeno de mechas loiras que usava um avental azul-escuro, o trazendo para mais perto de si enquanto deixava beijos castros no pescoço branco e delicado do mais velho. Taehyung o estava provocando, e ele sabia disso.
– Tae, por favor não faça isso comigo logo pela manhã. – Falava arrastado sentindo o marido apertar com mais força sua cintura o puxando contra seu tronco.
Jimin suspirou profundamente quando pôde sentir a intimidade de Taehyung roçando nele com puro pudor, sentia sua respiração cada vez mais pesada com todo carinho que recebia de Taehyung. Apesar de estar gostando das carícias que o outro fazia, ele tinha, quer dizer, ele precisava acabar com aquilo o quanto antes, se não as coisas começariam a esquentar e Jimin não iria conseguir controlar Taehyung e suas vontades carnais de transar consigo, muito menos conseguiria se manter em seu próprio auto-controle.
– Fazer o que hyung? Eu não estou fazendo nada além de dar amor para a pessoa que amo. – Provocou ainda mais o pequeno subindo suas mãos para seus braços e escorregando-os para seu peito, descendo e subindo lentamente, logo firmando seus dedos longos no abdômen de Jimin levemente tonificado, reconhecendo o local onde sempre fazia questão de marcá-lo.
– Vamos lá Taehyung, você sabe muito bem do que eu estou falando, não é preciso que eu diga isso – Grunhiu baixinho ouvindo a risadinha zombeteira de Taehyung em seu ouvido. Maldito!
– Hmm... Será que eu sei? Talvez você devesse me dizer sobre o que eu deveria parar de fazer então. – Provocou-o, dessa vez levando sua grande mão a intimidade de Jimin coberta pelo tecido fino da calça do pijama que ainda o usava, acariciando a região lentamente.
– Tae... – Jogou a cabeça para trás deitando-a no ombro do mais alto, respirando fundo enquanto aproveitava do carinho que o marido fazia em seu corpo. – Por favor, ainda são seis e meia da manhã... – Choramingou para que o outro parasse, o dever rotinal lhes chamavam, ele não poderia se entregar facilmente ao pedaço de mal caminho que era Taehyung, não podia ficar duro tão facilmente assim. Todavia Jimin não queria que o marido o obedecesse, queria que ele continuasse o dando todo aquele carinho que tanto gostava de sentir. Fazia um tempo dês da última vez em que fizeram sexo, as vezes haviam umas mãos bobas aqui e ali, mas nada comparado quanto sentir um ao outro tão próximos do que apenas dormirem agarrados toda noite na cama.
– Tudo bem meu amor, te deixarei livre desta vez. – Esfregou seu nariz carinhosamente na bochecha de Jimin, deixando um beijo estalado imediatamente no local. – Mas se você quiser, nós ainda podemos fazer. – Voltou com as carícias na região inferior de Jimin, enquanto maltratava o pescoço do mesmo com beijos molhados, lambida brincalhonas e umas mordiscadas.
– Taehyung! – Pegando um pano de prato jogado sobre o balcão da cozinha, Jimin começou a bater no marido até que este o implorasse para que ele parasse.
– Tá bom! Tá bom! Eu já parei! Pare de me bater agora! Por favor! – Gritava para que o esposo parasse de bater em si. – Isso dói! Isso dói!
– Espertinho. – Sorri divertido para Taehyung. – Venha, vamos tomar o café da manhã, daqui a pouco você tem que sair para trabalhar e eu também preciso me arrumar.
Jimin servia cada alimento que havia preparado para os dois se alimentarem. Suas panquecas recém cozidas estavam expostas a mesa juntamente com algumas frutas, café e um suco natural para seu marido. Taehyung não gostava do gosto amargo do café, diferente de Jimin que o adorava.
– Jimin, meu amor, suas pequenas mãos são maravilhosas como sempre. Essas panquecas estão tão deliciosas! – Comia um pedaço atrás do outro, sem nem ao mínimo se dar a chance de mastigar adequadamente.
– Vá devagar, você pode se engasgar Tae. – Alertou o marido. – Não é como se sua comida fosse capaz de fugir de seu prato, certo?
– Mas você fugiu. – Voltou-se para o mais baixo com seu costumeiro olhar provocativo e transbordante de luxúria e segundas intenções. – Sabe, eu poderia estar te comendo gost-
– Taehyung-ssi. – Cortou o marido antes que este pudesse terminar o que falava em um tom assustador que era temido por muitos, e claro, Taehyung era um deles.
– S-Sim meu docinho de coco? – Era visível que Taehyung estava com medo de Jimin, nunca que ele usaria tais apelidos como este com Jimin, apenas em casos como este talvez.
– Acredito eu que não preciso te dizer nada, certo?
– C-Certo, você está completamente certo. – Suando frio concorda imediatamente com o esposo, reconhecendo seus limites. – Vamos apenas comer.
– Sim, é melhor nós apenas comermos. – Ameaçou-o com um olhar raivoso enquanto se juntava a ele na mesa, saboreado da sua própria comida. – Você vai voltar para casa para almoçar?
– Hoje não vai dar. Ficarei de plantão até às 21:00 horas, sinto muito querido. – Respondeu em meio a suspiros e com sua boca ainda cheia de panqueca. – E você? Sairá mais cedo do trabalho?
– Sim. – O pequeno nariz de Jimin se contraiu em raiva, estava irritado, novamente. O coração de Taehyung derreteu ao ver aquele mínimo detalhe que sempre fazia uma bagunça enorme dentro de si. – Lembre-se de não pular suas refeições.
– Está bem. – Taehyung cutucou a pontinha do nariz de Jimin. Ele sabia que o esposo queria passar seu almoço consigo já que sairia mais cedo do trabalho, era uma chance de passarem um tempinho juntos. – Não pularei minhas refeições, você também não pulará as suas.
Enquanto os dois comiam juntos, os minutos se passavam e Jimin voltava ao seu estágio normal de tranquilidade, com Taehyung o alimentando carinhosamente ou o deixando nas nuvens sem com suas palavras doces e amorosas que mexiam com seu psicológico. Mas algo estava estranho, e Taehyung era bastante observador em relação aos sentimentos de Jimin, percebeu que este tinha um semblante preocupado no rosto.
– Ei, o que foi que houve meu amor, por que está com essa carinha de preocupação? Por acaso não seria porque eu não virei para o almoço, né? Ou seria?
– Não, não é isso Tae. – Sibilou em um tom mais baixo. – Na verdade, não é nada demais, são apenas algumas preocupações com as coisas do trabalho...
– Você não conseguirá me enganar assim tão fácil desse jeito meu hyung. – Taehyung tinha a total razão. Os dois se conhecem desde o primeiro ano do ensino médio, tinham por volta dos seus 16 anos, eram completamente diferentes um do outro, mas apenas com o tempo e através de risadas, choros e brigas, se tornaram colegas, amigos e melhores amigos, eram inseparáveis, sempre estavam juntos. Até que um dia, Taehyung tivera a coragem em pedir Jimin em namoro em seu terceiro e último ano do colegial, aos seus 18 anos. Para falar a verdade Taehyung nunca havia se confessado para ninguém em seus poucos anos de vida. Mas naquele dia e naquele momento em especial, ele sentiu que valeu a pena esperar por tanto tempo para que finalmente pudesse se confessar para alguém, pois sabia que Jimin era a pessoa mais que certa para si.
Naquela mesma época em que passavam da fase da adolescência para a fase adulta, Taehyung e Jimin descobriram o significado da palavra amor e do termo "almas-gêmeas'', descobriram que eram destinados e feitos um pro outro. O fio vermelho que tanto se enroscava nos diversos lugares que passavam,os interligavam, não importando onde quer que ambos estivessem, juntos ou separados, o fio vermelho nunca se foi rompido.
Depois de 7 anos de namoro, Taehyung mais uma vez criou coragem e se ajoelhou perante Jimin, e com palavras doces e gentis o pediu em casamento, aos 24 anos se casaram. E então agora com seus 26 anos de idade e seus 10, quase 11 anos de história juntos, sabiam de cor e salteado o sentimento do outro. E não seria assim tão fácil para qualquer um dos dois esconder algo um do outro.
– Vamos lá, me diga o que te incomoda, eu ainda tenho uns minutinhos para ser seu ouvinte meu amor. – Afastou a franja que cobria os olhos de Jimin antes de passar sua mão de maneira tranquilizadora no braço esquerdo do mais velho.
– Tae, este é um assunto sério, então por favor, escute com atenção o que tenho para lhe dizer... – O clima antes entre os dois, de repente, passou de descontraído para tenso e pesado, após a fala de Jimin. - Bom, ultimamente...
– Me diga, estou prestando atenção, vamos lá continue, ultimamente... – Encorajou-o a continuar segurando em uma das mãos do esposo que ponderava em cima da mesa.
– Eu estive pensando... Em termos... Um... – Nervoso, Jimin estava em uma poça de nervosismo e se irritava consigo mesmo por não conseguir terminar uma simples mas não tão simples frase, a que tanto havia treinado adequadamente para chegar um momento de oportunidade e conversar seriamente com Taehyung.
– Termos um o que meu bem? – Taehyung levanta a cabeça de Jimin para cima após este tê-la abaixado enquanto tentava esconder seu nervosismo, mas acabou que Taehyung notou como sempre tal ato. – Hein meu bem, o que foi? O que anda pensando ultimamente? O que você quer que nós tenhamos? – Fazia perguntas uma atrás da outra enquanto observava os olhos pequenos indo de um local para outro, recusando-se a olhar para Taehyung. – Acho que posso tentar adivinhar. Você quer que tenhamos mais um animal de estimação, certo? Um peixe, um gato ou mais um cachorro? Oh! Talvez um papagaio? Se esse for o caso você poderia ter me dito antes, eu providenciarei um pra você imediatamente. Se bem que talvez Tannie ficaria com um pouco de ciúm-
– Um filho... – Sussurrou cortando a divagação do marido.
– Hã? Eu não consegui ouvi-lo meu amor, fale um pouco mais alto por favor. – Se aproximou do pequeno para que pudesse escutá-lo melhor.
– Um... Filho... – Repetiu suas palavras anteriores levantando um pouco mais o tom da voz para o mais novo à sua frente, dessa vez olhando-o em seus olhos.
– O-O quê...? O que foi que disse? A-Acho que eu não entendi muito bem. – Taehyung gagueja, com os olhos saltados para fora em pura descrença do que acabara de ouvir. Meu Deus, talvez eu esteja ouvindo coisas...
– Um filho, Taehyung. Eu estive pensando em termos um filho! – Jimin esbravejou de repente, às vezes não suportava a lerdeza que era o raciocínio de Taehyung, seu nervosismo também não ajudava em muitas coisas.
Um silêncio de no máximo um minuto reinou entre os dois, Jimin ficou apenas observando a expressão de seu marido de surpresa enquanto esperava este dizer alguma coisa sobre o que havia dito.
– Um filho...? – Taehyung permaneceu imóvel em seu lugar, tentava digerir a nova informação.
– Sim Taehyung, um filho. – Juntou ambas as mãos sobre a mesa, dessa vez olhando apenas para elas.
– Espere, espere, espere! – Agarrou-o pelos ombros. – Quer que tenhamos um filho... Como a gente? Assim, com pele, olhos, cabelo, nariz, boca, dedo, mão, pé, ou seja lá o que for, e não um simples animalzinho de estimação?
– Exatamente Taehyung... – Tentava responder de maneira firme enquanto mordia ansiosamente seu lábio inferior. Abaixou a cabeça para evitar mais uma vez o contato visual de Taehyung, preocupando-se se seu marido ficaria com raiva consigo porque não queria pensar em filhos agora. – Quero que tenhamos um filho Taehyung. Quero poder cuidar de alguém, sentir diversas emoções como, felicidade, tristeza, raiva, preocupação, entre tantos outros sentimentos. Quero ser pai, quero ter o sentimento de ser pai, quero ouvir alguém me chamando de pai. Tae, você não sente a mesma coisa? – Olhou profundamente nos olhos de Taehyung, notando como o outro ainda não sabia ao certo como reagir.
– V-Você me pegou um pouco desprevenido com esse assunto Jimin-ah. – Levantou da mesa antes de caminhar até o esposo.
– Você não quer ter um filho Taehyung? - Perguntou. – Ou você não quer ter um filho comigo? – Questionava com uma voz embargada de choro.
– Ei! É claro que quero ter um filho! E quero tê-lo especialmente com você meu bem, não chega a conclusões precipitadas desse tipo. – Abraça o mais velho, colocando a cabeça do mesmo em seu peitoral. – Você também sabe tanto quanto eu o quanto eu quero ter filhos ao seu lado. Só que tê-los agora... Eu ainda acho que seja um pouco cedo para nós sermos pais Jiminnie. Além do mais eles tendem a ter custos altos, não que isso seja problema para nós, temos uma boa condição financeira, mas o que eu quero dizer é que eles requerem de nossa presença a todo custo, entende meu amor?
– Mas Tae e se diminuirmos nossa carga horária no trabalho? Poderíamos tirar um tempo de férias também... – Indagou esperançoso para que Taehyung pensasse sobre.
– Jimin, não acho que isso daria certo. – Taehyung volta a se sentar na mesa. – Não sinto que estamos preparados para isso. – Suspira fortemente enquanto colocava as mãos no rosto massageando suas têmporas.
– Mas podemos fazer dar certo Taehyung! Pode não parecer, mas Tae, eu acho que esse é o momento certo para termos um filho. – Dirigiu-se ao lado de Taehyung na mesa colocando sua mão pequena sobre o ombro de Taehyung, tentando chamar sua atenção para si.
– Mesmo que esse seja o momento certo, de que maneira iríamos ter essa criança? – Questionou-o já levemente estressado, virando-se para poder olhar Jimin.
– Veja nossos amigos... SeokJin hyung e Namjoon hyung optaram pela barriga de aluguel e tiveram um filho cedo também...
– Sim meu bem, mas ambos tinham maturidade e tempo livre para uma barriga de aluguel. E outra, jamais deixarei o meu e o seu espermatozóide circulando por aí para uma fecundação qualquer! – Esbravejou assustando um pouco Jimin pelo seu tom de voz. – Desculpe por ter gritado com você agora a pouco. – Desculpou-se quando notou o esposo se encolhendo após seu grito.
– Tudo bem... – Olhou mais uma vez para baixo antes de retornar seu olhar para o marido com o resto de confiança que lhe restava. – E quanto a Yoongi hyung e Jungkookie? Você sabe, eles têm dois filhos, e Jungkook ainda é mais novo que nós dois Taehyung.
– Meu bem, Jungkook foi imaturo e não soube segurar o que tem no meio das pernas, por isso engravidou uma menina qualquer que de início ainda pretendia abortar a criança, mas graças a Jungkook prometeu que cuidaria do filho ele o assumiu assim que ela deu a luz, mas você sabe que logo ela fugiu pra longe. Já Yoongi hyung conseguiu a guarda de uma criança abandonada que apareceu na porta de sua casa.
– Então vamos adotar Taehyung! Temos maturidade o suficiente para adotarmos, somos adultos! – Bateu as mãos na mesa antes de levantar-se rapidamente da cadeira, arrastando-a para trás com sua ação. – Você sempre disse e acabou de reafirmar que queria ter filhos comigo, e sabe o quanto eu os queria também... Por que você não quer tê-los agora...? - Mantinha a cabeça abaixada olhando para seus pés.
– Jiminie eu sei o quanto nós queremos ter filhos, mas me preocupa... – Também levantou-se da cadeira indo até Jimin, o abraçando enquanto apoiava a cabeça do esposo em seu ombro. – Me preocupa não sermos bons pais, não termos tempo suficiente para estarmos ao lado dele, e quando menos notarmos nosso filho se tornou em uma criança rebelde, e eu não quero isso, quero que sejamos uma família feliz e unida, como nossos amigos. E outra, me assustaria o fato dele aparecer a qualquer dia no meu trabalho, você sabe, eu trabalho com crianças e adolescentes todo dia, e só de pensar que um deles poderia ser nosso filho me enche de terror e preocupação.
– Tudo bem Taehyung, eu te entendo, nós podemos esperar mais um pouco. – Jimin coloca sua mão no peitoral de Taehyung se afastando do abraço. Não queria ouvir mais o que esperava ouvir de qualquer maneira. – Já está ficando tarde você irá se atrasar caso não for trabalhar agora, e eu também preciso me arrumar. Tchau Tae. – Beija a bochecha do marido antes de fazer seu caminho escada assim para se aprontar para seu trabalho. Deixando para trás um Taehyung solitário e culpado por ter deixado Jimin cabisbaixo daquele jeito, ele não queria tê-lo feito isso, ambos estavam tão brincalhões mais cedo, sorrindo e se divertindo um com o outro.
Mas para Taehyung a ideia de se tornar pai agora era muito difícil de ser aceita. Não, não tinha como ele ser pai agora, ele não estava pronto psicologicamente para agir e pensar como um.
Zum zum zum~
Seu celular começou a vibrar em cima da mesa como um louco. Vendo quem o ligava pelo visor da tela, Taehyung atende ao telefone.
– Ya! Taehyung onde você está? Estou te esperando há bastante tempo aqui na entrada!
– Desculpe Jin hyung, estava conversando com Jimin e acabei perdendo a noção do tempo. Mas já estou a caminho.
– Conversando? O que foi dessa vez? Vocês dois brigaram?
– Jin hyung, quando você e Namjoon hyung resolveram ter filhos como você lidou com o fato de não terem tempo suficiente por causa do seu trabalho? – Perguntou ignorando completamente as perguntas do mais velho enquanto pegava com dificuldade sua mochila que continha algumas roupas e outros acessórios que usava no trabalho e se dirigia em direção a saída, indo direto para seu carro, que logo deu partida no mesmo dirigindo-se para o local onde o outro o esperava.
– Hmm, bem, no início foi difícil para nós dois conciliarmos nosso tempo com o trabalho e com uma família recém-formada. Mas, tentamos fazer dar certo, me lembro que Namjoon e eu organizamos um cronograma diferente para cada final de semana, tentamos aproveitar ao máximo nossos momentos e dias de folga. Fizemos diversas alternativas para estarmos presentes na vida de nosso filho, bom, aparentemente tem dado certo por 17 anos. Se bem que logo se tornará 18... Mas enfim, Taehyung-ssi, por que você está perguntando isso tão de repente? E quanto ao Jimin, você não me respondeu se brigaram.
– Jin hyung... Jimin veio conversar pela manhã comigo...
– E o que vocês conversaram?
– Jimin está pensando em ter um filho...
– Oh, isso é sério?! Estão pensando de terem um filho? Bem, isso é ótimo. – Sorria feliz através do outro lado da linha telefônica. – Mas pelo seu tom de voz parece que você não ficou tão feliz quanto o esperado, não é mesmo? O que foi? Não concordou com ele?
– Não é que eu não concorde com ele Jin hyung... Jimin e eu acabamos de discutir sobre, e no final ele acabou ficando chateado comigo... – Murmurou, o que parecia mais com uma lamentação. – Eu apenas, não acho que esteja preparado para me tornar pai... – Suspirou pesadamente antes de encostar a cabeça nas mãos que seguravam o volante após parar no sinalizador vermelho do semáforo.
– E por que não? No relacionamento entre vocês dois, não era você quem mais queria ter filhos Taehyung?
– Eu sei disso Jin hyung! Mas estou com medo de não conseguir me tornar um bom pai, por não conseguir estar presente nos momentos mais oportunos da vida dele por causa do trabalho!
– Ya! Taehyung-ah! Deixa de ser idiota! Você está se preocupando com os mínimos detalhes, está deixando isso te acorrentar, e sem nem perceber isso afetará seu relacionamento com Jimin.
– Mas Jin hyun-
– Abra os olhos para o que está a sua frente Taehyung. – Sibilou calorosamente. – Você tem um bom emprego, uma boa condição financeira, amigos e familiares que te apoiam, e o mais importante, tem Jimin ao seu lado, um esposo que sempre está disposto para estar com você. Mas ainda assim não sente que talvez esteja faltando algo a mais para completar... Sua família?
– Olhando por esse lado, talvez... Eu sinto que realmente esteja faltando algo... Mas eu não sei...
– Taehyung escuta, não quero te obrigar a tomar nenhuma decisão, isso é entre você e Jimin, mas... – Suspirou antes de continuar. – Perderá essa oportunidade de ter uma família e passar por diversas situações alegres ou não, passar em branco? Ou, irá tornar o seu e o desejo de Jimin se realizarem? Isso não era o que vocês queriam? Tornarem-se os pais mais amados por seus filhos? Hã?
– Você está certo Jin hyung, mas...
– O quê?
– Não sei, isso só está me deixando louco! Sei que eu deveria deixar minhas preocupações de lado e focar naquilo que Jimin e eu tanto queríamos durante toda nossa adolescência, termos a família que desejávamos ter. Mas agora que chegamos nesse ponto da vida, parece tão assustador pra mim.
– Taehyung, tente se acalmar um pouco e pense, na pior das hipóteses, o que de ruim poderia acontecer?
– Não sei. Talvez ele possa acabar se ferindo de alguma maneira e ter que parar no hospital?
– Taehyun isso é normal pra qualquer ser humano. – Reclamou.
– E quanto ele se tornar rebelde?
– E que tipo de adolescente não passa por sua fase rebelde Taehyung?
– Ahh tudo bem, tudo bem. Após meu turno tentarei conversar melhor com ele sobre isso. – Mais um suspiro escapou por seus lábios.
– Bem, de qualquer forma, isso é a melhor coisa que você poderia fazer Taehyung. Conversem e cheguem a um acordo ou uma decisão, sei lá. Mas Taehyung tenta ver um pouco do lado dele também e pense no futuro do seu relacionamento com Jimin.
– Muito obrigado Jin hyung, seus conselhos sempre me ajudam, sabia?
– Não foi nada, saiba que qualquer coisa vocês podem contar comigo, afinal, eu sou Kim SeokJin!
– Hyung, por que você está tentando bancar uma de engraçado? – Perguntava divertido.
– Ya! Não estou bancando uma de engraçado! Eu sou engraçado! – Gritou. – Enfim, posso saber se você já está perto? Estou cansado de te esperar.
– Estou a poucos quilômetros, já estou chegando.
– PELO AMOR DE DEUS TAEHYUNG! ESTOU AQUI PARADO NA ENTRADA COMO UMA PLANTA FAZ HORAS! VOCÊ TEM NOÇÃO DISSO?
– Estou te dizendo! Eu já estou no caminho, por favor, espere mais alguns minutos hyung logo chegare-
– LOGO CHEGARÁ MEU C-
Taehyung finalmente desliga o celular, poupando a si mesmo dos xingamentos de seu hyung, era cedo demais para ter que escutá-los.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top